História No Ritmo Do Silêncio (Imagine Park Jimin) - De agora em diante, o Cotidiano!

(Uma semana Depois)
Meu pai havia me acordado de madrugada, pois não achava suas coisas no meio da bagunça. E que bagunça, eu diria que ele só jogou o que viu dentro da mala e fechou! Logo depois ele recordou-se que estava no bolso da outra calça. Eu fiquei com uma vontade enorme de esganar ele mas ficou só na vontade mesmo. Depois de me vestir fui para a mesa do café, e como sempre lá estava com seu jornal e bebericando uma xícara de café o advogado da família. Me sentei o fitando, depois da morte da mamãe era normal passarmos o tempo das refeições em silêncio total, porém o cotidiano nem sempre foi assim, riamos e brincavamos quando mamãe ainda permanecia presente. Tudo mudou. Eu especialmente mudei.
- Pai, o senhor vai trabalhar? - Perguntei, é óbvio que a resposta seria positiva. Ele não parava.
- Está preocupada com o novo colégio (S/N)?! Você irá se acostumar rápido! - Repetiu a mesma coisa da última semana, quando chegamos aqui, só tivemos tempo para organizar as coisas - mesmo faltando muito até agora - e algumas aulinhas de coreano. Não me preparei psicologicamente e nem estava lembrada de escola nova nenhuma. Minha inscrição no colégio mais próximo, jogada em cima da mesa para me matricular. Seria aquele um papel que mudaria a minha vida por inteira? Um simples pedaço de folha colocando em risco minha interação social. Meu celular tocou - uma música bem animada - chamando a atenção do meu pai, eu me levantei e atendi do outro corredor.
- Alô? - Perguntei, eu não tinha nem dado bola para o número, apenas aceitei a chamada.
- Oi, posso falar com a Srtª (S/N)?!
- Sou eu, quem está falando? - Perguntei não reconhecendo a voz.
- Não se lembra de mim? Sou eu o Christian! - Eu me apavorei, eu tinha uma relação meio complicada com o Christian, ele era o meu ex-namorado. Nosso termino não o deixou muito bem, eu especialmente não conseguiria lidar com uma relação á distância, por conta disso tomei esta decisão. Eu deveria desligar, ele costumava ser muito possessivo, se eu o desse a liberdade para ligar pra mim. Era 24h no pé do telefone.
- Mandei não ligar pra mim! - Digo, meio culpa minha pois eu tinha esquecido de trocar meu número.
- Não seja tão ruim comigo! Eu amo você. - Citou.
- Tô atrasada, tchau! - Desliguei, acho que fui um pouco grossa com ele. Que se dane. Eu realmente tinha mais o que fazer. Subi para meu quarto e um tempo depois - já com o uniforme vergonhoso e a mochila - desci indo direto para o carro, que pertencia ao meu pai.

Chegando no "inferno", assim que desci do veículo senti vários olhares sobre mim, engoli seco e tentei não olhar muito pra ninguém, não adiantou nada. Assim que cruzei o primeiro corredor alguém segura meu braço, me virei com uma cara de poucos amigos, porém minha expressão logo mudou.
- Olá, eu sou o Seokjin, representante de turma! - Ele estende a mão, e eu aperto em gesto amigável.
- Deve ser a novata brasileira.Tenho permissão de saber seu nome? - Ele tinha uma línguagem tão formal, mesmo assim pela primeira vez não conseguia ficar entediada.
- Claro, meu nome é (S/N)! - Respondi tão rápido que pensei que ele me acharia louca. Mas, ele apenas sorriu.
- Jin, precisam de você na secretária! - Falou uma garota se aproximando, ela tinha um sorriso simpático, acho que por isso deduzi uma garota otimista e legal mesmo sem conhecê-la direito.
- Estou indo. Nos vemos mais tarde! - Despediu-se e saiu.
- Oi...- A garota chamou minha atenção -... Você é a novata?! Prazer, meu nome é Larissa!
- Ah, (S/N)! - Sorrio, foi quando escutei um rincho especificamente e com o susto olhei para trás. Talvez as patricinhas não sejam tão princesas aqui. Vinheram em nossa direção aos risos (berros).
- Olha só, temos uma novata?! Qual seu nome? - Perguntou a loira de olhos castanhos.
- Não sou obrigada a responder! - Digo.
- (S/N) você é louca, não responda assim! - Larissa Sussurra pra mim, mas alto o suficiente para as piranhas ouvirem.
- Que arrogancia! Pois bem, (S/N), um aviso eu sou a dona desse lugar e se mostrar comportamento eu não mexa com você! - Ela se acha, tenho nojo de gentinha assim.
- Ora... - Sou interrompida por Larissa que me puxa pra longe.
- O que cê tá fazendo? - Pergunto.
- Não é boa ideia provocá-las, a não ser que queira sua vida intima colada nas paredes da escola! - Disse, mas eu nunca deixo barato pra quem enche meu saco. Mas, essa eu vou deixar passar. Seguimos para a sala de aula, comum e bem chatinha, tive sorte de não ter que me apresentar pra turma toda. Só acho que não terei a mesma sorte no segundo tempo. Eu acabei conversando e ficando bem intima com a Larissa, ela é uma boa amiga.

No intervalo, eu e a Lala seguimos para o refeitório, eu não ousei encostar um dedo na gororoba de lá, não sei como tem gente que comi isso. Apenas sentamos em uma das mesas vazias.
- Então, como é lá no brasil? - Perguntou.
- Quente! - Respondo, ela franziu a sombrancelha, enquanto estavamos no nosso bate-papo alheio senti um calafrio, e logo descobri o que era, um garoto da mesa á frente não parava de me observar.
- O que ouve? - Larissa perguntou e quando percebeu o que acontecia suspirou fundo -... Vê se não dá muita bola pra ele, o cara é o maior sem vergonha, pegador! - Falou baixo, eu só o encarava, ele tinha um sorriso provocante e um olhar hipnotizante.
- (S/N), vamos! Não vai querer ele no seu pé! - Lala se levanta me puxando junto, eu o vi se levantar também e em menos de um minuto ele nos alcançou.
- Ei, qual o seu nome? - Perguntou se colocando na frente da passagem.
- Jimin deixa ela em paz! - Mandou Lala.
- Cala a boca estou falando com ela! - Respondeu.
- Não fale assim com a minha amiga! - O encaro irritada.
- Vamos só quero saber seu nome gracinha! - Pediu me puxando para mais perto dele pela cintura.
- Me larga... - O empurrei -... Não vou dizer! - Me afasto dele.
- Vai me forçar a descobrir sozinho?! - Perguntou.
- Descobrindo ou não foda-se. Só saiba, que a resposta não vai sair da minha boca! - Puxei lala pra longe dali, ele gostava de provocar, eu sei devolver na mesma moeda.
- Você é louca mesmo! - Lala diz rindo um pouco.
- Você não viu nem metade!

Continua...