História No Man's Land (Segunda temporada de Bonsoir) - Capitulo especial de natal

‘’25 de dezembro de 1913’’

Na manhã de natal Francis pulo sobre Arthur que ainda continuava dormindo enrolado em cobertores, o inglês resmungou ele não gostava de que atrapalhassem seu sono assim tão cedo, mas Francis não parecia se importa em incomodar.

—Francis, me deixa dormir mais um pouco.

O Inglês falou cobrindo a cabeça, que logo foi descoberta pelo Francês.

—E manhã de natal, não pode ficar dormindo.

 Arthur resmungou outra vez algumas coisas indecifráveis, e afundo o rosto no travesseiro, Francis puxou o coberto com a intenção de fazer Arthur sentir frio, depois colocou suas mão geladas no rosto do inglês que se assustou.

—Pare com isso Francis.

O inglês se sentou na cama ele sabia que não conseguiria afastar Francis dali o melhor era se render, Francis se sentou à sua frente, ele estava com o cabelo amarrado e usando um avental branco com manchas por cima de um suéter cinza.

—O que e isso?

Perguntou Arthur apontando para o avental manchado.

—Estou fazendo mince pie*

—Não e um pouco cedo para começar a preparar a ceia?

 Diferente da França e de alguns outros países, na Inglaterra era costume fazer a ceia na noite de natal, e não na véspera, Francis gostava de preparar as coisas logo de manhã para não ficar acumuladas durante a tarde, assim ele e Arthur poderia ficar livres para arrumar outras coisas.

—Sim, mas não quero que se acumulem durante a tarde, nossos amigos deverão vir mais cedo quero que tudo já esteja pronto.

Os dois sempre recebia alguns poucos amigos na noite de natal, Arthur não gostava muito de outras pessoas andando pra baixo, e pra cima em sua casa mesmo que fosse no natal, e que fosse amigos íntimos deles, ao contrário de Francis que se possível convidava toda a rua.

—Me acordou porque quer que eu te ajude?

—Sim, mas também quero entregar seu presente.

Francis disse empolgado.

—Ainda e muito cedo...

 Antes que o Inglês terminasse de fala , Francis colocou suas mãos sobre seus os olhos  bloqueando sua visão.

—Não, não e, deixe os olhos fechados, e estenda as mãos.

Francis sempre fazia mesmo ritual todos os anos antes de entregar o presente, Arthur obedeceu e manteve seus olhos fechados, ele sentiu quando Francis se afastou, escutou uma gaveta sendo aberta, e fechada em seguida, e em poucos segundos Francis estava de volta sentado em Frente a Arthur.

O Francês se aproximou e deu um beijo nos lábios do Inglês, que pretendia retribuir mas Francis se afastou.

—Obrigado pelo presente, mas foi muito rápido.

Antes que Arthur abrisse os olhos, Francis o impediu os tapando novamente com a mão.

—Este não e o Presente, eu apenas queria beijar você e tão lindo quando acorda.

Realmente cabelo bagunçado, rosto amaçado, e olhos meio abertos eram lindos, Arthur continuo de olhos fechados quando sentiu um leve peso em suas mãos, como se fosse uma pequena caixa, quando Francis deu permissão para que ele olhasse confirmou que aquilo era sim uma pequena caixa preta quadradinha ,com uma inscrito em dourado em cima, ele abriu com cuidado, e em seu interior havia um relógio de bolso prateado com alguns detalhes entalhados, era tão bonito, não era grande como os que costumava a ver sendo usado por homens nas ruas, era menor e mais delicado, tinha uma corrente fina e leve.

—Francis, obrigado, mas eu imagino que foi muito caro não presi....

O francês não deixou que Arthur terminasse de falar e o interrompeu.

—Você faz o mesmo discurso todo ano, apenas aceite, eu amo você o valor do presente não importa.

Francis beijou Arthur, que passou os braços envolta do corpo do francês e o pressionou contra o seu, os dois se deixaram cair sobre a cama, era o quarto natal que passava juntos, e mesmo tendo seu sono incomodado Arthur se sentia feliz por Francis estar ali com ele, de repente o Inglês se lembrou e que também havia comprado algo para Francis a alguns dias atrás, ele empurrou Francês para o lado e se levantou da cama deixando o deixando sozinho.

—O que aconteceu?

Francis perguntou se sentando na cama, ele não queria que Arthur estivesse saído esperava que aquele beijo evoluísse para outras coisas.

—Espera, também comprei uma coisa para você.

Arthur foi até o armário e em poucos segundos estava de volta.

—quer que feche os olhos também?

—Se quiser.

Francis fechou os olhos, e estendeu as mãos em direção a Arthur que trazia consigo uma caixinha comprida e aveludada de cor preta, ele abriu a mesma e retirou de lá uma pequena pulseira de cor rosada, com uma pedrinha como pingente, e a prendeu no pulso de Francis.

—Pode abrir.

Ele temia que mais uma vez tivesse errado o presente, e que Francis não gostasse, mas foi ao contrário.

—E linda, tão delicada parece que você roubou de uma fadinha, ou de uma princesa, obrigado Arthur, eu realmente adorei.

—Mandei que fizesse para você, ela e de ouro rose, e tem um pequeno diamante no pingente, sei que nos natais passados eu não te dei presente muito bons, queria que esse ano fosse diferente, queria que ficasse feliz pelo menos um natal.

Francis riu.

—Você acha que minha felicidade depende de um presente caro?

Ele perguntou a Arthur.

—Todo mundo fica feliz quando ganha algo bom, não dei nada que prestasse a você nestes últimos anos, você sempre me dá coisas boas, eu sempre te dou coisas estranhas, eu não venha me dizer que gosta porque sei que e mentira.

Francis riu novamente.

— Sabe antes de você aparecer, eu não era do tipo que me importava com essa coisa como o natal, eu apenas saia para beber com alguns amigos, mas era apenas isso, não tinha arvore, e nem ceia, ou coisas do tipo, eu ganhava presentes como flores, e cartões de natal mas era de pessoas que eu mal conhecia, era algo vazio como se elas me desses apenas por que gostavam de me ver cantando, ou por que me achavam bonito, não era como se elas me amassem de verdade ,ou se importassem comigo, mas depois que você chegou esses tem sido os melhores anos da minha vida, agora eu sei como e se sentir amado, e ter alguém que realmente se importa e cuida de mim, você tem em deixado feliz todos os dias durante esses quatro anos, não seja idiota de pensar que só vou fica feliz por ter ganhado um pulseira com um diamante, você me conhece e sabe que não ligo para isso, o que importa e que você está aqui comigo, eu te amo tanto e quero que me prometa uma coisa.

—O que?

Arthur perguntou.

—Promete que nunca vamos nos separar, mesmo que o céu desabar sobre as nossas cabeças, vamos continuar juntos, e vamos sempre cuidar um do outro quando for preciso, me de seu mindinho.

Arthur cruzou seu dedinho no de Francis, aquilo era tão infantil.

—Eu prometo nunca vou deixar você, estaremos juntos durante todos os natais dos próximos anos que se seguirem, e vou cuidar e proteger você sempre que for preciso, jamais te abandonarei seja qual for a situação, eu te amo Francis bonnefoy.

 Francis sorriu e os dois se beijaram.

 Era manhã de natal de 1913 nem eles nem ninguém esperava que uma guerra começaria no ano seguinte, e que não estaria juntos no próximo natal que viria.