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História Noites de Ternura - HIATUS - O Tardar de Um Amanhecer


Escrita por: lakattzz

Notas do Autor


Quatro semanas, exatamente 4 semanas, de pura agonia, ansiedade, medo... enfim. Pois é, autores tem problemas também smsjz Anyway, a vida continua e eu sei que vc ta aqui pq quer ler logo (eu espero)

boa leitura e até depois

Capítulo 11 - O Tardar de Um Amanhecer


Fanfic / Fanfiction Noites de Ternura - HIATUS - O Tardar de Um Amanhecer

Noites de Ternura

Capítulo 11:

O Tardar de um Amanhecer

A delegacia corria agitada naquela manhã, a cafeteira emanava um aroma único e aguçador dos grãos recém moídos, o eletrodoméstico  ligado a tomada não dera conta das demandas para os cafés.

A província de Jeju nunca esteve tão cheia, visitada e repleta de turistas de toda as partes do mundo, as nuvens carregadas que escondiam o céu, não eram impedimento para nada e para ninguém.

Estagiários e funcionários diversos entravam e saíam pelas portas do quinto distrito policial focados, apressados, um esbarrando-se no outro carregando em suas mãos caixas com cafés de uma padaria qualquer e algumas até de cafeterias requintadas que se localizavam por ruas ali perto, papéis inúmeros.

A grande parte da agitação da delegacia naquela manhã, no entanto, dava-se ao caso da falecida Choi Jye.

A mulher que tornou-se pauta importante nos jornais televisivos e escritos locais, dividindo espaço com outra importante pauta, um dos maiores eventos de futebol do mundo, que acontecia naquele ano. Uma morte até então ‘’misteriosa’’ de uma cuidadora de orfanato, a comoção inútil dos cidadãos para com as crianças, e o que mais ganhava o principal destaque: o falho trabalho da polícia em solucionar o caso e prender os criminosos.

Embora naquela semana, a delegada An Gyung, a mesma que cuidava do caso de Jye, tinha recebido uma ligação que poderia mudar o rumo daquele seu já arquivado e triste caso.

‘’Senhora, localizaram a informante anônima sobre o caso do orfanato.’’

O rapaz de feição jovial e cabelos pretos abrira a porta do escritório da delegada com certa pressa, os olhos pareciam surpresos com a própria notícia, encaravam a mais velha sérios, aguardando qualquer próxima ordem que esta fosse o dar.

‘’O que está esperando aí? Avise ao detetive Kang e a equipe dele de perícia que a encontraram.’’

‘’Antes de fazer isso, preciso que a senhora anote algumas coisas, pois foi a própria denunciadora que os retornou para dizer.’’

‘’E o que é?’’

‘’Seu nome é Kim Wheein, sem antecedentes criminais, ela era uma ajudante no orfanato. Ela possui em mãos documentos oficiais que comprovam que o assassinato foi parte de um esquema ilegal. Isso não foi dito em sua primeira ligação. O restante das informações estarão anotadas e repassadas para o detetive Kang. Mandarei avisar que está de saída para os policiais.’’

A coreana gesticulou rápido com as mãos para que o menino a entregasse a prancheta com os papéis que continham o restante das informações que Wheein havia passado para a policia. Revisou-os rapidamente, os olhos percorriam as letras ligeiros, atrás das lentes transparentes.

‘’Otimo, otimo...Faça isso, garoto. Muito obrigada pelo trabalho.’’

O rapaz curvou levemente o corpo para frente, numa singela e respeitosa reverência, abriu a porta do escritório da mais velha, e quando tinha seus pés para fora, a mesma o chamou com tom autoritário, enquanto ajeitava a calibre 380 no coldre preto, dentro do blazer, fazendo com que o menino voltasse a atenção para esta mais uma vez. Seus cabelos antes soltos, agora eram presos em um rabo de cavalo no alto de sua cabeça.

"Junhoe, sei que sua vida de estudante é muito ocupada. Embora, também sei o quanto você gostaria de fazer parte de uma investigação policial. Sei que está aqui para entender como funcionam as coisas em uma delegacia, mas…”

‘’Oh meu deus, a senhora está me dizendo que…’’

‘’Sim, quero que você me acompanhe até lá.’’

Os olhos fitavam infantis o rosto delicado e adulto da chefe de polícia que o encarava sorrindo com as mãos pousadas no quadril, as orbes dobrarem-se o tamanho, os lábios rosados moldados num sorriso tímido de surpresa, os batimentos pareciam contar regressivamente cada pulsar até que fossem explodir e transbordar em seus tímpanos.

Engoliu goela abaixo a euforia, afirmando com um balançar convicto de cabeça, arrancando um sorriso sincero da mais velha.

‘’Mas você é apenas um funcionário meu, um auxiliar, não quero que dê palpites, só fale quando eu me dirigir a você, me entendeu?’’

‘’Sim senhora!’’

Cinco, eram cinco carros oficiais que saíam do estacionamento da delegacia, três deles eram originais do distrito, a lataria pintada com as cores e as logos oficiais da polícia civil coreana, enquanto dois deles, eram sedãs pretos e com vidros fumês. Um levava a delegada An Gyung e seu auxiliar pessoal, e o outro levava o detetive Kang e seu chefe de perícia, Soojin.

Por ordem da própria delegada, as sirenes não foram ligadas, ela precisava manter o plano em prática e segui-lo com cautela. Junhoe, sorria como um bobo, sentado no banco ao lado do seu, sua pele sentia os arrepios que aquele clima policial causava. A mulher, dirigia focada, os olhos concentrados, enquanto falava e repassava comandos através do rádio, para Kang e os policiais.

“Detetive, a denunciadora estará nos esperando próximo ao porto. Preciso que informe as viaturas para que vão direto ao local do crime e nos aguarde por lá.”

Um “bip” fora escutado após concluir a sua ordem, o rádio encaixado agora em um suporte preso ao painel do carro, o menino, completamente fissurado por toda aquela atmosfera, mal conseguia acreditar no que seu eu estava vivenciando.

Outro toque e a voz de Kang foi ouvida através do eletrônico.

“Já repassei as ordens aos homens, agora me diga o que tem em mente, exatamente?”

Junhoe pousou seus olhos brilhosos na mulher, e assim como um cachorro anseia o brinquedo nas mãos do dono, ele ansiava sedento para ouvir o plano da mais velha.

“É muito simples. Iremos conversar com ela, pouca coisa, levamos-na junto de nós até o local do crime e ao orfanato, e aí falaremos com a atual dona do lugar.”

O carro de Kang e Soojin alcançaram Gyung e Junhoe, quando estes já consideravam seguro irem lado a lado, seguiam a estrada em um silêncio pesado, um silêncio cheio de tensão, a pressão parecia comprimir o pulmão do inexperiente menino que sonhava em ser da polícia.

A delegada, com um riso no rosto, tentou acalmar o menino.

"Junhoe-ah, sei que sua ficha só está caindo agora, mas se você realmente almeja fazer parte da polícia civil, preciso que foque somente no lado racional do crime. Não sinta o medo e nem a tensão que eles transmitem, pois é exatamente isso que querem e é exatamente isso que nos diferencia das pessoas, nós não podemos nos render à essa pressão. Fique seguro, não se abra a nada.”

A voz de Gyung saía calma e suave como veludo de seus lábios vermelhos, o tom era firme, coerente. No entanto, seus olhos pareciam desfocados e nada de acordo com o que sua boca dizia, Junhoe era aspirante a detetive, e percebeu que a sua chefe parecia contradizer-se.

Noona, foque no seu trabalho. Eu estou bem. Depois de tudo, podemos ir tomar um sorvete, ou um soju, o que preferir."

A mais velha sorriu sincera, soltando um riso impressionada com o jeito único e inconsequente de Junhoe, o olhando para responder.

“Ai Junhoe… Primeiramente, você é menor de idade, então soju nem pensar, e segundo, sorvete está de bom tamanho pra mim.”

 

Eram por volta das duas da tarde quando finalmente chegaram ao porto,  dois carros pretos estacionava à beirada da calçada, não iriam usar o estacionamento do restaurante de frutos do mar para manter descrição.

Junhoe e Soojin, por ordens da delegada, permaneceram no carro, enquanto os outros dois oficiais iriam de encontro a Kim Wheein. Kang, o homem analitico, repassava algumas informações com Gyung.

Ao entrarem no estabelecimento, um sino soou ao que a porta abriu, levando alguns dos clientes voltarem a sua atenção para ambos, a mulher, por sorte, usava seu óculos escuro, o nariz retorcendo com o cheiro forte do mar. Kang, um pouco mais astuto, coçou a garganta e disfarçadamente, mostrou seu coldre com a arma guardada preso à cintura e o distintivo que puxou de dentro do bolso da calça de linho que usava.

Instantaneamente, os clientes voltaram a sua atenção aos seus devidos lugares, no entanto, uma das mulheres, permanecia os encarando, esta, não usava óculos escuros, não escondia os cabelos, e em sua mesa, além de seu copo de cerveja pela metade, ela havia peço mais dois copos vazios, Kim Wheein os encarava com olhos determinados, sua expressão era ilegível, os policiais, convictos no entanto, sentaram-se a frente da menina.

“Finalmente a encontramos, senhorita Kim.”

“Não precisa esconder o meu nome. A maioria das pessoas daqui sabem que sou Wheein, a verdadeira herdeira de tudo de Choi Jye.”

Os policiais encararam-se por um instante, surpresos. A menina, percebendo o clima estranho, ofereceu cerveja aos oficiais, Gyung, aceitando de prontidão.

Sabe que beber durante o serviço é proibido…”

“E você sabe que posso considerar esse seu tom desagradável um desacato.”

Um sorriso tímido tomou os lábios da menina, a delegada respondendo em troca com um levantar singelo de seu copo com a bebida amarelada,  levando o líquido fermentado até os lábios, ansiosos para saborear a cerveja e umedecer a garganta seca.

Wheein, iremos fazer algumas perguntas, e logo depois você nos acompanha. Pedimos que seja honesta todo o tempo, e se estiver omitindo algo de nós, eu vou saber.”

A voz grave e rouca do detetive soou séria, Gyung afirmou as palavras do homem com um balançar de cabeça. As mãos, gesticularam um gesto para que a menina a entregasse os papéis, documentos originais, para que os revisasse com cuidado.

“Obrigada por me darem ouvidos, creio que ficarão atordoados com o que vou mostrar.”

Mostrar?

“Eu tenho como provar que a atual responsável pelo orfanato é uma criminosa. Mas, preciso que vocês confiem em mim e me levem até minha casa.”

Entreolharam-se mudos, mais uma vez. Os documentos, de fato eram verdadeiros, a delegada, sem dizer mais nenhuma palavra, levantou-se finalizando sua bebida, com os papéis burocráticos em mãos.

“Vamos, os dois.”

“Mas, Gyung…”

“Ela disse que precisamos confiar nela. Vamos.”

Os mirantes mais velhos atravessavam felinos os olhos da menina ainda sentada, era impossível de se ler o olhar da delegada, não muito demorou e deu as costas aos dois ainda ali parados, a mais nova ainda surpresa pela facilidade de como a chefe de polícia aceitou o seu pedido. Andava calmamente até as portas do restaurante, Wheein, com certa pressa, jogou algumas notas de dinheiro sobre a madeira e andou rapidamente até alcançar a mais velha, passando a caminhar logo atrás desta.

Hesitante, Kang levantou-se em seguida e deixou algumas notas de dinheiro também sobre a mesa, pegando as de Wheein e a devolvendo logo quando a alcançou.

 

O silêncio dentro do veículo era dilacerante, o menino perguntando-se em sua cabeça, o que a garota fazia ali dentro. Era quase palpável o quão Gyung parecia relutante, notou a inquietude da mais velha, os olhos ora encaravam Wheein pelo espelho, ora tentavam inutilmente focar na estrada.

A menina, por sua vez, não despregou os olhos e a atenção de cima da delegada, parecia realmente confortável a fitando fixamente, como se  fosse um tipo de paisagem ou exposição. Não notou quando haviam parado o carro na rua em que a garota nomeou ser a de sua casa.

Wheein? Poderia me dizer qual dessas casas é a sua?”

Despertou-se do transe, viu os olhos meninos de Junhoe a encarando, meio recluso, com o corpo sentado no banco virado para trás, e via Gyung a fitando gélida através do espelho.

“Ah, a-aquela ali, dois sete três…”

O menino virou-se para frente, coçou os cabelos, ainda meio intrigado com a presença da menina, sentia que algo estava errado, mas engoliu a voz, engoliu a agonia, precisava obedecer sua chefe, acima de tudo.

“Wheein, está ciente de que se você estiver mentindo ou nos metendo em emboscadas, você está automaticamente presa. Você tem certeza de que ali é a sua casa?"

A menina agora carregava bochechas ruborizadas, seus olhos não aguentavam mais aquela batalha que travava contra os da mais velha, frios, distantes. Junhoe, sorrindo, entendeu finalmente o que estava errado, sentindo um alívio quase líquido correndo por suas veias.

“Sei sim, senhora. Mas acredite em mim, eu falo a verdade. Por favor, vamos até lá."

“Tudo bem então. E se o detetive Kang fizer perguntas do tipo, eu sugiro você não gaguejar feito uma panaca. De qualquer jeito, eu acredito em você.”

“Sim, obrigada, senhora.’’

Desceram do carro as duas mulheres, indo em direção à casa de Wheein, atrás das duas vinham Kang e Soojin, e como de costume Gyung andava na frente, ao chegarem na frente do imóvel de pintura branca e amarela, deu passagem para que a garota abrisse a porta.

Antes de entrarem, a mesma bloqueou a entrada da casa, alertando com voz baixa, causando estranheza r calafrios nos oficiais.

“Por favor, sejam gentis e não mostrem as armas.”

Um pouco afastado, Junhoe observava tudo detalhadamente, brincava com o cubo mágico, acertando o padrão das cores inúmeras vezes e as bagunçando logo depois, num ciclo repetitivo.

Entraram na casa.

O cubo mágico já resolvido pela quinquagésima vez, foi posto sobre o painel do carro, a porta da casa fechou-se, a rua estranhamente calma demais para aquela época agitada do ano, e Junhoe, instigado a ver o que iria acontecer, desceu do carro, andando até a casa.

De uma janela, a da sala provavelmente, viu com os olhos de garoto curiosos, o grupo de policiais de pé, pareciam um pouco surpresos, a menina que estava no carro, agora estava sentada no sofá e ao seu lado uma figura pequena, muito pequena, imóvel, a cabeça baixa, o corpo inteiro coberto por um casaco com capuz, realmente abalado. Era uma criança.

Viu que a menina balbuciou alguma coisa rente ao seu ouvido, de primeira a criança pequena balançou a cabeça para os lados, lentamente. Gyung então abaixou-se a altura da criança, lhe falando alguma coisa, fazendo a figura misteriosa hesitar um pouco, para em seguida concordar consigo.

Junhoe por pouco não tomou ar, não poderia ser pêgo.

Ao que a pequena figura levantou a cabeça, as pernas do menino tremeram como duas varetas. O rosto inchado, machucado, não deixava de ter aquela típica aura angelical de uma criança, no entanto, o semblante que o pequeno carregava era de um coração abalado, de uma criança ferida.

Uma criança linda, que carregava marcas, marcas tão feias que Junhoe não foi capaz de conter uma lágrima que escorreu de seu olho ao que o menininho levantou a blusa, mostrando os hematomas pela tez maculada.

Junhoe ainda era um menino, seu coração era facilmente tocado, movido por sentimentos confusos muitas vezes devastos, foi capaz de sentir cada mancha, cada machucado, em seu próprio corpo. A garganta secou, apertou, o pequeno novamente olhava para baixo, amoado, cabisbaixo.

Via a surpresa tomar conta dos três oficiais,  ao ver Gyung conter uma lágrima em um de seus olhos, entendeu o que a mulher o falava mais cedo. Infelizmente,  aquela era a parte feia de sua profissão, a parte que os obrigava a conter todo aquele sentimento misto, dentro de uma caixa, e esquece-los ali, somente.

As vozes saíam abafadas, um silêncio tomou conta ao que perguntaram o nome do menininho, a voz falha, porém doce do pequeno, soou sobrecarregada de um medo agonizante, Junhoe ouviu bem, memorizando-o com prudência.

J-jinhwan…”



Notas Finais


Eu peço desculpas se tiver algum erro ....

Viram quem FINALMENTE apareceu?? JUNHOE!!!!
Agora Noites de Ternura começou porraaaaa

Ksnsjs eai? Será que vai acontecer em?

Deixo ai a vozinha da curiosidade, até o próximo.
Beijos 🐦 @vhwaek


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