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História Noah? - Capítulo 11


Escrita por: LehSchneider

Notas do Autor


Olá pessoas!

Estou de volta aqui! o/

Capítulo 12 - Capítulo 11


Capítulo 11

[Allen]

Acordo com a preguiça sempre presente na minha vida, mas ao me lembrar do que tinha para fazer, recupero minha energia de imediato, me levantando da cama sem nenhuma hesitação ou sinal de cansaço. Abro as cortinas e olho para o céu. Havia aprendido a ler o horário pela posição do sol, pois tinha um livro sobre isso na biblioteca da mansão na Arca, e como na maior parte do tempo ficava sozinho, enquanto os outros se ocupavam com intermináveis missões, eu passava o dia praticamente inteiro enfurnado naquele lugar, lendo todos os tipos de livros, até que chegou ao ponto de eu já ter lido todos em menos de um ano! Sim, uma biblioteca inteira! Não pense que a biblioteca da mansão era pequena, então, por que não era nem um pouco pequena, era enorme, na verdade. Com quase o dobro de uma biblioteca própria, que tinha em várias cidades, e com mais livros, e melhores.

Vejo que eram no máximo cinco da manhã, e sorrio satisfeito com isso. Era cedo, muito cedo. E isso era ótimo, simplesmente ótimo.

Escuto alguns barulho atrás de mim e quando me viro noto que era a Road, com dificuldade para acordar, enquanto Lulubell já levantava sem nenhum sinal de preguiça. Sorrio com aquilo e me aproximo, me sentando na cama de Road, pouco a frente dela.

- Road, acorde. Temos que ir. – lhe chamo suavemente.

- Nãão... quero dormir mais... apenas mais cinco minutinhos... – ela resmunga.

Rio de leve com aquilo e resolvo testar uma coisa. Fico em silêncio completo e me aproximo mais dela. A chamo ainda mais baixo, e quando ela abre os olhos, se surpreende ao me ver tão perto de seu rosto. Sorrio gentilmente e vejo ela corar, coisa que raramente acontece, e se sentar rapidamente na cama, assustada.

Não consigo me controlar e começo a rir da reação dela. Por mais “ousada” e louca que fosse, ainda assim era tímida, e de uma maneira bem estranha. Vejo ela inflar as bochechas, num ato inconsciente, emburrada.

- Isso foi maldade, Allen... aquilo realmente me assustou! – ela diz brava.

- Haha, pelo menos assim você acordou! – falo ainda achando-a engraçada, e sem conseguir tirar o sorriso do rosto.

- Você é mau. Allen é mau! – reclama me fazendo rir mais. E então afago seus cabelos, como sempre, fazendo-a sorrir, agora de bom humor.

- Bem, mas então vamos. Não podemos demorar muito... – digo ficando sério, vejo Road e Lulubell assentirem com a cabeça, pouco antes de eu me cobrir com o capuz, e então fazem a mesma coisa, colocando seus mantos e então arrumando seus capuzes.

Destranco a porta a abrindo lentamente em seguida, dando uma vista perfeita do corredor. Pela primeira vez, presto melhor atenção nele, pois vejo uma pintura que me chamou atenção. A parede era de um vermelho bordô, e o chão tinha aparência de madeira. Apenas aparência, não era realmente de madeira.

Me aproximo um pouco mais da pintura em questão. Nela tinha um homem ruivo, de cabelos compridos, mas nem tanto, até pouco abaixo dos ombros, com seu olho direito escondido por uma espécie de máscara, e um cigarro em seus lábios. Usava o traje dos Exorcistas, ao contrário da pessoa que estava ao seu lado. Ele tinha cabelos um pouco maiores, amarrados para trás, e sorria gentilmente, para o pintor, aparentemente. Tinha sua pele mais escura e olhos num âmbar discreto, e seus cabelos eram negros. Algo nele havia chamado muito a minha atenção, o que me deixou confuso e curioso ao mesmo tempo. Vejo que tinha o nome das figuras em questão escritos logo abaixo do quadro, mas quando ia ler, ouço chamarem-me.

- Allen? O que foi? – Road pergunta preocupada, sem notar a pintura para a qual eu olhava no momento.

- Não foi nada, Road. Vamos? – peço tentando esquecer aqueles dois indivíduos, enquanto voltava a andar em direção ao elevador.

Mesmo hesitante, Road resolve apenas me seguir, igual a Lulubell, que faz o mesmo. Depois de alguns minutos, finalmente conseguimos sair completamente do hotel. Por sabe-se lá qual motivo, estava um enorme tumulto, na recepção do hotel, então foi difícil para nós conseguirmos passar lá no meio.

Além disso, assim que saímos percebo que a movimentação não era apenas dentro do hotel. Ela estava até mesmo no lado de fora, nas ruas. Por algum motivo, vários moradores estavam com tochas, armamentos e ferramentas de agricultura em mãos, e pareciam muito irritados.

Confuso, me aproximo, junto às duas. Assim que conseguimos nos aproximar o suficiente para ter uma ideia do que estava acontecendo, ouço uma voz extremamente familiar dizer, nervosa para os cidadãos.

- Esperem! Juro que não é o que parece! Por favor, me escutem!! – a Exorcista dizia, tentando fazê-los escutá-la, mas não adiantava.

- Lena, não adianta, eles não vão nos ouvir!! Kanda, por que você tinha que ser tão esquentado?! – ele pergunta para o moreno, que apenas respondeu com um “Tsc”, irritado.

- Não enche, ruivo idiota!! – ele grita revoltado.

Que agressividade... bem, com isso está uma coisa acaba de ser confirmada: o moreno se chama Kanda, e a garota Lena... eu acho. Não tem como saber se é nome mesmo ou simples apelido, ou muito menos sobrenome.

Pergunto para uma cidadã, que parecia mais calma, porém ainda revoltada, o que tinha acontecido, e ela me explica o que se passava. Aparentemente, um Akuma fez um bom trabalho em incomodar os Exorcistas. Eles estavam o perseguindo, até que ele vem em forma de humano para o meio da cidade, então o moreno, tal de Kanda havia apontado sua espada para o pescoço do mesmo, que se fingiu de humano perfeitamente, gritando por ajuda. Os moradores que não tinham visto quase nada, e não sabiam da história, confundiram o que estava acontecendo. Na visão deles, o moreno havia atacado um simples morador que estava passeando por aí, do nada, por motivo nenhum. E isso deixou-os indignados.

Sorrio involuntariamente. De fato os de Nível 4 eram muito mais inteligentes do que os comuns, de nível 1, 2 ou 3. Mal posso esperar para o Conde criar um de Nível 5! Vão ser extremamente úteis!

Noto um olhar surpreso sobre mim, que logo virou acusativo. Observo melhor e vejo que era da Exorcista, provavelmente achava que nós estávamos por detrás daquilo. Fico indignado com isso, por que os Exorcistas sempre quem algo dá errado culpam nós?! Faço que não com a cabeça e em seguida dou de ombros. Ela fica confusa, provavelmente pensando quem faria aquilo, então suspiro e levanto minha mão, com quatro dedos levantados. Finalmente ela consegue entender e arregala os olhos, surpresa. Os Akuma Nível 4, eram muito mais inteligentes do que os outros, tinham quase que consciência humana.

“Mestre Allen.” – escuto em minha mente e rapidamente viro meu rosto na direção do Akuma, que tinha me chamado.

“O que foi, Akuma?” – pergunto curioso.

“Gostou de minha atitude?” – penso um pouco, aquilo poderia ser útil, agora mesmo é que não sairiam da Igreja, então sorrio satisfeito.

“Sim! Isso ajuda e muito, obrigado, Nível 4!” – respondo contente. “Pode ter certeza de que irá ganhar algo especial de mim quando acabarmos essa missão, se continuar assim.”

Sei que não tinha a menor necessidade de recompensar um Akuma, mas eu realmente estava achando-o útil, então por que não aproveitá-lo mais ainda?

“Obrigado, Mestre Noah.” – agora ele agradece. Me surpreendo, não sabia que Akumas agradeciam... novidade até pra mim!

Novamente volto minha atenção para os Exorcistas, e vejo ela com uma expressão indecifrável, o que me deixa curioso. No que ela estava pensando? Além disso, era algo bem profundo, já que havia até mesmo esquecido que estava me encarando até agora.

Estalo meus dedos, e com minhas habilidades, consigo fazer o estalo ter um som muito mais alto, ao ponto de todos na cidade conseguirem ouvir. Mesmo assim, não era ensurdecedor. Vejo o olhar confuso dos Exorcistas, mas logo é trocado por um de surpresa, assim que veem todos os cidadãos caírem no chão, desacordados de uma só vez. A cidade inteira estava dormindo, com exceção apenas os Noah’s, Akumas e relacionados com a Inocência. Sorrio satisfeito, enquanto noto o olhar pasmo dos Exorcistas, que não imaginavam que eu pudesse ter tamanho poder ao ponto de pôr uma cidade inteira para dormir com um simples estalar de dedos. Vejo Road ficar impressionada e em seguida bater palmas enquanto pulava, feliz e animada com aquilo.

- Uaau!~ A, você colocou todo mundo pra dormir!! O seu alcance é ainda maior do que o meu! – ela exclama impressionada, enquanto agarrava meu braço. Apenas sorrio gentilmente e afago seus cabelos. Estava prestes a responder, mas me lembrei do aviso de Neah.

Vejo o “Kanda”, empunhar sua espada, alarmado, porém ainda surpreso e preocupado. É, ninguém esperava que ainda tivesse um Noah escondido, ainda mais com tamanho poder... rio inconscientemente. Não haviam visto nada, ainda. Meus poderes eram bem mais do que simplesmente aquilo. Principalmente quando Neah me emprestava os dele... aí sim era complicado.

Mas, ao contrário do que todos esperavam, apenas dou de ombros e começo a sair calmamente do local, deixando todos, inclusive Road e Lulubell, confusos com minha atitude, pois achavam que eu havia feito aquilo para conseguir lutar com eles, mas estavam muito enganados. Já consegui o que queria, não tenho motivos mais para ficar lá.

Novamente, o tal de “Kanda” vem em minha direção, tentando me acertar com sua espada. Eu iria me defender, mas Road se preocupou em fazer isso por mim. Direciono-a um olhar confuso, e vejo que ela estava irritada. Sorrio com aquilo. É, os Noah’s ainda não perderam esse sentimento protetor por mim, até agora.

Abro novamente minha porta branca, novamente vendo eles ficarem confusos. Troco olhares com Lulubell mais uma vez e vejo ela assentir com a cabeça novamente.

- Road, vamos. – ela diz simplesmente. Dessa vez ela nem mesmo reclama, assente com a cabeça, estranhamente séria, e vem em nossa direção, ainda apontando suas velas na direção deles, que estavam frustrados por nos deixarem escapar novamente.

Dou uma última olhada para eles e vejo a jovem com uma expressão curiosa e confusa, com isso, apenas sorrio gentilmente, antes de entrar na porta junto às duas.

Dessa vez, ao sair não estávamos na minha sala. Eu havia conectado diretamente com um prédio, ao lado da casa de William. Assim que saí daquele lugar, o efeito do meu poder foi cancelado, pois não precisava mais dele, então quando me aproximo da casa, vejo os moradores começarem a se levantar, confusos. Obviamente eles não saberiam o que poderia ter acontecido, já que haviam dormido antes mesmo de poderem raciocinar logicamente.

Eu sabia que os Ulric não estariam em casa, e que demorariam à voltar, por isso mesmo usei minha habilidade. Como haviam ficado inconscientes, não conseguiam se lembrar para onde estavam indo, e com isso voltariam para casa, onde estaríamos os esperando.

É claro que os outros cidadãos também não se lembrariam do que estavam fazendo, mas ao ver todas aquelas coisas caídas no chão, imediatamente saberiam, e lembrariam do que os Exorcistas supostamente tinham feito, com isso a raiva voltaria e tudo se repetiria mais uma vez. Provavelmente estavam querendo que eles saíssem da cidade, com medo de que pudessem machucar algum morador por aí.

Como imaginava, depois de alguns poucos minutos, William e seu pai aparecem, ainda um pouco atordoados, curiosos com nossa presença, até que tiro o capuz e ele me reconhece. Não era necessário para William, que me reconheceu logo que pôs seus olhos em mim, e já vinha correndo na minha direção.

- Alleeen! – ele diz feliz. – Precisa de ajuda com alguma coisa?

- Olá, Will, senhor George. – cumprimento educadamente.

- Olá, Walker. É bom vê-lo novamente. – ele sorria gentilmente, e retribuo o sorriso.

- O senhor se importaria se pegasse emprestado o seu filho por um tempo? – pergunto divertido, e ele ri.

- Claro que não! Confio plenamente em você. Mas apenas não deixe-o se meter em problemas, se possível. – ele responde ainda sorrindo alegremente.

- Sim, senhor. Não precisa se preocupar. Conosco ele vai estar seguro. – digo.

“Sim, conosco. Com os Exorcistas não, afinal o Akuma pode tentar atacá-lo, confundindo com um deles.”

- Nesse caso tudo bem! – ele concorda.

- Vamos, então, Will? – pergunto e vejo ele sorrir, antes de assentir com a cabeça.

Coloco novamente meu capuz e ele segura em minha mão, contente. Obviamente, Road não gostou nada disso, pois se agarrou no meu outro braço. Lulubell estava como sempre, acho que nem preciso me preocupar com isso.

Vamos novamente até a entrada do bairro, mas então William para olhando para frente, preocupado e nervoso. Sorrio na tentativa de o acalmar, e ainda bem que funciona, pois então conseguimos prosseguir. Levo-o até a Igreja, sabia que não seria fácil para os Exorcistas chegarem até lá, e mesmo caso conseguissem, não teriam como me impedir. Eram fracos demais para isso.

Assim que entramos na Igreja, vejo ele ficar ainda mais nervoso novamente, principalmente ao ver que estávamos subindo as escadas. E isso só piora quando eu abro a porta da sala onde estava a Inocência.

Ele entra e vê a harpa quase que imediatamente, se afastando mais, se escondendo atrás de mim por algum motivo.

- O que foi, Will? – pergunto.

- Aquela harpa... – ele responde tremendo.

- Você sabe de quem é? – imaginava que ele soubesse, mas não esperava essa reação dele.

- Sim... era... da minha mãe... ela me deu quando eu tinha 6 anos... – ele responde nervoso.

Olho para Road que parecia pensativa e ela parece compreender, já que arregala de leve seus olhos, olhando para Lulubell enquanto a loira apenas assentia com a cabeça.

- Allen, não me diga que o garoto é... – ela estava surpresa, mas eu já imaginava isso.

- Provavelmente... – respondo vejo o garoto me olhar confuso.

- Eu sou o que? – ele pergunta.

- William, por favor, tente se aproximar. Se acalme e tente tocar na harpa. – digo calmamente, vejo que ele iria negar, mas então a olha novamente e muda de ideia.

Tenta se acalmar e começa a se aproximar lentamente. Estava tudo dando certo, ele estava quase tocando no instrumento, porém sua mão para no meio do caminho, e vejo ele voltar a tremer, temeroso.

- O que foi, Will? – pergunto confuso.

- E-eu... essa harpa... não consigo... – ele responde começando a ficar apavorado.

Antes que a Inocência reagisse o jogando longe por seu medo, sou mais rápido, e me aproximo, pondo minha mão em seu ombro. Ele me olha confuso, mas assim que lhe direciono um sorriso, se acalma pelo menos um pouco mais.

- Você consegue, William. Ela não vai te machucar. Você apenas não pode ter medo. – digo confiante, vendo ele sorrir e assentir com a cabeça.

Ele se aproxima ainda mais com sua mão, e surpreendentemente, consegue tocá-la sem nenhuma dificuldade, a pegando cuidadosamente, enquanto a observava nostálgico. Troco olhares com Road e Lulubell, que apenas observavam aquilo tudo.

- William. Acho que os Exorcistas já falaram com você sobre a Inocência, certo? – pergunto, agora sério.

- Exorcistas? A-ah, vocês querem dizer aqueles dois e a mulher de pretos, né? Sim, eles mencionaram esse nome... – ele responde.

- Você é um usuário compatível, como eles. Porém eles são Exorcistas, e você apenas um morador comum, por sorte. Eles usam a Inocência como uma arma, mas apenas sua versão adaptada, pois ela dessa forma é difícil de controlar. A sua, estava descontrolada, e com isso era extremamente perigosa. – digo calmamente. – Ela é perigosa, Will. E a usam para matar. Nosso dever é impedir isso. Agora, nos dê a harpa. Iremos retirar a Inocência, e destruí-la, mas não se preocupe, o instrumento em si ficara inteiro, e não será prejudicado. Sua aparência também não irá mudar.

Vejo ele ficar confuso, mas como confiava em mim, apenas assente. Porém quando eu estava prestes a tê-la em minhas mãos, alguém nos interrompe, e com o susto, William para de imediato.

- PARE! – grita a Exorcista. – William-kun, não faça isso!! Não entregue a Inocência para eles!!

- P-por quê? – ele pergunta confuso e assustado.

- Eles vão destruí-la! Aposto que não contaram que tem como você controlá-la se virar um Exorcista como nós! – maldita, disse o que eu menos queria que dissesse.

- M-mas... – ele estava confuso agora. Exorcista desgraçada!

Começo a ficar irritado, com isso mesmo que inconscientemente, começo a emanar uma aura extremamente sombria e assustadora, e vejo o pequeno se espantar com aquilo.

- Exorcistas!! A, se acalme, vai assustar o garoto! – alerta Road e só então me lembro dele.

Suspiro para me acalmar e me abaixo, ficando na altura do pequeno, que ainda estava assustado, e isso me deixou triste. Sorrio e afago-lhe os cabelos, vendo ele se surpreender, de início. Então, me afasto, lentamente, deixando ele no meio de nós e os Exorcistas, desfaço meu sorriso e o olho seriamente, por mais que meus olhos não fossem visíveis.

- Will, você precisa escolher. – digo me pronunciando pela primeira vez na presença dos Exorcistas, vendo eles arregalarem os olhos ao ouvirem minha voz pela suposta primeira vez, enquanto vejo a jovem tremer. Retiro meu capuz, e vejo-o me olhar confuso, mas então me transformo, ficando em minha forma negra, com pele escura, olhos âmbar e com sete sinais em forma de cruz em minha testa, e ele fica surpreso com aquilo. – Os Noah’s, ou os Exorcistas?

Vejo até mesmo Road se surpreender com aquilo, e então me lembro que era a primeira vez que me transformava em sua presença também. Minha voz mudava um pouco nessa forma, sendo trocada pela voz de Neah, mas ainda assim, era eu.

Porém, noto que não era apenas Road que estava surpresa, tanto William quanto os Exorcistas pareciam pasmos. Ainda assim, principalmente os três Exorcistas. Mas tinha a leve impressão de que não era pelo mesmo motivo que o pequeno, e isso me deixou incomodado, e extremamente curioso com aquilo.

- Al....len? – chama a Exorcista e agora eu é quem me surpreendo, e então a olho com uma expressão de “Como diabos você sabe meu nome?!”, o que a surpreende ainda mais. Vejo que estava prestes a chorar, e aquilo me deixou incomodado. Suspiro, resolvendo ignorar e volto minha atenção para o pequeno, que parecia confuso, olhando entre mim e os Exorcistas, pensativo.

- E então, William? – pergunto, e ele arregala os olhos.

Vejo ele se virar na direção dos Exorcistas, mas não me abalo, por mais que sorrio quando ele começa a andar em nossa direção, enquanto os Exorcistas ficavam pasmos e irritados com aquilo, pois estavam prestes a perder mais uma Inocência. Vejo que o ruivo estava querendo me atacar, mas tinha receio, medo. Não parecia querer me machucar, e isso não me agradou, na verdade, me deixou desconfortável. Por que diabos meu inimigo está com “medo” de me machucar?! Esse não deveria ser seu objetivo?! Me matar para não atrapalhá-los em mais nada, nunca mais?! Mesmo levemente irritado com ele, volto minha atenção para William, que caminhava em passos lentos em minha direção.

Ele para em minha frente, e me estende a harpa, sem hesitação, porém preocupado. Toco-a com cuidado, sentindo um leve formigamento em minha pele, e ao vê-la se queimar de leve, William se preocupa, mas sorrio para ele, que se tranquiliza. Pego-a em minhas mãos com cuidado para não me ferir demais, e assustar o pequeno, e então vejo a Inocência reagir ao Noah dentro de mim, saindo da harpa quase que de imediato.

Entrego o instrumento para o garoto, enquanto com cuidado seguro agora a Inocência em minhas mãos. Noto que os Exorcistas queriam e muito me impedir, mas estavam pasmos e preocupados demais para agir.

 

E então, encerro a missão quando, com um sorriso um tanto cruel, esmago a Inocência, que se desfaz em pó, escorrendo por entre meus dedos. Satisfeito, sorrio feliz, e logo afago novamente os cabelos do pequeno, para logo voltar ao lado das outras duas, que apenas observavam tudo caladas. Aproveito e abro uma porta, mas antes de entrar escuto a garota.

- Espera! Você... é o Allen, não é? – ela pergunta com uma expressão nada boa, e dessa vez, ela chorava, e muito, me surpreendendo.

- Sim... mas como você sabe? – agora eu pergunto confuso, e vejo atrás de mim Road se mexer desconfortável, e estreito meus olhos para a pequena Noah, e ao direcionar meu olhar para os Exorcistas, vejo que ela havia ficado ainda mais surpresa e triste, apenas aumentando o choro, e os outros dois pareciam ter ficados indecisos entre sentir irritação ou simplesmente ficarem incrédulos.

- Moyaaashiii!! – ouço o tal de Kanda gritar irritado, para logo em seguida ser obrigado a desviar de uma espada japonesa, que quase cortou meu pescoço. Moyashi? Broto de feijão?! Quem ele acha que é para me chamar daquela forma?!

Confesso que aquilo me irritou, e muito. Tipo, muito mesmo. Sorrio macabramente, lhe direcionando um olhar nada amigável, que o surpreendeu.

- Você é bem atrevido, não é, Exorcista? – pergunto não sendo nenhum pouco amigável ou gentil, surpreendendo todos ali. Aaah, não. De jeito nenhum que vou deixar um Exorcista me chamar daquela forma e sair ileso. Já era pedir demais.

Porém antes que eu o atacasse, Road me puxa pelo braço, aproximando-se de meu ouvido, o que me deixou confuso.

- Vamos embora, agora. – ela sussurra e eu estreito os olhos. Ela não era assim, e quando nos afastamos, vejo que ela estava séria.

- Ok, ok... você venceu, dessa vez! Vamos logo, então! Antes que eu mude de ideia e acabe batendo nesse Exorcista idiota. – digo ainda irritado.

- Ótimo! Vamos, Lulubell! – ela chama a loira, que assente com a cabeça, e eu, mesmo irritado, suspiro enquanto vejo Lulubell entrar na porta que eu havia materializado. Logo quando a roxeada estava prestes a entrar, ela para, e se vira em minha direção. – Você não vem, Allen?

- Já vou, vou apenas me despedir do garoto. – digo revirando os olhos. Ok, confesso que minha personalidade muda “um pouquinho” quando estou na minha forma de Noah original. Graças a Neah, obviamente... ou nem tanto...

Ela resolve me esperar, e eu não querendo prendê-la aqui por muito tempo, nem querendo ficar naquele local, apenas me aproximo do pequeno William, que parecia alheio a tudo o que acontecia, confuso.

- Will. – chamo e vejo ele me olhar tristonho.

- Você já vai? – ele pergunta desanimado, me fazendo sorrir.

- Sim. E, antes que pergunte, duvido que nos encontraremos novamente. Não é bom que eu me apegue à humanos. – respondo sincero.

Ele me abraça apertado, quase chorando e eu me surpreendo, mas retribuo o abraço com um sorriso.- Adeus, William Ulric. – me despeço antes de entrar na porta. – E, espero não os ver novamente, Exorcistas.

- Allen!! – ouço a Exorcista e o ruivo gritarem, mas ignoro, e entro na porta, sendo seguido por Road, que também entra, porém depois de alguns vários segundos, na verdade, quase dois minutos, o que me deixou confuso, mas resolvi apenas ignorar. 


Notas Finais


Hahaha..
Acabou! >.<

Alguém sabe quem eram na pintura? =3
Quero ver se alguém descobre.. (por mais que esteja um tanto óbvio, mas tudo bem >.<)

De qualquer forma, sexta tem capítulo novo. *3*
Até lá! =D


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