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História No Ordinary Love - Reescrita - Eu preciso tanto de você aqui


Escrita por: littlefenom

Notas do Autor


meu deus do céu quase 20 favoritos
achei que ia flopar, que só o gustavo ia ler
obrigada gente bonita
estou amando escrever essa história, sério
msm que às vezes os capítulos fiquem curtos e eu precise escrever filler
:3
enjoy!

Capítulo 6 - Eu preciso tanto de você aqui


Rafael | 16 anos

É incrível o quão rápido eu posso ficar entediado. Estou na festa de Augusto e o único ponto alto foi conversar com Oliver aqui na varanda, junto de Guilhermo. Acho que nem bebi direito, não quero. Eu e Guilhermo estamos sentados no chão, um do lado do outro. Já cantamos canções favoritas como passatempo, tiramos fotos com filtros do Snapchat e ficamos de mãos dadas. Por que não vamos embora? Simples, vamos passar a noite na casa de Augusto. Mas não duvido que ele já esteja morto de bêbado. É uma da madrugada.

-Ei, amor. – chamo.

-Hm? – se vira para mim.

-Você acha que vamos ser os representantes da sala esse ano? – perguntei, olhando para os meus pés.

-Acho, por quê? Você acha que não?

-Não, não é “achar que não”, é só... Não sei. Ano passado quase perdemos para Theodoro e Ellen e andamos com o idiota do Augusto... Sei lá, vai que as pessoas achem que estamos com más influências? – digo, recluso.

-Não esquenta com isso, boo. – Ele coloca a mão em meu cabelo, me puxando para mais perto dele, fazendo carinho em mim – Ano passado ficamos em segundo lugar na competição, fomos bons representantes. A sala sabe que nós somos bons.

-Entendo. Mas mesmo assim estou meio preocupado. Não tem muito problema se não ganharmos, mas eu quero muito.

-Sei exatamente o que você quer dizer, boo.

Ele vira meu rosto e me beija me enchendo de calor, amor. Aproximo-me mais e ele dá passagem, me segura em seus braços e faz carinho na minha nuca. Dou um sorriso entre os beijos e me jogo em seu colo, de frente a ele. Sei que ele não aguenta essas provocações, o conheço na palma da mão. Desço meus beijos para seu pescoço, dando leves mordidelas e chupões.

-Assim não vale, baby boy. – ele sussurra para mim, sabendo no que isso daria. Ele só me chama de ‘baby boy’ quando nos transformamos em adultos. Volto a beijá-lo, distribuindo beijos em todo seu rosto, seu pescoço, até mais embaixo.

Até que decidimos que não daria certo continuar ali, então fomos para qualquer quarto, a música alta não deixaria nossos sons incomodar ninguém.

Então fomos e voltamos aos beijos, amassos, distribuições de amores por todo o corpo.

Christopher | 16 anos

Adormeci. Assim que fechei meus olhos, me vi em outro lugar. Num quarto qualquer, ando um pouco e vejo suas paredes, cobertas de fotografias, recados, mapas e coisinhas grudadas, como flores e pedrinhas. Confuso. Arranco uma das fotografias e vejo um rosto que conheço. Nicholas. Atrás da foto, tem algo escrito, borrado, mas é algo sobre uma viagem e sobre felicidade. Mas o rosto de Nicholas parece tão diferente, ele aparenta ter uns vinte anos, mais ou menos. Que esquisito. Ando mais um pouco e continuo vendo fotos, deles e minhas também. É tão estranho, os rostos estão envelhecidos, são quatro ou cinco anos mais velhos que nossos rostos atualmente. Nicholas continua tão bonito, parece ainda mais uma obra de arte. Ouço sua voz ao meu redor – Christopher! – chama. Olho para todos os lados procurando por ele, andando pela sala, desesperado – Christopher! Por favor!­ – ele parece chorar. E então o encontro. Corro até ele, dando-lhe um abraço apertado, segurando sua nuca, passando a mão suavemente pelos fios que são mais longos, respirando rapidamente. – Eu preciso tanto de você aqui. – coloca as mãos em seu rosto, tampando-o. Digo que está tudo bem, não irei deixá-lo. No entanto, alguém aparece. Um ser enorme, duas vezes mais alto que eu. O ser pega Nicholas pelas pernas e o arrasta até o escuro, tentei correr atrás dele, mas estava muito longe agora. Volta... Por favor. E me vejo caindo.

Acordo subitamente. Droga, que sonho foi esse? Viro para meu celular e vejo que são quatro da manhã. Será que tem problema mandar uma mensagem para Nicholas? Nunca saberei se nunca tentar... Você está aí?

Ele não demora muito tempo para responder, me surpreendendo. – Estou. Pergunto para ele se está tudo bem, se estava de ressaca, se estava bem. – Acho que estou de ressaca sim, Edward me deu um copo de vodka pura, a dor de cabeça tá me matando. Peço desculpas para ele, realmente queria ter impedido Pedro e os outros meninos. – Do que você está falando? Você sabia que eles iam me embebedar? Não apenas sabia disso, mas sabia que eles iriam fazê-lo cair na piscina. Mas não me juntei com eles para fazer isso, juro. ­– Que merda. Muita gente viu? Sim, infelizmente. Só que eu te tirei de lá, antes que se afogasse. – Obrigado. Isso explica minhas roupas molhadas. Tudo bem. Se lembra de alguma coisa? – Lembro-me de Mara ter ido falar comigo, disse qualquer coisa e do nada me deu um tapa na cara, me fazendo cair na piscina. Sim, esse era o plano deles, ela ia te dar um tapa por nada. Certeza que você está legal? – Só estou com dor de cabeça. Acordei uns minutos atrás e não consegui voltar a dormir. Se te conforta, acabei de acordar de um sonho estranho. – O que aconteceu no sonho?

Merda. Ele perguntou do sonho. Se eu falo que sonhei com ele, ele vai se assustar. Se eu mentir, eu vou me sentir mal. Falo que sonhei com uma sala escura e tinha qualquer pessoa no meio dela e essa pessoa foi engolida por um ser enorme, assustador. – Entendo porque acordou desse sonho. Dou um sorrisinho. – Você deve estar cansado, não vou te atrapalhar. Boa noite. Boa noite, Nico.

Reviro na cama, tentando achar uma posição confortável até adormecer novamente.

Nicholas | 16 anos

Continuo acordado depois de conversar com Christopher. Devo dizer que meu coração quase explodiu de alegria quando ele mandou mensagem. E então ele me explicou o que aconteceu na festa. Eu estava consciente, mas não sabia exatamente o que estava acontecendo. Caí na piscina, Christopher me tirou de lá e me colocou no sofá, logo então me secou um pouco. E então... Acho que o senti pegar na minha mão. Senti também um beijo leve em minha testa. Coro quando me lembro disso. Christopher... Deu um beijo em minha testa?! Queria que ele desse outro, mas dessa vez comigo acordado para a vida, queria sentir seus lábios, sentir o que eu deveria sentir naquele momento, o que sinto aqui dentro agora. Felicidade. Um sentimento bobo que me faz sorrir, me faz querer mais, me deixa vivo. Quero sentir sua mão mais uma vez, tocando em mim, fazendo carinho em mim. Droga, lá vamos nós mais uma vez com esse menino mexendo com minha cabeça.

Levanto-me de minha cama e vou até meu banheiro, me despindo das roupas ainda um pouco molhadas, entrando na água quente de chuveiro. Mas ainda não consigo tirar Christopher de minha cabeça. Não consigo parar de pensar nele. Ele é uma droga e estou viciado nele. Não acredito que Rafael tem razão. Eu preciso usar a palavra ‘sim’ com mais frequência, então sim, eu acredito que Rafael tenha razão, sim, estou pensando em Christopher, sim... Eu gosto dele. Eu acho, pelo menos. É uma pequena chama aqui dentro. Mas do que adianta amar e não ser recíproco? Não ser poesia? E se ele não quiser ouvir meus poemas escritos às três da madrugada, quando penso nele? Ele nem deve sentir o mesmo que eu, ele gosta de meninas; e eu... Eu nem sei do que eu gosto. Entretanto, isso significa tão pouco, não impede o que eu sinto aqui dentro.

Assim que saio do banho e me troco, volto para cama, mas ao invés de dormir, pego qualquer filme romântico e assisto, mesmo que tenho uma história clichê. Mesmo que o personagem principal morra no final. Mesmo que o casal fique feliz no final. Assisto e reflito. Eu quero meu final feliz com alguém. Com ele.


Notas Finais


nho
<3
é nois
beijinhos e brigadeiros


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