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História No Mundo Das Séries - Moeda de Prata


Escrita por: LIKGrey

Notas do Autor


DESCULPEM PELA DEMORA, NÃO ME MATEM!!
Ultimamente minha vida tá muito corrida, então tá difícil! Obg por comentarem, obg mesmo!!!
Enjoy!

Capítulo 39 - Moeda de Prata


Fanfic / Fanfiction No Mundo Das Séries - Moeda de Prata

Minhas costas estavam encostadas na parede gelada. Meus braços estavam presos por correntes atadas ao chão. Minhas mãos estavam tampadas por duas luvas de ferro. Minha cela era como a dos outros: grades na frente e uma cama. Minhas costas doíam um pouco, mas apenas por causa da posição em que eu me encontrava. Ficar curvada, sentada no chão após levar alguns tiros nas costas não era confortável.

Mas eu não era a única presa ali — apesar de ser a única que realmente merecia estar ali. Clint, Wanda, Sam, Scott... todos estavam ali. Todos haviam se sacrificado para que Steve conseguisse chegar até o quinjet e fosse com Bucky para a Sibéria. E sabia de tudo aquilo porque conversava com Clint por pensamento.

Nunca senti tanta raiva de alguém como estava sentindo de Tony Stark naquele momento. Tudo aquilo era culpa dele. Desde Ultron até ali. Nós não precisávamos ser controlados, ele precisava. Ele era o único que precisava. Nenhum de nós havia feito alguma coisa errada até que ele decidiu acatar as decisões do governo. Tudo era culpa dele. Ele era um traidor tão grande.

E eu havia quase matado Rhodes. Eu conseguia controlar o fogo e nem mesmo sabia disso. Minha vida estava caindo aos pedaços e eu não podia fazer nada para impedir. Algo estava dentro de mim, algo muito ruim, e eu não sabia o que era. Me peguei pedindo aos céus que Thor voltasse. Ele saberia o que fazer. Ele sempre foi melhor do que eu no quesito magia e monstros.

Olhei para o teto e então para o chão, vendo um brilho leve ao lado da minha cama. Usei meus poderes para atrair o pequeno objeto para perto de mim e, discretamente, coloquei-o na minha boca, tendo uma ideia de como fugir. Mas meu gênio falou mais alto.

A porta da sala de celas de abriu, revelando um Tony Stark abalado. Seu braço estava quebrado e seu olho roxo. Mas não era isso que iria me fez sentir pena dele. Ele apenas estava recebendo o que merecia. Ele caminhou vagarosamente pelas celas. Clint batia palmas sarcasticamente.

— Olhem só pessoas, nosso famoso Tony Stark. A pessoa que traiu sua equipe — Clint disse, bem alto, para que todos ouvíssemos.

— Seus filhos não vão ficar decepcionados Clint? — Tony tentou rebater.

— Eles sabem que o pai está do lado certo — Clint falou, quase em um sussurro, mas eu pude ouvir, já que sua cela era ao lado da minha.

Tony não respondeu e andou mais um pouco, parando em frente à minha cela.

— Você está bem? — Ele perguntou, encarando o chão.

Cuspi o pequeno objeto em seus pés. Ele se abaixou e pegou.

— Uma moeda prata? — Ele perguntou, criando a coragem de me olhar. — Eu não entendi.

— Acho que agora você tem 31 moedas de prata — olhei no fundo de seus olhos, deixando o ódio me consumir. — Espero que você durma bem, Judas.

Ele ficou calado e colocou a moeda no bolso. Desviou o olhar para o chão e eu voltei a encarar a parede na minha frente. Quando saísse dali a primeira coisa que eu faria seria cortar Tony da minha lista de amigos.

(...)

“Quando sairmos daqui, para onde você vai?” Perguntei para Wanda, por pensamento.

“Vou ficar com a equipe. Você não vai?”

“Tenho que resolver algumas coisas” eu respondi.

Foi quando um alarme começou a tocar. Sorri internamente, sabendo o que aquilo significava. Em menos de trinta minutos, as portas foram abertas por Steve. Ele veio até a minha cela, quebrando as grades e tirando minhas algemas.

— Sabia que você viria — o abracei, instantaneamente.

— Eu sempre vou vir — ele devolveu o abraço. — Agora me ajude a soltar os outros.

Assim o fiz. Nós saímos daquela instalação facilmente, já que Steve havia conseguido entrar ali por si próprio. Ele havia conseguido roubar um quinjet e nós o usamos. Natasha estava sentada na cadeira do piloto. Olhei para Steve, estranhando o fato de ela estar ali (apesar de já desconfiar de que ela estava do lado errado).

— Ela nos ajudou a fugir — Steve explicou.

— Por falar em nós — Sam comentou, sentando em um dos bancos. — Onde está o motivo de tudo isso?

Sentei-me entre Sam e Wanda, esperando que Steve explicasse o que havia acontecido durante o tempo em que ficamos presos. E a explicação não foi a que eu esperava ouvir.

— Quando chegamos na instalação da Sibéria, Tony nos encontrou. Ele fez uma breve aliança por causa de algo que você disse Sam — Steve olhou para o amigo. — Então nós fomos atrás do falso médico, que na verdade se chama Zemo, e ele armou tudo aquilo. Ele não queria reviver os outros soldados, mas sim mata-los. Ele queria nos destruir. Então ele mostrou um vídeo em que Bucky... bem... matava os pais de Tony e tudo foi por água abaixo. Tony tentou matar Bucky e, para resumir, ele tirou o meu escudo. Bucky decidiu que deveria voltar a ficar congelado e T’Challa nos ajudou com isso.

— Tony sabia que viriam atrás de mim depois que eu ajudei Steve e Bucky, então me mandou ir embora e eu fui — Nat disse, ligando os motores do quinjet. — Encontrei Steve e agora estamos aqui.

O quinjet decolou enquanto tentávamos raciocinar tudo. Eu queria ler a mente de Steve, mas tinha a sensação de que me arrependeria de fazer isso, então não o fiz. Quando vi, estávamos no ar. Era dia e o céu se fazia presente em sua imensidão a nossa frente. Então todos começaram a fazer suas próprias atividades — como dormir e conversar — e eu aproveitei para ter uma conversa em particular com Steve.

— Eu não vou ir com vocês — eu disse, como um sussurro.

Ele me olhou, confuso e cansado. Aquela expressão de soldado ainda estava presente em sua feição, mas apesar de sério seus olhos tinham um brilho bonito. Ainda nutria um imenso carinho por Steve, mas sabia que meu coração pertencia a outra pessoa. E eu apenas queria que ele ficasse bem, que ficasse com alguém que o merecesse. Lembrei de Sharon, mas sabia que aquilo não era o melhor. Steve e Sharon não eram o melhor casal. Então olhei para a ruiva que dirigia o quinjet e sorri, pensando naquela possibilidade.

— E você vai para onde? — Ele perguntou.

Ousei me acomodar em seu peito e ele me envolveu com um de seus braços. Tive que me segurar para não dormir ali mesmo.

— Vou atrás de umas pessoas que eu sei que podem me ajudar — suspirei. — Aquilo que aconteceu no aeroporto... aquela não era eu e...

— Eu sei — ele começou a acariciar meu cabelo. — Você precisa descobrir o que era aquilo. E eu quero muito que você descubra, mas vou sentir sua falta.

Sorri.

— Também vou sentir a sua. De todos, para falar a verdade — olhei para o chão. — Mas eles vão poder me ajudar, eu sei disso.

— Eles? — Ele perguntou.

— São dois irmãos que eu conheci há algum tempo, no segundo dia em que estive aqui. Eles me ajudaram uma vez e sei que vão poder me ajudar de novo — eu sorri. — Eles têm uma certa experiência com coisas sobrenaturais.

(...)

Acordei com Wanda me chamando. Eu havia adormecido nos braços de Steve, assim como ele. Já estava escuro do lado de fora e quem dirigia era Clint. Me perguntei aonde ficava aquela prisão, já que estávamos demorando tanto a chegar nos Estados Unidos. Levantei-me devagar, para não acordar Steve e me juntei virei para Wanda.

— O que aconteceu com você no aeroporto? — Ela perguntou em um sussurro.

— Eu não sei — suspirei. — Mas foi a pior sensação.

Ela assentiu, olhando para Scott, que roncava. Ela soltou um leve riso e eu a acompanhei.

— Já amou alguém Lucy? — Ela perguntou, ainda olhando para Scott.

— Eu amo alguém — disse, tristemente. — Eu estou apaixonada por alguém, mas isso não faz diferença porque ele ama outra.

— E você já disse isso para ele? — Ela colocou seu cabelo atrás da orelha, voltando a olhar para mim.

— Não posso — suspirei. — Se eu disser que o amo e, por algum motivo louco, ele corresponder, eu vou estar presa a este mundo. E nunca vou poder voltar para casa.

Ela ficou calada e voltou a olhar para Scott. Percebi um brilho estranho passar por seus olhos e não pude deixar de sorrir com a possibilidade de eles dois virarem um casal algum dia. Mas sabia que era uma possibilidade antiquada, já que ela era do Visão e ele da Vespa.

— Acho que — ela falou, olhando para mim — se você ama alguém, deve dizer. Mesmo se estiver com medo de não ser a coisa certa, mesmo se estiver com medo de causar problemas, mesmo se estiver com medo de que tudo desmorone — ela olhou para Scott. — Diga. E diga alto. Você nunca sabe quando vai ser a sua última oportunidade.

(...)

Quando o quinjet finalmente pousou, soube que era a minha hora de despedida. Estávamos em Lawrence, Kansas. Eu havia pedido para Nat rastrear a última localização de Dean e Sam Winchester, e ela conseguiu. Então eu estava com uma mochila com algum dinheiro nas costas e pessoas olhando para mim.

Steve Rogers, Wanda Maximoff, Natasha Romanorff, Clint Barton, Sam Wilson e Scott Lang. Nunca pensei que um dia conheceria aquelas pessoas pessoalmente e muito menos que me tornaria tão próxima delas. Queria poder dizer que nos veríamos novamente, mas algo dentro de mim me dizia para me despedir como se não os fosse vê-los nunca mais. E eu não queria seguir aquele conselho, mas tinha que.

Abracei Scott. Ele era a pessoa que eu não tinha tanta intimidade, por isso fui nele primeiro. Não havíamos vivido muito juntos, então não fiz uma despedida melodramática. Abracei Sam. Ele havia sido um companheiro e tanto durante os últimos meses. Abracei Clint, me lembrando da primeira vez que o vi, quando ele ainda estava sendo controlado por Loki. Parecia ter sido há séculos atrás. Abracei Nat, me lembrando de quando estávamos lutando contra a HIDRA e ela estava vulnerável, perguntando se eu e Steve confiávamos nela.

Abracei Steve. E, por alguns minutos, consegui me lembrar de tudo o que já havíamos vivido. Desde a nossa primeira conversa no aero porta-aviões de Fury, ao nosso primeiro beijo, até a nossa briga. E percebi o quanto eu havia amadurecido apenas por causa dele. Nosso namoro fora uma das melhores coisas que me aconteceram.

Então abracei Wanda. Aquele fora o abraço do qual eu nunca me esqueceria. Eu não sabia ainda, mas Wanda seria tão importante na minha vida. E eu não queria soltá-la, porque tinha a sensação de que não deveria fazer aquilo. Não pude deixar de me perguntar como aquela pessoa havia passado de inimiga mortal por ter me feito ver coisas que eu não queria, até a minha melhor amiga.

— Lembre-se: casa é onde o seu coração está — ela sussurrou em meu ouvido.

Então, me soltei deles. Fiquei observando o quinjet decolar e senti um aperto no peito. Mal sabia eu que a partir dali, as coisas nunca mais seriam as mesmas.


Notas Finais


E então?
Alguém falou Supernatural??
(Vou postar mais dois capítulos hj pra compensar)


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