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História No silêncio das estrelas. - Afogado em suas palavras.


Escrita por: IzzyAlbinu

Notas do Autor


Cheguei aqui

Como estão heim? Espero que muito bem!
Bom não tenho muito o que dizer , só que espero que gostem do capitulo de hoje. Boa leitura ♥

Capítulo 12 - Afogado em suas palavras.


Fanfic / Fanfiction No silêncio das estrelas. - Afogado em suas palavras.

POV AXL

Trago um cigarro lentamente tirando todo o sentimento que a simplicidade das suas cinzas me trazem , estou dentro da combi esperando Steven vir logo para irmos a casa do Roberto. Vou ter que ir com o Stee já que Izzy saiu e não voltou até agora , e o pior é que ele foi com o carro e vou ter que ir com essa lata velha.

- ANDA LOGO STEVEN - grito a todo fôlego e aperto com força a buzina.

- To indo saco - ele resmunga passando pela porta com sua câmera em mãos.

Ele adentra a combi e se senta ao meu lado. Ligo a chave e acelero , a combi custa a pegar. Forço outra vez e pronto ela ligou.  Acelero e saimos dali cantando pneus. 

- Pra que trouxe essa droga de câmera ? - pergunto impaciente ao ve-lo fotografar as ruas.

- Cala boca Axl.

Pelas ruas vazias a única coisa que perambulava por ali era o vento e as folhas que ele carregava. A casa daquele canalha não fica muito longe daqui , logo chegaremos. Eu poderia mata-lo com minhas próprias mãos , poderia livrar o mundo desse verme o mandando diretamente para o inferno , mas não quero passar boa parte da vida na cadeia por culpa daquele lixo.

                   X

Paramos a combi à uma curta distância considerável da casa , joguei a mochila cheia de spray nas costas e pulei para fora do carro. Pop Corn demora alguns segundos , mas logo sai e caminha ao meu lado.

Nos aproximamos da casa , as luzes se encontram apagadas ,  com certeza está dormindo . Ele não estaria de forma alguma com uma mulher , afinal quem iria querer algo com aquele bagulho? 

Me agacho no chão. Sendo iluminado pela fraca luz de dois postes eu abro a mochila.

- Pega uma Steven - lanço para ele uma lata de spray e ele a agarra no ar com facilidade. 

- Podemos desenhar pintos Axl? - Stee pergunta , rio abafado e agito uma lata de spray. 

- O que você quiser.

 POV DUFF

Izzy acabou dormindo no banco exausto ,ele não quis meter o pé daqui e eu tão pouco. Mas está ficando tarde e já fumei metade de um maço de cigarro durante esse curto tempo em que estamos aqui.

As palavras frias de Izzy ainda rodam minha mente como um carrossel. Izzy não poderia impedir algo entre mim e Ester , apesar dela ser menor de idade é ela quem decide. E eu nunca a usaria como ele mesmo concluiu , eu unca a magoaria e seria para ela um protetor.

- Vamos embora está tarde , amanhã voltamos - falo enquanto cutuco Izzy 

Ele resmunga algumas palavras que não entendo e abre os olhos , se espreguiça e se põe de pé. 

- Vamos - diz passando por mim , seguindo na direção da saída. 

(…)

Ao chegar em casa eu arranco minha camisa e a jogo contra o chão da sala , a madrugada nunca esteve tão solitária como a de hoje. Madrugadas no Rainbow ou The Roxy eram o que preenchiam minhas horas , horas de puro sexo e  drogas eram o que me levava a satisfação. 

Me jogo cansado no sofá , respiro fundo e solto a respiração lentamente. Arranco minhas botas e passo a mão no cabelo levemente suado , minhas mãos alcançam o rádio aonde eu procuro alguma estação , alguma canção que acalme minha alma. Touch Me  do The Doors faz um pingo de sorriso brilhar em meu rosto , minha música favorita deles , aquela que me faz pensar em tantas coisas boas.

Me levanto do sofá e caminho até a cozinha , a última gaveta do armário me chama com sua voz reprimida , ela me faz alcança-la e retirar aquele potinho. Balanço o potinho e vejo que não há muito ali , Axl deve ter usado tudo.

Volto para a sala e me sento no sofá. Sobre a mesa de centro afasto as garrafas vazias e com o conteúdo do potinho faço duas carreirinhas de "pó". Ávido eu aspiro as carreinhas completas , fungando em seguida. 

Me deito no sofá e fecho os olhos eufórico. Eu… eu precisava de mais , só mais um pouquinho… um pouquinho…

Meus olhos se abrem e se encantam pelo lugar que me cerca. Estou no espaço , as estrelas do mais variado brilho me cercam enquanto a  lua com sua luz tênue sorri para mim. Um assobio me leva a segui-la , enquanto as estrelas me perseguem querendo se apropriar do meu corpo.  Elas grudam em minha pele me queimando com seu brilho ofuscante , tão logo estou todo queimado e várias estrelas se grudam em minha pele me impedindo de mover um músculo sequer. Elas chocam-se uma nas outras provocando uma dor imensa em cada célula do meu corpo , e então um silêncio abrupto...

A alucinação dura pouco , olho ao redor e a luz fraca da sala é o que me ilumina. A música continua a tocar novamente , rebobinando minha mente. A mesma música do The Doors.

Lágrimas começam a escapar dos meus olhos , sou invadido por uma onda de tristezas que me fazem chorar como uma criança assim que chega ao mundo. Meu choro é tenso  e quase mudo. 

E em poucos minutos eu adormeço  em meio ao choro.

POV ESTER

Meus olhos se abrem em pequenas frestas e miram um homem vestido num uniforme todo branco , ele segura uma seringa na mão e estava prestes a enfia-la em mim quando me levanto as pressas. 

- SAI DA E PERTO DE MIM - grito apavorada e arranco um soro que se prendia ao meu braço. 

- Senhorita se acalme - ele pede mas suas palvaras sooam para mim falsas e malignas. 

- É você , VOCÊ! - parto para cima dele e arranco com força a seringa de sua mão. 

Ele me olha sem entender e chama por alguém , deixo as lágrimas cairem em turbilhão e enfio com tudo a seringa em seu braço , fazendo com que ele grite.

- NUNCA MAIS SE APROXIME DE MIM - o advirto. 

Dois outros homens adentram o quarto e vem ao meu encontro , me agarrando cada um por um dos meus braços. 

- O que aconteceu?  - um deles pergunta

- Ele queria me matar , é louco , um psicopata!  - grito e me esperneio , tentando me soltar. 

- Temos que seda-la , está fora de si - o monstro diz enquanto tenta conter o sangue que escorre por onde a agulha se infiltrou. 

E então sinto uma picadinha nas costas , me viro e vejo que há uma enfermeira atrás de mim segurando uma anestesia.  Aos poucos eu fecho os olhos e caio na inconsciência. 

          X

Ao abrir meus olhos pela segunda vez eu me coloco sentada na cama , os lençóis estão suados abaixo de mim e minha cabeça dói. 

Um médico adentra o quarto e sorri  , sorrio de volta e ele se aproxima. 

- Se lembra do que aconteceu à algumas horas atrás?  - pergunta e eu desvio os olhos para o chão. 

- Crise.

- Isso já aconteceu antes? 

- Sim. Doutor eu sou normal , quero dizer… Eu não sou louca. Essas crises simplesmente acontecem sem que eu tenha a chance de conter. Eu não sei o que eu tenho. 

- Bom… Você já pode ir se quiser , lembre-se de comer bem hoje. Você está fraca. 

Ele sai do quarto encostando a porta. Me levanto e miro minhas roupas em cima de uma mesinha. Pego-as e adentro um pequeno banheiro aonde me troco e amarro os cabelos embaraçados.

Minha mente está cheia , cheia de medo de mim mesma . É como se eu não me conhecesse de verdade , é como se eu não soubesse qual meu verdadeiro eu. Meu corpo e minha mente estão imersos em um rio de contradições. Dejejaria imensamente que meus pais estivessem aqui comigo , estou com medo e não quero estar sozinha.  Talvez eu seja mesmo louca como dizem e pensar nisso me dá medo.

Ao sair daquele hospital caminho calma pelas ruas de L.A , as pessoas me olham e isso me desconforta como sempre.  Os homens me olham desejosos e as mulheres com esnobe , as crianças sorriem e os animais fingem que não me vêem. 

Chegando na rua de casa passo em frente a floricultura , tão vazia e fechada desde o assalto. Queria poder saber como está o senhor Toni , mas não sei aonde vive e sequer sei teu telefone. 

Volto a caminhar e assim que paro em frente a Hell House observo Slash sentado nos degraus da varanda. Ele traga um cigarro como se fosse a coisa mais importante de sua vida , está sem camisa e o cabelo escuro brilha a luz do sol. Me aproximo e me sento ao seu lado nos degraus. 

- Bom dia - digo e ele sorri.

- Buenos dias. Está melhor?  

- Não. Se eu pedir uma coisa você me dá? 

- Só não dou a bunda - ironiza e eu rio.

- Um abraço bem apertado.

Ele joga o cigarro no chão e pisa em cima descalço mesmo , não sei como não queimou seu pé. Se vira para mim e me abraça , um abraço acolhedor como eu queria.

- Obrigada Slash - murmuro.

Depois de longos segundos me levanto e adentro a casa , olho ao redor e meus olhos param em um Duff dormindo no sofá. Observo na mesa uma espécie de pozinho branco e meu coração acelera ao perceber então que aquilo é droga. Duff se droga?  Eu já sabia disso… mas agora está mais claro pra mim.

Balanço a cabeça discrente e subo as escadas , Izzy sai do quarto e assim que me vê corre até mim e me tira do chão com um abraço. 

- Como você está Ester?  -pergunta me apertando

- Estou mal , mas não fisicamente e sim emocionalmente.  - digo cansada

- O que está sentindo? - afrouxa o abraço e fita profundamente meus olhos 

- Algo que não quero compartilhar , sinto muito. 

Ele me solta e suspira disferindo um meio sorriso a mim. Vou em direção ao meu quarto e tranco a porta , me jogo na cama e fito o teto branco frente aos meus olhos. É Ester… tudo está confuso pra você. 

Duff. Tao másculo , tão esguio , tão sublime , tão sério , tão belo , tão excitante…

Izzy… Izzy é Izzy… Há algo nele que me leva ao céus , não sei se é carinho ou se é paixão só sei que não posso me envolver. 

Não posso me envolver nem com Izzy nem com Duff eu... eu tenho que ir embora daqui , ir pra longe onde ninguém me encontre , onde eu esteja livre de qualquer tormento.

 POV DUFF

Me levanto abruptamente quando ouço um grito estridente ,que fazem minhas pálpebras estremesserem.

- O que aconteceu porra? - pergunto caminhando em direção a cozinha.

- AXL ESPIRROU LIMÃO NO MEU OLHO , TÔ CEGO. - Steven sai correndo pelas escadas enquanto Axl ri jogado na cadeira.

Axl espreme um limão em um copo e o toma puro sem fazer nenhuma careta soltando ainda um arroto. 

- Pra que isso? - pergunto e me sento a mesa.

- Aquecer a voz. E você devia aquecer esses seus dedos preguiçosos. 

- Dedos preguiçosos? - arqueio as sobrancelhas

- Sim - ele fala e sai da cozinha dando um tapinha em minhas costas.

Encaro minha imagem no reflexo da pia de alumínio e percebo o caos em que me encontro. Meu cabelo tá uma merda e meus olhos se encontram vermelhos e lacrimejantes.

Saio dali e subo as escadas , adentro o banheiro e arranco minha roupa , me colocando em baixo da água fria que aquele chuveiro me proporciona.

Meu banho parece durar séculos e séculos , me sinto relaxado agora , não pronto para uma maratona mas mesmo assim relaxado. Desligo o chuveiro e me enrolo em uma toalha. Abro a porta e me dirijo para meu quarto. Visto uma calça de couro apertada sem nenhuma cueca por baixo e deixo-a sem abotoar. Bagunço meu cabelo  e espirro perfume em meu pescoço e peito.

Me debruço sobre a janela do meu quarto e espio lá embaixo.Slash está beijando Kenia ardentemente , a prensando contra a árvore do jardim. Hehe boa sorte com ela Poodle.

Saio do meu quarto e meus olhos brilham quando vejo a bela Ester sair do seu quarto. 

- Ester - a chamo  e ela se vira para mim.

- Duff.

- Como está se sentindo depois de ontem?  - pergunto me aproximando

- Fisicamente bem. 

- Já comeu alguma coisa? 

- Não , estou indo agora - sorri de lado.

- Vamos juntos - cruzo nossos braços e ela ri.

Caminhamos juntos pela escada e nos encaminhamos para a cozinha , puxo a cadeira para ela tentando me mostrar um cavaleiro. Me sento e pego uma maçã levando a boca , dando uma suculosa mordida.

- MENINOS! - Viviana adentra a cozinha a todo vapor , ofegando de êxito.

- O que foi maluca? - Izzy pergunta se aproximando dela

- Vocês nem vão acreditar - ela corre até a pia e enche um copo com água que bebe tudo de uma só vez.

- Está nos deixando aflitos com a sua própria aflição - fala Izzy

- Alan Niven esteve no The Roxy no último show de vocês.

- E? - Steven questiona

- Ele quer ser o empresário da banda! Se toparem ele já até tem uma turnê prevista. 

Todos ficamos em silêncio , olho para Axl , Axl olha para Slash , Slash olha para Steven e Steven olha para Izzy. Ester aperta minha mão e instantaneamente eu sorrio com seu toque suave e confiante.

-  Diga a ele que topamos. Claro que topamos ,e queremos marcar um encontro AS PRESSAS - Axl diz eufórico

- Estou prevendo que essa é uma grande oportunidade , muitas pessoas conhecerão o trabalho de vocês. - Viviana fala sorrindo e dá um abraço impulsivo em Izzy. 

POV ESTER

A noite caiu , as estrelas e a lua é minha companhia aqui do lado de fora da casa. Eles sairam , só Duff está lá dentro e eu aqui fora.

De repente senti uma torrente de energias tomarem conta de mim assim que alguém se sentou ao meu lado na varanda , Duff sem camisa os cabelos ainda mais bagunçados do que pela manhã , tragava um cigarro com maestria soltando a fumaça em anéis. 

- Você fica ainda mais linda a luz da lua - diz apagando o cigarro no gramado espesso.

- Sempre tão galanteador Michael. Diz isso para tantas outras…

- Não , na verdade nem sei como saem palavras de carinho de minha boca. Isso acontece quando estou ao seu lado , somente ao seu lado.

Ele me vira para ele e descansa o rosto na curvatura do meu pescoço ,  aspirando meu perfume e causando em mim um arrepio repentino. 

- Duff… - murmuro 

- Não diga nada , deixe o silêncio tomar conta das nossas ações. 

Duff levanta meu rosto e penetra meus olhos com os seus belos pares castanho-esverdeados. Num curto segundo nossos lábios estão unidos em perfeito selo. Suas mãos afastam meu cabelo , o gosto de tabaco de sua boca se mistura com o gosto da minha ,um recente café. Eles se movimentam como chamas ao vento. 

- Desgraçado! - Alguém grita e nos separamos do beijo.

Izzy lança uma garrafa de Jack que acerta em cheio a testa de Duff.

- Por que fez isso Izzy? - falo me apressando a ajudar Duff , um corte horrível marca seu rosto. 

- Eu disse pra ficar longe dela Duff , não vai usa-la como faz com todas porra! - Izzy grita agressivo

Viviana aparece por um milagre e puxa Izzy pelo braço que nesse momento está derramando lágrimas , ele está bêbado e tenho quase certeza de que se drogou.

Viviana consegue conte-lo e leva-lo para dentro de casa.

- Duff , temos que ir para um médico - falo desesperada ao ver aquele sangue escuro escorrer.

- Não precisa. Não está doendo e é só um corte.

- Só um corte? Já ouviu falar em tétano?

Ele gargalha , nao parece se importar nem um pouco com o corte. Segura minha mão e deposita um selinho sobre ela. 

- Você disse a mesma coisa daquela vez quando me ajudou também com um corte. 

- É… eu me preocupo , desculpa por Izzy. Não sei porque ele agiu daquela forma.   - baixo os olhos

- Eu sei. 

- O que?

- Ele gosta de você. 

Fico em silêncio. Não sei o que falar sobre isso , Izzy não deveria nutrir sentimento algum por mim , nem familiar já que nunca convivemos juntos. Ninguém tem que sentir nada por mim.

- E eu também gosto , não , eu amo você. 

POV IZZY

- Que saco - resmungo e me jogo no sofá. 

- Izzy , não fique assim. - Viviana tenta me acalmar , ela se senta ao meu lado e toma uma de minhas mãos.

- Como não vou ficar?  

Ela desvia os olhos de mim , respira fundo e roda os olhos para o teto.

- Gosta dela não é?  Gosta dela e não é só como prima. 

- Sim você tem razão! Eu gosto dela , gosto ou também não gosto mais. Eu sou um besta. - soco o braço do sofá. 

Ela se levanta  e se põe de costas , o brilho de seu cabelo não reluz por conta da baixa luz que ilumina a sala.

Quando se vira para mim estranho seu rosto todo mergulhado em lágrimas , ela olha para mim e chora sem fazer barulho. Viviana leva a mão a boca e dá uma leve mordidinha.

- Eu sabia , já sabia que você gostava dela. A besta aqui sou eu Izzy e não você. 

Ela enxuga as lágrimas com as costas das mãos e suspira. 

- Viviana não chore , por que está chorando?  - me levanto cambaleante e me aproximo dela 

- Será que nunca percebeu?  Será que é tão cego assim? Eu sou apaixonada por você cara , há tempo já e você nunca me notou. Izzy você ficava com mulheres em minha frente quando saiamos todos juntos e você não sabe o quanto aquilo me abalava. Quer saber?  Maldito dia em que te reencontrei no Rainbow , maldito dia! 

Ela despeja tudo sobre mim , suas palavras pesam e causam uma sensação horrível em meu ser.

- Viviana espera! - a chamo ,  quando vejo-a sair da casa batendo com força a porta e me deixando ali afogado em suas palavras. 


Notas Finais


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