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História Noites Sombrias - Circunstâncias


Escrita por: Allaskka

Capítulo 3 - Circunstâncias



O céu estava nublado, mas mesmo assim Emilly foi ao trabalho, a mesma rotina de sempre, era como um CD. Não desistira da sua luta, e para isso precisa juntar todas as informações possíveis, mesmo que fosse impossível, tornaria possível.
Sua parte assassina não gostava de se olhar no espelho, se sentia agoniada o que deixava Emilly um pouco curiosa, então foi para a sua antiga casa, pois no porão havia espelhos, nunca mais tinha ido, ou melhor desde do que aconteceu só foi apenas uma única vez, porém precisava ser forte.
Quando entrou, o ar se tornou pesado para ela, as mobílias estavam cobertas por lençóis brancos, mas ainda via sangue, ainda via a imagem em sua cabeça. A faca nunca foi encontrada pois tinha levado consigo e ficava do lado da sua cama, mesmo não querendo relembrar o passado, queria ver a arma em que tinha matado sua família e tentava encontrar uma resposta do porquê ter feito aquilo.
Enquanto estava arrastando as caixas com o espelho, ouviu o som da porta batendo e sons de passos e vozes falando a sussurros. Não havia ninguém que tinha o significado de ir até ali, nem mesmo policiais, já que tinham encerrado o caso. Reconheceu apenas uma voz dentre as demais. Era seus amigos e provavelmente vieram para achar alguma pista do porque do desaparecimento sem rastros de Emilly. 
"Ela não está aqui"- Uma voz de uma menina ecoou.
"Pode ser, mas pode ter pistas aqui, você ainda acredita que ela morreu em outro lugar? Se isso acontecesse já teriam encontrado o corpo." - A voz familiar, a quem tinha quase matado falou.
"Se continuarmos a falar nesse tom, ela poderá fugir se estiver aqui ou alguém pensará que somos bandidos, o que causaria uma bagunça se tentássemos explicar." - Outra vez uma voz de uma menina, porém diferente da anterior.
Depois disso, teria que achar um modo de fugir ou tira-lós de lá. Fugir era o método mais fácil, mas queria mostrar para eles que ainda estava viva, que estava ali com eles.
Subia as escadas cuidadosamente com as caixas de vidro em suas mãos, e viu as sombras deles, apenas abriu a porta e saiu. 
Eles a olharam com espanto, mas ali estava com sua consciência e não iria machucar ninguém.
"Por que estão me olhando assim? Não vou machuca-lós, apenas quero que esqueçam de mim e não me procurem, não digam a mais ninguém que me viram, sempre estive morta para todos, falariam que vocês são loucos."
Assim saiu levando consigo a caixa com os vidros, colocando no seu carro.
Antes de deixar aquela casa, sentiu as mãos de alguém em seu pulso.
"Por favor nos explique." - Seu amigo mais próximo falou, aquele pelo qual chamavam de D.
"Não tenho nada para explicar, apenas saibam que eu não sou a menina de anos atrás."
"Já sabemos disso, mas porquê?"
"Nem mesmo eu sei das respostas, é melhor apenas se afastarem de mim, para a segurança de vocês."
Sentiu um abraço, um abraço que nunca sentira antes, D abraçava ela como se a fosse perder, não queria solta-lá de novo.
"Por favor, volte."
Emilly sentiu suas lágrimas descerem pelo rosto, não podia prometer aquilo, pois não sabia do futuro, nem ao menos conseguia pronunciar qualquer palavra. Saiu rapidamente daquele lugar, entrou no carro e foi embora.
Quando chegou em casa, apenas respirou fundo e foi até seu quarto, onde colocou os espelhos. Já era final da tarde, colocou a roupa que sempre colocava e apenas amarrou-se em uma cadeira, com esperança que desse certo.
19:00 tinha chegado junto com a grande assassina. Ela debatia-se para sair da cadeira, sem sucesso saiu. Emilly em sua sã consciência havia voltado, apenas desamarrou-se e trocou de roupa, pois não gostava daquela roupa, preto para ela era uma cor mais obscura do que a assassina. 
Mesmo que nunca as usasses, tinha também habilidades que aprendeu durante sua vida. Saiu de casa e foi em rumo a casa de D, ele ainda morava na mesma casa de sempre, pelo menos esperava que estivesse correta. Estava em frente a porta, escalou como fazia quando era criança e sentou na janela, estava certa. 
Ele estava lá, havia latas de cerveja espalhadas no chão, algumas amassadas e outras encima da mesa. 
"Você deveria dividir isso comigo." - Falou, depois ele levantou-se assustado.
"Por que está aqui?"
"Você disse para voltar e eu voltei."
"Como sei se não vai tentar matar-me novamente, não posso confiar."
"A verdadeira assassina nunca saberia como chegar aqui, nem ao menos escalar como nos velhos tempos, esqueceu?"
"Acharam os corpos 3 dias depois, o seu não estava entre eles, então especularam que você tinha morrido em outro lugar, eu não acreditei até hoje, nós nunca acreditamos nesse história. Talvez seja porque você sempre esteve viva nos nossos corações."
"Uma parte de mim fica feliz de você não ter esquecido-me, mas outra queria que você fosse feliz e seguisse em frente, seguisse seus sonhos."
"Eu segui, sou bem sucedido, não tenho só essa casa, mas apenas ela me faz lembrar dos tempos especiais, dos velhos tempos"
"Desculpe-me"
"Por que?"
"Por não ter cumprido a promessa."
"Você ainda lembra?, tínhamos 7 anos, você se casaria comigo e seríamos uma família feliz."
"Por causa de mim, isso não pode se realizar."
"Isso ainda pode ser realizar."
"D... eu matei eles, eu que fiz isso."
"Você matou eles? Porque não se entrega? Não pode ser tão fácil assim, mas a luta não vai acabar apenas desviando e indo por outro caminho."
"Eles não iriam acreditar em mim."
"Como sabe disso sem ao menos tentar?"
"Quem acreditaria em mim?"
"Eu acredito em você. Nós acreditamos, acreditamos até mesmo que estava viva. Você pode dizer que mudou, mas no fundo só nós sabemos que continua a mesma, apenas usa uma mascará a tanto tempo que passou a cair na sua própria mentira."
"Você sabe o quão perigoso é eu estar com você?"
"Eu não mordo."
"Mas eu mato." 

 



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