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História No Control - De Volta Ao Normal, ou Quase Isso!


Escrita por: HarryMadison

Notas do Autor


Gentyyyyy, desculpa a demora ora postar. É que as aulas voltaram agora e eu não estava conseguindo me organizar. Vou tentar não ficar tantos dias sem postar assim.

Capítulo 7 - De Volta Ao Normal, ou Quase Isso!


Louis jogou a coberta que cobria suas pernas para o lado e tentou descer da cama.

— Em que quarto ele está? — Disparou o garoto, desajeitado.

— Está no andar de cima, venha comigo. — Sua mãe respondeu. Se aproximou de Louis para ajudá-lo a descer da cama, mas sua frente foi tomada por Harry.

— Pode deixar. Eu ajudo ele. — Falou Harry. A voz rouca e levemente falsa.

— Hein? — Louis indagou.

— Tudo bem... Eu espero você lá em cima Louis. — Sua mãe respondeu e foi saindo do quarto.

— O quê? Mãe me espera! — Louis disse impaciente. — Eu nem sei o número do quarto. — Louis novamente tentou descer da cama. Mas desta vez foi impedido por Harry que o empurrou de volta, fazendo com que ele caísse sentado.

Louis levantou um olhar de ódio para Harry e, então chutou suas pernas fazendo o menino cabalear para o lado. A mãe de Louis já havia saído, este saltou da cama e tentou correr até a porta, mas novamente Harry o impediu. Desta vez o empurrando contra a parede, causando um baque seco ao chocar as costas de Louis com o concreto. Louis gemeu de dor, mas ninguém além de Harry havia escutado.

— Você vai ficar de bico calado! Entendeu? — Harry disse. Seu rosto estava a alguns centímetros de distância do de Louis.

— Você não pode me obrigar a ficar quieto. — Falou Louis, criando coragem.

— Ah não? — Harry prendeu sua mão direita no pescoço de Louis, o enforcando ligeiramente. Os olhos do mesmo se encheram de lágrimas, seu rosto estava ficando vermelho, sua respiração estava cada vez mais limitada. — Se contar alguma coisa sobre aquela noite, eu juro que mato você Louis. Não duvide.

Harry apertou um pouco mais a garganta de Louis, deixando o menino ainda mais assustado. Seus olhos estavam conectados, transmitindo o medo de formas diferentes. Harry finalmente o soltou quando viu que este estava parando de lutar. Louis caiu de joelhos no chão tossindo muito.

— Se você ou o seu amiguinho abrirem a boca, eu não vou soltar da próxima vez! — disse Harry. Se agachou e encarou Louis pela última vez. Este estava chorando e com as mãos sobre o pescoço, respiração falha porém ofegante, ainda tossindo um pouco.

Se a missão de Harry era deixar Louis ainda mais preocupado e assustado, ele tinha realizado isso com sucesso.

Louis ficou sentado no chão do quarto por alguns minutos; pensando no que ele iria fazer, no que falaria para Niall, em como contaria que acabara de ser ameaçado por Harry, em como eles teriam de ficar em silêncio sobre tudo o que houve e deixar Zayn, Drake e Harry escapar em ilesos da situação. Isso não seria nada fácil, era uma injustiça enorme, por conta deles, Niall poderia estar morto agora. Louis se levantou decidido, ele não desisitiria assim tão fácil só porque fora ameaçado. Saiu do quarto e pegou o elevador; no andar de cima, foi entrando em praticamente todos os quartos até encontrar o de Niall. Ele não demorou á encontrar, sua mãe estava saindo do quarto ao lado da mãe de Niall, tentava inutilmente tranquilizá-la. Louis passou por elas e se enfiou no quarto, tendo a visão de um Niall completamente machucado.

Tinha cortes em seus braços e rosto; seus cabelos louros estavam sujos de terra e sangue; um corte no lábio inferior, os olhos semi-cerrados e muito lacrimosos, ainda estava usando suas roupas, ou o que sobraram delas. Estavam rasgadas em vários lugares, e muito sujas também. Louis se aproximou de seu amigo já deixando uma lágrima escorrer; Niall virou sua cabeça lentamente para encarar Louis.

— O-oi. — Louis gaguejou.

— Ooh... — Niall tentou falar, mas sua voz não saiu. Louis não fez mais perguntas. Seu amigo estava de fato muito machucado.

— Bem, acho que já chega de chorar. Eu já chorei tanto, e você não faz ideia da cena que eu fiz quando acordei. Precisei de invenções calmantes. — Louis então se sentou na cadeira ao lado da cama. E ali ele ficou horas contando sobre tudo o que havia acontecido nesse tempo em que Niall esteve "fora".

O garoto estava louco para saber como Niall havia sido encontrado, mas não fazer perguntas porque o mesmo não tinha voz para lhe responder. Mas Niall não precisou de palavras para demonstrar sua raiva quando Louis disse que Harry havia lhe enforcado. Horas foram passando e Louis acabou adormecendo naquela cadeira; só acordou quando sentiu alguém lhe chacoalhar, abriu os olhos lentamente e viu uma aglomeração de médicos á sua frente. Todos envolta da cama de Niall. Uma enfermeira ajugou Louis a se levantar e lhe pôs do quarto para fora; a última coisa que Louis pôde ver antes da porta se fechar na sua cara, foi Niall tendo um convulsão.

Louis teve de voltar para o seu quarto, onde passou mais algumas horas até receber alta no dia seguinte. Sua mãe levou roupas limpas para ele, e assim que este se trocou, eles saíram do quarto.

— Ah, mãe espere. — Louis exclamou. — Eu tenho de ir ver o Niall antes de irmos embora.

A mulher olhou para seu filho tristemente.

— Louis, veja bem... Como eu vou te explicar?... — Estava se perdendo nas próprias palavras.

— Mãe? O que houve? Ele está bem? Não está? — Louis aumentou o tom de voz, temendo a resposta de sua mãe.

— Sim! — falou ela depressa. — Sim, ele está bem, mas ainda não irá receber alta. O problema é que... Bom, a mãe dele não quer que você o veja mais. Ela acha que você pode ter empurrado Niall da montanha.

— Isso é um absurdo! Niall é meu amigo. Por quê eu faria uma coisa dessas com ele?

— Eu sei disso, mas a mãe dele não. Ela disse que vai esperar até que Niall se recupere, daí ele poderá dizer o que realmente aconteceu. Até lá, ela já avisou o hospital para não deixarem ninguém além dela ver Niall. Eu sinto muito Louis.

Louis quis gritar e dar instalado na mãe de Niall no começo; mas depois se sentiu aliviado, se hospital só deixaria a mãe dele ir visitá-lo, pelo menos ele não correria risco de receber uma visita surpresa de Harry e ser enforcado também.

Louis voltou para a casa com sua mãe; onde havia um bolo bem recheado com chocolate lhe esperando que sua vó tinha feito. Louis comeu três pedaços em poucas garfadas, estava faminto por algo que não fosse comida de hospital. Ele subiu para o seu quarto e deu um beijo na rosto de seu irmão, este estava dormindo tranquilamente em seu berço. Louis se jogou na sua cama, de barriga cheia e dormiu ali mesmo. Já imaginando como seria seu dia seguinte na escola, onde ele ficaria sozinho porque Niall não estaria com ele.


Harry estava esperando por Zayn no carro, estavam novamente no bairro onde Zayn havia comprados drogas no dia do Halloween. Harry olhava da tela de seu celular para o beco por onde Zayn havia entrado; torcia para que este saísse logo dali, se algum carro de polícia passasse por ali, ele estaria ferrado em explicar a situação. Por sorte Zayn não se demorou mais. Vinha vindo pelo beco seguido de um outro homem; este tinha um olhar assustador, cabelos castanhos bagunçados, estava usando roupas normais e conversa moderadamente com Zayn. Harry então se lembrou do que Zayn havia lhe dito, que Charlie, seu traficante, trabalhava com um outro cara que era bem mais perigoso. Harry só não se lembrava de seu nome. Zayn se despediu do mesmo com um toque de mãos e seguiu para o seu carro, entrou e deu a partida.

— Ah, aquele cara com quem você estava conversando... Qual é mesmo o nome dele? — Harry perguntou, tentando ser discreto.

— Você o conhece? — Zayn falou sem tirar os olhos da estrada.

— Não, mas pareciam que...

— Ele é amigo do Charlie. Só estava me ajudando porque Charlie não está. — Zayn respondeu com rispidez. Mas Harry não se deixou enganar facilmente, estava na cara que havia algo de errado ali. — É melhor você se sentar lá atrás, vamos dar uma carona para Liam e Drake.

Eles não se demoraram para chegar na escola, Harry ainda martelando sua mente para tentar se lembrar de quem era aquele homem com Zayn. Ele nunca o tinha visto mas se lembrava de algo que Zayn havia dito sobre o outro cara que trabalhava com Charlie. Mas quanto mais Harry se esforçava para se lembrar, menos ele conseguia. Zayn e Drake estavam de bom humor, como se nada tivesse acontecido, eles estavam com a consciência leve, até demais, Harry pensou. Já Liam, não fazia a menor ideia do que havia acontecido, então ele também estava agindo naturalmente, mas Harry não conseguia disfarçar sua preocupação.

— Que diabos ele tem? — Liam sussurrou para Zayn e apontou para Harry.

— E eu é que sei? — Zayn respondeu. Liam deu de ombros e entrou na sala; Zayn deu um soco no ombro de Harry quando este passou pela porta. — Fica frio cara, as pessoas estão começando a notar. Desse jeito vai foder todos nós!

Harry abriu a boca para responder mas fechou logo em seguida; caminhou em passos rápidos para o seu lugar e, assim que se sentou viu que Louis estava na fileira ao lado. Harry já ficou mais preocupado, então Louis tinha recebido alta, isso queria dizer que Niall também? Isso não parava de rondar a mente de Harry.

O garoto não tirava os olhos de Louis, tanto que nem notou quem estava dando a aula e o que estava explicando; Harry só ficou ali observando Louis e esperando que algo acontecesse, talvez Louis tivesse contado para a polícia sobre tudo, talvez eles viessem pegá-lo. Harry nunca havia se sentido tão assustado antes. Seu olhar finalmente foi quebrado quando Zayn lhe deu um tapa na testa.

— Levanta otário! Vamos para a quadra! É dia de queimada. — berrou se distânciando junto com a turma.

Harry se levantou e foi caminhando lentamente até a porta; Louis foi mais rápido e passou com um raio por Harry, provavelmente estava com medo de ficar sozinho no mesmo lugar com o garoto.

A professora disse as regras do jogo e novamente Harry estava prestando atenção somente em seus pensamentos, fazendo toda a explicação da mulher entrar por um ouvido e sair pelo outro. Ela apontou e toda a classe se dividiu em dois grupos; cada um de um lado da quadra, a mulher apontou mais uma vez e as bolas cor de laranjas começaram a ser arremeçadas de um lado para o outro. Garotas gritavam e gargalhavam, pessoas correndo de um lado para o outro rindo e saltando as bolas que vinham em velocidades absurdas.

Harry apenas caminhando para lá e para cá sem prestar a devida atenção, acabou sendo acertado no olho por uma das bolas rápidas. O mesmo gritou um palavrão e, teria caído no chão se não fosse por Liam que lhe segurou. A professora se aproximou e pediu para que ele abrisse o olho, mas estava ardendo tanto que Harry nem ao menos tentou.

— Vamos! Não vai doer nada. — a mulher insistiu.

Harry com muito esforço, já tinha um pouco de lágrimas escorrendo com a ardência; abriu muito pouco e brevemente seu olho atingindo.

— Você vai ficar bem. Vá lavar o rosto e depois vá até a enfermaria, eles vão te receitar alguma coisa. — disse a professora.

E assim Harry fez, foi direto para o banheiro e lavou seu rosto. No momento em que a água se chocou contra sua pele, ele se lembrou da sua conversa com Zayn no carro dias antes. Sim, ele se lembrava claramente agora. Ele tinha reclamado que o Charlie não parava de encará-lo e Zayn havia dito que isso era comum, e que Charlie não era perigoso, mas seu amigo era. Um tal de Ashton alguma coisa. Harry não se lembrou do sobrenome, mas se lembrou de Zayn ter dito algo sobre assassino de aluguel.

— Ah, merda! — Harry falou encarando seu reflexo no espelho.

Saiu do banheiro às pressas, esquecendo até mesmo de passaram na enfermaria, mas quando chegou na quadra todos já tinham ido embora, o sinal havia soado.

Harry não poderia falar com Louis na escola, se Zayn visse ele seria colocado na lista de morte. Por um instante Harry sorriu ao pensar isso. Ele não tinha prova de nada, somente suspeitas, estava tão preocupado que tinha começado a imaginar coisas? Passou o resto das aulas tentando relaxar, e até que estava conseguindo, mas então quando o sinal do fim da aula soou, ele viu Drake e Zayn cochichando, Drake desviou levemente o olhar para a direção de Harry e Liam, como se os dois estivessem falando deles.

— Harry você está bem? — Liam perguntou vagamente.

— Apesar de meu olho esquerdo ainda estar doendo um pouco, sim eu estou ótimo. — Mentiu.

— Não é o que tá parecendo. Você está meio aéreo hoje.

— Hmmm...

— É a Camilla? Ela terminou com você?

— Camilla? Quem é... Harry se lembrou da menina que Zayn havia lhe apresentado semanas atrás, a mesma que teve de saltar pela sua janela. — Nós não somos namorados. Ficamos algumas vezes, é só isso. Ela anda dizendo que terminou comigo?

— Não, ela não disse nada. Bom, nesse caso, você não se importaria se eu chamasse ela para sair, se importaria?

Harry abriu a boca mas foi interrompido por Louis, que passou em passos rápidos na sua frente.

— Claro que não! — Harry disse vendo o garoto sumir pelos corredores. — Eu tenho que ir.

— Espere, não vai de carona com a gente?

— Hoje não! Eu tenho... Tenho uns lances! — Harry respondo enquanto caminhava para longe.

— Harry espera! — Liam gritou de volta. — O que ela gosta de fazer?

— Pagar boquete! — Harry respondeu sem olhar para trás. Assim não viu a multidão que rua do que ele acabara de dizer.

Harry saiu correndo para fora da escola, ele sabia aonde encontrar Louis, este devia já estar no ponto de ônibus. Harry correu o mais rápido que conseguiu; saltava os batentes nas calçadas e as latas de lixo também. Assim chegou em poucos minutos no ponto de ônibus.

Seu olhar encontrou o de Louis. O mesmo logo pensou que Harry estava ali á mando de Zayn. Louis deu alguns passos para trás se preparando para correr, mas então viu que um ônibus estava vindo; ele não quis saber para onde aquele ônibus o levaria, desde que fosse para um lugar longe de Harry. Louis deu sinal e ônibus foi diminuindo a velocidade ao se aproximar.

— Não... — Harry murmurou.

Caminhou na direção de Louis, as pessoas tomando sua frente loucas para entrarem no ônibus. Harry tentava abrir caminho com os cotovelos, Louis viu seu desespero e se enfiou de uma vez no ônibus. Harry empurrou uma velhinha que estava na sua frente e conseguiu entrar no ônibus também.

— Malditos sejam esses jovens! — profanou a idosa. Harry sorriu levemente ao ouvir aquilo.

O ônibus não estava tão cheio, por isso Harry logo viu os olhos azuis de Louis no fundo. Harry deu alguns passos mas sentiu uma mão lhe puxar pelo pulso, ele olhou para trás e o motorista o estava puxando, desviada seu olhar de Harry para uma catraca.

— Ah! Claro. — Harry teria de pagar a passagem. Colocou a quantia certa no lugar certo e passou pela catacra.

Louis se levantou e se aproximou da porta, ele estava pronto para descer no próximo ponto, mas Harry chegou até ele antes.

— Será que dá pra parar de fugir de mim? — Harry disse, a voz rouca e ofegante.

— Se tentar alguma coisa eu vou gritar! — disse Louis logo de cara. — Estamos em um lugar público, tem milhares de testemunhas por aqui.

— Eu não quero tentar nada com você! Francamente.

— Que porra você quer então?! Será que já não fodeu o bastante com a vida de todos? — Louis aumentou a voz, todos tinha a atenção neles dois agora.

— Eu só... — Aquelas palavras acertaram o peito de Harry como um facada. Ele sempre ouvira coisas parecidas. Coisas essas que o transformaram no ser que ele é hoje. — Eu queria perguntar tarde se Niall ainda está no hospital.

— Para que você quer saber? Vai tentar matar ele também?

— Foda-se. Não adianta tentar conversar com você.

— Desculpa se eu não sei tratar com carinho aqueles que me dão uma surra e depois tentam me silenciar!

— Eu não ía te "silenciar". Que droga para de ser dramático! — Harry estava para se arrepender de ter dito aquilo.

— Dramático? Então para você é normal se juntar com esses merdinhas drogados igual ao Zayn e, espancarem garotos inocentes sem necessidade? — Louis sentiu seus olhos arderem. — E deixar um deles quase morto! — sussurrou a última parte.

— Eu... — Harry abaixou a cabeça. Louis estava certo para variar. — Eu só queria avisar que Zayn não vai deixar isso assim. Acho que ele está planejando alguma coisa.

— Que coisa vocês estão planejando?

— Vocês não! Ele está! Eu só tenho uma suspeita do que seja, e se for mesmo isso, Niall não pode ficar sozinho naquele hospital por muito tempo, ou sozinho em qualquer lugar.

— Do quê...? — Louis arqueou uma sobrancelha.

— Acho que Zayn contratou um assassino de aluguel para acabar com todas as provas que possam mandar ele para a prisão.

— Você está dizendo que ele vai...? — Louis foi interrompido novamente.

— Eu não tenho certeza, mas eu não arriscaria também.

— Por quê está me avisando? — o ônibus parou e a porta se abriu. Harry saltou os dois degraus e foi parar na calçada; deixado um Louis sem resposta e ainda mais preocupado para trás.



Notas Finais


Desculpem a demora de novo! Comentem o que acharam, se quiserem...


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