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História No Laws - The Worst is yet to Come


Escrita por: milkandhoney e stonedroleplay

Notas do Autor


It's me, Tai.
Boa leitura!

Capítulo 8 - The Worst is yet to Come


Aquele carro pegou fogo. Bem, não literalmente. Mas ainda estava quente quando nos vestimos novamente.
E Tyler, subitamente, parecia preocupado.
"O que aconteceu?"
"Vou te levar para casa, sua mãe deve estar preocupada", ele disse, e então deu partida.
Fiquei sem entender porquê, depois de tudo o que fizemos, ele estava agindo feito um idiota.
Durante o percurso até minha casa, ele sequer olhou para mim.
Quando chegamos, minha mãe correu ao meu encontro e me abraçou forte, como se estivesse com medo de me perder.
Ela pôs as mãos em meu rosto, uma em cada lado, e fitou meus olhos,
"Você está bem, querida?"
   Eu nunca a vi tão preocupada. Estava me sentindo culpada por deixa-la assim.
"Eu estou bem, mãe. O Tyler me ajudou." Olhei para ele, que me fuzilou com os olhos.
"Por que não conta pra ela, Tyler?"
  Seu olhar ficou distante por alguns segundos, seus lábios franzidos, como se ele houvesse esquecido de como se falava. Mas na verdade, ele deveria estar apenas pensando no que exatamente deveria contar.
"Hum...", ele pigarreou, " o Josh a estava esperando na escola, a convidou para sair, mas ela rejeitou e veio correndo. Eu a peguei perto daqui."
"Podemos conseguir uma ordem de restrição contra ele?", perguntou minha mãe. E algo me dizia de que aquela conversaria ficaria chata demais para meu bico.
"Posso providenciar amanhã", disse Tyler. E claro, ele adoraria fazer aquilo. Adoraria deixar o território livre.
"Certo. Obrigada, Tyler. É cada loucura em que essas garotas se metem hoje em dia... Caras mais velhos... Hum. Para quê?"
   Tyler engoliu em seco. Eu me esforcei para reprimir uma gargalhada.
"Depois acabam nessas enrascadas...", murmura ela, carrancuda.
   Afasto-me de supetão, proferindo algumas palavras de despedida, rumando para meu quarto.
Aquela sala estava cheirando a cinismo.
E eu precisava de um banho.

As impurezas caíam junto com as lágrimas.
Aonde Emma deveria estar? Será que estava bem ou machucada?
Sentia-me traída por Josh, como nunca antes. Ele havia dito que Emma estava bem, mas ele havia mentido sobre muitas coisas. Como eu saberia que isso não era só mais uma de suas mentiras.
E se ele fosse cumprisse de Mark?
Eu estava assustada e sentindo-me impotente por não poder sequer ajudar minha melhor amiga, e ainda precisar de proteção.
Já era o bastante apenas um psicótico ás soltas. E agora mais um?
Eu oraria, pediria a Deus forças e proteção para Emma. Mas àquela altura, duvidava que alguém fosse me escutar.
Como Deus deixaria tudo aquilo acontecer? Por que ele deixaria Emma em perigo?
Eu queria gritar, espernear, esmurrar o rosto de alguém. No entanto, não mudaria nada. No dia seguinte Emma ainda estaria desaparecida.
E minha mãe não precisava de mais preocupações.
Enfiei-me nas cobertas da cama depois do banho e fechei os olhos. O sono tardou a chegar, meu corpo estava resistindo. Minhas pálpebras estavam cansadas, mas eu não conseguia adormecer.
Mais lágrimas rolaram pelo meu rosto.
Eu deveria estar chorando há horas. Minha mãe entrou em meu quarto de sorrateiro e depositou um beijo em minha testa, como quando eu era criança e estava com medo. Quando chorava ao lembrar de como fui machucada.
Aquele beijo me dava esperanças outrora. Mas eu era criança, estava assustada e confusa.
Agora, crescida, era só um reconforto momentâneo.
O pior ainda estava por vir.

Haviam se passado três aulas, Aidan matou as três, que eram diferentes das minhas, para ficar comigo me consolando.

"OK." Ele disse, tirando meu rosto de seu ombro, o tomando em suas mãos. "Você não pode deixar isso te derrubar, bonbonche. Emma era minha melhor amiga também, mas se eu me deixar abater pela dor e preocupação, meu deus, eu estaria mortinho!"

Seu tom era calmo, tentando me passar segurança. Sorrindo com o apelido de infância, eu assenti.

"Eu sei, Aidan, mas eu simplesmente não consigo lidar com isso. Eu não consigo estar no controle de mim mesma!" Falei frustrada. Esfregando o rosto, levando minhas mãos até meu cabelo.

"Emma é uma garota forte. Ela já se meteu em encrenca antes..." Ele suspirou acariciando minha bochecha. "O fato de ser algo mais sério, não quer dizer que ela não vai sair dessa. Você vai ver, logo logo ela vai estar aí conosco. Cheia dos histerismos e crises de obsessão por cantores dos anos noventa."

Era visível que ele estava se esforçando para não chorar na minha frente, ele não faria isso, desde quando estudávamos no primário ele sempre me deu apoio.

Quando o episódio de 2008 veio a tona, e minha mãe descobriu que nosso antigo vizinho me molestava, Aidan e Emma me ajudaram a passar por isso. Éramos apenas crianças e já tínhamos conhecimento do lugar horrível que o mundo era.

Naquela época, Emma fugia muito da casa dos pais, eu nunca soube realmente o motivo. Mas ela sempre vinha bater à minha porta ou a do Aidan.

Era engraçado como nossas vidas sempre pareceram fazer parte de algum filme ruim dos anos oitenta. Era bem cliché, realmente. Mas eu amei minha infância. Lembrar daqueles dias só me faz sentir mais falta de Emma.

Eu nunca pensei que algo assim poderia acontecer. Eu me arrependo até hoje de ter arrastado Emma para aquela festa, o sentimento de culpa vai sempre estar comigo. Me consumindo aos poucos


Já haviam se passado quase dois meses, e eu não tinha notícias de Emma ou de Josh. Nem mesmo Tyler vinha a minha casa com frequência. Eu estava só.

Nada do que eu queria estava dando certo. Mas ao menos, aquela onda de tristeza havia cessado um pouco. Porém, o enorme sentimento de vazio estava tomando conta da minha vida. Eu precisava de uma distração, precisava de Tyler Joseph.


"Poly, querida, Tyler vai vir jantar aqui hoje, ele disse que conseguiu alguma novidade." Minha mãe gritou do andar de baixo e eu praticamente saltei da cama em alegria.

Parece que os deuses finalmente me ouviram!  Além de Tyler estar vindo abençoar minha casa com sua presença, talvez ele tivesse notícias sobre o paradeiro de Emma.

Por algum motivo, Joshua veio a minha mente. Eu ainda não quero acreditar que ele seja um cretino como Mark. Não consigo pensar em seus olhos e enxergar maldade em seu olhar. É como se por trás de todo aquele jeito de badboy, houvesse um gatinho assustado.

Ele parecia sofrer ao falar sobre Mark, realmente parecia ficar triste com o que o amigo se tornou. Mas depois do que Tyler me disse sobre ele, um medo também cresceu em meu peito, e eu não conseguiria confiar em Josh de novo. Será um erro confiar cegamente nas palavras do Joseph? Ele poderia ter inventado tudo e me manipulado, afinal, esse é seu trabalho. Manipular os fatos ao seu favor e convencendo o júri de que seu lado da moeda é o certo, ganhando assim, o caso.

Mas é como se tudo que saísse de sua boca fosse verdade, não importa o quão estúpido pareça. A maneira como seus lábios se movem, sua linguagem corporal, completamente controlada.

Ele era um jogador profissional, paciente e calculista. Analisando cada jogada de forma intimidante. Talvez fosse isso que me atraísse tanto nele. Toda a autoridade que ele impunha mesmo sem estar presente.

Ele era a corte e o acusado. O juiz e o júri do próprio caso. Um louco condenado a prisão perpétua, em liberdade aguardando a sua vez na fila da forca.

E lá estava eu na platéia, aplaudindo e gritando mais do que qualquer outro. Eu sempre adorei um bom show de horrores.



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