Acordei esperando encontrar a pequena dormindo, porém para a minha surpresa ela não estava lá, aonde estaria? Observei aos pés da cama uma bandeja com um café da manhã e uma carta a qual tinha uma flor em cima. Apesar de clichê era extremamente fofo,abri a carta enquanto mordia um cookie.
" Amor, fiz o café para você e espero que não tenha ficado preocupada e nem brava em relação à 'nossa filha', eu resolvi levá-la ao parque que há na praça perto da sua casa, venha após o café, eu e a nossa pequena estaremos te esperando. "
Sorri ao ler a carta, o Armin fazia com que meus sonhos de criar realmente uma família com ele parecesse mais real. Porém, pensar nisso é estranhamente uma atitude inútil e apressada, afinal só somos namorados à somente alguns meses. Mesmo assim eu parecia vê-lo como meu par ideal, o qual eu viveria para os restos dos meus dias.
Ignorei meus pensamentos e ao terminar de tomar o café, segui o conselho da carta. O Alexy por incrível que pareça tinha roupas minhas, na realidade ele havia comprado pensando em mim e aproveitei disso para tomar um banho e vestir uma dessas: Um short curto florido, uma blusa branca larga pois mostrava um de meus ombros pois a blusa era caída de lado e um tênis vermelho.
- Ficou bom em você Rafa - Ele disse entusiasmado entrando no quarto - Quem diria em? Que eu teria uma cunhada tão especial e que tem um corpo que fica bom em absolutamente tudo.
- Onw! Que fofo senhor Alexy - Falei abraçando ele - Você é tão fofo que por pouco eu não troco o Armin por você - Falei brincando e o mesmo me apertou mais ainda.
- Se o Armin nos visse e se ele pudesse te ouvir surtaria - Ele comentou nos fazendo rir - Mas eu sou só tio da Beatriz mesmo, aliás que garotinha esperta não?
- Sim, ela é esperta e encantadora - Peguei minha bolsa e beijei sua bochecha - Por falar nela, irei encontrá-la agora e até mais senhor Alexy.
- Até Rafa - Ele disse retribuindo o beijo porém na minha testa - Se cuide OK? Você sempre que resolve sair sozinha dá algum problema e eu não estou exagerando.
Assenti com a cabeça e sai e fiquei pensando no quão ele estava certo, a minha vida ultimamente desde que conheci o Armin tem tido vários imprevistos. Claro, que alguns bons porém alguns extremamente ruins, e que colocaram a minha vida em pleno risco. Diante disso tentei ao máximo observar e tentar "me cuidar" como disse o Alexy.
Cheguei à praça e observei uma cena linda: Além da praça já ser linda, haviam pássaros cantando e senhoras sentadas nos bancos jogando milhos à eles e conversando sobre a vida, enquanto crianças brincavam no parque e se ouviam muitas risadas e em meio aquilo, a dedicação de um pai com sua filha, lá estava o Armin empurrando ela do balanço e a mesma estava feliz e realmente pareciam uma família.
O que me fazia voltar aos pensamentos de quando acordei, o Armin... Realmente seria um bom pai? Ele parecia ter vocação para isso o que me dava um certo alivio. Observei a cena enquanto via um sorriso nascer em seu rosto quando me vira e fui até ele.
- Fiquei com medo de que não viesse - Ele disse selando nossos lábios enquanto ouvia a Beatriz soltar um ''Onww" o que nos fez rir - E a nossa filha também estava com saudade da mãe, só faltava você - Sorri ao ouvir o "mãe".
- Isso é verdade mãe - Ela disse saindo do balanço e me agachei para abraçá-la, um abraço apertado - Vamos tomar um sorvete? Eu quero chocolate.
- Eu aceito e vou querer de sabor creme mesmo - O Armin disse e pegou a Beatriz colocando-a em seus ombros e fez questão de me dar a mão para andarmos. Era engraçado e fofo aquela cena, e acho que quem tivesse naquele parque estavam realmente achando uma linda família e eu concordo que era.
Fomos à sorveteria que ficava em frente à praça e compramos os sorvetes, voltamos ao parque e o Armin retirou a Beatriz de seus ombros que estava brincando com seus cabelos me fazendo rir, e colocou ela no banco porém eu a pequei fazendo-a sentar no meu colo e o Armin sentou ao meu lado colocando a cabeça apoiada em meus ombros e um de seus braços me rodeiou e ficamos tomando sorvete e observando aquele dia ensolarado.
- Podia ser assim para sempre né? Sem conflitos e como uma família...Você é uma gamer boa no jogo de ser mãe - Ele disse sorrindo.
- Digo o mesmo de você só que no caso de ser pai obviamente - Disse e peguei um pouco do sorvete dele, afinal o meu já havia acabado.
- Você deve comer mais que nós três juntos - Ele riu enquanto eu o olhei sério - Brincadeira amor.
- Brincadeira... Se eu como tanto assim, um dia eu irei engolir a única pouca paciência que me falta e você verá o que é sofrer e perder uma bela partida besta - Disse e observei que quando o chamo de ''besta" ou até "idiota" é uma das maneiras mais sinceras de mostrar que eu o amo.
- Você fica fofa sendo explosiva gamer - Ele sussurrou em meu ouvido e beijou o canto da minha boca em forma de carinho - Sinto que você é uma bomba que pode explodir à qualquer momento.
- Ha ha ha senhor Armin - Disse emitindo um som imitando uma risada sarcástica - Você sabia que eu te odeio?
- Você sabia que eu te amo? - Ele disse essas palavras que me faziam derreter por dentro, sinto que é impossível discutir com ele se cada palavra que ele diz me faz sentir daquela forma. E lá estava eu sorrindo novamente.
- E vocês sabiam que são um casal fofo? - Disse a Beatriz entusiasmada em meio colo e eu e ele nos entre olhamos e ele sussurrou sorrindo um "Nós sabiamos sim" e então começou a chuviscar - E vocês sabiam que nós vamos nos molhar?
Rimos enquanto a chuva continuava a nos molhar, uma chuva calma e com uma brisa suave, e para acompanhar o sol e um arco íris,o que fazia tudo parecer como um filme.
-Mamãe,papai quero ver se vocês me pegam! - Ela disse saindo correndo do meu colo e como eu e o Armin já estávamos molhados aproveitamos para correr atrás dela como uma família dos filmes. Corríamos e ríamos em sintonia até que conseguimos pegá-la e nos abraçamos completamente molhados e ofegantes.
- Você corre bastante pequena - Reclamei e o Armin ria da minha situação deplorável - E eu só não te mato Armin pois estou cansada...Não queria que esse dia tivesse seu fim,amanhã sua mãe volta pequena.
- É mesmo - A Beatriz disse e um silêncio triste e vazio invadiu aquele momento.
- Continuaremos a ser uma família ué - Disse o Armin levantando nosso ânimo - Ainda teremos essa boas lembranças e poderemos continuar a criar mais lembranças.
- Tem razão amor - Disse selando nossos lábios frios devido a chuva e peguei a Beatriz no colo - Acho que todos nós temos que tomar um banho para não pegarmos um resfriado daqueles.
Disse e então voltamos de mãos dadas para casa encarando a chuva calma e o vento fraco e aproveitando a luz do sol que esquentava somente um pouco, porém o suficiente.
Na casa do Armin nós tomamos um banho quente e fomos ver um filme de romance o qual a Beatriz dormiu no meio e ficamos somente eu e o Armin bebendo leite quente e comendo cookies,abraçados,com a Bia no colo e cobertos por um cobertor naquele frio. Era inexplicável a sensação de um abraço apertado ainda mais do Armin, era como se os abraço dele fosse o meu refúgio diante o frio.
Porém, acabei dormindo em seus braços e o mesmo me levou até a cama e depois pegou a Bia e então cobriu nós duas.Ele então a abraçou e então me beijou na bochecha sussurando um " Espero que esteja tendo bons sonhos amor".
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.