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História No Laws - O Advogado


Escrita por: milkandhoney e stonedroleplay

Notas do Autor


Gente, td bem?
Essa é minha segunda fic com parceria, se eu não me engano.
A @slink3r é um amorzinho e tá sendo ótimo trabalhar com ela.
Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 1 - O Advogado


Desliguei o chuveiro e apoiei a mão na parede, fitando meus pés e as gotas de água que caiam de meus cabelos.

Ah, eu odiava ter que ir para a escola na segunda. Normalmente estou sempre de porre, ao menos, ontem eu comprei meu cigarrinho da paz, então não vai ser tão ruim assim.

Termino de me arrumar e desço até a cozinha, me despeço de minha mãe e saio até o ponto de ônibus. Sem a menor preocupação, fumei metade de um beck até o ônibus chegar.

Mal desci do ônibus e Emma já me puxou, saltitante.

"Onde esteve? " ela começou, enquanto passávamos pelos corredores lotados de adolescentes irritantes. "Eu te procurei a festa inteira. Não sabe com quem eu fiquei ontem! "

"Meu deus, eu fumei mas quem está chapada aqui é você. Você e eu ficamos com o Mark, dono da festa, não lembra?" Ela me olhou ligeiramente confusa, mas então seu sorriso enorme estava de volta em seus lábios.

"Ah, claro. É, Poly, até que não é tão ruim assim. " ela disse dando de ombros.

"Como assim? O que, exatamente, não foi tão ruim assim? " perguntei confusa.

"Ficar com um cara mais velho. " respondeu como se fosse óbvio.

"Ah, sim... eu falei que era bom." Falei sorrindo e adentramos a sala de aula. Não me senti tão incomodada com as aulas por causa da maconha, então foi tudo mais fácil de se digerir.
Logo eu estava a caminho de casa novamente, e para minha terrível surpresa,  tínhamos visita, havia um belo carro parado em frente de casa.

Tentei fazer minha melhor cara e parecer animada em receber visitas logo cedo.

Antes mesmo de chegar na sala eu já ouvia minha mãe rir com mais alguém.

Eu não estava disposta a falar com ninguém, ainda mais se fosse alguém do trabalho da minha mãe. Já basta ela de politicamente correta na minha vida.

"Poly, queria, venha aqui dizer um oi para nosso convidado. " minha mãe disse, bebericando vinho, toda sorridente. Bufei discretamente e caminhei até a sala.

Quando meus olhos pousaram sobre o homem sentado ao lado esquerdo no sofá, meus olhos se arregalaram levemente.
Meu deus, quem era esse anjo enviado do próprio jardim do éden??

"Então, você é a Poliana?" Ele pergunta, sorrindo e se levantando para beijar minha bochecha.

"Espero que tenha ouvido apenas coisas boas sobre mim. " soltei um riso olhando para minha mãe. "Mas e você, quem é? "

"Se lembra do colega de quem eu falei sobre?" Pergunta minha mãe. "O novo advogado.

"Ah, sim, claro. Tyler, certo? " Ele assentiu, sorrindo. Esse deus grego é advogado? Isso deveria ser considerado um crime. "Vai ficar para o almoço? "

"Sim, ele vai." Minha mãe respondeu por ele e senti vontade de rir.

Ele poderia ficar para comer outra coisa também...

"Quando estiver pronto eu te chamo." Disse minha mãe, e a olhei indignada. "Anda, Poly, isso aqui é conversa de adulto." Disse ela e eu revirei  os olhos, subindo para meu quarto.

"Conversa de adulto. " soltei um riso me jogando na cama e fitando o teto. "Patético."

Me estiquei e relaxei o corpo e preenchi minha mente com fantasias sujas sobre  Tyler Joseph.

Pego meu celular, para trocar mensagens com  Emma, sobre o meu mais novo sonho de consumo.

Nunca fiquei tão animada para almoçar, como hoje.

 

Algumas mensagens depois, deixei o celular na cama e desci para a sala de jantar.
Minha mãe já havia chamado duas vezes, o almoço deveria estar pronto.
Deixei o celular no quarto porque ela odiava que eu mexesse nele na hora de comer ou quando recebíamos visita.
E afinal, Tyler não era qualquer visita. Diferente dos demais advogados, era esbelto e tinha um rosto agradável.
Eu teria muito mais para olhar do que uma mera tela de smartphone.
Sentei á mesa cautelosamente, com medo de tropeçar o fazer algo errado.
Sentia os olhos de Tyler em mim, e isso fazia eu sentir que poderia cair até com o vento. Frente á frente, trocamos olhares várias vezes até que minha mãe irrompeu com o almoço.
Durante todo o almoço, quando minha mãe não estava olhando para ele, Tyler sempre dava um jeito de me encarar.
Tentei puxar assunto, mas ele não demostrou muito interesse. O que era estranho, pois contradizia seus olhares.
Quando acabamos, minha mãe tiramos a mesa e retornamos á sala de estar, onde estavam antes de eu chegar.
Pensei que seria dispensada de novo, mas foram breves.
Tyler logo estava de saída.

"O almoço estava ótimo", proferiu ele. Minha mãe corou, lisonjeada. "E foi ótimo conhece-la, também, Poly."

E então foi minha vez de ficar vermelha. Tentei esconder meu rosto ruborizado com um sorriso de soslaio, mas não funcionou muito bem.
Tyler não me olhava do mesmo jeito de antes. Estava sério agora, e prestes a ir embora.

" Obrigada, Tyler. Obrigada por tudo." Minha mãe agradeceu, um sorriso espontâneo, revelando alguns sinais do início da velhice. Mas continuava bela, ainda assim.

" Vou acompanha-lo até o carro", proferiu ela, e o telefone tocou no mesmo momento. Seu semblante mudou notoriamente. O desanimo era claro em seus olhos.
"Desculpe, Tyler, preciso atender..."

" Não, tudo bem, Diana", disse Tyler, gesticulando, como quem diz vá, pode ir.

" Eu o acompanho", disse, de supetão. Minha voz soou estranha, mas minha mãe não devia ter notado.

Ela assentiu, assim como Tyler.
Minha mãe deu as costas cheia de tristeza, rumando ao corredor.
Foi difícil ficar perto dele durante os primeiros segundos. Minha mente estava uma bagunça. Ponderava sobre tantas coisas, que as palavras vinham e iam.
Sorri fraco e tomei um lugar a sua frente, andando para a saída.
Sentia minhas pernas expostas levemente trêmulas. Ficava ainda mais nervosa com a ideia de ele estar me olhando.
Geralmente não ficava nervosa perto de homens.
Quando você está perto de um homem que não desperta interesse, é confortável.
Mas quando um homem te atrai... é difícil ficar perto dele.
Ele está fisicamente perto, e sua mente trabalha fantasiando-o ainda mais perto.
É simplesmente frustrante ficar apenas na imaginação, numa vez em que o corpo dele está tão tangível.
Uma certa eletricidade percorre seu corpo.
Pode ser até que você fique excitada.
Quando enfim chegamos ao seu carro, ele destravou a porta e disse, secamente "Até mais".
Mas ele queria falar mais do que isso. Eu sentia que ele queria.
Mas algo o acanhava.
O que seria? Será que minha idade?
Qual é, Poly, para. Você é nova demais, ele sabe que é roubada.
Acha que um homem que entende de leis não sabe o que acontece quando um adulto fica com uma adolescente?
Tentei não parecer decepcionada.

" Até mais, Tyler. Foi um prazer conhece-lo."

Ele sorriu complacente e depois entrou no carro.
Achei que ele fosse olhar de novo. Uma última vez antes de ir embora. Aquela olhada mais demorada, para gravar o rosto daquela pessoa em sua mente.
Mas ele não o fez.
E pouco depois seu carro foi engolido pela distância.
Disfarcei minha cara de idiota quando encontrei minha mãe na sala. Ela estava preocupada, claramente.
Mesmo assim, eu queria perguntar-lhe se Tyler voltaria. Quando voltaria.
Mas seria egoísta da minha parte, e soaria estranho.
Droga!, minha mãe estava com uma cara de quem viu um fantasma e eu estava preocupada com a volta de um estranho?

"Mãe, o que houve?"

"Eu vou precisar sair agora, querida. Mas eu te conto depois."
Sua bolsa já estava pendurada em seu ombro.
Tudo o que ela fez antes de sair praticamente correndo foi beijar minha bochecha.
Eu estava curiosa para saber o que acontecera. Mas, confesso que minha mente estava ocupada demais no momento para me preocupar. Eu só queria conjecturar a próxima visita de nosso novo advogado.

 



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