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História NORN - Prólogo


Escrita por: Marsha_Sakamaki

Notas do Autor


Minha primeira história original, espero que gostem. Eu a postei no Wattpad e também no Nyah. Seria ótimo se recomendassem. <3

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction NORN - Prólogo


 

Era muita fumaça, mal dava para enxergar o que havia pela frente. Lembro-me de estar de joelhos e apesar de tudo que havia corrido minhas pernas não pareciam doer, não naquele momento. Meu coração estava a mil quando senti o sangue em sua forma mais pura escorrer pelas minhas mãos. Era o sangue de minha mãe. Ela estava deitada a minha frente, com os olhos fechados e era possível ver a marca da bala que perfurara seu peito e sua cabeça. Eu queria muito gritar, chorar mas não podia. Como ela ensinara, fiquei em silêncio, mordendo meus lábios com a maior foça para que nenhum barulho sequer escapasse ou eu seria a próxima morta. 

— M-Mamãe... — Consegui sussurrar, passando o palmo delicadamente por seu rosto. Estava rezando para que movesse alguma parte de seu corpo, demonstrando algum sinal de vida, alguma esperança porém nada ocorreu. Durante dez minutos fiquei paralisada, apenas admirando sua beleza, recordando de todos os momentos juntas antes daquela maldita guerra. Por um momento senti inúmeras lágrimas molharem meu rosto, atrapalhando a visão que tinha. Meu vestido estava completamente vermelho, colado as minhas coxas, mostrando o quanto do sangue já havia se espalhado pelo chão. Não demorou para que a voz daqueles homens nojentos surgisse, seus passos aos poucos iam ficando mais altos e tudo o que me restou foi fugir. Fugir para onde todos os outros iam. Fugir para onde aqueles que possuem dinheiro conseguem suas naves para se mudar para o novo planeta, o Universal Command of World, ou como nós chamamos, NORN. 

 

 

Acordei com mais um barulho de explosão e o estremecer da nave. Algumas pessoas ali corriam de um lado para o outro, pedindo para que avisassem a artilharia que desta vez deveria usar munição da pesada. Ótimo, estávamos sendo atacados novamente. Me levantei em um pulo e vesti a jaqueta de couro, prendendo os cabelos em um rabo de cavalo alto e me dirigindo a sala de comando. Como esperado os dois líderes já estavam lá, visualizando o mapa da nave e verificando quais partes haviam sido danificadas. 

  — Finalmente, Alex. — Comentou o menino que não parecia ter mais do que a idade dela, uns dezessete anos. Cabelos negros com um corte não tão certinho. Suas roupas eram parecidas, ele usava uma camisa branca e uma jaqueta de couro preta. — Sei que acabou de acordar mas precisamos que vá verificar a ala leste, parece que o sistema pifou com os tantos tiros que a Nave AKB-80 está nos mandando. 

— Não se preocupe. Como vai o contra-ataque? 

— Helena está cuidando disso. Parece que estamos causando mais danos a eles do que eles a gente. —  A outra líder explicou, ligando um telão que mostrava a imagem dos bombardeios que estavam acontecendo. — Eu irei ajudá-la assim que terminarmos de verificar as instalações. — Assenti, me dirigindo ao armário de ferramentas. Desde que havia fugido da Terra e ido para NORN meus únicos amigos tinham sido aqueles dois. Sara e Mike. Montamos uma tripulação com crianças orfãs e roubados a HB-20, desde então temos vivido aqui, indo a nosso planeta Natal a cada 5 anos, ou quando temos uma missão que envolve algo que só pode ser adquirido lá. 

Não demorou para que eu já estivesse me dirigindo a ala leste, onde as luzes vermelhas piscavam, deixando que o local ficasse completamente escuro em um intervalo de um segundo. Encontrar a falha foi mais fácil do que imaginei, uma parte da parede havia explodido junto com o sistema de segurança daquela ala. Não dava pra reconstruir mas dava para emendar e foi o que fiz. Peguei a solda e um fio maior dos meus equipamentos, passando a fazer uma ligatura dos dois lados do sistema, rezava para não explodir o circuito ainda mais.  Com o passar do tempo que os fios derretiam e se uniam o mal odor tomava conta dali, fazendo com que a ânsia de vômito surgisse e embrulhasse meu estômago. Hora ou outra a nave balançava em resposta ao ataque inimigo mas nada que prejudicasse o que fazia. Em certa de quarenta minutos toda a fiação estava soldada e agora funcionava quase que perfeitamente. Tudo o que faltava era algo para esconder aquilo o que com certeza não encontraria naquele momento. 

Fitei a emenda mais uma vez antes de voltar para a sala central onde Sara dava a impressão de estar completamente preocupada assim como Mike. Franzi o cenho e me dispus frente a mesa digital redonda, analisando as imagens que ali estavam. 

  — Mas que merda... —  Comentou Sara, tentando se comunicar com a ala Sul, a responsável pela defesa. — Por que caralhos ninguém responde?! Quantas pessoas tem  lá? 50, certo? É o setor que mais possui soldados por conta da defesa! E NENHUM DOS 50 RESPONDE!

— Tem algo errado... A quanto tempo eles não respondem? — Questionou Mike, tentando se conectar com as câmeras de segurança mas nada. 

— Eles pararam de responder assim que Alex saiu. 

—  Merda, Sara! —  Bati na mesa, apertando o botão de emergência, avisando que todos deveriam ir para lá. Em seguida passei a apertar os botões para que os portões da ala leste e oeste se trancassem. — Eles estão aqui e vão nos matar se não fizermos alguma coisa.  

 

 

 



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