História Nona Alma - Gaster (P.O.V da Lucida)

Abri os meus olhos lentamente, vi que as luzes do quarto estavam apagadas. Levantei-me de cama e olhei para Alex que estava dormindo tranquilamente.

Percebi que não estava usando o meu uniforme, mas sim uma blusa de alça fina com a estampa de penas coloridas e um short azul turquesa.

Alguém trocou a minha roupa?

Fui até o guarda roupa e peguei o meu casaco, depois usei meus poderes para ir até o cômodo nos fundos da casa.

Eu estava escondida em um canto da sala, olhei o lugar para ter certeza de que ninguém estava ali.

Quando tive certeza fui até um grande lençol branco que encobria o meu objetivo.

Mais uma vez, usei meus poderes para ir até Waterfall juntamente com a maquina que estava sob o lençol.

Deixei-a em um canto da sala e peguei algumas coisas na mesa que havia ali.

Levei as plantas, projetos e ferramentas para perto e tirei o lençol.

Era uma maquina grande que parecia extremamente velha, ela tinha uma tela rachada e um teclado grande, havia três botões com as cores vermelho, amarelo e verde nela e uma portinhola que dava acesso a fiação interna (N.A – Aqueles que já jogaram ou viram gameplay de Don’t Forget já sabem como é a aparência da maquina).

Peguei minhas ferramentas e abri a portinhola, comecei a ler algumas plantas e passei a mexer na maquina com base nas instruções que Gaster havia me dado.

Era um processo difícil, haviam muitas coisas quebradas e fios partidos.

O mais estranho foi o fato de que varias vezes eu senti uma sensação estranha, como se estivesse sendo observada, achei que poderia ser Gaster, afinal ele podia fazer isso, então tentei ignorar.

Algumas horas depois tudo já estava consertado, só faltava acionar a maquina. Coloquei minhas mãos sobre o painel e me concentrei nas palavras de Gaster.

“Quando tudo estiver pronto, concentre sua magia e determinação na maquina, transfira o máximo que puder para ela, depois aperte o botão escrito ACIONAR”

E foi o que eu fiz.

Transferir minha magia e determinação, o que era realmente muito difícil, me senti fraca, era muito estranho. Mesmo assim continuei.

Quando já estava com a visão meio turva, apertei o botão e me afastei.

A maquina começou a chacoalhar e uma fumaça saiu, ouve um flash de luz e eu fechei meus olhos.

Quando os abri, vi uma figura a minha frente. Era Gaster.

Mas ele estava diferente, não era mais um esqueleto de aparência derretida e grandes rachaduras em seu crânio. Agora era um esqueleto normal, sólido, com duas pequenas rachaduras.

-Muito obrigado Luci. – ele disse com uma fonte comum?

-De nada. Você não fala mais em Wingdings?

-Falo, mas eu também sei dizer com uma fonte comum, eu só falava em Wingdings porque era um efeito colateral da minha partição.

-Entendi. Mas então? Vamos ver o papai ou não?

-Vamos. – ele deu um sorriso animado