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História Noites de Ternura - HIATUS - Branco como neve, puro como Jinhwan.


Escrita por: lakattzz

Notas do Autor


É muito bom te ter por aqui, saiba que sempre que atualizo NT eu sinto uma felicidade que não consigo explicar, então tentei expressar um pouco dela aqui nesse capitulo. Sim, é um especial, bem simples mas tem o teu valor haha

Em fim, nos falamos depois. Boa leitura e perdoe algum possivel erro e essa formatação terrivel do site ✴

Capítulo 9 - Branco como neve, puro como Jinhwan.


Fanfic / Fanfiction Noites de Ternura - HIATUS - Branco como neve, puro como Jinhwan.

Noites de Ternura

Capítulo 9:

Branco como neve, puro como Jinhwan.

 

1 de fevereiro, 2002.

Concentrado no caminho trilhado e sem destinos que fazia a borboleta, perseguia com os olhos o bater das asas enfeitadas, o respirar leve de quem não via feiura nem mesmo nos escorpiões do deserto.

O frio naquele ano não era tão rigoroso, talvez fosse o coração quente demais do menino ou a sua forma morna de gente, mas este, não sentia frio ali na casa das plantas.

Um pouco mais afastado de si, um par de acastanhados o observava diferentes, preocupados, carregando nestes uma dor abstrata e sem parâmetros de alívio, um ferimento não carnal, sem reparação, levando dentro do peito uma rachadura que por ela esvai-se a doçura e pureza de menino, depauperando-se todo aquele eu.

Os fios corais agora na altura dos ombros pequenos quando soltos reluziam cintilantes, o habitual brilho que Jinhwan possuía em seu eu mais intocado, dentro da concepção de Jiwon, uma das criaturas mais belas que os olhos de qualquer indivíduo já vira. Podia-se sentir a maciez de teus cabelos ao longe.

Um sorriso derreteu-se nos lábios rosados ao ver o voar artístico da borboleta, mostrando as pontinhas dos novos dentes da frente, dentes que vinham à medida em que os dias passavam, embora a altura permanecesse a mesma desde os seus cinco anos, o coração aumentou a capacidade de suportar cada novo sentimento.

Sentia os olhos mais velho sobre si, não se incomoda com eles de qualquer maneira, sentia-se seguro quando assistido por Jiwon. Desprendeu-se da borboleta, andara até que pudesse aconchegar o corpo pequenino entre as pernas do mais velho que já o esperava como quem já sabia exatamente o que se passava na mente do pequeno.

Por razões que para si ainda eram confusas demasiada, somente sentia que Jiwon precisava distrair a mente naqueles momentos que ambos compartilhavam juntos e afastados das outras crianças. Ele era o protegido de Jiwon sim, mas naqueles dias quem precisava de sua proteção era seubcavalheiro.

O toque singelo e morno de Jinhwan em suas mãos o despertou dos devaneios esporádicos, notou a inquietude do menino quando sentado entre suas pernas porém nada fez, apenas deixou com que o pequeno guiasse as mãos maiores até onde as desejava, levou-as até estarem nos cabelos, arrancando sem nem ter ciência um sorriso abobado do que o rodeava com as pernas.

Era uma linguagem de gestos, de puro e completo olhar, de adorável ação e reação, criaram entre si, o próprio idioma.

“Como o deseja, senhor Jinhwan?”

Brincara com o tom de sua voz, fingindo ser dono de uma seriedade que não o pertencia e usufruindo de formalidades que certamente não eram necessárias, ouvira Jinhwan rir deliciosamente da sua brincadeira. Sentiu-se orgulhoso de si mesmo.

As perninhas roliças dentro do moletom vermelho esticaram-se junto com os bracinhos pequenos, inevitável fora não sorrir quando brincou com os dedinhos ao encenar gestos típicos de um cabeleireiro que vira outro dia na televisão.

A voz pueril e pouco aguda do mais novo ditou rouca, estava resfriado, acompanhada de suas risadas que alegram e incentivam a bioflora da estufa.

“O que o hyung acha melhor?”

Virou o rosto arredondado enquanto perguntava para o mais alto, os mirantes pensantes atravessavam os olhos mais novos que brilhavam imersos em expectativa.

“Jinan… Eu te fiz uma pergunta, certo? Por que quero saber da sua resposta. Entendeu? É o que você quer, e não o que eu quero. De novo então, o que você quer?”

Jiwon sorriu divertido ao que notara a confusão invadir não só os olhinhos mas toda a face do menino, cutucando com o indicador a testa coberta pela franja coral, ajeitando os fios que insistiam pairar sobre os olhinhos.

“Então… Aquele que o hyung prende aqui em cima!”

“Isso ai!”

O sorriso de Jinhwan poderia ser chamado de estrela, afinal, brilhava como uma. Era a meia lua do verão, quando esta resolve ser o sol da noite.

“Este se chama “rabo de cavalo”,  Jinan. Você fica ótimo com ele, tá com a fita aí?”

“Rabo de cavalo...Sim!!!”

A risada viera logo em seguida de sua postura curiosa, o nome era engraçado para a mente que tão pouco viveu e para os ouvidos que tão pouco ouviram, no entanto, Jinhwan adorava cavalos e adorava muito mais quando o hyung arrumava seu cabelo.

“Faça ele bem bonito igual da outra vez, Jiwonnie!”

“Tudo bem, seu bajulador. Se vira pra eu poder fazer ele bem bonito!”

“Não prende muito forte porque dói minha cabeça, hyung."

“Tudo bem, Jinhwan…”

“Hyung!”

“Hum?”

7 de fevereiro, 2002

Era aniversário de Jinhwan, dia de completar seus oito anos de vida, puros e cheios de ternura oito anos.

Heyn passara o dia fora do orfanato, longe das crianças, as mesmas sob cuidados dos três mais velhos entre elas. A mais velha de todos ali, já nos quatorze anos, era responsável por boa parte dos cuidados da casa, era uma das que auxiliavam, com coração bom, Hye em seus dias vivos.

Era também a pessoa mais próxima de Jinhwan após Jiwon.

“Parabéns pra você!!! Nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida…”

O coro das vozes pueris invadiram o quarto onde o pequeno aniversariante adormecia, aquecido em sua cama e com os cabelos presos num rabo frouxo, o corpinho esparramado pelo colchão e a boca aberta numa letra o, um dos pezinhos coberto com a meia intacta, o outro já colorido pelo roxo frio, a coberta passava longe de seu corpo, no entanto, Capitão Bobby sempre muito seguramente unido à seu peito.

Não acordou, tinha sono pesado, balbuciou palavras incoerentes, todos ali riram baixo, com alguns e outros pedindo para que não fizessem barulho demais.

“Jinan, acorde, é seu aniversário seu dorminhoco…”

Donghyuk se inclinara até os ouvidos do menino adormecido e ditou baixo as palavras, levando as pálpebras do pequeno se abrirem numa velocidade nada disposta, esfregando-os de qualquer jeito,  sorriu quando notou todos ali e um bolo que emanava um cheiro gostoso de chocolate nas mãos da menina.

“Cantem de novo!!! Eu quero apagar a vela!”

A voz saiu abafada pela rouquidão, falha pela noite longa que não a usou.

Andou molenga até o bolo enquanto todos cantavam nem tão sincronizados como antes, alguns ocupavam-se em conter em vão o riso que Jinhwan despertava em cada um sempre que mostrava aquele seu espírito vivo e brilhante.

“Assopre com força e faça um desejo em sua mente, Jinan!”

A menina ditou aos sussurros a antiga regra antes de soprar e apagar a vela do bolo de aniversário. E assim o menino fez, todos o assistiam em expectativa e sorrisos francos eram iluminados pela chama da vela até o instante que o objeto de cera fora apagado.

Enquanto cada pequeno pegava o seu cobiçado pedaço do bolo na cozinha, Jinhwan, de pijama e botas de pantufa, saiu no jardim à procurar por teu hyung. O encontrou sentado com olhos viajantes e cabeça pendida para trás, encostado sob uma das árvores dali, o chamara pelo apelido o assustando, rindo da reação de Jiwon, correu até si. O mais velho o recebeu num abraço apertado, e o puxou para sentar-se ao seu lado.

“O hyung não quer bolo?”

“Não… Mei não sabia que não gosto de chocolate.”

Os olhinhos dobrarem-se o tamanho, a face esculpida na mais verdadeira incrédula expressão, era aquilo possível? Não gostar do melhor doce do mundo? Jiwon hyung era muito chato!

“Você é doido, hyung. Chocolate é tão bom! Eu queria comer um todo dia!”

“Então você vai gostar do meu presente, Jinan!”

“Vou!"

Sorriu aberto e com olhos iluminados ao que Jiwon tirou do bolso da blusa e o entregou um chocolate caseiro no formato de um coelho embrulhado em papel metálico pintado com a figura do animal segurando uma cenoura, mesmo não sendo capaz de comer os bichinhos, aquele coelho de chocolate o parecia estar tão delicioso.

Lambeu os lábios quando possuiu em mãos a felicidade expressa em cacau, açucar e gordura vegetal, segurando firme o doce, pulou sobre o corpo mais velho o agradecendo, espalhando pelo rosto alheio os seus selares bajuladores e que faziam os olhos de Jiwon  tornarem-se dois arcos, a risada nasalada de Jiwon penetrava seus ouvidos e aquele sim era um presente insuperável para si, Jiwon feliz, sorrindo, de verdade.

Coelhos de chocolate eram deliciosos sim, mas o que eram doces que logo acabariam na sua barriga perto da risada engraçada do seu hyung?

Se pôs ao lado deste mais uma vez quando sentiu o fôlego lhe escapar.

“Obrigado, obrigado, obrigado hyung! Eu vou comer muito bem!”

“Eu tenho certeza disso, pequeno…”

“O hyung quer saber o que eu pedi quando apaguei a vela?”

Perguntou enquanto esperava o mais velho desembrulhar a embalagem metálica do doce, o pequenino estava agitado e olhava fixamente o chocolate. Jiwon o observava de soslaio, riu em um sopro impressionado dos métodos baixos e inocentes de Jinhwan para conseguir as coisas que queria. O entregou o doce e respondeu sem real intenção de saber o que o pequeno pedira.

“Me conte quando a gente for bem grande tudo bem?”

“Ah...tudo bem, hyung. Posso comer agora né?”

“Fique á vontade, gordo”

“Sou gordo mesmo”

Mostrou a língua para o mais velho antes de morder as orelhas achocolatadas, e por isso Jiwon o atacou de surpresa com cócegas em sua barriga e pescoço. As gargalhadas pueris dos meninos se encontravam uma na outra, enquanto segurava as mãos fortes do mais velho pedia sem fôlego para que este parasse.

“Jiwonnie bobo! Para! Para!”

Tranquilos permaneceram sob a árvore, Jinhwan conversava sobre o tudo que lhe parecia interessante, o mais velho era seu dicionário, e com um tempo, adormecera mais uma vez no colo desfe, deixando Jiwon sustentando um sorriso terno e leve nos lábios.

A capacidade de Jinhwan em fazer quem quer que fosse sorrir era uma das suas qualidades mais admiráveis.

Jinhwan era transparente como a água do rio cheio de cascalhos e puro como a neve que caía do céu e pairava sobre as árvores e sobre os telhados.

 


Notas Finais


Uns amores? Sim. Lembrando que o Jiwon tem por volta de 11, 12 anos ok? E não galera, não tem nada por tras desse carinho, ⚠ eles são crianças ⚠

Espero que vcs tenham aproveitado bastante por que agora acabou o amorzinho de verdade e daqui pra frente vcs vao se perguntar: "qual é a tua, guria???"

Haha fiquem bem e saudáveis

Até a próxima, 🐦 @vhwaek


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