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História Noites de Amor - Arrependimento


Escrita por: LaurinnMoanna

Capítulo 11 - Arrependimento


Daniel no dia seguinte acordou cedo, havia 3 reuniões marcadas para aquele dia, entre uma pausa e outra resolveu ligar para seus pais, sentia falta deles por perto, porém sabia que era importante se manter em outra cidade por conta da empresa. Gostava de atualizar seu pai sobre a empresa, e gostava mais ainda de ouvir a voz de sua mãe, sentia falta dos mimos que ela lhe proporcionava. Após meia hora de conversa, encerrou a ligação. Havia uma mensagem em seu whatsapp, sorriu inconsciente ao ver que era de Moanna.

"Bom dia! Me desculpe por ontem, você me ajudou, e eu como sempre não consegui lhe agradecer como deveria. Você é super legal, porém, não podemos mais fazer isso. Não quero me complicar, você me entende.. De qualquer forma, obrigada! "

E lá estava mais uma vez o número de Daniel bloqueado, não entendia o que se passava com Moanna, não sabia o por quê dela não poder falar com ele, ou por que iria se complicar, será que era comprometida? Ficou pensativo. 

***

Moanna por sua vez, não queria ter que fazer aquilo, mas já não via outra saída, a desconfiança de Débora estava deixando-a preocupada, e culpada ao mesmo tempo. Preferiu não dar motivos para desconfiança, agradeceu Daniel por sua atitude, mas não queria mais problemas. Preparou almoço, comeu em frente a televisão, cansada de ficar em casa, colocou uma leggin preta e uma regata branca. Calçou os tênis e saiu para correr, sabia que precisava disso, colocou os fones de ouvido e saiu pela rua. 

Passou em frente a boate, onde também ficava a casa de Débora, depois da noite anterior, preferiu não se apresentar, passou reto. Depois de correr algumas horas, parou em um estabelecimento para comprar uma garrafa de água, o sol estava quente e a pele clara de Moanna já estava vermelha, decidiu por senta-se um pouco embaixo de uma árvore.

Sentiu seu telefone vibrar, reconheceu o número de Daniel, optou por não atender, não queria mais problemas.

Voltou para casa, sabia que mais tarde teria que trabalhar, resolveu dormir um pouco. Após algumas horas acordou com seu celular despertando, tomou café, e após um banho rápido se produziu e foi trabalhar. 

A noite passou rápido, preferiu não ter contato com Débora aquela noite. Débora por sua vez, ficou no salão observando as garotas, se certificando de que não teria problemas.

- E aí, o que rolou ontem? _ Perguntou Bárbara com curiosidade.

- A mesma coisa de sempre _ disse revirando os olhos.

- As vezes ela passa do limite _ retrucou a amiga _ Você é grata a ela, eu também sou, mas não pode deixar ela controlar a sua vida!

- Não controla a minha vida Barbie, mas a boate é dela, as regras são dela, e se ela não quer que tenhamos qualquer relacionamento com os clientes, temos que respeitar. _ lamentou Moanna.

- Não é questão de ficar com cliente, ou você por acaso ficou com o bonitão?

- Não! _ disse olhando para a amiga, Barbara sabe quando Moanna mente, e sabia que não estava mentindo.

- De qualquer forma, o cara abusou de você, ele apenas defendeu, não vejo motivos para o mal humor dela. _ bufou, revirando os olhos.

A noite passou, Bárbara decidiu por ir para casa. Moanna não querendo ser cúmplice do que estava acontecendo, nem perguntou, sabia que provavelmente Bárbara receberia a visita do bonitão.

Ao terminar o expediente Moanna trocou de roupa e foi uma das primeiras a ir embora, ainda estava chateada com a desconfiança de Débora. Saiu andando com pressa pela rua, já era madrugada, não podia sair desfilando como se fosse dia. Ao chegar na esquina de casa, viu um carro parado, logo reconheceu, era o carro de Daniel, ele pelo retrovisor, viu a moça se aproximar, saiu do carro.

- Oi. _ disse em tom sério.

- O que faz aqui? _ respondeu assustada. _ virou meu segurança? _ zombou.

- Acho que você precisa de um _ brincou. _ me preocupei com você, não sabia o que havia acontecido, já que me bloqueou novamente. _ falou se aproximando.

- Estou bem, você não precisa se preocupar comigo _ sorriu._ agora preciso ir, você não deveria estar aqui a essa hora. 

- Moanna espere por favor, estou tentando conversar com você a dias, mas parece que você tem medo! _ resmungou.

Surpresa, respondeu.

- Olha, não podemos, não posso fazer isso, você não deveria estar aqui, é sério, por favor. _ pediu com gentileza.

Ele se aproximou, queria saber mais dela, não entendia o por quê dela querer distância, se o que ele mais queria era sua aproximação.

- Você é comprometida é isso? _ questionou com receio.

- Não... Olha, vamos entrar no carro _ disse olhando para os lados, sabia que aquela hora da noite não era hora de conversar no meio da rua.

Entraram, fecharam as portas e sem sair do lugar viraram de frente um pro outro.

- Me entenda _ suplicou ela. _ Não posso ter problemas com Débora, não posso ter contato com clientes fora do ambiente de trabalho, é uma das regras.

- Mas não estamos fazendo nada demais, e no mais, acredito que fora do seu trabalho você tem livre arbítrio para fazer o que quiser, não? 

- Eu sei, mas faz parte do meu trabalho, não posso, Débora confia em mim e eu sou muito grata por tudo, você é um cara legal é...

E você é linda _ interrompeu. _ Eu mal te conheço, não sei quase nada de você, mas o que sei é que diferente de todas as mulheres que conversei, você tem algo a dizer, algo a mais entende? Não me parece um robô, não estou acostumado com o tipo de conversa que tivemos, mas estou gostando e queria muito continuar.

Foi pega de surpresa, não esperava ouvir aquilo de um cara que mal conhecia.

- Eu sei.. Mas.. Eu gostei muito de conversar com você também, mas me entenda por favor, não posso arriscar meu trabalho... 

Eles se olharam por algum tempo, o silêncio era gritante. Por algum motivo não queria deixar de se falar, ele tentava, ela fugia como podia. Os olhos de Daniel percorreram o seu rosto até chegar em seus lábios, não sabia o que fazer, os dois sabiam que estavam sentindo a mesma coisa, ela com sentimento de culpa, e ele com um sentimento no qual não sabia explicar, mas sabia que era bom. Até que ela, querendo escapar da situação da qual sabia que iria se render, quebrou o silêncio.

- Preciso ir.

- Espere _ disse ele tocando em seu braço.

Se aproximaram, quando ela virou, sentiu o rosto dele próximo, conseguia sentir a respiração dele próxima ao seu rosto. 

- Não quero complicar tua vida, mas se eu não fizer isso, talvez eu me arrependa... _ disse ele sussurrando. 

Olhou mais uma vez para seus lábios, ela sabia o que iria acontecer, reproduziu as palavras dele em sua mente, ela também não queria ter aquele arrependimento. Por fim fechou os olhos, suspirou lentamente, e finalmente sentiu os lábios dele tocarem os dela, o beijo foi lento e agradável, sua línguas exploravam os lábios um do outro, por vezes davam leves mordidas. Ele me momento algum tocou em seu corpo, somente em seu rosto e em seus cabelos longos e loiros. Ela por sua vez, se deixava tocar, entrelaçou os dedos em seus cabelos. Esqueceu-se por um instante de tudo, até mesmo das regras de Débora. Ela se deixou beijar por medo do arrependimento de não ter feito, esquecendo-se que poderia se arrepender, justamente por ter feito ao contrário.



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