Os caminhos se dividiram e garota não se conteve em abrir um largo sorriso.
Estava maravilhada diante de dois universos que giravam em torno de si.
Paralisada, seus olhos moviam-se e chocavam-se contra as próprias orbes do planeta.
Planeta.
A cor roxa invadiu seus olhos como um ladrão invade a residência a ser assaltada. Fora armada, com medo de ser vista e pega.
A garota ficou cega por 47 instantes, nos quais 47 medicinas diferentes atravessaram sua garganta em direção ao seu coração.
As janelas abriam.
Seu coração batia mais forte.
As janelas fechavam.
Sentia-se cada vez mais perto da morte.
Morte.
Sempre se perguntou o que era morte.
Construira uma vida após ela.
Mas não queria morrer, tanto quanto não queria continuar vivendo.
Talvez existir fosse o melhor remédio.
Talvez existir curasse tudo o que 47 medicinas não curaram.
Olhou em volta e seus lábios formaram pedra.
Que ideia tola, afinal.
Sabia que sem suas asas não poderia voar, e sem sua jaula não poderia permanecer.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.