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História No próximo eclipse - O segundo eclipse parte 2


Escrita por: chaootics

Notas do Autor


Mais um capítulo vindo rápido ♡ Espero que a história esteja divertida ^^ Críticas são bem vindas, ok? E obrigada pelos comentários lindos ♡♡♡

Capítulo 4 - O segundo eclipse parte 2


Fanfic / Fanfiction No próximo eclipse - O segundo eclipse parte 2

Todos no palácio onde eu vivia estavam dormindo, já que deviam estar acordados quando eu também estivesse. Logo, sair de lá não foi muito difícil, apenas precisei escapulir pelo muro dos fundos sem que os guardas me vissem. Do lado de fora, corri o mais depressa que pude em direção ao castelo do guardião do sol. Por sorte eu sabia onde era, me lembrava de ter procurado pelo endereço por curiosidade. Agora tudo aquilo me seria útil.

Aquela era a primeira vez em muito tempo que eu sentia o sol cortando minha pele e o calor que subia pelo asfalto. Eu sorria ao olhar para o céu e ver o grande sol brilhante me iluminando e acenava para todos à minha volta como um completo maluco. Eu me sentia livre como um pássaro a voar pelo céu, mesmo que soubesse que tudo não passava de mera ilusão. Eu estava feliz.

Quando cruzei uma esquina, olhei para o céu novamente e vi que a lua estava lá, subindo para encontrar o sol. A aquela altura, as pessoas já estariam se perguntando o que estava acontecendo e era possível que Dongwoo soubesse que eu estava acordado. Mas eu não me importava, naquele momento tudo que eu queria era vê-lo novamente, sem pensar nas consequências.

Enquanto via a lua se mover cada vez mais para perto do sol no céu, sabia que estava no caminho certo e então, quando ambos estavam muito próximos, parei de correr e me escondi atrás de uma grande parede de tijolos. O castelo ficava do outro lado dela e haviam pessoas circulando ao redor dele. Respirei fundo e pensei em como eu iria entrar lá sem ser descoberto...

- Não façam nada, ele deve estar perto daqui – a voz de Dongwoo adentrou meus ouvidos e eu espiei por trás do muro, bem em tempo de vê-lo andando com alguns seguranças atrás de si.

Coloquei minha cabeça para fora e acenei de leve para ele, que arregalou os olhos quando me viu. Assim que nos olhamos, o dia escureceu e pudemos perceber que o eclipse havia começado. Os seguranças apontaram suas armas para mim, mas Dongwoo pediu que eles parassem e caminhou em minha direção. Seu conselheiro veio atrás e eu finalmente comecei a tomar consciência da loucura que tinha feito. Mas, vê-lo de verdade era tão bom, mil vezes melhor do que pela tela do meu computador...

- O que você está fazendo aqui, Jinyoung? – ele perguntou com seriedade.

Ao perceber a forma constrangida com a qual eu olhava para o conselheiro, Dongwoo pediu que ele nos desse cinco minutos e me puxou pelo braço, carregando-me até um beco próximo. Quando finalmente estávamos sozinhos, ele me olhou como se não acreditasse no que via.

- O que aconteceu? – perguntou novamente.

- Acordei no meio do dia, não sei como – respondi tropeçando em minhas palavras de tanta afobação – Eu simplesmente acordei e sabia que precisava te ver.

- Como...? – Dongwoo levou as mãos à cabeça como se não conseguisse entender – Isso é insano, eu estava bravo com você há alguns minutos por não ter me enviado um vídeo de resposta e agora você está aqui, acordado! Como isso é possível?

- Não sei... – balancei a cabeça sinceramente.

- Você precisa ir – Dongwoo olhou para o eclipse no céu e para mim novamente – Nós seremos punidos por esse eclipse, você precisa ir agora.

Ele me deu as costas e saiu andando apressado enquanto eu pensava no que tinha feito e por que o tinha feito, mas principalmente no fato de que não queria que ele me deixasse daquela forma. E então ele parou. Ao virar o rosto e olhar para mim novamente, eu soube que ele se sentia da mesma forma.

Dongwoo correu de volta em minha direção e colocou as duas mãos em meu rosto, beijando-me de forma brusca e desesperada. Perdi as forças em minhas pernas e cambaleei contra o muro, enquanto nos beijávamos com sofreguidão e desespero. Eu sentia tanto a falta daquele beijo que parecia que meu peito iria se rasgar ao meio.

- Nós somos malucos – Dongwoo cochichou, enquanto roçava os lábios contra os meus.

- Foi tudo culpa do seu vídeo – respondi sem fôlego – Não consegui dormir de tanto pensar nele.

Dongwoo deu um sorrisinho travesso e me puxou pelo braço, para o lado oposto do beco. O muro que o encerrava não era muito alto e parecia que ele já tinha feito aquilo outras vezes, pois subiu nele com facilidade e me deu a mão para que eu fizesse o mesmo. Assim que pulamos para o outro lado, senti meu coração acelerar no peito.

- O que estamos fazendo? – perguntei ao ver os jardins do castelo diante de mim.

- Essa é a ala oeste do castelo – Dongwoo respondeu enquanto me puxava pelo braço – Ninguém nunca vem aqui, estamos seguros.

- Mas, o que faremos quanto ao eclipse? – apontei para cima, confuso.

- Você veio todo o caminho até aqui para deixar um eclipse te impedir?

Dongwoo sorria e eu só conseguia pensar que se eu era um maluco, aquele homem era mil vezes pior. Sorri de volta e peguei em sua mão, deixando que ele me guiasse até a ala oeste do castelo.

Assim que entramos em uma construção antiga, pude notar que era realmente um local abandonado – havia teias e aranha e poeira para todo o lado. Dongwoo posicionou uma cadeira em um dos cantos da sala e subiu nela, batendo no teto. Uma passagem se abriu e eu arregalei os olhos, enquanto a escuridão da noite adentrava a janela. Nós certamente já tínhamos passado os sete minutos de um eclipse, mas naquele momento eu não me importava. Dongwoo subiu para o sótão e estendeu a mão para me ajudar a subir também. Assim que entramos lá, ele fechou a passagem e eu percebi que estávamos em um quarto.

- Surpreso? – ele deu uma risadinha e me mostrou o local, que estava em perfeito estado comparado com o resto do prédio – Descobri esse sótão há alguns anos e o uso às vezes quando quero desaparecer do mundo. Tem sido meu canto pessoal.

Havia uma janela de vidro do lado direito do quarto que nos mostrava toda a escuridão do lado de fora.

- Você sabe que seremos severamente punidos por isso, né? – Dongwoo sorriu para mim como se aquilo fosse um jogo divertido – Talvez até revoquem nossos poderes.

Respirei fundo ao pensar na punição, eu realmente devia ter enlouquecido.

- Mas então eu pensei – ele continuou e eu voltei minha atenção a ele – Se já iríamos ser punidos mesmo, por que não aproveitar um pouco antes?

E então, como se toda a tensão do quarto tivesse sumido, sorri de volta para ele, não acreditando que pudesse ter encontrado alguém tão maluco em meu caminho. Dongwoo sorriu de volta e me empurrou contra a parede, aproximando o rosto do meu.

- Quero aproveitar e ver com meus próprios olhos tudo aquilo que você não me mostrou por vídeo – ele cochichou em meu ouvido.

- Sou todo seu – respondi e ele deu um sorrisinho como aprovação.

Naquele dia que foi tomado pela escuridão, Dongwoo e eu nos amamos como esperamos ansiosamente por todos aqueles meses. Nós nos tornamos um só, envoltos em carícias e sensações que eu desconhecia. Meu corpo suado tremia e se arrepiava enquanto ele traçava diversos caminhos imaginários por ele com seus lábios úmidos. Sua respiração em meus ouvidos me embriagava, suas mãos quentes me entorpeciam e cada pedaço de seu corpo era como uma nova descoberta a ser explorada.

Em cada segundo, amei Dongwoo como nunca havia amado outra pessoa antes e Dongwoo me amou como nunca havia amado outra pessoa antes.

Embalados em gemidos e gritos de prazer, nós fizemos juntos o eclipse mais bonito que já havia existido naquele mundo.

 

 

 

 

Dongwoo pressionou sua mão contra a minha e entrelaçou os dedos aos meus. Nós estávamos deitados lado a lado na grande cama do sótão, apenas ouvindo a respiração um do outro. Ele se inclinou em minha direção e sorriu.

- O céu está cor de rosa – falou com uma voz doce e baixa.

Levantei e cabeça e olhei pela janela, constatando o que ele havia dito. Estava claro do lado de fora e o céu tinha sido pintado de um bonito tom de rosa. Dongwoo sorria como um bobo, como se não conseguisse se controlar de tanta felicidade.

- Como isso é possível? – perguntei confuso.

- Isso é o nosso amor – ele respondeu, aconchegando-me em seus braços – E agora o mundo todo pode ver.

Repousei meu rosto em seu peitoral e suspirei, sorrindo como um bobo também. Nós sabíamos que aqueles eram os últimos minutos que tínhamos juntos, jamais permitiriam que nos víssemos novamente, mas mesmo à beira do completo caos, sabia que nunca tinha sido tão feliz quanto naquele momento.



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