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História No Laws - Stepfather?


Escrita por: milkandhoney e stonedroleplay

Notas do Autor


Oi,pessoal. Sou eu, a Tai. Vcs sabem que a legal não sou eu, então Boa leitura!

Capítulo 13 - Stepfather?



É preciso coragem para mudar algumas coisas. E ausência dela para aceitar outras.
Não estou falando da coragem que eu tive ao pintar meus cabelos de preto e, convictamente, decidir procurar por Emma por conta própria.
E também não estou falando da falta de coragem da polícia ao praticamente abandonar o caso.
As únicas novidades que tínhamos era que Mark estava na cadeia, e que segundo o próprio falou, não tinha nada a ver com o desaparecimento de Emma. Se eles realmente acreditaram nisso, estão se deixando ser feitos de bobos.
E meu palpite é: mesmo que Mark não tenha nada a ver com o desaparecimento de Emma, (o que é bem difícil), ele deve saber algo sobre seu paradeiro. Afinal, fora ele quem estava com ela nas últimas horas e dias antes de seu desaparecimento.
Naquela manhã que acordei com Josh na casa do pai de Mark, senti que aquela casa tinha muito o que me dizer sobre o lugar para onde minha amiga fora. E também, que pelos o pai de Mark poderia me contar algo.
Mas após adormecer ao lado de Josh, todos os papéis de parede daquele quarto ficaram apenas em meus devaneios.
Devaneios estes constantes. 
Eu estava ficando obcecada pensando no tanto que poderia descobrir a respeito se conversasse com aquele senhor. Talvez eu encontrasse algum bilhete dela pela casa, ou algum tipo de mensagem ou sinal. Algum desenho pequeno, com um grande significado. Como costumávamos fazer quando garotas.
Josh provavelmente não me ajudaria com aquilo, tampouco me levaria de volta àquela casa depois de como reagi dois dias atrás.
Mas ele não era o único a quem eu poderia recorrer.
"Aidan, preciso que me dê carona."
"Até em casa? Sua mãe não vem busca-lá?"
"Não é para casa... Eu não acho que ela venha, ela anda muito ocupada. Pode me ajudar ou não?"
   Ele faz uma cara feia. Pensei em desistir de prontidão, e pegar um ônibus ou um táxi.
"Tudo bem. Mas precisa me dá o endereço."
     Quando chegamos a casa do pai do Mark, de início eu quis voltar. As paredes pareciam mais frias do que deveriam, e ainda estávamos dentro do carro. As memórias daquele dia horrível no qual quase fui morta voltaram a tona, deixando-me estupidamente nervosa e quase me fazendo esquecer o motivo de eu estar ali.
Mas aquele sorriso lindo moldado por aquele rosto meigo e a cabeleira loira, logo caindo em plena decadência por olheiras e hematomas, me fez lembrar.
Por Emma. 
Eu tinha que faze-lo por ela, eu precisava faze-lo para te-la de volta.
"Poly, está tudo bem? De quem é essa casa?"
"Ah, eu estou  bem. É só a casa de um conhecido. Pode me esperar no carro?"
    Seu semblante está confuso, como quem não sabe nem do início do que está acontecendo. Mas ele assente.
Eu não gostava de esconder nada de meus amigos. Mas se eu contasse o que estava fazendo ali, talvez o assustasse.
E eu não queria perder mais ninguém.
Quando toquei meu rosto, a caminho da porta e da campainha, por sua vez, senti as lágrimas em meus dedos. Eu sequer havia percebido que estava chorando. Enxuguei meu rosto rapidamente e apertei aquele botão frio.
Mas as coisas não estavam saindo exatamente como eu havia planejado. Começando pela garota albina de cabelos azuis vestida de enfermeira. Seus olhos eram extremamente azuis, mas o delineador preto contrastava-os.
Ela tinha uma aparência exótica. E a pulseira preta com tachas douradas descascadas deixava bem claro que ela era uma punk.
Achei rude o modo como ela apagou o cigarro na parede e jogou-o do lado de fora, bem perto de meus tênis.
"O que você quer aqui?", perguntou a garota albina, em sua voz rouca e embriagada, segurando a porta.
"Eu sou Poly. Vim ver o senhor Eshleman. Como ele está?"
      A expressão da loira mudou alguma ouvir meu nome, como se ela o reconhecesse de algum lugar. Mas logo sua carranca voltou. E ela deu de ombros, indiferente.
"Doente. Como sempre."
"E será que eu poderia ve-lo?"
"Acho que o filho dele não ia gostar nada disso. Por que não dá o fora, Poly?!"
"Uau. Então você conhecesse o Mark?"
"Mais do que isso. Sou namorada dele, não que isso seja da sua conta."
"Então ele falou pra você que eu não posso entrar?"
"Pra o seu próprio bem, é melhor que fique bem longe dessa casa. O Mark está furioso porque você o colocou na cadeia. E vai ficar ainda mais quando souber que esteve aqui."
    Foram suas últimas palavras antes de bater rudemente a porta.
Furioso? Bem, ele não era o único.
Voltei para o carro correndo. Aquela deveria ser a ex maluca do Mark de quem Emma havia me falado uma vez. Ela significava encrenca, do mesmo jeito que ele.
Aidan me olhou assustado.
"O que houve, Poly? Você está bem?"
"Sim, eu estou.  Apenas dirija rápido."
 


Quando chegamos em minha casa, tive de me esforçar para fugir da avalanche de perguntas que Aidan me fez o caminho todo.
Desci do carro e caminhei até a janela do motorista, me inclinando na mesma. 
"Prometo que quando a poeira baixar você vai ser o primeiro a saber de tudo..." Falei sincera e ele me olhou com um sorriso triste. 
"Poly... toma cuidado, por favor..." Ele disse com os olhos brilhando e me deu um beijo na bochecha. Sorri terna e acariciei seus cabelos. 
Me afastei do carro e vi o mesmo sumir seguindo seu caminho. Ugh, que baita dia estressante, era bom saber que eu tinha alguém que orava por mim.
Abri a porta ajeitando a mochila nas costas e dei de cara com Tyler, que parecia, por um segundo, tão surpreso quanto eu, porém, rapidamente ele se recompôs. "Poly? Onde estava, querida?" Só então notei minha mãe logo atrás do maior.
"O que vocês fazem aqui?!" Perguntei sem querer ser rude. Tyler sabia manter postura, mas eu podia quase sentir seu desconforto como uma rocha.
"Ahn, bem... Tyler e eu... bem, Poly querida, já estava na hora de você saber." Ela disse abraçando Tyler pela lateral, que retribuiu e sorriu minimamente, assentindo brevemente. Sinceramente eu já sabia muito bem o que isso queria dizer, e eu nunca mudei tão rápido de triste para furiosa como agora. "Eu e Tyler estamos juntos." Minha mãe sorria e Tyler forçava um riso muito bem.
Então quer dizer que dormir comigo é errado mas dormir com minha mãe não é? Nada anti ético! Argh eu estava tão irritada, queria poder gritar isso na cara de pau dele, mas eu não podia. Não podia ferir minha mãe, então eu respirei fundo e sorri de canto. 
"Bom pra vocês." Falei simplesmente é passei pelos dois, subindo para meu quarto e trancando a porta.
Andei pisando forte contra o chão, dando voltas e massageando minhas têmporas. 
"Como ele... como ele pôde?!" Bufei socando a parede. "Argh, eu o odeio! Odeio, odeio, odeio!" Falei dando um soco a cada palavra, até que senti as lágrimas borrando minha visão e a fina dor percorrer os ossos de minha mão. 
Olhei para meu punho e estiquei os dedos lentamente, observando minha pele vermelha ficando rapidamente escura e o pequeno e antigo corte se abrindo e uma fina linha vermelha e quente escorrendo e marcando seu caminho entre meus dedos. 
Funguei algumas vezes e me sentei na cama. "Desculpe, Emma... eu sei que prometi nunca mais fazer isso... mas eu estou tão furiosa... tão ferida e sozinha." Murmurei tentando engolir o choro, mas o nó na minha garganta estava me sufocando e eu precisava matar essa ira dentro de mim. 
Eu estava prestes a voltar a socar a parede quando ouvi alguém bater na porta. "Poly? Podemos conversar um minuto? Tá tudo bem?" Tyler perguntou e ouvir sua voz depois de tanto tempo dissipou minha raiva e me preencheu de uma dor tão forte que estava semelhante a dor física. 
Droga ele não podia me ver nesse estado, ele não pode saber que sou fraca. Peguei uma camiseta em cima da cama e limpei o rosto e minha mão, correndo até minha cômoda com minhas maquiagens e meu espelho, eu não podia deixar ele perceber as lágrimas que banharam meu rosto a pouco tempo atrás. 
"Entra." Falei alto pegando o delineador e começando a me maquiar. Ele abriu a porta lentamente e entrou fechando a mesma atrás de si, nossos olhares se encontraram através do espelho e eu já sabia o que estava por vir. Tyler Joseph e seus sermões hipócritas que só servem para ele tentar provar a ele mesmo que não somos o certo.
"Você está bem?" Sua voz soou suave no quarto, atravessando toda a energia pesada até meus ouvidos. Respirei fundo e sorri passando blush.
"Claro, e você? Dormiu bem? Parece bastante relaxado." Provoquei enquanto passava o batom. Através do espelho pude ver ele coçar a nuca nervoso, finalmente me fazendo sorrir de verdade, mesmo depois disso tudo, eu ainda tenho você na minha mão Mr. Joseph. 
"Eu... Poly, onde estava?" Perguntou mudando de assunto e caminhando na minha direção. Virei-me em sua direção cruzando os braços.
"O que te importa?" Perguntei estreitando os olhos e inclinando a cabeça. O maior franziu o cenho e me puxou pelos braços me olhando de cima.
"Tenha mais cuidado como fala comigo, Poliana." Falou num tom autoritário, mas eu pude ver o sorriso bobo nos lábios nada finos do maior. 
Sorri travessa e deslizei as mãos pelo seu terno até sua gravata, enrolando-a em minha mão e a puxando para baixo, deixando agora nossos rostos tão próximos que eu sentia sua respiração sobre meu rosto. 
"Ora ora, Mr. Joseph, o senhor sabe como é errado esse triângulo amoroso em que o senhor está se metendo? Mamãe não vai gostar nada de saber que o perfeito colega de trabalho que lhe jurou carinho por debaixo dos panos da justiça, tem um caso com sua filha querida." Falei convencida ao ver ele engolir em seco os fatos. "O que foi Tyler? O gato comeu a sua língua?" Um flash de luxúria atravessou o brilho dos seus olhos e ele franziu o cenho, me puxando pela nuca e juntando nossos lábios de forma feroz. 
Por um segundo eu me deixei levar, suas mãos desceram até minha cintura, me colocando mais perto. Seu corpo pegava fogo, mas eu não podia deixar ele me queimar de novo. Não desta vez, não depois do que ele fez. 
Josh não era mau, não era o perigo... Tyler é quem era. Era como cocaína, eu experimentei dele por diversão e agora não consigo me livrar do vício de seu prazer. Mas eu precisava resistir.
Segurei em seus ombros e o empurrei, separando nossos lábios o olhei com raiva, desferindo um tapa em seu rosto, que se inclinou levemente pela força. 
"Não!" Gritei me afastando e sentindo um gosto amargo na garganta. "Chega!  Eu não sou mais o seu brinquedo."
"O que? Você está louca?" Ele começou, mas eu não iria ouvir. Não posso ouvir. 
"Chega, Tyler! Eu não te quero mais." Falei decidida.
"Não é o que parecia a dois minutos atrás." Disse sarcástico e eu senti ainda mais raiva. 
"Tanto faz, sai daqui! Vai embora do meu quarto, vai embora da minha casa!" Bufei e ele fechou a cara, seu olhar... ele não precisou dizer mais nada, apenas saiu do quarto e desceu as escadas. 
Ugh, não posso me desesperar agora.
Preciso pensar nela... em Emma e em como eu vou falar com o pai de Mark. 
Concentra, Poly! Vai dar tudo certo...
Tem que dar.
 

 


Notas Finais


Espero que gostem. Não esqueçam de comentar. Xx♡


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