História Nobody Knows - Is in danger.

Matheus P.O.V.

Acordei super empolgado para ir à escola. Levantei-me e logo fui tomar um banho, arrumei minha cama e vesti minha típica calça marrom e uma blusa branca. 

Fui até a cozinha e me deparei com um bilhete destacado na geladeira, era da minha mãe, dizendo que tinha ido viajar e iria ficar lá por mais de uma semana. Nem liguei, já estou acostumado a ficar sozinho em casa, ela viaja sempre, às vezes por trabalho, outras vezes por diversão, e sabe que eu não gosto muito de sair de casa, então nem convida. 

Fiz um café e logo fui me sentar no sofá, quando vejo alguém que não esperava lá sentado, com sua pior expressão. 

Thiago P.O.V. 

Ah, o dia, as nuvens, o sol, e a merda da escola! Droga, era mais uma segunda que eu tinha vontade de enfiar o rosto no travesseiro e me asfixiar. Por um lado, era ótimo ir para a escola e ver meus amigos, mas eu teria que estudar, ou melhor, gastar o tempo das aulas desenhando pra passar o tempo. 

Me levantei, fui até o banheiro escovar os dentes. Arrumei minha cama, vesti uma calça preta rasgada no joelho e um moletom. Fui até a cozinha, onde minha mãe já estava acordada fazendo café, e meu pai ainda estava na cama. 

- Bom dia, mãe. - lhe dei um beijo na bochecha. 

- Bom dia, filho, seu café já está pronto. 

- ué! - exclamei, sentando-me na mesa enquanto puxava o celular do bolso. - Pk ainda não me chamou. 

- Vai ver que ainda está dormindo. 

- Não, mãe - balancei a cabeça numa expressão negativa - Matheus não se atrasa, ele sempre foi responsável com horários. 

- Só sei de uma coisa, toma esse café se não quem se atrasa aqui é você. 

- Vou passar na casa dele - disse, enquanto comia o que ela havia feito. 

Levantei da mesa e fui até meu quarto pegar algumas coisas que faltavam, coloquei meu perfume favorito e meu tênis. Dei tchau à minha mãe e saí. Ainda faltava um bom tempo para ir à escola, e decidi ir até a casa de Pk. Mandei várias mensagens, e ele não havia respondido nenhuma.

Cheguei na frente da casa dele. Percebi que estava tudo fechado, mas o portão, alguém tinha quebrado o cadeado. Fiquei preocupado. 

- MATHEUS! - dei um berro, impossível de ele não ouvir. Gritei mais umas três vezes, e não apareceu ninguém. 

Pk P.O.V. 

O corpo doendo, minhas mãos trêmulas, o suor escorria pelo meu rosto. Minhas roupas estavam jogadas aos cantos da casa. Ouvi alguém aos berros no meu portão, e logo reconheci aquela voz. Era Thiago, provavelmente me chamando pra ir à escola. 

- Desculpe meu amor...Hoje...- tossi - Hoje tive um imprevisto...

- Já disse pra calar a boca! 

Thiago P.O.V. 

Gritei tanto na casa de Matheus que já estava quase sem voz. Decidi seguir em frente, mesmo sem ele. Guaxinim tinha me ligado, nem falei pra ele sobre Matheus ter sumido desse jeito. Ele só me disse que estava na escola já, e que a professora de física não tinha ido, logo, teríamos tempo livre hoje. 

(...) 

- Até agora, você só me deu desgosto, agora, de novo? - ele tinha um cabo na mão - Você vai aprender a não sair dos meus padrões! 

"Amor, eu estou dançando no escuro

Você está em meus braços...

Mas, eu preciso de você agora...

Eu ouvi sua voz, meu amor, eu ouvi...

Venha até mim..."