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História Nobody see's, nobody know's - Capítulo Único


Escrita por: Beatriz_Chan

Notas do Autor


Agradeço muito a minha amiga LuCambraia que me ajudou muuuuito a fazer essa one-short, e a Marima-chan que apareceu com a ideia e me tirou da minha zona de conforto ^^.
Eu realmente espero que todos gostem. *-*

Capítulo 1 - Capítulo Único


Uma ilha aparentemente comum, com um clima tropical, inabitada e construções a vista. É nessa ilha que a tripulação do Chapéu de Palha resolve dar uma pausa em sua viagem. Aproveitando a oportunidade, o navio precisa ser reabastecido. Não é uma tarefa fácil quando se trata de alimentar o Luffy, que sempre usa comida suficiente para 30 dias em alto mar com uma única refeição. 

Foi resolvido que se separariam em duplas para impedir que se perdessem e arrumassem confusão. Todos com a missão de arrumar comida e explorar a ilha. Franky e Brook ficariam vigiando o navio, Sanji sairia com o Chopper, Robin   com o Zoro e Nami junto ao Luffy. Todos foram em sentidos diferentes, com intuito de encontrar uma boa aventura. 

Luffy seguiu em meio a floresta sem rumo, sem seguir trilha nem nada. Adentrou afastando os galhos de arvores e arbustos que ficaram no caminho do seu instinto aventureiro. O único problema é que ele esqueceu que tinha uma dupla até ouvir os gritos da mesma. 

— Luffy!!!!!! – Nami gritou um pouco atrás de onde o capitão tinha passado. 

Parou exatamente como estava, abriu espaço empurrando um galho, segurou alguns ramos que desciam da copa de uma árvore formando uma cortina viva, e olhou para onde o grito vinha. Nami apareceu com algumas folhas presas no cabelo. 

— O que foi, Nami? – Perguntou Luffy sem entender a raiva evidente no rosto da marinheira. 

— "O que foi?!" – Berrou cheia de sarcasmo – Como você simplesmente corre pro meio do mato sozinho sabendo que tínhamos acabado de decidir que formaríamos dupla?! 

— Pensei que você já estava atrás de mim! – Continuando com a inocência – Vamos, Nami!! Aventura!! 

Quando disse isso, Luffy passou pelo caminho que tinha aberto e soltou os galhos antes de sua dupla passar. Conseguiu olhar a tempo para ver a besteira que tinha feito com a Nami. Enquanto tirava os galhos de si mesma, Nami bufou. O capitão já estava adentrando ainda mais na floresta que se tornava ainda mais densa. Começando a ficar obvio que nenhum ser humano tinha tocado naquele lugar antes. 

— Luffy, espera!! – Gritou em vão, pois o mesmo já estava longe. "Próxima vez vou colocar uma coleira nesse garoto. É o único jeito dele ficar perto por mais de dois minutos." 

Quanto mais andavam, uma luz ia adentrando o interior da densa floresta. A navegadora desistiu estar ao lado do capitão durante a caminhada e o ia seguindo apenas avistando seu chapéu de palha. 

Luffy parou no momento em que entrou em uma clareira, já Nami - que não tinha reparado no movimento do moreno - tropeçou numa raiz proeminente e deu de cara com nas costas do garoto. 

— Aiii!! – Deu um soco na cabeça do capitão enquanto bufava. – Já que você finalmente parou, lembre-se que temos que encontrar comida. Afinal, foi você que atacou tudo que tínhamos guardado. 

Nami olhou ao redor, reparando pela primeira vez o motivo dele ter parado. 

Era o lugar mais adorável que já tinham visto. A clareira era pequena, perfeitamente redonda, e cheia de flores selvagens violetas, amarelas e brancas. Em algum lugar próximo, era possível ouvir o som borbulhante de um rio. O sol estava bem á frente, enchendo o círculo com uma incandescente luz amarela. Mas algo no centro chamou mais a atenção, uma caverna semienterrada coberta pelas mesmas flores e com a entrada coberta por cortinas de samambaias.  

Nami olhou para o rosto de Luffy só para constatar o que estava pensando. 

— Não diga is...  

— Vamos entrar lá dentro, Nami!!!!! – Seus olhos estavam brilhando de ansiedade. 

— Eu temia por isso – resmungou cabisbaixa – E a comida, Luffy? Prefere ficar sem comer do que perder uma "aventura"?  

— Hum... – por um momento ele realmente parou para pensar nisso – Dá tempo para fazer os dois! Vamos logo, Nami. 

Com isso Luffy levou sua navegadora para dentro da caverna. Bom, acho que o termo certo para a situação é que ela foi arrastada enquanto tentava explicar outros motivos para não entrar ali. 

— Estamos numa ilha em que não sabemos de nada dela, teve ter monstros lá que irão nos devorar igual ao que você faz com seu café da manhã todos os dias! 

— Hihihi Irei te proteger – Afirmou com um sorriso despreocupado no rosto. 

Da porta da caverna, só eram capazes de ver alguns metros a frente, com o fundo em completo breu. Não tinha nada de especial a primeira vista, mas Luffy continuou com a exploração. Andaram até que os olhos se acostumarem com a escuridão e aos poucos foram capazes de enxergar pequenos brilhos na negridão. 

Eram pedras preciosas refletindo a luz na entrada da caverna. Não eram muitas mas eram capazes demostrar uma linda presença no local. 

— Brilhante... 

— São diamantes, certeza – Nami já calculava o valor de cada peça e quanto ganharia se conseguisse trocar isso no banco... 

Luffy se aproximou para tocar nas joias. Enquanto Nami pensava em como as pessoas não tinham visto e levado isso ainda, um acontecimento a faz perceber porquê. 

Um grande estrondo surgiu em baixo de seus pés, rachaduras enraizaram pelo chão, deixando nítido o que viria a seguir. Um grito agudo rasgou no meio do ar com uma troca de olhares desesperados. 

— AAAAAAAHHHHHH!!!!!!! 

— NAMI!!!!!! 

— LUFFY!!!!! 

Medo, desespero, horror, adrenalina e pânico que surgiram como numa erupção vulcânica. Essas emoções fazem com que nesses momentos críticos, o subconsciente que funcione mais que o consciente, fornecendo ao corpo comandos que são considerados como necessários para a sobrevivência do ser. Junto com a adrenalina é possível com que seja dito e feito atos que somente o subconsciente é capaz de perceber. 

O chão  do  lugar abriu-se a partir do meio, fazendo com que Nami começasse a cair primeiro. Automaticamente, Luffy esticou-se até a Navegadora, fazendo com que seu braço enrolasse algumas vezes pela fina cintura da mesma e puxou-a para perto de si, fazendo com que o corpo dela ficasse voltado para o teto da caverna. 

A queda não durou muito para pensar em fazer outra coisa, logo estavam no chão. Nami não sentiu muito o baque pois o corpo do Luffy a protegeu, porém seu corpo rolou para o lado com a força do choque, adquirindo alguns cortes e arranhões das pedras.  

O local ficou rodeado de poeira, causando tosse na navegadora. Quando a poeira baixou, Nami fez várias avaliações. Nenhuma fratura? Checado. Nenhum ferimento grave? Checado. Luminosidade no lugar? Pouco, mas dá para enxergar.  O chão não abriria de novo embaixo dos pés? Checado. Lembrar de pegar algumas pedras preciosas? Checado. Luffy gritando de entusiasmo? .... Silêncio total. 

A preocupação tomou conta do seu corpo, ela vasculhou o local com o olhar até encontrar o capitão deitado sem se mexer. Com os poucos conhecimentos de medicina adquiridos, tentou pensar em algo para fazer. Examinou os ferimentos, leves aranhões iguais ao dela, nada que parecesse tão grave, seu maior medo eram com os ferimentos internos, esses sim são fatais e quase impossíveis de se perceber. Estar ali, onde dificilmente alguém os achariam, deixava tudo ainda mais difícil. Porém, seu medo parecia se tornar real. A palidez era perceptível, parecia que a vida tinha abandonado seu corpo. 

— L-Luffy? – Sua voz deixou transmitir o desespero que já tomava conta de seu ser.  

Nami apanhou o chapéu meio rasgado e empoeirado que estava ao lado e se ajoelhou perto da cabeça de Luffy, olhou bem seu rosto. Lagrimas escorreram pela sua face até cair na do moreno. Ali, deixou sair o medo sair e as lagrimas descontroladas, com leves soluços, abraçando forte o chapéu de palha.  

"Única coisa que ele conseguiu fazer foi me proteger da queda!!" 

"Não está certo!!! Não pode acabar assim!! Por favor, não assim, não aqui!" 

Por mais que Luffy faça ela passar por tanta coisa, ainda assim Nami não consegue se imaginar em outro lugar, nos braços de outra pessoa. Ele sempre esteve ao seu lado desde o dia que se conheceram, sempre a protegeu. Por mais que a navegadora não admitisse, ela sabia que o amaria até o ultimo dia da sua vida e não iria querer nunca mais que isso. E o seu coração se encarregaria de ter certeza que ela nunca o esqueceria. 

 Em meio ao silêncio, o som de tosses encheu o local. 

— Aahh!!! Pensei que ia morrer!! - Disse o capitão de forma despreocupada, logo tratando de se sentar e espreguiçar-se como se tudo não se passasse de um cochilo. 

Normalmente, Nami bateria em Luffy pelo susto, enchendo-o de galos na cabeça. Mas, no calor do momento, seu corpo moveu-se sozinho e abraçou-o com toda a sua força. 

— Baaaka! Nunca mais me assuste assim! 

A ruiva chorava abraçada ao capitão, o mesmo não entendia o porque de tanta choradeira. Nem ela mesma sabia porque estava agindo assim. Não sabendo o que fazer, passou as mãos em torno da navegadora, trazendo-a para um abraço mais apertado e consolador. 

O tempo passou enquanto a frequência dos soluços diminuiu até não existir mais. Mesmo assim, continuaram ali aproveitando a presença um do outro.  

Nami pegou o rosto do capitão entre suas duas mãos e olhou cada centímetro para conseguir afastar a imagem sem vida que tinha ficado registrada na sua cabeça. Era como se nunca tivesse existido. Respirou mais calma e com um leve sorriso, embora ainda com um pouco de tristeza. Estavam tão perto como nunca estiveram antes. Onde ela era capaz de ver cada imperfeição dos traços da cicatriz dele. Onde era capaz de sentir seu cheiro. Onde, depois de tudo, era capaz de sentir-se segura. Ali, ela sentiu-se segura para deixar seus sentimentos alcançarem ele. Tão longe dos outros, tão perto um do outro. Onde seu segredo não seria exposto. Porque o que ninguém vê, ninguém sabe. E o tempo todo, ela sabia que tinha algo especial com ele. "Eu não posso esconder a minha conexão com você." 

— Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar? – Nami sussurrou acidentalmente enquanto estava perdida em seus devaneios. 

— O quê? – Luffy pensou ter ouvido ela dizer algo, mas foi muito baixo para ter certeza. 

— Já chega! – disse ela levantando-se e colocando o chapéu na cabeça do Luffy. Como se nada tivesse acontecido.  – Temos que achar um jeito de sair daqui.  

 – Isso é fácil! – Com isso, passou uma mão pela cintura da navegadora e com a outra esticou pelo lugar onde caíram. Rapidamente, estavam perto da entrada da caverna de novo. 

— Bem, vamos continuar nossa aventura!!! – Luffy já estava saindo da caverna rumo a outra caminhada pela floresta. 

— Nem pensar!! – Nami segurou ele pelo colarinho da blusa, sem paciência – Você não vai fugir de mim agora!  

— E a comida? – Luffy tentou mudar o rumo da conversa. 

— Vamos voltar para o navio – ela falou bem devagar para que ele entendesse. – E você vai levar todas minhas pedras até lá. 

— Mas Namiii... – O capitão resmungou, fazendo bico. 

E no final, claro, Nami ganhou. Luffy teve que carregar as várias joias. Além de...   

— Isso é desnecessário!! Não vou fugir!! Tira isso!!!! 

— Se você quebrar a coleira, vai ser bem pior.


Notas Finais


Se leu até o final, saiba que fico muito feliz em saber que está aqui ^w^.


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