História No Ritmo Do Silêncio (Imagine Park Jimin) - Segredos Sombrios?!

Anteriormente...

É só um aviso vadiazinha!- Disse com fogo pela boca.
- Se enxerga e cai fora!- Mando.
- Grrr...Você vai ver sua puta!- Me ameaçou e quando ouviu o sinal tocar foi para seu lugar. Tão piriguete que não dá, distribui.

P.O.V (s/n)

O professor entrou na sala com a sua típica cara enjoada, e trazia consigo um enorme rádio na mão esquerda. Ele sentou-se confortavelmente na cadeira de madeira e jogou tudo que tinha nas mãos na pequena mesa à sua frente.
- Bom, crianças... Hoje teremos um trabalho de recuperação da prova aplicada anteriormente...- Ele olhou pra mim com os olhos estreitos como se me ameaçasse de algo-... A senhorita (s/n) irá ajudá-los, pois ela tirou a nota máxima!- Eu logo pensei que aquilo fosse um engano, eu não tinha nem ao menos terminado toda a prova pois o Jimin tinha pegado a folha naquele dia e fomos para a detenção.
- Professor isso deve ser algum engano!- Digo e o mesmo balança a cabeça colocando seus óculos sobre a mesa.
- Suponho que não seja nenhum engano senhorita, eu não costumo tirar conclusões precipitadas deste assunto!- Ele cita, eu apenas o observei escrever a recuperação na lousa. O professor me instruiu de ir a carteira do aluno que me chamar para tirar suas dúvidas e foi isso que eu fiz.
- (s/n) pode vir aqui!- Um garoto de cabelos negros me chamou a atenção, eu já estava cansada de andar, além do pouco espaço entre as carteiras, a sala era enorme! Mesmo assim fui em direção ao mesmo.
- O que ouve?- Perguntei.
- Eu queria que me explicasse isso!- Ele apontou para uma questão no caderno, e com isso o expliquei o mais detalhado possível...[…]
- Obrigado, aliás meu nome é Jeon Jungkook!- Ele se apresentou com um doce sorriso.
- Oh, bem...prazer em te conhecer!- Sorrio de volta, ele parecia ser o tipo de garoto fofo e meigo do colégio - o que é bem difícil de se encontrar hoje em dia.
- Espero que sejamos bons amigos!- Ele dá um riso fraco, porém alegre, seu animo era contagiante.
- Okay então!- Ouço algo estralar um pouco atrás de mim, olho e vejo Jimin a nos observar com uma cara azeda, enraivecido. Em sua mão estava um lápis - o que tinha sobrado dele - partido ao meio, eu fingi que não dei a miníma.

Todos já haviam terminado as recuperações e o professor estava a entregar as provas, enquanto isso eu me perdia em pensamentos alheios rabiscando meu caderno, como costumava fazer.
- (s/n)!- Me chamou e entregou-me a prova, eu conferi todos as questões... da sexta á décima não era minha letra, e parecia ter uma típica mania de enfeitar a prova com desenhos bizarros, a primeira pessoa de quem suspeitei...
- Jimin!- Sussurrei furiosa contendo um grito, durante o tempo em que passei olhando a total diferença das letras percebi que o meu professor deveria ter um sério problema de visão. Lala se aproximou da minha carteira.
- Como foi sua prova?- Perguntou sorrindo.
- Foi.... normal!- Digo mostrando o resultado pra ela.
- Nossa, tirei 9,75....só porque errei o número que era pra dividir!- Explica.
- ... Não fui eu quem fez essa prova, bem... a metade das questões mas... olha...- Mostrei pra ela as respostas.
- Não é a sua letra...?! Então, quem respondeu o resto?- Perguntou e era isso que eu estava tentando descobrir.
- Mesmo assim, tenho certeza de que teria tirado a mesma nota sem precisar da ajuda dessa pessoa!- Digo, eu tinha notas ótimas no meu antigo colégio, uma aluna exemplar! Eu com certeza teria acertado e terminado a prova se um idiota não tivesse afanado minha folha.
- Você é bem confiante, nas provas eu sempre uso o Cálculo Hipotético Universal Técnico Estimativo, popularmente conhecido como C.H.U.T.E!- Disse e dei uma risada que foi abafada por minha mão.
- Estou desconfiando do Jimin!- Digo a observa-lo de relance.
- Olha amiga, não tente se meter com esse ai, ele tem algo bem sombrio!- Disse o que chamou minha atenção.
- Como assim?- Pergunto.
- Eu não deveria te contar essas coisas!- Ela olhava para os lados inquieta.
- Lala me diz, o que Jimin tem de tão assustador?- Perguntei e bem nesse momento...
- Nada que você precise saber...- Ele bate a mão na mesa nos assustando-... o que pretendia contar?!- Perguntou encarando Larissa com um olhar amedrontador.
- Nada não!- Ela Sussurra desviando o olhar.
- E o que você tem de tão sigiloso Park Jimin?- Perguntei o afastando de Lala.
- Você não gostaria de saber!- Disse.
- Larissa conte-me logo!- Digo e Larissa parecia tão...distante. Jimin se abaixou e sussurrou algo no ouvido dela, eu não consegui escutar, assim que ele se afastou Larissa se levantou e saiu de lá sem justificativa.
- Larissa!- Chamei porém a mesma não me dava importância. Fiquei sem saber o que dizer, o sinal tocou e Jimin espontaneamente saiu da sala, eu dei uma última olhada ao redor e percebi que tinha algo debaixo de uma das carteiras... me aproximei e peguei...um caderno?! Abri apenas para me informar do dono.
Park Jimin, era o caderno dele... ele deveria ter esquecido quando saiu sem mais nem menos, eu poderia deixar aqui e qualquer aluno roubar. Porém achei melhor coloca-lo na minha mochila.

Os corredores estavam vazios, o silêncio absoluto me deixava incomodada. Sinto alguém me empurrar nos armários.
- Ei!- Reclamo.
- Silêncio!- Essa voz... Jimin.
- Jimin seu filho da mãe me larga!- Tento me debater para me livrar de suas mãos em minha cintura, mas acabei desistindo.
- Quero você longe dele...- Falou de repente.
- Hã...?
- Jungkook, não quero você com aquele projeto de anjo!- Reclama irritado.
- Foi por isso que quebrou o seu lápis bem?! Eu posso ficar perto de quem eu quiser ouviu, não é você que vai me dizer o que fazer!- Digo bem alto.
- Você está provocando o que não deve!- Diz irritado, quase surtando.
- Seus ciúmes não vão me fazer afastar-me dos meus amigos!- Respondo.
- Ciúmes? Não, é só vontade de jogar sua amiguinha de um penhasco!- Falou irônicamente.
- O que você disse pra Larissa naquele momento?- Perguntei e o mesmo vira o rosto.
- Não importa! Está avisada, se eu te ver com aquele garoto eu...
- Vai fazer o quê Jimin? O máximo que você ousaria era pichar a carteira dele com frases bizarras!- Cruzo os braços o encarando. Ele me olha mortalmente e aproxima seus lábios lentamente dos meus. Viro o rosto. Ele se afasta, me soltando.
- É um conselho de amigo também, faça o que quiser, não se arrependa depois!- Falou começando a caminhar em direção a saída.
- Ei...-Chamei sua atenção-... Foi você quem terminou a minha prova?- Perguntei com calma.
- Achei que iria me acusar... mas não, e nem faço ideia de quem foi, vá pra casa se não quiser que seu pai te dê uma bronca!- Ele aconselha e encaro o meu relógio, era tarde. Não sei por quê... mas tenho a impressão que o Jimin está...estranho.

Chegando em casa, fui direto tomar um banho e comer alguma coisa, eu estava exausta. No meu quarto eu observava a casa da frente pela janela... a habitação de Jimin. Parecia tão despovoado, as luzes apagadas, nenhum som. Resolvi ir dar uma conferida... Jimin parecia não ter vindo diretamente pra casa depois do colégio, estava vago! E a porta aberta, o que eu faria se ele chegasse e eu estivesse fuçando as coisas dele?! Bem, foda-se isso agora, minha curiosidade é maior. Invadir a casa do vizinho parece ser meio inapropriado, parece não, é. Dentro, a casa parecia não ser varrida a um bom tempo, louças sujas, piso rangendo. Era assustador. Havia diversos quadros espalhados na parede, alguns, com os vidros quebrados e fotos rabiscadas apagando o rosto de algumas pessoas. Subi as escadas e tentei não me importar com a chiadeira. As várias portas me deixaram confusa para onde ir, tentei abrir uma das portas... trancada. Fui para outra... trancada. Segui assim até uma delas se abrir, era um quarto estranho, de uma criança, cheia de brinquedos ainda espalhados pelo chão, os quadros não estavam quebrados ou rabiscados. Me apressei e tentei descobrir algo nas gavetas da cômoda, documentos eram o que não faltavam, abri um... Park Jiw-san, 27 anos... a mãe de Jimin? Não. Simplesmente joguei na minha mochila, no meio de tantos documentos encontrei uma foto, seria esse menininho sorridente Jimin? Estava acompanhado de um forte homem e uma doce mulher...
- O que pensa que está fazendo?- Ouvi a voz do rapaz e me arrepiei. Rapidamente escondi a foto no meu bolso e fechei a gaveta.
- Nada!- Digo.
- Quem te deu permissão pra entrar aqui? Esse é um quarto privado eu não quero você aqui!- Dizia o mesmo encostado na porta com uma cara de poucos amigos.
- Desculpe...!- Pedi, afinal era eu quem estava errada vasculhando os pertences dos outros sem autorização.
- (s/n)....- Ele suspirou fundo-... vá embora por favor!- Disse passando a mão nos seus cabelos sedosos.
- O...Okay!- Sai dali o mais depressa possível e entrei em casa. Que segredos obscuros ele tem? Segredos que não quer que ninguém saiba? Custe o que custar eu vou descobrir.

Continua....