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História No quarto ao lado - Introducing Me


Escrita por: samanthanovak

Notas do Autor


Alguém vai chegar para balançar a história. Ouçam "Introducing Me" do Nick Jonas.

Capítulo 3 - Introducing Me


A manhã na escola seguira como de costume. Um professor em pé ditando informações para cinquenta alunos sentados. Valentina falando com Leo para irritar Esmeralda. Isabella puxando a amiga para longe de confusão e "o namorado da amiga" com cara de paisagem. Nada que mereça narrações detalhadas. Como combinado na manhã anterior, os quatro passariam a tarde na casa dos irmãos. Isa dissera, apenas, que queria comer doces com a melhor amiga. No caminho de volta, começaram a discutir sobre o seminário de sociologia que teriam na semana seguinte. Leo, obviamente, fora encaixado no grupo dos três.

Ao chegarem a casa, Lilian não estava lá realmente. E também não deixara almoço pronto.

— Macarrão com carne crua? - perguntou Leo.

— Ainda bem que eu estou aqui. - Respondeu Mário. Se você for depender da comida da sua irmã, vai morrer de fome.

Os dois homens foram para a cozinha e começaram a abrir os armários, enquanto as meninas arrumavam a mesa. Leia-se arrumar a mesa como por o jogo de pratos , o copo no canto superior direito, o garfo do lado direito do prato e a faca do lado esquerdo, com a ponta virada para dentro.

Ao terminarem, as meninas foram tomar banho e colocar roupas largas, enquanto eles terminavam de por a jarra de suco de manga sobre a mesa.

— Enquanto a gente ralava, as madames foram tomar banho?

— Irmãozinho, tome banho depois do almoço.

— Quer que eu tenha um choque térmico?

— Vaso ruim não quebra.

— Mas pode rachar.

— Até parece que vocês gostam de banho. - Disse Isa.

Depois de um almoço regado de paz e harmonia, as meninas foram lavar a louça, já que eles haviam cozinhado.

— Você realmente acha que a Valentina está de olho no seu irmão?

— Dois pontos. Ela seria a primeira a ficar com o aluno novo/gato e ainda me atingiria como bônus. Então eu creio que sim.

— E aí?

— Não há nada que eu possa fazer caso ele decida ficar com ela, realmente. Que argumento eu teria?

— Que você a conhece melhor do que ele e está abrindo os olhos.

— Abrindo os meus olhos pra quê?

Leo entrara na cozinha secando os cabelos na toalha. O peito nu ainda brilhava.

— Parece que alguém não morreu.

— Acabei de chegar. Não vão se livrar de mim tão fácil.

Quando ele foi estender a toalha, Mário chegou com a sua amarrada na cintura, mas ficara presa num ganchinho da porta e caíra, fazendo Isa e Esmeralda arregalarem os olhos ao verem a sua... bermuda?

Mário gargalhava. "Vocês realmente acharam que eu sairia só de toalha?".

— De você, amor, eu não duvido nada.

— Vamos jogar ou não?

— Jogar o quê? - Pergunta Esmeralda.

— Opa. Acho que dei um spoiler.

 

Os quatro sentaram em círculo no chão da sala. Havia doze envelopes, cada um com um número, e dois dados.

— Leo chegou ontem, vocês dois ainda não se conhecem muito bem. Então eu, maravilhosa, resolvi ajudar.

— Obrigada?

— Ah, miga. Vai ser divertido. Joga os dados pra cima.

Esmeralda obedecera. O primeiro dado caiu com quatro pontos e o segundo com três. Isa pegou o envelope número sete e entregou para a amiga, que tirou o papel de dentro e leu a pergunta para Leo.

— Qual seu livro favorito?

— Harry Potter.

— Por isso interagiu tão bem com o professor ontem.

Ele sorrira. "E o seu?".

— Eu não sei.

— Como não sabe?

— Geralmente eu gosto do último que li. Está mais fresco na minha cabeça, então é o meu favorito até ler o próximo.

— Atualmente é Clarice, então?

— Sim. Embora eu não tenha entendido o final.

— Ninguém entende Clarice.

Esmeralda colocou o envelope de lado e Leo jogou os dados. Número oito. "Qual a data do seu aniversário?".

— Dois de novembro.

— Quinze de abril.

— Ai minha nossa. Você é o meu escravo astral.

— O quê?

— Áries é escravo astral de escorpião.

— Escorpião? Você ataca com o rabo?

— Às vezes.

Os dados foram jogados novamente por Esmeralda. Número três. "Alguém já descobriu alguma mentira sua?".

— Nunca.

— Duvido.

— Eu cresci com dezenas de outras crianças. Facilmente alguém levava a culpa no meu lugar.

— Que maldade.

— Sobrevivência.

— Você colocava sua culpa nos outros.

— A culpa é minha e eu coloco ela em quem eu quiser. Vai que alguém tentava colocar a culpa em mim, também.

— Você atacava primeiro para evitar ser atacado.

— Não tente usar Thomas Hobbes comigo.

— O homem é o lobo do homem.

— Eu não assinei nenhum contrato social. Talvez ainda seja um lobo.

— Vocês dois podem me explicar que maluquice é essa?

— Você saberia se prestasse atenção nas aulas de filosofia.

— Mas eu quero enfermagem. Tô nem ai pra esse Thomas.

— Joga os dados, Leo, antes que eu bata nela.

Número oito. Já foi. Ele repetiu a jogada. Número cinco. "Doce ou salgado?". Os dois responderam "doce" ao mesmo tempo e riram.

— Ei, moça. Você não respondeu a outra pergunta.

— Quê?

— Se faça de sonsa não. Já te pegaram na mentira?

O interfone tocou. Esmeralda atendeu e o porteiro disse que era Charles.

— Acabaram de pegar.

— Quem tá aí? - Isa perguntou.

— Charles.

— Ele disse que vinha?

— Ele perguntou o que eu ia fazer hoje e eu disse que ia sair com você.

— Por que você não me avisou? Postei um Snapchat seu.

— Eu esqueci.

— Quem é Charles? - Perguntara Leo, finalmente.

— Um rolo.

— Ah.

Esmeralda abrira a porta e um menino alto, de cabelo cortado nas laterais, mas sem moicano, entrara com três sacos de Finny.

— Parece que desistiram de sair.

— Bom. Ainda estou com a Isa.

Quando Charles fez menção de ir cumprimentar o casal, viu Leo sem camisa, segurando os dois dados.

— Ah! Desculpe. Eu não sabia que tinha mais alguém.

— O quê? Ah, não. Leandro é o meu irmão.

— Eu tenho cara de idiota, Esmeralda? Você é filha única. Eu não deveria ter vindo sem avisar.

— Quantas vezes eu vou ter de contar essa história que sou adotado? Esmeralda, quantas pessoas você conhece?

— Algumas. - Ela sorriu.

— Adotado? Certeza que vocês arrumam uma desculpa melhor.

Ela fechou a porta.

— É sério. Ele chegou ontem. Minha mãe adotou o Leo. Somos irmãos.

— Ah!

— Espero que a sua vontade de me espancar tenha passado. - Riu Leo.

— Eu não sou uma pessoa violenta.

— Seus pulsos ficam fechados tão rígidos assim mesmo?

Esmeralda sentara de volta e Charles a seguira. Colocara os doces no meio da rosa, enquanto ela jogava os dados. Número doze. Várias perguntas se seguiram. Descobriram a cor favorita, as fobias, os animais que seriam se pudessem, Marvel ou DC... Até que só restou o único envelope que nunca seria sorteado, uma vez que havia dois dados. O envelope número um. Leo pegara o papel de dentro e lera a pergunta.

— Qual sexo fora inesquecível?

— Eu faço dezessete anos daqui três meses. Quantas vezes você acha que eu transei?

— Só vou saber se você contar.

Isa estava contendo o riso. A cara de incredulidade do Charles era impagável. Ela sabia que a amiga só havia ficado com ele e, anteriormente, com o menino que tivera há primeira vez onze meses atrás numa viagem a Porto de Galinhas com a mãe. Escrevera a pergunta para ouvir a resposta de Leo. Crescera rodeados de adolescentes na mesma casa. Deve ter algo engraçado para contar. Esmeralda fulminava Isabella com os olhos.

— O primeiro.

Charles levantara e fora para a cozinha. Ao notar, ela continuou rapidamente.

— Por pior que tenha sido, foi a minha primeira experiência. Creio que terei setenta anos e ainda vou me lembrar do barulho do mar na janela da pousada.

— Que romântico.

— Foi com o garçom de lá.

— Você o viu de novo?

— Só na hora o chek-out. Ele estava encostado na porta me olhando ir embora com a minha mãe.

— Ah.

— E o seu?

— Na cozinha do orfanato com uma garota nova.

Esmeralda se engasgara com o Finny de morango que mastigava.

— Ela era linda, mas estávamos para ser adotados pela mesma família, então sob o medo de virarmos irmãos, paramos de ficar.

— O que aconteceu?

— Ela encontrou alguém. Eu fiquei sozinho.

Isa e Mário não notaram, mas Leo concluíra a frase olhando para Charles, que voltava para a sala com um copo d'água.


Notas Finais


Leo ou Charles?


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