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História Norton - Negócio Fechado


Escrita por: GraEverdeen

Notas do Autor


Oii povo lindo. Capítulo 2 da Norton - Neegócio Fechado. Ainda vem história por aí, então espero que gostem, desculpem qualquer erro e comentem, é importante :). Até mais!

Capítulo 2 - Negócio Fechado


Fanfic / Fanfiction Norton - Negócio Fechado

Helena estava trancada em um dos banheiros com a maleta em mãos, observando-a atentamente com a curiosidade de saber o que havia ali dentro. Lembrou-se que a próxima etapa era negociar com o possível chefe da organização criminosa, que estava escondido atrás daquela porta cuidada por dois guardas, precisava ter coragem e inteligência, isto lhe sobrava. Saiu de seus devaneios para contatar a Nórton:

- Já estou com a maleta – falou em tom baixo no microfone por conta da presença de algumas mulheres no local.

- Certo. Escute, a senha de acesso para abrir é 503.

-Tudo bem – selecionou os números e abriu a pasta – Pronto, consegui.

- O que tem aí?

- Cinco caixas com tampas transparentes. Três delas com pequenas cápsulas vermelhas e duas com cápsulas brancas.

- Muito bem, era isso mesmo.

- Como sabe?

-Digamos que temos fontes confiáveis de informação.

- Tá, agora preciso entrar lá, certo?

- Sim. Preste atenção, eles não sabem quem é o entregador. O combinado para o acordo é que o entregador se apresente com a mercadoria na porta e diga o código que é: “No jogo se perde o amigo e se ganha o inimigo.” Você entendeu? “No jogo se perde o amigo e se ganha o inimigo.” – a voz que saia no fone de ouvido da agente N01 repetiu a frase de forma enfática, o que levou Helena a pensar sobre isso, algo a incomodou, levando sua mente para longe, mas logo voltou a realidade ao ouvir novamente a voz exaltada consigo:

- Hei agente, você está aí? Está me ouvindo? Concentre-se, por favor, estamos em uma missão!

- Sim, Senhora Sales. Estou te ouvindo, me desculpe. Vou focar no meu dever.

A Senhora Sales era uma das subcomandantes da Norton e responsável pela ação daquela noite. Ela chefiava uma das vãs da organização que ficavam estacionadas em meio aos outros carros comuns disfarçadamente durante as missões. Juntamente com uma equipe de operadores responsáveis pela comunicação, ela ficava em contato com os agentes por meio de microfones e fones de ouvido camuflados nas roupas dos mesmos, passando a eles os passos necessários para o plano. Era uma mulher alta, magra, de pele branca, longos cabelos pretos, 40 anos de idade, sempre protegia seus companheiros em casos de falhas, principalmente perante o líder do grupo e este era o único que sabia seu verdadeiro nome. Era querida pelos seus companheiros, porém não brincava em serviço:

- Agente N01, estas são ordens. Agora nós confiamos em você. Por favor, siga o plano que tem tudo para dar certo. E não se esqueça, você tem uma hora, até a polícia chegar.

- Pode deixar – falou fechando a maleta e saindo do banheiro.

Voltou ao salão do bar, carregando a mercadoria, com ar de seriedade e certa tensão, passeou o olhar pelo local em busca de Lola acabando por encontrá-la sentada novamente no balcão conversando com o “garçom” da Norton. Percebeu quando sua amiga também estava olhando para si e lhe sorriu, passando confiança, o que ela precisava no momento.  Chegando a porta, comunicou-se com os guardas dizendo o código de que fora informada. Os seguranças olharam bem para ela, era uma mulher de mais ou menos  1,70 de altura, cabelos longos ondulados cor castanhos claros,  olhos castanho escuro, vestia um terno feminino preto e salto alto fino e uma maleta na mão:

-Mandaram você? – perguntou um dos guardas.

- Sim – respondeu calmamente.

- Hum. – olhou para os lados – pode entrar. Corredor, terceira porta à direita.

Helena passou pela grande porta, neste momento Lola entrou em contato com a vã:

- Ela está lá dentro. – olhou o relógio para calcular o tempo.

Caminhando com certa pressa, a agente N01 parou na frente da terceira porta e bateu três vezes, logo ela foi aberta. A pessoa que abriu era um homem alto, de cabelos curtos e barba, vestindo um terno preto e sapato social, era um dos integrantes da organização criminosa, pois apontava uma arma para Helena, que o olhava de forma indiferente. Após alguns minutos, a agente se manifestou:

-Não vai me convidar para entrar? – perguntou com um sorrisinho debochado.

O homem então deu-lhe passagem e ela entrou. Era um quarto de tamanho médio, uma cama de casal com um criado mudo e um abajur à esquerda, quadros na parede à direita, design sofisticado, papel de parede vermelho com florais dourados, à frente tinha uma mesa pequena, atrás dela estava sentado um homem de meia de idade, que já mostrava os fios grisalhos na cabeça e fumava um charuto, protegido por mais dois capangas. N01 se aproximou da mesa, havia uma cadeira para ela, sentou-se, observou o local, o homem estava olhando para baixo, quando ela se pronunciou:

- Bonito o lugar, não? Muito elegante – disse ela.

- Trouxe a mercadoria? – perguntou ainda sem olhar.

- Sim, está aqui. – colocou a maleta sobre a mesa – Tão certo quanto pediu.

O homem levantou a cabeça e fixou o olhar no de Helena, perguntando:

- Por que mandaram você? Uma mulher frágil não deveria fazer esse tipo de negócio.

- Acredito que a minha “fragilidade”- disse ela fazendo aspas com os dedos – não levantou tantas suspeitas, o que facilitou minha chegada.

- Sei. Posso ver a droga?

Helena abriu a maleta e virou-a para o homem à sua frente, os olhos destes brilharam  ante o seu objeto de desejo, levou então a mão para alcançar uma das caixas mas neste momento, N01 fechou a pasta bruscamente, fazendo a mão interesseira voltar ao seu lugar.

- Não estou aqui de brincadeira, senhor – disse debochada – se quiser a mercadoria terá que pagar por ela, então vamos falar do que me interessa:  o dinheiro onde está?

- Está aqui. – retirou uma mala, tamanho médio que estava debaixo da mesa – quanto era o combinado mesmo? – perguntou o homem para testá-la, pois, o que Helena não sabia, outras perguntas seriam feitas durante a negociação para comprovar se o entregador era verdadeiro.

-Oi? Isto era o mínimo que vocês deviam saber, não?

O homem olhou para ela com uma expressão séria, de certa forma um pouco assustadora:

-Então você não sabe me dizer com precisão qual foi o valor combinado para esta negociação?

N01 percebeu neste momento que estava sendo testada, como iria se desvencilhar daquela situação agora? Ela não foi avisada sobre isso, olhou de canto e viu o guarda que abriu a porta atrás de si e os outros três a sua frente que a observavam, ficar com medo só iria colocar tudo a perder, não poderia. Então fechou os olhos, respirou fundo como se quisesse mostrar impaciência, abriu novamente e falou:

- Olha só, o interessado na mercadoria é o senhor. O que eu lhe trouxe são as drogas que você pediu, será é que me entende – abriu novamente e mostrou-a ao homem – São essas caixinhas aqui, umas com cápsulas brancas, outras vermelhas, e esta maleta lhe interessa muito, eu percebo pela forma como olha para elas. Em uma negociação, geralmente quem sabe o preço é o cliente, entramos em contato, eu estou com as drogas, você com o dinheiro, por que complicar? É uma troca.

- Como vou saber se é realmente o produto? Quem me garante que você é a verdadeira entregadora? Quem garante que não está aqui infiltrada?

- E como acha que eu saberia o maldito código? Algo que foi tratado apenas entre você e meu chefe e passado a mim para cumprir. Acha mesmo que eu arriscaria a minha vida para enganar uma organização criminosa? Jamais.

- Ok. Então não vai se importar se eu pedir a um dos meus companheiros que revistem você.

- O que? – Helena ficou assustada com a ordem inesperada, agora corria sérios riscos.

- Levante-se – disse um dos capangas.

Com certo receio, N01 obedeceu à ordem, o segurança a revistou e acabou encontrando uma arma em sua cintura. Este a mostrou ao seu patrão:

- O que é isso? – perguntou o homem

-Isso é uma arma. Só por precaução, assim como a que você carrega na sua cintura.

- Hum. Está certo. Devolva a arma dela.

O segurança colocou-a de volta no lugar e Helena ficou com um leve sorriso no rosto dizendo:

- Não precisa fazer do seu código de entrada o nosso lema aqui dentro, senhor.  – lembrava-se agora do momento em que estava no banheiro e após o contato com a Norton se desfez de seu microfone e fone de ouvido, deixando-os na lixeira onde logo depois Lola recolheria para que ninguém desconfiasse.  

 - Tudo bem, você venceu. Aqui tem 500 mil reais.

- E aqui estão as cápsulas. Sei que vai multiplicá-las, custarão muito mais que 500 mil. – refletiu Helena se referindo às vidas que seriam destruídas com aquilo. Assim fizeram a troca de maletas, apertaram as mãos e o negócio foi fechado. Ela pegou a mala de cor negra, levantou-se e saiu pela porta que foi gentilmente aberta por um dos capangas, lançando seu debochado sorrisinho antes de tomar caminho pelo corredor. De volta ao salão do bar a agente N01 logo foi avistada por Lola, juntou-se a ela e logo estavam caminhando para a saída. Após a retirada, um dos clientes do bar jogou sua bebida no rosto de um companheiro de mesa e uma grande confusão foi formada, o que facilitaria a chegada da polícia ao local, que, aliás, aconteceria em 15 minutos.

Já do lado de fora, as duas amigas caminhavam com certa pressa, quando Lola foi chamada pela vã. Ela virou-se para Helena e disse:

-A senhora Sales quer falar com você.

Usando o fone de sua amiga, a agente ouviu:

-Muito bem, senhorita. Você conseguiu enganar um homem que se achava muito esperto – uma risada baixa é ouvida.

-Acho que ele que não era tanto, certo? Falando nisso, você não falou sobre testarem o entregador perguntando o preço exato pela droga.

-Teste? Do que está falando?

-Nada. Esqueça e relaxe, agora já passou.

- Vou seguir seu conselho. Tem um carro esperando vocês, descendo a rua, à direita. Se quiserem ver o show, estacionem perto do bar, a polícia já chegou por lá e alguns jornalistas também.

- Certo, vamos voltar lá.

Juntas desceram a rua e chegaram ao veículo, a agente P03 se dispôs a abrir a porta quando foi impedida por Helena:

-Eu vou dirigir, mocinha. Você bebeu mais do que devia, quase colocou tudo a perder.

- Heei, olha como fala viu? Eu concertei as coisas e saiu melhor do que você esperava, não foi? Foi. Nem precisa responder.

Helena riu daquela atitude e entrou no carro enquanto a outra foi ao banco do passageiro.  No interior o automóvel reinava o silêncio, elas estacionaram a alguns metros do bar e puderam ver o chefe da quadrilha sair algemado, com expressão revoltada no rosto e rosnando para os curiosos jornalistas:

- Acho que ele não gostou de saber que vai passar uma temporada na cadeia. – disse Lola, o que provocou boas risadas em sua amiga e também nela.

-Já fico imaginando qual será a manchete de amanhã: “Cabeça de quadrilha é preso em um bar na cidade.”

-Que tal: “Agente N01 da Nórton ajuda a polícia a capturar criminosos”?

Helena riu e respondeu:

-Não somos boas com manchetes e você sabe que não fiz isso sozinha, né? Contei com a sua ajuda.

- Claro, mas você se arriscou certo? Poderia ter se machucado, apesar de tudo, a justiça foi feita. – disse Lola olhando para sua amiga agora de forma séria.

- Ei, o que foi? Não é nesta justiça que acreditamos? E se arriscar faz parte, por isso estamos na Norton. Agora vamos, porque amanhã temos que estar no escritório à tarde.

- É, voltamos para nossa vida pacata de funcionárias em uma empresa de Belo Horizonte, aah. – suspirou Lola, cansada.

- Isso mesmo. Voltamos para o hotel e daqui a pouco vamos para o aeroporto.

- A gente devia trabalhar em Paris. Entendeu o trocadilho, hã? – falou Lola com um sorriso divertido. Mas Helena a olhava como fosse estranha e acabou rindo daquilo:

- Hahahaha às vezes você é tão boba.

Enquanto isso na vã Norton.

- Aqui é a senhora Sales. Tudo saiu conforme o planejado, senhor. Elas estão com o dinheiro, indo para o hotel e depois voltam para BH.

-Muito bem. Mandarei alguém lá pegar a grana e depois vemos onde vamos investir.

-Sim, senhor.

- Ótimo trabalho, Senhora Sales. A Norton cumpriu sua missão.  

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E então gostaram? Espero que sim. Obrigado por ler e até o próximo capítulo. Beijos no coração.


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