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História No Tenderness - Calor que emana dele.


Escrita por: batsu

Notas do Autor


A fanfic foi criada a partir de uma lista personalizada do 100 situations fanfiction challenge.
Sugiro que ouçam as músicas Hatefuck do The Bravery e Time Is Running Out do Muse, são as músicas que inspiraram a criação do enredo dos capítulos e o próprio título. Diria também que são a trilha sonora do casal.
Tema do capítulo: quente.

Capítulo 1 - Calor que emana dele.


Entre o escuro da noite, faíscas do mais puro metal iluminavam a mata em que se encontravam, o choque de suas espadas feria o ar e cortava sem piedade o que estivesse em sua frente. Ela carregava uma feição séria, sem demonstrar sinais de dispersão, enquanto ele sequer preocupava-se em esconder sua excitação ao ver seu precioso tesouro tão dedicado a si. Aqueles lábios tortos num sorriso largo derivado de pensamentos sujos a irritavam por completo.

O Rei dos Cavaleiros avançou com sua espada lendária, estocando mais um ataque ao adversário que não estava assim tão distante. Alguns passos foram dados, então, ela viu-se sobre o belo homem, forçando sua lâmina contra a dele, e outra vez, ele sorria de maneira concupiscente.

Se não fosse por Artoria Pendragon, que razão teria o Rei dos Heróis para continuar a batalhar a Quinta Guerra Santa? Há dez anos, de fato detinha o interesse pleno no Santo Graal, mas somente até conhecê-la. A garota que via a si própria como um nobre cavaleiro e insistia em dizer não ser mulher. E ela era graça e majestade, nem em todo seu reinado sobre Uruk conhecera uma menina de qualidades tão magistrais como ela. Sua adorada Saber tornara-se tão preciosa quanto o próprio Graal, de algum modo, Gilgamesh passou a desejá-la mais que o cálice milagroso.

Esperou dez longos anos desde o fim da Quarta Guerra por aquele momento, ele a fizera uma proposta pela qual ainda aguardava a resposta. Ele não a cobiçava apenas pela pureza incondicional que expressava, e não tão-somente por aquele rosto angelical, mas como um colecionar de tesouros, ele tinha bons olhos para achar espécimes raras e Saber era única para ele.

A única mulher que não o chamara a atenção apenas sexualmente, a única mulher que ele chamava de sua e sentia-se enciumado, a única mulher que aceitaria como esposa, que por ironia do destino, também mostrou-se a única a recusá-lo.

Gilgamesh revidou na mesma intensidade, trocando as posições e saindo-se melhor. Uma de suas espadas atravessou a curta distância entre eles atingindo o tronco de uma árvore, milímetros separavam sua lâmina da face de Saber, ele finalmente a encurralara. Seus olhos esmeraldas queimavam sobre o herói dourado, aquele cenho franzido e sua delicada boca entreaberta apenas o estimulavam mais. Ele arrancou a espada em um movimento brusco, jogando-a no chão, assim, abriu espaço para seus braços rodearem-na. Podia sentir o hálito fresco da menina àquela proximidade.

Por um breve instante, Artoria fechou os olhos com a claridade que surgiu, abrindo-os em seguida e deparando-se com um Gilgamesh vestido em trajes casuais, sem mais sua armadura dourada.

― Você me subestima! ― Considerou uma atitude ofensiva dele, talvez não a considerasse capaz de livrar-se daquela situação.

― Tire sua armadura, cavaleiro, não vamos mais lutar ― respondeu olhando-a de cima, não com desprezo, mas com cobiça.

Saber não insistiria em uma luta onde seu oponente não tinha o mesmo interesse que ela, seu código de honra falava mais alto em horas como estas. Suspirou ao não enxergar outra opção, em seguida, trocou suas vestes como o Rei dos Heróis. Sua armadura protegida por magia deu lugar a sua camisa branca plissada e sua saia azul marinha habitual, trajes tão reservados como sua personalidade. Ele por outro lado, parecia incrivelmente adepto àquela era, seu casaco branco de pelos e as calças sociais não negavam seu bom gosto até vivendo em uma época diferente da sua por completa.

As mãos que cercavam-na pelo tronco da árvore envolveram sua fina silhueta num súbito abraço ansioso. Artoria não reagiu de imediato, perguntando-se o que se passava pela mente do adversário ao qual instantes atrás trocavam golpes. Gilgamesh a apertava como se sua vida dependesse daquele contato ― e talvez dependesse mesmo ―, não deu brechas para que ela escapasse mesmo que tentasse. O aroma doce que o cabelo de Saber exalava era simplesmente tentador, aquilo o levou a brincar com os fios louros da menina, soltando então a fita de seda azulada que prendia-os sempre num coque bem feito. Emaranhou os dedos no cabelo dela agora solto puxando-os levemente de forma que pudesse inclinar seu rosto.

― Seja minha ― exigiu colando sua testa a dela, seu olhar capturado.

― Você não pode ordenar a um rei.

Gilgamesh perguntou-se quais foram os terríveis pecados que cometera para receber tamanho castigo dos deuses.

Com a mão ainda posicionada em sua nuca, trouxe o corpo esguio do Rei dos Cavaleiros para o mais próximo possível ao enlaçar sua cintura, quebrando então o contato visual somente para beijar-lhe. Artoria piscou algumas vezes antes de realmente perceber a língua experiente de Gilgamesh passear por seus lábios ainda comprimidos. Ele fora tão convidativo que não foi capaz de resistir, ela entregou-se em seus braços correspondendo à sua maneira tímida. O Rei dos Heróis não conseguia conter-se ao tê-la finalmente absorta em seus braços, esperou anos para vê-la depois da Quarta Guerra, sentia como se tudo tivesse valido a pena.

Entretanto, não era como se ele fosse se saciar com apenas um beijo.

Apertou Artoria ao tronco de árvore, traçando a linha de seu queixo até o pescoço em beijos molhados, arrancando leves suspiros da garota. Não teve outra reação se não agarrá-lo pela nuca quando ele começou a lambê-la por aquela área tão sensível, sussurrou ao seu ouvido sobre querer arrancar dela muito mais que suspiros. Gilgamesh a sugava para deixar marcas visíveis, queria que soubesse que era dele quando as visse. O Rei dos Heróis divertia-se tendo-a para si, sendo recompensado por carícias perto da nuca e leves arranhões ansiosos, Saber havia bagunçado todo seu cabelo que antes estava em pé.

Gilgamesh desceu lentamente as mãos pelas costas dela até chegar à barra da saia, onde voltou a beijá-la sedento e abaixou descaradamente as mãos para apalpá-la e trazê-la mais perto de sua virilha se possível. Saber estava presa naqueles braços fortes com as mãos no seu peitoral estruturado, derretendo-se a cada toque e carícia do homem, desejando mais e não reconhecendo a si mesma agindo daquela maneira.

As mãos grandes que antes apalpavam-na por trás desceram mais até as suas coxas medianas adentrando sua saia, brincando com suas meias em seguida, esticando e soltando-as, acariciando-a em longos movimentos circulares que iam de sua bunda até quase seu joelho. Devido a grande diferença de altura entre eles, Gilgamesh estava dobrado apenas para poder alcançá-la e aquilo estava o cansando. O rei dourado ergueu-a pelas coxas, encaixando o corpo da menina em si, tendo completo alcance dela.

Artoria não sabia mais o que fazer ou como reagir, estava a mercê de Gilgamesh e ele não tinha misericórdia alguma.

Envolveu os braços nos ombros largos do rei e as pernas pela cintura dele, buscando seus lábios para contentá-la outra vez. Ele sorriu durante o beijo lascivo, deliciando-se com a boca macia dela sobre a sua. Suas mãos agora ocupavam-se em puxar suas meias que atrapalhavam-no em senti-la. Com Saber tão grudada a si, ele já sentia-se incomodado com o volume crescente em suas calças, ela o pressionava e nem sequer percebia.

― Artoria ― chamou-a interrompendo o beijo subitamente para procurar por seus olhos naquela noite escura.

― Sim...?

― Não vamos fazer isto aqui, meu amor. ― Segurou-a pela bochecha forçando a encará-lo. Esmeralda e carmesim nunca combinaram tanto quanto o olhar deles. ― Não quero isto para você.

Saber parou para analisar a situação de ambos, estavam quentes, havia muita tensão sexual a ser resolvida entre eles.

― Você e-está certo, desculpe-me ― disse ela tentando afastar-se, envergonhada com o que causara a ele, agora capaz de senti-lo.

― Não tem pelo que se desculpar, minha leoa, até por que não vamos parar. ― Sorriu torto da maneira mais sensual que ela já havia o visto. ― Vamos apenas para outro lugar.

Dito isto, Gilgamesh desapareceu com a menina ainda em seu colo. As faíscas douradas de ambos os espíritos heroicos permaneceram algum tempo ainda no ar, como um vestígio da presença deles e o único indício do que fizeram ali.


Notas Finais


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