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História No Other - First Impressions


Escrita por: hyusucks

Notas do Autor


OI GENTE, OLHA A TIA DE VOLTA!!! VOLTEI CEDO, NÃO???
AI, TO CONTENTE.
Enfim, vou dar explicações aqui:
inicialmente, esse era pra ser um capítulo de quase doze mil palavras e eu só iria postar ele daqui uma semana. Só que a minha querida amiga/unnie/parceira/marktuan Oliver (minha escritora de projeto suga) ficou doente e ela estava muito ansiosa por um cap, então decidi postar o comecinho dele hoje só pra ver ela feliz <3
Mandem melhoras pra ela.
espero que vocês gostem e nas notas finais eu vou deixar um cronograma.
boa leitura.

Capítulo 4 - First Impressions


Fanfic / Fanfiction No Other - First Impressions

Eram sete da manhã de domingo.

Sete da manhã de um domingo. Sete!

E eu só estava acordada aquele horário por culpa de ninguém que meu colega de quarto. Bem que dizem que as aparências enganam.... Pois o rapaz inegavelmente simpático que eu conheci no bar era na verdade um baderneiro barulhento que roncava a noite inteira!

Nunca imaginei que um dia teria que passar por algo parecido. Sempre que um cara é bonito demais, alguma coisa o estraga. Essa é a realidade.

“Teremos tempo o suficiente para fazer amizade”.

Amizade!? Com ele sendo inconveniente daquela forma!?

Nem ferrando!

Desisti completamente de tentar voltar a dormir e apenas fiquei mexendo no meu celular, tentando me distrair com qualquer coisa para não prestar atenção aos roncos horrendos de Mark.

Percebi que eu não trocara uma palavra com meus amigos desde que eu embarcara, então resolvi me conectar à internet para ver se tinha alguma mensagem. Uma das primeiras coisas que Jinyoung fez quando chegamos foi me passar a senha do WiFi e eu fiquei imensamente grata. Não demorou muito para que o aparelho em minhas mãos começasse a vibrar sem parar.

A maioria das mensagens dos meus amigos diziam a mesma coisa, que sentiriam saudade e me desejavam sorte. Youngjae perguntou se eu havia chego bem e o que estava achando da república. Meu coração apertava a cada mensagem que eu respondia, sabendo que eles estavam do outro lado do mundo agora e eu não poderia vê-los tão cedo.

O celular vibrou alguns segundos depois com uma resposta de Hoseok. Devia ser uma hora da manhã na Coréia, então eu não estava muito surpresa por ele ainda estar acordado. Dormir cedo e Jung Hoseok jamais se encontravam na mesma frase. Um sorriso inconsciente formou-se em meus lábios, alegre por estar conversando com meu amigo. Peguei meus fones de ouvido em cima do criado mudo ao meu lado e conectei no aparelho, ignorando a resposta de Hoseok e ligando em uma chamada de vídeo. Eu precisava ver o rosto de alguém conhecido, ou talvez não conseguisse aguentar mais um segundo naquela cama sem pensar em sufocar Mark com um travesseiro.

A chamada foi atendida quase de imediato e a face de Hoseok mal iluminada pela luz do abajur surgiu na tela do meu celular.

— Garota, que cara de enterro é essa!

— Bom dia pra você também, Hobi. – murmurei alto o suficiente para que Hoseok ouvisse. Por mais que eu estivesse morrendo de vontade de fazê-lo, não iria acordar Mark.

— Bom dia nada, aqui é de madrugada. – rebateu o garoto e no mesmo instante, um ronco estridente foi ouvido e fiz uma pequena careta – Jesus Cristo, tão desentupindo um esgoto ai!? Que barulho é esse?

— Meu colega de quarto. – falei contrariada.

— Espera aí, você tá dividindo o quarto com um cara? Que história é essa, Minah?

Por um momento tinha esquecido que não havia comentado nada sobre como viveria nos Estados Unidos para nenhum dos meus amigos. Apenas disse que estava caindo fora e foi isso.

— Estou morando numa república mista e aqui não existe o problema de um cara dividir o quarto com uma garota. – dei de ombros.

— E você acabou pegando um cara gordo e que ronca? Que azar, hein, amiga.

— Acredite se quiser, ele é bem gato. – disse eu, torcendo para que o dorminhoco não tivesse ouvido. Mas fazer o que? A verdade seja dita, ele era mesmo bonito.

— Hmmmmm, Senhorita Bang. Já chegou atacando os americanos? – o tom malicioso na voz de Hoseok me fez revirar os olhos.

— Me poupe, Hoseok. O que ele tem de bonito, tem de bagunceiro! O quarto estava uma zona quando cheguei. – bufei.

Hobi passou a mão pelos cabelos castanhos e se recostou melhor nos travesseiros.

— Eu sei, gata, só estou brincando com você. Mas o que você esperava, Minah? Que um cara fosse o rei da organização? Pelo amor de Deus, nem todas as pessoas são como o... – ele parou assim que percebeu que acabaria falando demais.

Apertei os lábios e respirei fundo. Eu sabia o que ele ia dizer.

Ele era a pessoa mais organizada que conhecíamos.

Não adiantava tentar expulsá-lo cem por cento da minha vida, uma hora ou outra seu nome acabaria surgindo.... Mas naquele momento, tudo o que eu mais queria era esquecê-lo. Lembrar de Yoongi me machucava.

— Desculpe. Eu ainda não me acostumei com tudo isso. – disse Hobi.

— Tudo bem. – suspirei, forçando um breve sorriso.

— De qualquer forma, qual o nome do colega?

— Mark. Ele também curte bandas emo.

— E desde quando você curte bandas emo? – indagou Hoseok.

— Desde sempre, você só não sabia.

Novamente meus pensamentos foram levados a Yoongi. Ele sempre fora o único que conhecia minha verdadeira personalidade além de Youngjae e nunca reclamou dos meus gostos estranhos. Sempre esteve ao meu lado, sempre me tirou do buraco quando eu precisei, apenas para me jogar em um maior no final.

Pensar nisso fez com que um nó se formasse em minha garganta. Eu queria evitar ao máximo, mas por mais que doesse, eu precisava saber...

— E-ele sabe que eu fui embora?

A expressão de Hoseok tornou-se séria com minha pergunta. Soltando um suspiro pesado, ele novamente passou a mão pelas madeixas castanhas e disse:

— Ficou sabendo ontem à noite.

— E c-como ele reagiu? – eu precisava saber. Pelo menos uma última vez eu precisava saber se ele ainda se importava comigo de alguma forma.

Se o que vivemos ainda tinha algum significado para ele.

— Sinceramente? – indagou e eu assenti – Foi indiferente pra ele, Minah. Não adianta tentar fingir que não existe o que já se tornou óbvio: o Yoongi não quer mais saber de você.

Meus olhos se encheram d’água e o ar me faltou por um momento. A realidade era uma droga, e aceitá-la também era uma droga.

Mas eu não iria chorar, não mesmo. Aquela era a verdade, Yoongi já não se importava mais comigo. O amor que ele sentia por mim, se é que um dia chegou a sentir, não existia mais. Portanto, ele não merecia nenhuma das minhas lágrimas.

Chorar por Yoongi depois de ter ganhado um par de chifres era humilhação demais.

— Que seja. – rosnei – Não faz a mínima diferença.

A mentira era clara, porém quanto mais eu fingisse que aquilo não me machucava, mais eu acabaria acreditando. Teria que viver com isso por um tempo, mesmo que fosse longo.

— Minah, você o ama. É normal sentir-se assim depois de um término conturbado, mas você sabe, isso vai passar. Vai demorar, mas vai passar. Olha, se isso te fizer se sentir melhor, todo mundo ainda está muito puto com ele. O Yoongi não te merece, Minah. Siga sua vida e não olhe para trás, não vale a pena.

Respirei profundamente algumas vezes e consegui conter o choro. Hoseok estava certo, nada daquilo valia a pena. A única coisa em que eu deveria focar era em mim mesma, esse era o meu objetivo desde que embarquei naquele avião. E mesmo que fosse cruel, me confortava saber que meus amigos estavam do meu lado. Diminuía um pouco o buraco enorme que existia em meu peito.

— Me promete uma coisa, Hobi?

— O que?

— Não importa se ele perguntar ou não.... Nunca mais diga uma palavra sobre mim a Yoongi. Finja que estou morta, ou que nunca nasci. Quando ele fez aquela merda deixou bem claro que não queria mais fazer parte da minha vida, então não tem mais o porquê saber dela! – as palavras saiam dolorosas, porém sinceras. Se eu não iria mais ter nenhum tipo de contato com Yoongi, não tinha necessidade dele saber de mim – Diga o mesmo aos outros. A partir desse momento, Bang Minah está morta para Min Yoongi.

Hoseok assentiu e apertou os lábios.

— Como você quiser. Da minha boca não sai nada e garanto a você que dos outros também não. Pode confiar.

Dei um sorriso doloroso e levei meus dedos até a tela do celular, tocando a imagem de Hoseok. No momento o que eu mais queria era poder abraçá-lo. Seriam quatro anos difíceis sem ele ao meu lado, mas eu sabia que podia contar com ele para tudo.

— Obrigado, Hobi.

— Imagina, gata.

Eu achei que a sessão havia acabado, quando outro ronco estridente soou pelo quarto.

Okay, para mim já deu!

— Hoseok, eu falo com você depois. – encerrei a chamada de vídeo e deixei o celular de lado.

Depois que Mark voltara do bar e nos encaramos pela segunda vez naquele dia, eu apenas bufei de insatisfação e voltei a dormir. Estava muito tarde para reclamar com marmanjo. Mas depois de uma noite mal dormida por conta dos roncos do infeliz, minha paciência tinha chego ao limite!

Dane-se que eu não o conhecia, ninguém é obrigado a uma coisa dessas!

— Aish! – rosnei alto, pegando o travesseiro em cima da cama e lançando-o com toda a minha força em cima de Mark Tuan.

O objeto o atingiu tão forte que o cara acabou caindo da cama e despertando na hora, completamente atordoado.

— O que!? – exclamou em confusão quando sentou-se no chão, massageando a parte de trás da cabeça, até que finalmente seu olhar encontrou minha figura revoltada – Você é louca!?

Sem dizer nada, peguei a primeira roupa que encontrei no guarda-roupas e rumei em passos duros até o banheiro, fechando a porta com força. Se Mark pensou que tudo seria às mil maravilhas por me ter como colega de quarto, ele estava muito enganado! De folgado na minha vida já bastava Hoseok.

Terminei de fazer minha higiene matinal e sai do banheiro, não menos puta. Mark estava sentado em sua cama, sem camisa, com uma expressão confusa no rosto. Passei direto por ele e guardei meu pijama de volta no guarda-roupas.

— Okay, posso saber por que fui atacado logo cedo? – perguntou ele e eu ouvi os passos indicando sua aproximação.

Respirei fundo e me virei para encará-lo, cruzando os braços sob o peito.

Infelizmente, não pude deixar de reparar novamente no quanto ele era bonito. Mark tinha um corpo magro, mas bem definido e tudo ali combinava perfeitamente com ele. Não deixei sua seminudez me incomodar e continuei fuzilando-o com o olhar.

— E então? – indagou novamente – Achei que estávamos indo bem...

— Pra começo de conversa, esse quarto ‘tá uma zona. – falei séria, inspirando novamente – Segundo, acho bom você controlar seus roncos durante a noite, ou seu corpo vai amanhecer morto por asfixia!

Sinceramente, falar daquele jeito com Mark estava sendo um tanto constrangedor e eu detestava ser rude logo de manhã, mas é melhor prevenir do que remediar. Eu não sabia se a situação tendia a piorar mais para frente, então era melhor cortar as asas de Mark antes que elas crescessem.

Minhas palavras pareciam ter surtido efeito, pois o loiro coçou a nuca e deu um pequeno sorriso envergonhado.

— Olha, em minha defesa, ninguém me avisou que estaria chegando alguém. – disse baixo e passou a língua pelos lábios – E outra, eu só ronco quando bebo demais. Digamos que eu tenha passado da conta depois que você foi embora, então peço desculpas por isso.

— Que seja. – resmunguei, pegando meu celular e a carteira. Iria dar uma volta para esfriar a cabeça, afinal, não era só Mark que estava me estressando naquele horário – Só arrume isso até eu voltar, ou não entro nesse quarto.

Sem esperar por sua resposta, sai as pressas e desci as escadas, torcendo para que Mark não me seguisse. Para meu azar, não demorou para que eu ouvisse seus passos apressados atrás de mim.

— Minah, desculpe, não foi por querer! E aonde você vai? Você acabou de chegar!

— Dane-se!

— Cara, eu juro que se tivessem me avisando, eu teria arrumado o quarto! E me desculpe por não te deixar dormir! Qual é, pequena, não seja assim...

— Pequena!? – guinchei, virando-me no mesmo instante.

Que intimidade era aquela?

— Ao meu ver, você é bem pequena. – disse ele em um tom bem humorado, colocando a mão sobre a minha cabeça para evidenciar nossa boa diferença de altura.

Rosnei baixinho e rolei os olhos, afastando sua mão e indo até a cozinha beber alguma coisa, ainda sentindo a presença de Mark atrás de mim. O bom humor que ele exalava mesmo sabendo que estava sendo impertinente me irritava. E muito.  

Jinyoung encontrava-se sentado à mesa assistindo a um vídeo qualquer em seu celular, abrindo um largo sorriso ao nos ver passar pelo portal.

— Bom dia, gente. E aí, já fizeram amizade? – perguntou animado e eu apenas grunhi em resposta, assustando o garoto.

Abri a geladeira e peguei uma garrafa d’água. Sem olhar para nenhum dos dois, me retirei da cozinha, mas não antes de ouvir Mark reclamar:

— Isso é tudo culpa sua!

— Hã!? Minha culpa!? – exclamou Jinyoung indignado.

Realmente, eu mereço.

[...]

Passei a manhã inteira conhecendo parte do bairro. Andei umas duas vezes pelo campus da faculdade, que ficava a poucos minutos da república. Acabei passando numa loja de conveniência e comprei um refrigerante, mesmo que o álcool fosse minha preferência. Era cedo demais para encher a cara. E eu não estava mais frustrada com Mark por causa da zona, até achei um pouco infantil da minha parte fazer tempestade num copo d’água por um motivo tão besta.

O problema não era a bagunça, era a minha vida. Aquilo foi apenas uma razão ridícula para eu descontar toda a minha decepção e raiva em alguém que não tinha a menor culpa. Mark nem me conhecia e eu já o tinha esculachado. Me sentia tão tola.

Tola por achar que Yoongi ainda sentia um pouco que fosse de consideração por mim. Tola por achar que eu me sentiria livre quando saísse de casa. Tola por querer que tudo não passasse de um terrível pesadelo. Tola por ter sido igual as garotinhas iludidas de filmes, que acham que vão passar a vida ao lado do seu primeiro amor. Tola por acreditar que tudo era para sempre.

Eu só tinha me esquecido de que o para sempre podia acabar.

Enquanto caminhava de volta para a república, me peguei imaginando quanto tempo levaria para que eu me acostumasse com aquele lugar. Se um dia as pessoas que eu conheci aqui seriam tão importantes quanto as pessoas que eu deixei em casa.

Novamente me senti tola, por estar imaginando um futuro tão distante e mais uma vez criando expectativas que talvez não poderiam se concretizar. Parabéns, Minah.

Quando cheguei na república, minhas narinas foram tomadas por um cheiro maravilhoso e imediatamente meu estômago roncou. Céus, eu me esquecera completamente que não tinha tomado café! Estava faminta! Não queria ser desnecessária, mas foi impossível não dar uma passada na cozinha para averiguar. Abri um sorriso quando vi que era Jinyoung e uma garota de cabelos compridos, pintados de rosa pastel. Uma graça.

— Minah, você voltou! – exclamou ele ao me ver parada na porta e eu sorri timidamente – Minah, essa é a Haruka, mas chame ela de Haru. Ela é do Japão!

— Olá, é um prazer. – acenei gentilmente para a garota que retribuiu o gesto.

— O prazer é meu! Você é da Coréia?

— Sou sim. De que parte do Japão você é?

— Sou de Osaka. – disse enquanto mexia alguma coisa no fogão – Espero que esteja gostando de Fresno. Eu estou aqui a duas semanas e já não quero ir embora!

— Eu cheguei ontem. – falei, ajeitando meus óculos no rosto – Até agora não tive nenhum problema, então acho que vou gostar.

— Ué, e sua discussão com o Mark hoje de manhã? – indagou Jinyoung em um tom divertido.

Com exceção deste infeliz detalhe, pensei.  

Agora possivelmente a garota ia pensar que eu era uma barraqueira. Obrigado, Jinyoung.

— Não foi nada. – expliquei sem graça – Falando nele, você o viu?

— Ele foi limpar o quarto como você pediu. Aproveita e diz para ele descer, o almoço está quase pronto.

— Okay. – acenei rapidamente e dei as costas, subindo as escadas até o quarto.

Não pude deixar de reparar no quanto Jinyoung me lembrava Seokjin enquanto cozinhava. Ele sempre fazia tudo com muito cuidado e atenção, e uma das coisas que eu mais gostava era de ficar cozinhando com ele quando tínhamos algum compromisso em grupo. Esta pequena lembrança fez com que a saudade em meu peito apertasse um pouquinho.

Abri a porta do quarto e fiquei extremamente surpresa com o que encontrei. Acho que aquele lugar estava mais arrumado do que minha casa depois de um dia de faxina!

Mark tinha organizado suas coisas e deixado seu material da faculdade sobre a escrivaninha de modo impecável. A janela estava aberta fazendo com que o ar da manhã circulasse pelo quarto, o chão estava extremamente limpo e nem parecia mais com o ambiente que eu deixei pela manhã. Até minha cama, que eu deixara completamente virada depois de sair revoltada da república, estava arrumada. Mark cumprira com sua palavra.

Sentei-me em minha cama e admirei mais uma vez a organização, quando Mark saiu do banheiro vestindo bermuda e regata, secando suas madeixas loiras com a toalha. Ele deu um sorriso nervoso ao me ver.

— Gostou? – perguntou.

— Bom... – murmurei um pouco nervosa – Uau.

O loiro deu um pequeno riso e se sentou na sua cama, olhando-me um tanto envergonhado.

— Me desculpe novamente pela bagunça.

— Não, tudo bem. – disse apressada – Eu é quem lhe devo desculpas... Não devia ter agido daquele jeito por um motivo besta.

Um suspiro baixo escapou de meus lábios e passei a fitar o chão por um tempo. Era apenas o meu segundo dia ali e eu já havia sido uma idiota com meu colega de quarto. Me sentia tão envergonhada que adoraria poder voltar no tempo e deletar alguns eventos da manhã.

— Não tem problema. Já fizeram coisa pior comigo por muito menos. – riu.

Sorri fraco e apertei os lábios.

Mark aparentava ser tão paciente. Talvez fosse mesmo a pessoa mais calma daquela república. Eu só esperava que ele não perdesse sua paciência comigo em algum momento.

— Eu tive uns problemas em casa antes de vir. – justifiquei – E acabei deixando com que a bagunça fosse uma desculpa para eu descontar minha irritação em você. Me perdoe.

— Sei que posso estar sendo meio invasivo, mas você quer conversar sobre isso? Eu sou um bom ouvinte.

Assim como se mostrou no bar, Mark estava sendo um amor de pessoa. Mesmo com o meu escândalo desnecessário, ele não ficou zangado comigo e nem pensou que eu era louca. Estava se mostrando alguém compreensível, mesmo que fosse para com uma completa estranha. E talvez desabafar com um alguém fosse o que eu mais precisava, mas a insegurança falava mais alto. Não estava pronta para sair dividindo meus pesares com qualquer um, não conseguia ser o tipo de pessoa que conseguia falar da vida inteira para um estranho.

— Seria bom, pra falar a verdade, mas eu vou passar. Me desculpe pela sinceridade, é só que... Eu não confio em você.

Honestidade nível extremo. Se as pessoas não me odiassem pela minha esquisitice, elas provavelmente me odiariam por ser verdadeira.

Como eu já provara, a verdade dói. E muito.

E mais uma vez para a minha surpresa, Mark riu. Franzi o cenho em confusão, e ele disse:

— Tudo bem, eu entendo. De qualquer forma, vamos passar quatro anos aqui. – apontou para o quarto – Espero que durante esse tempo você possa confiar em mim.

Um sorriso sincero surgiu em meus lábios e meus olhos encontraram os de Mark. Eles não mentiam. Mas os de Yoongi também não mentiam quando estávamos juntos. Eu estava com medo de confiar em alguém e não podia arriscar mais.

— Okay. – falei simplesmente em meio a um breve riso.

— Amigos? – arriscou e eu ri novamente.

— Não força a barra, Tuan.

— Ah, pelo menos eu tentei.

O jeito sossegado de Mark me agradava e a forma com que respeitou meu silêncio também. Não tivemos um começo bom como colegas de quarto, mas eu torcia para que nossa convivência fosse promissora.

Meu primeiro ano como universitária estrangeira estava começando.

E de agora em diante, eu não deixaria mais nada entrar no meu caminho para estragar tudo. 


Notas Finais


E então? O que acharam desse começo de relação do Mark com a Minah? O resto disso virá no próximo capítulo!
Devido a esse meu imprevisto, a segunda fase da fic vai começar no capítulo 6 e no capítulo 7, ALGUÉM MUITO ESPECIAL VAI APARECER!!!!
Os mistérios começarão a ser revelados daqui pra frente.
comentem o que vocês acharam e beijos de luz, até a próxima.
ESSE CAPÍTULO É PRA OLIVER PQ ELA TEM QUE SARAR DO DODÓI!!!


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