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História No Mundo Das Séries - Um Dos Mocinhos


Escrita por: LIKGrey

Notas do Autor


ESPERO QUE GOSTEM
Não me matem <3
Enjoy!

Capítulo 42 - Um Dos Mocinhos


Fanfic / Fanfiction No Mundo Das Séries - Um Dos Mocinhos

— O que você quer? — Foi minha primeira pergunta.

Ele riu, debochadamente, achando graça no meu tom. Não era engraçado. E aonde raios Oliver estava? Praguejei mentalmente, o xingando. Precisava que ele aparecesse ali e agora. Precisava dele.

— Conversar — ele disse afastando a porta. — A pergunta é mera formalidade, posso entrar se quiser — ele adentrou no quarto. — Não estamos na sua casa, afinal.

— Como se você fosse educado — revirei os olhos, me afastando dele. — O que você quer? — Repeti a pergunta, em tom ameaçador.

 Ele ficou em silêncio, como se me analisasse. Tentei ler sua mente, mas, por algum motivo, não conseguia. Estava fazendo um esforço grande, mas era impossível penetrar em seus pensamentos. Ele deve ter percebido, porque logo em seguida falou:

— Encantamento — apontou para a sua cabeça. Localizei o anel que o protegia do sol. — Tenho uma amiga que é boa nisso.

Revirei os olhos novamente e olhei para o relógio. 10:32. Minha mente só conseguia pensar em aonde estava Oliver Queen e que raios ele estava fazendo. “Será que...” hesitei, em pensamento. “Não, ele disse que havia terminado com Felicity e eu acredito nele. Acredito...”

— Lembra de quando nós nos encontramos há algum tempo e eu te disse algumas coisas sobre de onde você veio? — Ele perguntou. Assenti, me recordando da conversa que tivemos nos meus primeiros dias naquela Terra.

- Existem vários universos. O universo do qual você veio é o universo número 1. Nós estamos no número 2. Existem pessoas que quando nascem, são escolhidas para viajarem entre esses mundos e são chamados de viajantes. Mas essas pessoas são enviadas para outros universos com o intuito de aprenderem alguma lição ou consertar o que está errado no tal universo. Nós nunca tivemos uma viajante aqui porque nunca foi necessário ter uma. Mas você é diferente – Damon fez uma pausa para me analisar. – Tenho uma amiga que é... especial. Ela pode sentir a energia que flui de você e não é uma energia normal. É muito grande.

 — Lembra do que eu te falei sobre o futuro?

- Minha amiga também pode ver o futuro. Ela viu um homem com a cor da pele roxa e uma manopla na mão. Na visão, ele te controla como uma marionete para matar pessoas. E você é muito poderosa. Ela não conseguiu ver quem eram essas pessoas que você matava, mas posso presumir que você está entre elas Oliver – ele parecia preocupado e ao mesmo tempo debochava da situação.

Assenti, com um certo temor. A memória havia estado guardada na minha mente por algum tempo. Estava tentando evitar me lembrar daquela “profecia”. Sabia que a vinda de Thanos estava próxima, já que os filmes haviam acabado. Thor estava longe, Banner estava longe, Wanda estava alterando a realidade, Oliver com Felicity, Barry com seus poderes, Matt, Jessica... tudo estava se concretizando.

— Minha amiga — ele bufou. — Bonnie teve uma outra visão sobre você.

— E qual foi? — Sentei-me na cama, enquanto ele fechava a porta atrás de si.

— Você era uma espécie de pássaro de fogo. Tudo ao seu redor era destruição e você estava feliz com isso. Aos seus pés, os Vingadores estavam caídos — ele me olhou.

Afundei a cabeça nas mãos. Droga de vida, droga de mundo! Por que as coisas tinham que ser tão complicadas àquele ponto? Oliver e eu havíamos acabado de ter nossa primeira noite juntos e então Damon Salvatore apareceu e começou a falar sobre como eu vou matar várias pessoas. E Oliver havia sumido.

— Por que está me ajudando? — Eu perguntei. — Sei que você não é bem do tipo de pessoa altruísta que ajuda os outros...

— Não conte para ninguém — ele piscou —, mas não quero que o mundo acabe — deu de ombros. — Apenas não me confunda com um dos mocinhos.

Respirei fundo.

— Por acaso viu Oliver quando chegou? — Não resisti à tentação de perguntar-lhe sobre o paradeiro do meu namo... do meu... de Oliver.

— Já o perdeu? — Deu uma risada debochada. — Não me surpreende.

— Ah é? E por que não? ­— Perguntei, cruzando os braços.

— Bom, digamos que o Queen não é o namorado mais fiel que existe — ele deu de ombros. — Aposto que você conhece a história de como ele ficou com a irmã da ex-namorada durante o namoro.

Bufei, ele realmente queria tirar minha paciência. Mas não era Damon Salvatore que iria me convencer de que Oliver estava me traindo. Não fazia sentido. E Oliver não era a mesma pessoa de quando entrou naquele barco. Não era.

— Está querendo me convencer do que, exatamente? — Perguntei, cruzando os braços.

— De nada — ele sorriu. — Tenho que ir. Mas vou ficar por perto, caso precise de alguma coisa — ele piscou e então saiu do quarto.

Suspirei, fechando a porta com meus poderes.

(...)

Após algum tempo, Oliver voltou, o que me fez suspirar aliviada. Ele segurava o nosso café da manhã em um saco de papel branco e nós comemos. Naquele quarto de hotel, eu soube que ele não estava mentindo para mim quando dizia que me amava. No momento em que ele estava com a boca cheia de bacon e mesmo assim sorriu para mim eu soube que ele me amava.

 — Como estão os Vingadores? — Ele perguntou, tomando um gole de seu café.

— Divididos — me joguei na cama, assim que terminei minhas panquecas. — E eu provavelmente sou uma criminosa.

— Sempre achei que você acabaria como uma criminosa — ele provocou e eu lhe mostrei a língua. — Que tal fazermos alguma coisa?

— Sou procurada — joguei meus braços para trás da minha cabeça. — Acabei te falar.

— Existem disfarces — ele se deitou ao meu lado, me puxando pela cintura para ficar perto dele.

Acariciei seu ombro, levando minha mão até seu braço e o acariciando. Podia sentir cada um de seus músculos se contraindo conforme o toque, meus pelos da nuca se arrepiaram quando ele começou a me beijar, deixando inexistente qualquer forma de espaço entre nós dois. O beijou foi intenso e gosto, mas foi interrompido por uma batida na porta. Assim que nos separamos, Oliver foi atender. Eu arrumei meu cabelo, que estava desgrenhado.

— A Felicity me disse que te encontraria aqui — Laurel estava do outro lado da porta e foi entrando sem ser convidada, até que parou quando me viu. — Muita informação de uma vez — ela suspirou, se sentando. — Você terminou com a Felicity para ficar com ela? — Algo no seu tom soava acusatório.

— Algum problema? — Cruzei os braços, arqueando as sobrancelhas. “Não me faça te odiar Laurel” pensei.

— Nenhum — ela respondeu rápido. — Nenhum mesmo — ela olhou para o chão e o quarto ficou quieto por um tempo, até que Oliver tossiu, fazendo com que ela se lembrasse do que tinha ido fazer ali. — Precisamos que você volte. Que você seja o Arqueiro de novo.

— O Arqueiro está morto — Oliver bufou. — Já tivemos essa discussão.

— Ollie... — ela jogou os braços ao lado do corpo. — A sua cidade precisa de você.

Ele olhou para o chão e depois para mim, como se esperasse algum comentário meu. Eu não sabia o que dizer. Se ele deveria voltar a combater o crime e voltar a morar no centro de Starling City? Claro que sim. Se eu queria que ele voltasse? Bom...

— Oliver, talvez você devesse fazer isso — suspirei. — Seja o herói que você sabe que é. Seja o meu herói.

Vi um brilho diferente em seus olhos, mas sua boca não demonstrou sorriso algum. Laurel estava de braços cruzados, esperando impacientemente por uma resposta. Em seu rosto, era possível perceber que ela estava desesperada.

— Tudo bem — ele disse. — Vamos voltar.

(...)

Eu estava sentada no sofá do apartamento de Thea (onde Oliver e eu ficaríamos por algum tempo), quando alguém bateu na porta. Oliver não estava, pois tinha que resolver algumas coisas como o Arqueiro e eu não quis ir junto, por isso estranhei o fato de ele ter chegado tão cedo. Mas não era ele. Bufei quando vi que Damon Salvatore havia me seguido até ali.

— O que raios você quer comigo? — Perguntei, irritada com a sua perseguição.

— Quero que venha comigo até um lugar — ele sorriu de lado. — Quero te mostrar uma coisa.

— Por que eu deveria confiar em você? — Perguntei, segurando a porta.

— Não deveria — ele deu um passo à frente, ficando em cima da divisória da porta. — Mas você não vai conseguir resistir.

Estremeci com a sua proximidade. Olhei bem dentro de seus olhos azuis que pareciam me dizer o que fazer, mas não conseguia decidir por mim mesma. Não deveria confiar nele, sabia que não devia. Mas eu fui, porque, por alguma razão, algo dentro de mim me dizia que eu devia ir.

Então nós caminhamos juntos pela cidade escura, até chegarmos em um restaurante. Ele parou na frente do vidro que permitia que as pessoas de fora vissem as pessoas de dentro e eu senti algo dentro de mim quebrar com a cena que vi: Oliver beijava Felicity como havia me beijado naquele dia mais cedo.

Lágrimas começaram a descer de meus olhos, mas eu não conseguia parar de olhar. Os copos de dentro dos restaurantes começaram a tremer por minha causa. As luzes estavam piscando desenfreadamente e as pessoas estavam começando a ficar com medo, mas eu não me importava.

Eu nunca suportei nenhum tipo de traição. Sempre odiei saber dos relatos de um dos meus amigos que nunca conseguia ficar com uma garota só. Sempre repugnei aqueles rapazes que insistiam em dar em cima de mim mesmo que já tivessem suas próprias namoradas. Mas, apesar de já ter sido traída, nada se comparou a dor que senti naquele momento.

Oliver olhou para mim, assim como Felicity. Ao meu lado, pude ver Damon sorrir levemente. Se era seu plano ou não me levar até ali e me fazer sentir miserável daquele jeito, eu não sei. Mas não pude deixar de ficar agradecida por ele ter me mostrado quem Oliver realmente era. Antes que as pessoas começassem a me reconhecer, comecei a andar de volta, fazendo o restaurante parar de tremer.

Damon estava atrás de mim, mas não falava nada. Estava com tanta raiva que não pude deixar de quebrar o vidro de uma loja com meus poderes. Oliver estava correndo atrás de mim, chamando pelo meu nome, mas eu não iria parar. Até que ele me alcançou e me fez olhar para ele. Ele lançou um olhar para Damon e depois para mim, vendo as lágrimas que desciam pelo meu rosto.

— Lucy, eu... — ele começou.

— Você o que?! Você pode explicar?! — Exclamei, em um sussurro. Estávamos próximos o bastante para que ele me ouvisse.

— Lucy, eu te amo — ele disse, segurando minhas mãos. — Me escuta, por favor...

— Você podia dizer que não temos nada. Que não está apaixonado por mim, eu sempre te pedi para não mentir para mim! — Soltei minhas mãos da sua. — Você não mudou nada! Você ainda é o mesmo cara que foi para aquela ilha com a irmã da namorada! Você ainda é o mesmo egoísta que deixou o melhor amigo morrer! O mesmo idiota que não salvou a Shado naquela ilha e que fez o Slade te odiar! O mesmo merdinha que não fez nada para impedir a morte da mãe! A mesma pessoa que me abandonou quando eu precisei!

Respirei fundo, recuperando o folêgo. Não deveria ter jogado tudo aquilo em seu rosto, mas tudo o que eu queria era que ele sofresse do mesmo jeito que eu estava sofrendo.

— Eu achei que tinha visto algo de bom em você, mas eu estava enganada... — Eu disse, por fim, olhando para o chão, mantendo meu tom de voz baixo. — Você é o pior ser humano que existe Queen.

Ele ficou em silêncio. Eu fiquei em silêncio. O mundo parecia estar em silêncio. Eu só queria que ele não tivesse a beijado, ou pelo menos que não tivesse fingido gostar de mim. Ele não precisava dizer que me amava se não me amasse, ele não precisava fazer com que eu me sentisse miserável. Doía olhar para ele e perceber que eu precisava dele, mas ele não se importava comigo.

— Por favor — ele disse, quebrando o silêncio do mundo — não vai embora...

— Se você quisesse que eu ficasse — eu respondi, com a voz trêmula, notando uma lágrima se formar no olho dele — você não teria beijado ela.

A mágoa em minha voz era perceptível. Por alguns minutos, esqueci que Damon e Felicity nos observavam. Então comecei a andar para longe dele, esperando que ele não me seguisse e assim ele fez. Voltei para o apartamento de Thea e peguei minhas coisas. Damon me esperava na portaria do prédio.

— Você já não fez merdas demais por um dia? — Perguntei, jogando minha mochila no ombro, continuando a andar.

— Eu não estava te levando até eles — ele disse dando de ombros. — Foi só uma coincidência bem grande. Na verdade, eu estava te levando até uma biblioteca velha da cidade, onde eu achei um livro que podia te ajudar.

Parei bruscamente, olhando para ele.

— Você não é um dos mocinhos — o encarei —, e eu não confio em você. Pode, por favor, parar de me seguir?

— Você quer ir ver esse livro — ele afirmou, me fazendo olhar no fundo de seus olhos.

— Sim, eu quero — disse, sentindo a súbita vontade de saber mais sobre o tal livro.

— Então vai ter que vir até Mystic Falls comigo — ele disse, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.

— Eu vou — respondi, sentindo um frio no estômago.

Ele sorriu, daquela forma sensual que só ele conseguia fazer. Eu sabia que não deveria ir, mas algo em mim estava praticamente me obrigando. Não sabia se era seu jeito, seu sorriso ou seus olhos, mas Damon Salvatore conseguia me convencer de qualquer coisa. 


Notas Finais


E então?


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