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História Nonstandard - Engolir o Orgulho é o Melhor Caminho


Escrita por: garotapegada

Notas do Autor


Desculpem. Férias & Pretty Little Liars são um casal :3

Capítulo 7 - Engolir o Orgulho é o Melhor Caminho


Fora do Padrão- capítulo VII

 

  - O que achou? – disse Maya, se acomodando com Emily encima da Pedra do Beijo.

   - É… Incrível!... – disse Em, tentando parecer surpresa.

   - Já viu vista mais linda?

   - Ah… Bem, eu... – gaguejou. Sua mente procurava em todos os cantos uma resposta sincera e que soe gentil ao mesmo tempo. Sua vontade era dizer que sim, que já vira paisagem mais bela e hipnotizante que aquela. Com a garota mais linda e atraente de Rosewood. Mas, se olharmos com os olhos de Em, Alison era a garota mais linda e atraente do mundo.

   - Os dias ficam mais lindos quando estamos com quem gostamos, concorda? – Maya fixou seu olhar nos olhos de Emily, e olha só; eles não estavam nem brilhando.

   Em concordou com a cabeça, meio tímida. Ela desviou seu olhar de Maya e fingiu estar olhando a paisagem. E Maya continuava olhando para ela. Emily sentia os olhos da garota sobre si. Seu coração acelerou descompassadamente enquanto Maya afastava uma mecha de cabelos de seu rosto, chegando cada vez mais perto de seus lábios.

“Estamos tão perto… O que temos a perder? Apenas feche os olhos e deixe acontecer”

   - Maya! – interrompeu Emily. Custou-lhe muito para dizer e, quando as palavras finalmente saíram, ela sentiu uma dor imensa, pois sabia que ia doer mais em Maya.

“Oh, querida, a questão não são as consequências, mas o que ganhamos com isso? Não gosto de perder tempo”

   A morena abriu os olhos e se deparou com os lábios de Em, bem à sua frente, a apenas alguns milímetros. Da boca foi para os olhos, que ainda estavam sem cor alguma e implorando para aquilo não acontecer.

   - O que foi? – disse Maya.

   Emily não conseguiu responder. Nem ela sabia a resposta. O que aconteceu? O que é esse negócio dentro do peito que me proibe sair por aí beijando as pessoas? Pensou. Ela não conseguia nem olhar para os olhos de Maya.

   - Hey, Alison. – a garota olhou para a mãe, com o olhar sem vida – Não esqueça o que eu te falei. Não quero mais te ver com Emily Fields.

   Ali apenas virou-se e continuou a andar em direção à porta.

   - Alison – a menina olhou de novo – É sério. – a Sra. DiLaurentis a olhava com um olhar amedrontador, que intimidava qualquer pessoa. Principalmente Alison. Mas não naquela manhã; ela estava destruída por dentro. Que ironia, pensou. A garota que não acreditava no amor, hoje está sofrendo por ele.

   Na escola, Alison entrou no meio de Aria e Spencer, dando um “oi” geral e, pra ser mais exata, morto, semelhante ao brilho de seus olhos.

   Ali costumava ser a mais sorridente do grupo, não deixando se abalar por nada. Sempre tinha cartas na manga para passar por cima de qualquer problema sorrindo e brilhando. Era como se Alison tivesse o mundo em suas mãos. Mas parecia que naquela manhã alguém havia roubado o mundo de suas mãos e os problemas estavam começando a aparecer.

   - Ali – disse Hanna, ao perceber que aquela Alison não era a de sempre – está tudo bem?

   Alison tentou não olhar para Emily, mas ela sentia os olhos na morena penetrarem nela.

   - Sim, Hanna… Tá… tá tudo bem. Eu só não estou me sentindo muito bem hoje para ouvir sobre anatomia ou álgebra durante oito horas. – a resposta foi satisfatória para não haverem mais perguntas, mas não foi convincente o bastante para Emily ao menos fingir que acreditava em Ali.

   - Ih, nem me lembre. Os professores pensam que sou a Melissa. Acha que, só por ser irmã dela, tenho obrigação de ser tão inteligente quanto ela, ou até mais. – continuou Spencer. A conversa se prolongou com comentários de Aria e Hanna, mas Alison e Emily permaneciam caladas.

“Não é por isso que viemos? Tenho que estar contigo”

   Na hora do almoço, Maya estava sentada a algumas mesas de distância de Emily, com algumas pessoas que pareciam fazer o estilo de Maya.Em ficou feliz por ela, mas triste porque já a pegara olhando para ela com um olhar meio alterado, e sabia que isso era uma mistura tradicional de raiva com tristeza pelo que acontecera no final da tarde passada.

É seu primeiro beijo? – dissera Maya.

Sinceramente, não. – respondeu Emily.

Então por quê... – ela ia perguntar algo que sabia exatamente a resposta. Só demorou para perceber isso. A resposta estava estampada nos olhos de Emily. – Ah. Já entendi. Você gosta dela.

  - Ela está bem? – disse Alison, vendo que havia algo entre Maya e Emily (e engolindo toda a raiva, tristeza e orgulho).

   - Acho que não. Ela está com raiva de mim. – respondeu.

   Ali riu de leve, ironicamente.

   - O que você fez para ela? Roubou seu brilho labial?

   Emily hesitou em dizer, mas olhou bem no fundo dos olhos da pessoa com quem estava falando. Alison é minha melhor amiga, pensou. Talvez algo mais. Por que não?

   - Ela tentou me beijar. – disse, com certa timidez – Eu meio que fiz dar errado para não acontecer.

   O interior de Alison ficou em festa, e ela pôde respirar aliviada. Emily ainda gosta de mim, comemorou em pensamento, mas sem conseguir conter o sorriso.

   - Ei! – disse Em, rindo – Não é engraçado, estou me sentindo culpada.

   Ali riu com ela.

   - Na hora deve ter sido. Imagina, você vai dar um beijo em uma pessoa e ela desvia – ela soltou uma risada gostosa – Você é a garota mais corajosa que conheço, Emily Fields. Acho que nenhum garoto faria isso, eles babam nela.

   - Ela é bonita. – comentou Em. Uma pontada de ciúmes espetou Alison.

   - Aquela sapatosa?! Há! Os meninos só estão olhando para os peitos dela. Que nem são tão grandes, por sinal. – rebateu Ali.

   Depois daquela conversa no almoço, Alison voltou a se sentir bem perto de Emily. Elas foram da escola direto para a casa de Em.

   - E esse? Ah, Emily! Esse é lindo, vai! – disse Ali, deitada de bruços juntamente com Emily, vendo revistas de esportes (Ali costumava comprar elas secretamente, pois sua mãe diz que há mais garotos seminus do que pessoas praticando esportes).

   - Só porque é loiro? – ela riu – Que preconceito, Alison!

   - É claro que não, Em. Eu acho você linda. – disse Ali para a morena. Esta, meio sem graça, sorriu institivamente e desviou o olhar devolta para a revista. A loira certamente notou sua timidez e deu um sorriso um sorriso… Hum… Digamos que “vitorioso”. Ora, ela havia “derrotado” Maya. Ela sentia que havia “conquistado” Emily. Isso a tornava vitoriosa, não é?

   - Ali – chamou Em – Você… Também acho você muito linda.

   Depois disso, Alison se perdeu. Aquela cor indecifrável de íris a hipnotizava. Aquela cor misteriosa. Aquele olhar misterioso. Ali, naquele instante, desligou totalmente seu cérebro e deixou apenas seu coração tomar conta de si. De repente, lábios rosas e finos invadiram, sem pedir licença, lábios fartos e de tom também misterioso.

“Garotas gostam de garotas, assim como os garotos; nenhuma novidade”

   Logo, dois delicados pares de cílios, um loiro e outro preto, revelaram dois pares de paraísos; um era somente mar e céu, brilhante pelos raios de sol. O outro era meio escuro, difícil de se ver. Talvez fosse tímido, não queria revelar sua grandeza. Apenas um coração apaixonado era capaz de enxergar a beleza daquele par de pérolas negras, que brilhavam sob o mar azul de Alison.

   Isso não foi só um beijo, disseram o céu e o mar. Foi o jeito que encontrei de dizer que eu te amo.

   Eu também de amo, disseram as pérolas negras. 



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