Fora do padrão- capítulo II
— E-emily... E-eu... Ahn... - gaguejou Alison. Ela não sabia porque fez isso. Nem o que fora aquilo.
— Alison...? - Emily tentou empurrar as palavras da amiga. Ela não tinha achado nada estranho, pelo contrário, ela se sentiu nas nuvens com aqueles poucos segundos.
— É... - Ali pensou por um instante. Ela tinha que sair dali - Eu sei que fui eu que te trouxe aqui, mas... a minha mãe tinha dito para eu ir para casa mais cedo, porque ela queria falar comigo. Desculpe, eu esqueci.
— Falar com você? - o tom de voz da morena saiu calmo e triste, como se Alison tivesse dito que ia viajar para longe por muito tempo.
— É, eu... Acho que é por causa daquela festa de ontem. Meu pai tinha me posto de castigo... Ela deve querer me dar os parabéns por fazer de tudo para não faltar a uma festa do cara mais popular da escola. - disse, lembrando de quantas vezes sua mãe lhe falara para fazer amizade com as pessoas mais conhecidas de Rosewood. Os Kahn - Noel Kahn que dava as festas em que Ali comparecia - eram a família mais rica e conhecida na Pensilvânia.
— Queria que minha mãe fosse assim. - se divertiu Em - A minha ia me deixar de castigo pelo resto da vida. - as duas riram e Alison se despediu de Emily, respirando aliviada por não ter que dizer nada sobre o beijo.
Quando Ali chegou em casa, encontrou sua mãe de pé em frente à porta.
— Mãe?
— Alison. Sente-se. Quero falar com você.
— O que foi? Eu fiz algo de errado?
— Seu pai me contou o que você fez ontem, quando eu estava fora.
— É? E o que você achou? - disse Ali, confiante de que sua mãe ia lhe elogiar por isso.
— Eu acho que você está de castigo.
— O quê?! Por quê?!
— Sei exatamente o tipo de festa que os Kahn dão. Não quero mais que vá a nenhuma festa deles.
— Mas mãe, você diz que tenho que andar com gente popular em Rosewood!
— Não é questão disso, Alison! Seu pai ouviu falar que a cada festa, três garotas saem grávidas, embriagadas ou desaparecem. Não tenho tempo para me preocupar com com isso agora.
— Só meninas? - Ali duvidou de que fosse uma desculpa para mantê-la em casa.
— Pelo que disseram...
— E você tem medo do que? Que eu fique bêbada? Ou desapareça? - perguntou, em um tom provocador.
A sra. DiLaurents soltou uma risada sarcástica.
— Só não tenho paciência para cuidar de você grávida ou bêbada.
— Então... você não se importaria se eu desaparecesse? - disse Alison, um pouco decepcionada.
A mãe de Ali respirou fundo e se dirigiu à porta.
— Só me obedeça. Você vai da escola para casa, e vice-versa, pelas próximas duas semanas. Ficou claro?
Alison suspirou. Nem conseguiu olhar nos olhos da mãe para responder.
— Sim, mamãe.
— Ótimo. Boa garota. - a sra. DiLaurents acariciou o queixo da filha. - Agora vá para o seu quarto. Vou começar o jantar.
A mulher sumiu pela casa e Ali ficou observando-a. Era por esse tipo de coisa e tantas outras piores que Alison era uma patricinha manipuladora, que mandava e mentia até para suas melhores amigas.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.