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História Noites de Ternura - HIATUS - Flor Que Corta


Escrita por: lakattzz

Notas do Autor


meu deus quem ainda lembra dessa coisa aqui? Kk em fim, o que importa é que chegou o capitulo novo!

Boa leitura e até depois, fifiqueiras 🌷

Capítulo 10 - Flor Que Corta


Fanfic / Fanfiction Noites de Ternura - HIATUS - Flor Que Corta

Noites de Ternura

Capítulo 10:

Flor Que Corta.

15 de Abril, 2002.

5° Distrito Policial de Jeju: “Seo Jin Guk”.

“Chefe, preciso mostrar algo de extrema importância.”

“Entre, entre!”

“Licença. É a respeito do orfanato da falecida Choi Jye, lembra-se?”

“E como poderia esquecer algo assim? Assassinada cruelmente e nem mesmo houve justiça para essa mulher e as crianças…”

“ Lamentamos muito não conseguirmos ter resolvido o caso, senhora…”

Não não, por favor, prossiga o assunto.”

“Uma denúncia anônima foi feita agora cedo a respeito de uma suposta operação ilegal que a atual responsável vem praticando.”

Os olhos esfumados em tons barrocos da delegada repousaram-se interessados quando o rapaz parado a frente de sua mesa ditou tais palavras, soltou um longo suspiro e recostou a coluna cansada na cadeira estofada.

Gesticulou ao jovem para que fechasse a porta antes de iniciarem a conversa.

Papéis foram postos sobre a mesa de vidro da delegada e detetive, neles impressos as informações coletadas durante a ligação vigiada e gravada da denunciadora anônima.

Os pegou e analisou-os com atenção, os olhos percorriam as palavras como se fossem um tipo de máquina. Clínicos, a experiência da mais velha surpreendia o detetive principiante.

“Além dessas informações, foi dito alguma coisa mais relevante? Algo mais específico? ”

“Não senhora, ela nos passou somente o que está escrito aí, anotamos até mesmo as palavras que ela repetia. Alguma conclusão, senhora? Ou devo arquivar?”

“Detetive Sang, sabe o que temos aqui? Uma chave para o caso de Jye. Não entendeu? Essa pessoa que denunciou, com toda certeza sabe de muito mais… Precisamos encontrá-la hoje mesmo. Ela quer que a encontremos. Prepare a equipe e dê como reaberto o caso do orfanato.”

“A senhora está mesmo disposta a reabrir??? Digo, nem temos certeza se essa pessoa existe, pode ter sido apenas uma…”

“Estou disposta a acabar com a corrupção dessa cidade. Agora faça logo o que eu mandei!”

“Sim, senhora. Com licença.”

 

16 de Abril, 2002.

Faziam-se alguns meses desde a morte de Jye, e desde então, o céu parecia não sentir-se mais disposto a sorrir tão brilhoso como antes.

As crianças antes tão vivas, agora carregavam exaustas semblantes desgostosos, cansados, opacos.

Um oco dolorido alastrava-se dentro do estômago de Jinhwan, dores o consumiam pedaço a pedaço, dia após dia, seus olhos viam cenas que repassavam-se como filmes de terror de segundo a segundo em sua cabeça, a pele alva era agora uma tela, retratando dor, medo, através das manchas mescladas em roxo e verde, arranhões, vergões doloridos por suas costas, a voz falha pouco animada, resetado, seus cabelos caíam fio à fio por entre os dedos de Jiwon quando este o pedia para ser penteado.

Hyung… Meu corpo dói…”

Resmungou sonolento enquanto colava o corpo frágil ao de Jiwon, o pequeno estava gelado comparado ao mais velho, a pele aveludada era uma tela manchada por tons escuros espalhando-se por sua extensão, se fossem alguns dias atrás, não era possível ver alguns dos ossos do mais novo marcando sob a sua pele, hoje, Jiwon continha um choro odioso na garganta ao observar os ossinhos ressaltados sob a tez alheia, as clavículas pequenas saltavam de seu colo, as perninhas, antes roliças, agora estavam finas como as de Jiwon, no entanto, não estavam saudáveis como as de Jiwon.

A voz fraca de Jinhwan o chicoteava, ardia em condenações que este impunha-se sozinho. O seu pequeno estava doente, sem forças para levantar-se da cama e ir pro jardim brincar, apático, fraco.

Os olhos marejados turvaram a visão, deixou que aquela lágrima escorresse. Jinhwan percebeu a agitação do mais velho, sentiu a respiração alheia bater quente no topo da cabeça repousada no peito que subia e descia acelerado. Abraçou Jiwon o mais forte que conseguia, no entanto, não era mais capaz de chorar, sentia-se fraco demais pra isso.

Hyung… Não chore.. Por favor...Vou ficar bem logo, eu prometo.”

Sussurrou cansado contra o corpo de Jiwon, a respiração morna do pequeno atravessou a camiseta que usava e o arrepiou, doente, acabou caindo no sono pela terceira vez naquele dia, ao lado do mais velho.

Jinhwan…”

O que seria capaz de responder à uma criança tão pura? Tão boa… Jinhwan era bom até quando estava mal.

Mal. Jinhwan nunca ficou mal, ele era bom demais para isso.

Como iria explicar à alguém tão bom que o que estava acontecendo era pior do que pesadelo, pior que filme de terror? Sentia-se devasto, exausto.

Por que tudo aquilo estava acontecendo? Tão repentinamente? Tão de repente, tão horrível.

Via pessoas, e nos rostos dessas pessoas, via frieza,  crueldade. Do que era capaz um ser humano para satisfazer-se, no mais profundo e obscuro íntimo.

Pegou as mãozinhas agora magras do mais novo, os braços antes leves, agora pareciam feitos de plumas. A tez, maculada por tons escuros de violeta.

“O que fizeram com você, Jinhwan? Por que não me conta?”

Falou sozinho, baixo para não acordar o mais novo, observando o menino dormir, quando notou que o respirar de Jinhwan acelerou em alguns minutos, preocupando-o.

Levantou-se apressado à procura de alguém para o ajudar. Jinhwan estava tendo início para uma crise de asma enquanto dormia.

 

•  

“Bom dia, senhora.”

“Jiwon, Donghyuk. Sejam breves.”

“É sobre Jinhwan, senhora, ele está doente. Não queremos abusar da sua boa vontade, mas ele precisa ir ao hospital depressa. Acabou de ter uma crise de ar, conseguimos ajudar mas não por muito tempo, ele precisa de um médico! ”

A voz de Donghyuk era séria, o tom firme disfarçando o medo que sentia da mais velha ali os encarando com olhos felinos.

Estavam tão amedrontados, falavam como adultos, agiam com cautela, evitavam barulho. A vida estava um porre, uma verdadeira merda.

“É apenas frescura, ele não come nada do que mando ser preparado. Não me admiro ele estar mal.”

Jiwon e Donghyuk entreolharam-se mudos, o mais velho entre os meninos não era capaz de proferir palavra alguma, a raiva o consumia dos pés a cabeça. No fim, a voz o cortou, atravessando fogosa a sua guela e expelindo-se furiosa de sua boca.

“A senhora sabe muito bem que ele não come carne nenhuma! Está na ficha dele! Faz isso de propósito porque é má! Uma mulher horrível!”

“Eu não admito um moleque falando dessa maneira comigo! Deve estar louco!”

O telefone tocou, assustando os três presentes na sala. A mais velha atendeu-o formalmente, os dois meninos impacientes em seus acentos mantinham os olhos nos próprios joelhos, tudo poderia ir aos ares em questão de segundos, Jinhwan precisava de um médico, então precisavam manter a boca calada.

A conversa que a mulher tinha na ligação os soou estranha, sabiam o que viria após aquele telefonema, e sentiam o feu desgostoso os subir pela laringe, porém nada disseram. E calados, absorviam cada palavra dita, engolindo o seco do ódio.

“Ah, sim! Senhor Wong, qual o pedido?”

“O estrangeiro. Preciso dele até às cinco horas. Iremos receber convidados especiais hoje.”

“Sem problemas, ele estará ai em breve. Aproveitem-o bem. Até logo.”

Negócio feito, fácil como misturar açúcar na água, rápido como abrir um presente no natal.

“Por favor, quando saírem, um de vocês diga à Juan para tomar um bom banho e que iremos sair junto de Gwan e Nangi.”

“Suja! Você é uma mulher suja! O diabo te espera com reserva ao lado dele, sua...”

“Jinhwan, não o quer bem?”

“Deixe ele fora disso!”

“Então aconselho ficar quieto e me obedecer a partir de hoje.”

Donghyuk calado, segurou a mão de Jiwon e o olhou profundo nos olhos, o pedindo para que a escutasse e aceitasse as palavras da mulher. O menino, absorvido pela fúria, somente gesticulou com a cabeça, seus dentes rasgando a pele dos lábios inferiores.

“Sim senhora. Obrigada por cuidar de Jinhwan.”

“Um médico estará aqui bem cedo amanhã, acorde-o pelas sete.”

“Doutor, Yang?”

“Sim, como posso ajudar Heyn-si?”

“Uma criança mais uma vez, dando trabalho. Preciso do senhor aqui pela manhã, seria possível?”

Uma risada nasalada soou do outro lado da linha telefônica quando ouviu o tom de irritação da mulher, a voz do homem por volta de seus cinquenta anos era rouca, um tom desagradável, a acompanhava, afirmou então que iria atender o doente.

Muito obrigada, preciso desse menino bem, ele me fez três vezes mais lucros...”

É aquele dos cabelos estranhos, não? Ah… Eu imagino. É muito bonito.

“Este mesmo. E não se preocupe, o senhor terá tempo de sobra amanhã para o avaliar, então está certo. O vejo de manhã.”

“Jinan, está melhor?”

“Estou com fome, hyung. Só isso.”

“Quer que eu pegue algumas frutas lá do escritório da bruxa?”

“Hyung!!! Isso é roubo!”

“Vamos...Eu sei que quer.”

“Banana e pêssegos por favor! Quando entrar lá, pegue os do fundo da fruteira para ela não perceber...”

Riram baixo dos planos para o furto, o pequeno deitado na cama, sob as cobertas, sentia-se fraco para acompanhar Jiwon.

Os olhinhos fixos no mais velho, brilhavam como um céu estrelado, hipnóticos, Jiwon os apreciava como um artista admira a sua obra depois de pronta.

“Volte logo, ok?”

Jinhwan sorriu, assegurando o seu grandioso protetor que os planos dariam certo. Jiwon afirmou com a cabeça e correu até a porta, quando chegou nesta, reverenciou o pequeno de longe e em seguida fez o caminho em busca dos frutos proibidos, o fazendo rir.


Notas Finais


Eai? Eu sei que ta meio ruim, mas tudo será explicado!
Quem será que denunciou? Fica pros próximos... E sim, agora começou a parte podre da estoria então.. não sei o que dizer.

Qualquer erro ai me desculpem e a formatação terrivel do site em fim blablabla

Fiquem bem e saudáveis 🐕

🐦 @vhwaek


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