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História Noites frias em Londres - Interativa - A primeira mordida


Escrita por: Sally_in

Notas do Autor


Olá pessoal! Eu me inspirei nessa fanfic em uma saga de livros que estou lendo ultimamente! Então vou me esforçar muito para essa fic e para as outras que preciso atualizar! Mas vou atualizar <333

Capítulo 1 - A primeira mordida


Fanfic / Fanfiction Noites frias em Londres - Interativa - A primeira mordida

Numa tarde fria, em uma carruagem velha e de aluguel estacionada na frente da firma do pai da jovem moça. Uma garota com longos cabelos loiros e olhos azuis, um vestido surrado - antigo de sua mãe -, cabia bem nela, segurava um livro em mãos.

" O morro dos ventos uivantes "

Era o nome do livro, adorava ler, e lia quando tinha tempo, gostava de ler mais ainda com o seu pai, porém ele havia falecido. E era exatamente por esse motivo que a levava até o antigo local de trabalho dele. O paradeiro de seu pai era desconhecido, ela aspirava para que algum colega dele soubesse do que fosse ou do que se tratava. A garota abriu a porta da carruagem e desceu, molhando com a água que ali encontrava, rastros da chuva da noite passada.

- Esperarei aqui. Srta. Arckmin. - disse o condutor da carruagem.

- Certo, Sr. Felix. - a loira abriu um pequeno sorriso para ele e assim adentrou no local.

Ao abrir a porta ela se deparou com uma mesa, como um balcão de entrada logo a sua frente, um sofá que parecia antigo e acabado se encontrava ao seu lado direito, a mesma olhou para a jovem que estava sentado do outro lado do local, ela parecia uma mulher entre seus quarenta anos.

- Bom dia, Srta. Arckmin, e sinto muito pelo que aconteceu ao seu pai. - a moça disse. 

- Tudo bem. Obrigada Sra. Jackosvisk. Irei entrar, preciso conversar com o Sr. Hils.

- Ele está nesse corredor, segunda porta a direita. - a secretária avisou para a jovem, apontando o local que ele se encontrava.

A mesma abriu um sorriso gentil e seguiu para a sala, o corredor possuíam três portas de cada lado e uma no final do corredor, onde estava escrito:

"Vincent Arckmin"

O seu pai. Que havia falecido semanas antes da jovem garotas estar ali. Seu corpo? Não fora ainda encontrado. 

Sem demora, a menina bateu na porta que a moça havia lhe indicado, apenas duas vezes, foram batidas fracas, porém audíveis. 

- Quem está cá? - perguntou uma voz rouca, de um velho, que partia dentro do local. 

- Sou eu, Sr. Hils, a Clarissy. - a jovem garota respondeu.

Não demorou muito para que a porta fosse aberta por ele.  Era um homem barbudo, que vestia um terno, e usava um óculos fundo de garrafa, o mesmo abriu um sorriso ao perceber que a jovem que estava no outro lado da porta era a filha de seu melhor amigo, ou melhor, seu falecido melhor amigo.

- Clarissy! Como cresceu. Entre. Rápido. - ordenou, abrindo mais a porta para que a mesma a entrasse.

Assim que ela adentrou o local percebeu um cheiro forte de licor invadir suas narinas, a deixando irritada, a garota olhou para o homem que indicou que a mesma se sentasse. Ela sentou no local, com um pouco de receio, mas o fez. O homem foi até sua poltrona e lá se sentou, retirando um charuto de seu bolso e o acendendo.

- Não tem idade ainda, né? - perguntou, ela apenas respondeu balançando a cabeça. - O que te traz aqui?

- A morte do meu pai.. - ela disse, cabisbaixa, o homem quase que se engasgou.

- Sinto muito... Não recebemos nada. - ele olhou para a garota, enquanto fumava o charuto, assim o homem se levantou e foi até a mesma, sentando-se ao seu lado. - Clarissy, não recebemos muitas notícias sobre o que aconteceu com o seu pai e os outros, mas ficamos muito abalados. 

- Eu recebi uma carta quando ele morreu. Mas a carta não dizia que ele havia morrido, eu descobri com a minha tia.

- E o que a carta dizia? - ele perguntou, curioso.

- Aqui, eu a trouxe. - a garota abriu o livro que segurava e a carta estava lá, amassada e até mesmo rasgada. - Está rasgada. A letra não é do meu pai e meu nome... Está escrito errado.

- Deixe-me ver. - ele disse, pegando a carta, porém machucou-se com o papel do livro, fazendo um pequeno corte em seu dedo.

A garota sentiu o cheiro invadir o seu olfato, ela jamais havia sentido um cheiro tão puro como aquele, seu coração parecia ter batido mais rápido e forte, suas mãos? Tremiam, porém, não era de medo e sim de ansiedade, o seu olhar parecia ter mudado quando viu a gota de sangue cair sobre o chão de madeira, seu olhar foi até o pescoço do homem ao seu lado, que agora abria a carta e a examinava perfeitamente. A loira não conseguia compreender, era como se sua cabela girasse, e girasse e girasse. Ela desejava aquele sangue, como nunca desejou algo em sua vida. 

- Esta carta é muito estranha mesmo, pequena senhorita, eu não sei o seu paradeiro. Desculpe informar. - ele fechou a mesma e deixou um pouco de sangue atingir ela, e assim entregou. A garota pegou, tremendo. - Senhorita? Está tudo bem? - ele perguntou olhando para ela e se assustou com a cena que viu;

Os dentes dela estavam maiores que o normal, como um vampiro, sua pele estava mais clara que o normal e seus olhos pareciam... Mortos. O homem caiu para trás enquanto se afastava dela, o charuto caiu no chão, a menina se levantou e se aproximou dele - devagar -, o homem estava apavorado, poderia ele jurar que aquele foi o momento mais tenebroso de sua vida e o único.

Clarissy, pulou sobre o moço, enquanto ele tentava gritar, ela cobriu sua boca com a mão da mesma e então com lágrimas nos olhos sussurrou;

- Desculpe-me. - assim perfurou o pescoço do mesmo com seus caninos, enquanto ele tentava de alguma forma sair dali, se debatendo. Mas a força da garota parecia ter triplicado. E sua vontade também.

...

Seu vestido estava imundo de sangue, apesar de parecer uma garota piedosa, ela foi tudo menos isso.. O corpo do homem estava seco, sem sangue algum, a garota pegou suas coisas e foi até a janela, a abrindo, não poderia deixar que alguém a visse desse jeito. Ela nem aceitou. Dezesseis anos, de pura fome, dezesseis anos para saber quem realmente ela era, o que ela sempre foi;

Uma vampira

Se alguém viesse falar para ela sobre essas coisas, jamais acreditaria, mas agora acredita e como acredita. 

Ela saiu pela janela, a fechando, tentou o mínimo possível não deixar rastros e ser rápida, de dia, qualquer um poderia ver uma garota loira melada de sangue. Cuidadosamente ela andou até um local cego para que o moço da carruagem não a avistasse, e assim que o fez, ela se jogou, caindo no chão e machucando um pouco suas pernas. Segurava o livro com ose fosse sua própria vida, e agora teria que ir para casa, ou melhor... Um lar que não era tão doce assim.

Foi até uma casa e ousou pegar um lençol para se cobrir, aquele local era onde haviam pessoas pobres,  casas humildes, por isso decidiu pegar ali mesmo, para que não fosse vista em um bairro maior o seu estado. Cobriu-se, e foi assim caminhando para sua casa. Várias perguntas se passavam em sua cabeça, ela jamais iria conseguir responder nenhuma delas, não sem ajuda. Ela precisava de ajuda, para descobrir o que realmente ela é. E o que realmente aconteceu com seu pai. 

 


Notas Finais




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