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História No Trainer's Land - A Fuga (Parte Dois)


Escrita por: Kaine-san

Capítulo 8 - A Fuga (Parte Dois)


Fanfic / Fanfiction No Trainer's Land - A Fuga (Parte Dois)

Antes de sair da sala, Yuuto pega no colo Scyther e exclama:
-Ele precisa de tratamento ou de alguma Berry, temos que nos apressar!
Corremos pelos corredores da instalação e finalmente nos deparamos com a entrada da
área de confinamento. O portão estava aberto e consigo ouvir gritos de alguém vindo do
interior da área. Entramos silenciosamente e nos escondemos atrás de alguns escombros
de uma cela destruída. Os gritos eram provenientes de um guarda, que desesperadamente
ameaçava vários prisioneiros com um fuzil:
-Fiquem longes, seus malditos! Vou matar vocês! Estou falando sério!
O guarda estava tremendo como uma folha e os prisioneiros pareciam entretidos com o
espetáculo. Um deles começou a avançar lentamente e com tom sarcastico exclama:
-Você não tem direito de negociar, Maxwell...
O sujeito possui um grande sorriso, tem cabelos azulados e olhos amarelos, parece ter
entre os dezesseis e dezoito anos, a coisa que mais se destaca é seu pescoço, nesse é
presente uma membrana que se enche de ar após a inspiração do garoto, parecendo muito
com um “Toxicroak”.
-Não se aproxime Kaeru ou vou estourar seus miolos- exclama o guarda assustado.
-Você vai morrer hoje Maxwell, de um jeito...- laminas pontudas são ejetadas do pulso
do Kaeru- ...ou de outro.
Repentinamente, uma figura obscura cai de cima do teto da sala e aterrissa atrás do
guarda, desarmando o próprio e cortando o seu pescoço com uma lamina feita de vidro.
- Estamos livres, pessoal! Destruam esse lugar e vamos matar o velhote também!
-SIM!!- gritam o resto das cobaias.
A figura obscura revelou-se ser um outro prisioneiro, era mais velho em comparação com
os outros e aparentava possuir poderes parecidos com um “Ariados”. Possuía várias
cicatrizes nos braços e parecia ser muito habilidoso.
-Irei procurar mais guardas- exclama Kaeru.
-Boa sorte- responde o velho.
Um grupo de prisioneiros sai através da porta e um outro permanece na sala, procurando
por guardas.
-Eu não vi meu irmão...- sussurra Yuuto.
-E eu não vi o Takeshi...- respondo.
-Vamos nos dividir, eu vou para o bloco C e você procura no bloco B- propõe Yuuto.
-Pode ser, irei ficar com o Totodile e Scyther - afirmo com tom confiante.
Schyter acorda e tenta se levantar com fadiga. Eu ajudo-o e pergunto:
-Consegue caminhar?
Scyther acena com a cabeça e se levanta com esforço.
-Estou indo! Fique atenta, não deixe que esses caras te achem, são assassinos e
mercenários, não irão pensar duas vezes em te machucar ou coisas piores...- exclama
Yuuto
-Ok...- respondo
Yuuto se dirige silenciosamente até a entrada do bloco C e desaparece. Começo a
caminhar sorrateiramente entre os escombros enquanto Totodile e Scyther me seguem.
Chegamos na entrada do bloco B, começo a procurar por Takeshi e repentinamente fico
cercada por vários prisioneiros, um deles pega o Totodile e aponta uma faca na cabeça do
Pokemon e os outros me cercam. Entre as sombras, ouço um estalar de dedos e
simultaneamente com os estalos, pequenas chamas são formadas através das mãos de um
indivíduo alto, com cabelos negros e curtos, possuindo um par de chifres na cabeça e o
corpo do próprio esta recoberto com camadas feitas de um material cinzento,
definitivamente um hibrido de um “Houndoom”. O hibrido se aproxima lentamente e
continua a estalar seus dedos, produzindo pequenas chamas ameaçadoras e exclama:
-Olha o que nós achamos, uma garotinha perdida e seus Pokémon... Precisa de ajuda,
docinho?
-N-não nos machuquem por favor... Só estou procurando um amigo meu...- respondo
-Hum... podemos ajudar você, docinho. Me fale, qual é seu nome?
-H-Hope...
-Que nome lindo, meu nome é Wanry Dogeye mas você pode me chamar de Wan
-Chefe, sem enrolação, queremos a menina! - Um dos prisioneiros exclama.
-Enrolar? Só estou conhecendo melhor a nossa senhorita... mas parece...- Wan se
aproxima do prisioneiro- Que você... não possui...
-O que? - Pergunta o subordinado.
-...educação.
Wan agarra o homem pela cabeça e o próprio começa a agonizar de dor e gritando
palavras incompreensíveis. O hibrido solta o homem e próprio cai no chão, sem sinal de
vida, está com a cara toda queimada e sai fumaça através da sua pele. Wan se aproxima
de mim e exclama:
-Me desculpe por isso, mas... meus homens não veem uma mulher a meses e estão muito
excitados ao te verem.
Fico paralisada, não sei o que fazer, Scyther está muito exausto e não vai conseguir lutar,
Wan pega alguns fios dos meus cabelos e exclama:
-Sabe, podemos chegar um acordo. Nos te ajudamos a achar seu amiguinho e você nos
ajuda a nos divertir, o que me diz?
-P-p-por favor... não machuquem... nos deixem ir embora...
Wan se aproxima na minha orelha e sussurra:
-Acho que me expressei errado... você não tem escolha, docinho!
Wan me empurra no chão e se põe encima de mim. Totodile começa a gritar e se remexer,
enquanto um subordinado o ameaça com uma faca. Wan começa a me acariciar e
repentinamente ele é pego de trás por um garoto e com fúria começa a socalo na cara. O
hibrido tenta queimar o garoto, mas ele desvia e com um movimento seco pega o seu
braço e o quebra. Wan começa a agonizar de dor e grita:
-Seu filho da p**a!! Eu vou te matar!!
-Cala a boca, seu verme! - O garoto exclama- Você está bem, Hope?
Reconheço a voz, é o Takeshi. Fico feliz e começo a choramingar:
-Sim... estou bem!
-Que bom!
-Segurem esse cara, quero matar ele! - Wan exclama cheio de feridas.
Os subordinados começam a avançar e Takeshi os nocauteia um a um com facilidade. Só
sobra o homem que estava segurando o Totodile e ele exclama:
-Eu vou matar ele, não se aproxime!!
Rapidamente, Takeshi pega uma lamina de vidro do chão e joga ela na cabeça do homem,
matando-o instantaneamente. Totodile corre até mim e pula nos meus braços, chorando e
me abraçando. Enquanto isso, Wan desaparece e Takeshi exclama:
-Cuido dele outro dia...
Takeshi me ajuda a levantar e pergunta:
-O que aconteceu com Scyther?
-Nos deparamos com um guarda e ele foi ferido tentando me proteger...
-Não se preocupe, consegui roubar umas Berries
Takeshi pega umas Berries dos seus bolsos e as coloca na boca do Scyther, deixando o
próprio revigorado e com mais energias.
-Vamos para o deposito, pegamos as nossas coisas e saímos desse inferno- Takeshi
exclama.
-Temos que esperar o Yuuto, ele está procurando o seu irmão! – Respondo.
-Yuuto? Quem é esse? Não podemos esperar, temos que ir... agora! Dokutsugi deve
procurando por todo mundo nesse momento!
-Mas o Yuuto me ajudou muito... ele me salvou e...
-Ele vai sobreviver, não se preocupe! Se chegamos no deposito, posso pegar minhas
armas e quem sabe posso lidar com o velhote e dar tempo para o Yuuto escapar, mas sem
elas... esquece!
Fico em dúvida, mas entendo o ponto do Takeshi.
-Ok... vamos então.
Começamos a nos dirigir até o deposito e depois de alguns minutos conseguimos alcança-
lo. Procuramos pelas nossas coisas, o deposito é cheio de compartimentos e vários
prisioneiros estão procurando pelas suas coisas. Takeshi pergunta:
-Achei minhas coisas e você?
-O que? Como?
-Eu já escapei desse lugar uma vez e eles não mudaram o meu compartimento, simples.
-Entendo...
-Eu te ajudo a procurar, não se preocupe.
Takeshi usa a sua Pokéball para retirar o Scyther e começamos a procurar entre os
compartimentos e enquanto isso Takeshi exclama:
-Desculpa por ter te envolvido nessa bagunça...
-Não precisa me desculpar, você me salvou...
-Também quero te ag..
-Achei! - Interrompo o garoto e começo a vasculhar na minha bolsa - Por favor, por
favor... sim! Está aqui!
-O que está aqui? - Pergunta Takeshi.
-É uma foto da minha família.
Mostro a foto para o Takeshi e ele pergunta indicando um homem na foto:
-Seu pai?
-Sim... é a única foto que eu tenho dele, ele desapareceu quando eu era pequena.
Takeshi fica calado e parece ter ficado com vergonha.
-Não precisa ficar com vergonha...
-Shh! - Ele fala.
-O que?
-Calada! Está ouvindo?
Presto atenção e começo a ouvir alguém sussurrando:
- Hooooooooooope, Takeeeeeeeeeeeeeeshi, venham aqui meus bens, precisamos
conversar...
-Ele está aqui, precisamos correr daqui! - Takeshi sussurra.
Coloco o Totodile na Pokéball e começamos a correr em direção da saída quando nos
deparamos com Dokutsugi que exclama:
-Finalmente achei você!
-O que você quer de mim seu velho de m***a! Deixe a Hope ir embora! - Takeshi grita.
-Você? Eu não quero nada de você, eu quero a Hope! Eu preciso dela!
-O que? Porque eu? Eu não sou nada...
-NÃO REPITA ESSA FRASE... você é especial, Hope... você é um ... Receptáculo!
-O que é isso? Takeshi, do que ele está falando?
Takeshi está com uma expressão de surpresa e de medo.
-É sério isso, velhote?
-Sim- Dokutsugi responde com um sorriso na cara.
Takeshi fica calado por alguns segundos e ele fala:
-Vou me arrepender disso... Hope, vamos!
Takeshi me agarra pela mão, começamos a correr e com um golpe seco o garoto corta a
cabeça do Dokutsugi, usando uma lamina que saiu através da manga do seu casaco.
Takeshi não para de correr e ofegante eu pergunto:
-Ele morreu, porque estamos correndo?
-Hope não para de corr...
Takeshi se interrompe e para de se mover. Começo a sentir um cheiro horrível no ar,
proveniente de trás das minhas costas, me viro lentamente e uma criatura gigante feita de
uma substancia roxa está na minha frente. Parece um pesadelo, fico paralisada e a criatura
exclama:
-EU PRECISO DE VOCÊ...HOPE!



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