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História Norton - Sobreviva


Escrita por: GraEverdeen

Notas do Autor


Oiii gente. Mais um capítulo da Norton. Acredito que muitas surpresas vão surgir a partir daqui, espero que gostem. O capítulo é dividido entre os ambientes onde Lola e Helena estão, esse formato me ajudou a escrever melhor hahaha. Bem, nada mais a dizer. Beijo no coração de vocês e boa leitura! :D
Ah, resolvi trocar as capas dos capítulos 5 e 6, acho que se encaixou melhor hehehe

Capítulo 6 - Sobreviva


Fanfic / Fanfiction Norton - Sobreviva

Os últimos dois disparos das pistolas que colocaram em sua cintura. Foi o suficiente para fazer os caçadores olharem em sua direção e irem atrás do barulho. Agora tinha que correr, ter força nas pernas e rezar para que nenhuma bala a atingisse durante sua fuga. Como vantagem, seu físico estava bem preparado o que possibilitava maior resistência ao esforço que tinha de fazer. Helena agora corria por entre as árvores da temível floresta ouvindo as vozes e tiros dos seus perseguidores, ora próximos, ora mais distantes, mas isso não importava, nada mais importava para ela além de conseguir escapar e sobreviver.

Após certo tempo entrando na floresta, a agente N01 percebeu que havia despistado os bandidos, então parou um pouco, observando todos os lados, aquele lugar definitivamente não era seguro, sentou-se perto de uma árvore e apoiou as costas na tentativa de se acalmar, controlar a respiração e os batimentos cardíacos acelerados. Enquanto isso, olhou a sua volta, as árvores altas, os pássaros, entre outros animais que a cercavam, estava em um ambiente selvagem, sabia disso e sentia certo medo, apesar de saber que fez a melhor escolha. Fechou um pouco os olhos e pensou:

“Será que a Lola está bem? Deixei ela ferida lá atrás. Pelo menos é mais perto da estrada, com certeza tem mais chance de escapar. Na verdade, bem mais que eu, precisei correr para dentro desse lugar tentando me livrar da morte e ao mesmo tempo proteger a cabeça de vento que é minha amiga. E depois ainda sou chata, séria e durona não é senhorita Lola? Mas não esqueça que agora você me deve de novo, não paga mesmo. Ah e provavelmente eu vou sair com o Agente A0... não... com o Rodrigo, quando isso aqui acabar, acho que mereço.” – Helena se divertia com o próprio pensamento, apesar da situação que se encontrava. Ela tinha seus pavores, como todo mundo, mas sua coragem ia além.

Abriu os olhos após seu pequeno descanso e dessa vez expressou em voz para si mesma:

- Bem, agora eu preciso voltar. Até porque prometi que chegaria às nove e já são sete e quinze.

Nesse momento levantou-se já à procura da bússola, porém quando colocou a mão em seu bolso esquerdo, apavorou-se com o que tirou de lá, não podia ser verdade, custou a acreditar no que via, era outro envelope preto, do mesmo que encontrou em seu apartamento. Ficou estática por um minuto, mas logo resolveu ler, um pouco trêmula, o que tinha dentro, como era de se esperar, outro bilhete, que dizia:

“Olá, agente N01. Será que você gosta de natureza? Que tal ficar perdida nessa floresta? Maravilhoso, não? Infelizmente não há bússola. Logo outras coisas também vão faltar. Tomara que aprecie a paisagem antes de morrer. Os animais são uma ótima companhia. Boa sorte.”

A raiva tomou o olhar de Helena que vagarosamente amassou o papel em sua mão, enquanto dizia com certa dificuldade:

- MAL – DI – TO! Este ordinário está mais perto do que eu imaginei: dentro da Norton, sabendo tudo sobre a minha vida, as missões, a identidade, tudo. MAS QUE DROGA. – falou batendo a mão na árvore – E ainda estou sendo otimista porque pode ser um complô. Isso significa que a Lola também está correndo perigo. E agora, o que eu vou fazer? – levou as mãos à cabeça – Bom, a primeira coisa é sair daqui, eu tenho que sair e pegar o desgraçado – depois disso, tomou um caminho.

                                                                                                            //    

- Finamente! Ai, droga achei que eu fosse morrer. Sangrou bastante apesar de que eu tenha amarrado parte da minha blusa. Agora eu preciso encontrar a vã. São oito e quinze. – disse Lola olhando para o relógio - Espero que a Helena já tenha chegado. Aqui tem sinal, posso entrar em contato.

Após a longa caminhada, a agente P03 conseguiu encontrar a estrada e contatou a Norton:

- Agente P03 para vã Norton alguém na escuta?

- Ah céus, que bom agente. Aqui é a Sales, onde vocês estão?

- Não sei dizer ao certo, mas estou na estrada, levei um tiro no ombro, andei muito, estou fraca.

- Fique despreocupada, já localizamos vocês, estamos a caminho.

- Tudo bem, vou esperar.

Minutos depois, o veículo aproximou-se de Lola. Desceram Sales e mais alguns da equipe com kits de primeiros socorros.

- Hei, P03 você está bem? Onde está a outra agente? – disse a comandante.

- Ela – engoliu um pouco seco – se arriscou para me salvar. Correu para dentro dessa mata sendo seguida pelos bandidos, sozinha, dizendo que tinha uma bússola no bolso e que voltaria até às nove da noite.

- Como é? Mas isso é muito arriscado, é quase loucura. Como vamos achá-la agora?

- Ela fez o que achava certo. – falava enquanto faziam um curativo provisório em seu braço e tentava disfarçar as caretas de dor – se arriscou para que eu pudesse voltar com segurança, eu estava ferida e não poderia ajudar, ela como minha amiga fez isso. E eu te digo uma coisa: se ela não chegar até às nove, quero mais equipamentos porque vou entrar aí e encontrá-la entendeu?

- Não seja idiota, agente. Aí dentro dependendo da distância perdemos contato. Podemos perder vocês duas, precisamos ir embora e começar as buscas amanhã cedo, é mais seguro.

O silêncio pairou no local por alguns minutos, ouvia-se apenas o barulho de alguns animais. Lola se pronunciou:

- Alguma coisa deu errado nessa missão não foi? Alguém falhou, certo?

- Sim, fiquei sabendo depois que houve erro na parte da negociação. Desconfiaram de uma dupla que conseguiu fugir, mas a quadrilha foi avisada para olhar todos os pontos e chegamos a isso.

- Entendi. – Lola olhava para um ponto no chão. Os faróis baixos da vã e as lanternas extras serviam para iluminar o local suficientemente.

- O agente A00 está vindo para cá com a dupla dele, para nos dar apoio.  

- O que ele pode fazer?

- Vai nos ajudar, nós vamos voltar para o hotel e amanhã começamos as buscas pela N01 entendeu? Temos muitos problemas a resolver nessa missão, eu não faço idéia do que aconteceu dessa vez, precisamos ver onde falhamos.

Lola voltou o olhar para Sales, era tão frio que causou arrepios na mulher de 40 anos.

- Eu vou buscar a Helena, você querendo ou não. Ela é minha amiga, não se esqueça disso. Quero mais equipamentos, se não me der vou assim mesmo. Talvez eu espere algum tempo para que o agente A00 chegue, provavelmente terá mais coisas com ele. Só saio daí com a agente N01. Estou partindo às 9:20 – ela olhou para o relógio – São oito e cinqüenta. – Sorriu.  

A Senhora Sales ficou irritada com a atitude da agente P03, tanto que perdeu um pouco a posição e pegou no braço de Lola com certa força:

- Você é muito abusada para uma agente, não é?

- Pode acreditar, senhorita Sales. Você ainda não viu nada.  

                                                                                                              //  

- Droga! Dentro dessa floresta não tem um bendito sinal, não posso pedir ajuda a ninguém. Ainda bem que eu carrego um isqueiro no bolso que ganhei da minha avó, nunca pensei que serviria para alguma coisa e olha só, me ascendeu uma fogueira.

A agente N01, apesar de trilhar um caminho, acabou por se perder. Não iria conseguir cumprir a promessa de chegar às nove da noite pelo menos até a estrada. Agora estava com muito medo, pois o fogo que a aquecia era a única fonte de luz que conseguia enxergar à sua volta, confirmando-lhe mais a certeza de que estava perdida e logo os animais perigosos começariam a aparecer. Resolveu apagar o fogo e ajeitar-se em um local seguro, se é que poderia existir algum ali. Andar era arriscado, pois a escuridão já tomava a floresta. Subiu então na árvore mais próxima de si e ficou em um dos galhos grossos, verificando atenciosa todo o local para não correr riscos enquanto tentava relaxar.

Aquela noite seria longa para Helena. Ela estava exausta, sozinha, com fome, sede e não parava de pensar no episódio de horas atrás, naquele envelope que mais uma vez a colocava em apuros, porém conseguia ainda servir de combustível para que seguisse determinada a sair dali e por isso ficaria em vigilância até o dia amanhecer. Aproveitou o momento e passou a refletir sobre muitas coisas em sua vida, principalmente sobre a Norton. Afinal, o que era aquela organização? Por que fazia parte dela? O que era verdade e mentira? Gostava de estar entre aquelas pessoas, como agente, mas confiou cegamente neles, nem se quer os questionava, pelo contrário, defendia. A única certeza que tinha era de sua amizade com Lola e o quanto este trabalho as fortalecia.

- Está tudo bem, no final vai dar certo – repetia para si mesma até que ouviu um barulho.

Imediatamente a agente N01 ascendeu seu isqueiro iluminando o local, primeiro seu lado direito, mas quando passou para o esquerdo deparou-se com algo que a assustou: uma cobra verde, enrolada no galho ao lado dela. Desesperou-se naquele momento, não entendia muito de cobras, nada mais passava em sua cabeça além de que se tratava de uma cobra venenosa. Tomada pelo medo, retirou uma das pistolas que estavam colocadas em suas pernas, mirando, apertando o gatilho e após várias tentativas... a arma não disparou. Verificou e viu que estava descarregada.

- Mas que droga. Puta que pariu e agora? – gritou e lembrou- se de um trecho do bilhete “Logo outras coisas também vão faltar.”

Este momento de distração foi suficiente para que a cobra mordesse sua mão rapidamente. O susto e a dor fizeram Helena se desequilibrar e cair da árvore, batendo com violência contra o chão. Agora seu corpo estava todo machucado e a perna direita quebrada, tentava a todo custo se acalmar, mas só de olhar para a picada da cobra e ver que não podia se levantar, o medo da morte se apoderou dela:

- Pelo jeito eu vou morrer aqui. Não vou conseguir cumprir minha promessa. Droga,  vou perder tudo em uma missão, meus avós, minha amiga, meu trabalho. Não é que o infeliz do envelope preto conseguiu? Ah, Lola, olha só que destino eu tomei. – dizia enquanto algumas lágrimas percorriam seu rosto.

                                                                                                        //

O ombro enfaixado provisoriamente e a dor incômoda não impedia Lola de continuar colocando mantimentos em uma mochila, carregar armas, verificar as roupas, entre outras coisas, pois a próxima missão era especial. Rodrigo já havia chegado ao lugar e se disponibilizou a acompanhar P03 na busca pela mata, apesar de ser noite, ele não demonstrava medo, muito pelo contrário. Os dois se preparavam quando Lola falou:

- Você gosta mesmo dela não é?

- Por que a pergunta? 

- Ah, nada. Está arriscando sua pele entrando nessa mata escura para tentar salvá-la. – o agente A00 a interrompeu.

- Eu vou salvá-la. – disse ele ríspido.

- Você não vai entrar lá sozinho, moço. Aliás, está indo junto comigo. Ela se arriscou por mim algumas vezes e não retribuí à altura, dessa vez espero conseguir. Não fique nervosinho, agente.

- Você me incomoda, às vezes.

- Oras, por quê? Ciúmes, agente? Fica tranqüilo, eu estou ajudando vocês ainda. – disse Lola entre risos. – Vamos logo.

Ele assentiu com a cabeça e quando iam partir ouviram a Senhora Sales dizer:

- Hei, esperem. Vou com vocês. Algumas pessoas vão ficar aqui para monitorar o sinal quando voltarmos.

- Olha só, que honra, a senhorita Sales como nossa guia. – provocou P03.

- Não enrola, vamos de uma vez encontrar a N01. –respondeu Sales.

Então eles partiram floresta adentro com suas lanternas ligadas. Lola estava preocupada, seu comportamento um pouco rebelde dava claros sinais do medo que tinha de ser responsável por algum mal que ocorresse à sua amiga. Por isso, em meio à floresta passou a gritar o nome da moça perdida, sendo seguida pelos outros:

- HELENAAAAA!

- CADÊ VOCÊ, HELENA!

Após quatro horas seguidas de caminhada, Lola, Rodrigo e Sales estavam cansados e não haviam encontrado um sinal da agente N01.

- Pessoal, acho melhor voltarmos. Estamos andando à horas e não encontramos sequer uma pista dela. – se manifestou Sales.

- Não, eu não vou desistir assim, nós vamos encontrá-la eu sei. – respondeu Lola.

- Mas não podemos, se continuarmos andando mais os mantimentos vão acabar, estamos quase sem água, ficaremos perdidos também e tudo ficará pior. Está achando o que? Isso é uma das maiores florestas do mundo. Vamos voltar, amanhã e continuar as buscas.

- Desculpe, senhora Sales. Mas tenho que concordar com a Lola. Não podemos desistir agora, temos que continuar até achá-la. Pode ser que amanhã seja tarde demais, aqui está cheio de animais perigosos.

- Eu sei de tudo isso, eu também gostaria de não desistir e encontrá-la, mas isso seria como não usar a cabeça! Achar a Helena nessa floresta hoje ainda, seria como um golpe de sorte.

- HELENAAAAA. CADÊ VOCÊ HELENAAAA?? – P03 continuou a gritar. Os três estavam parados, o silêncio se fez presente, apenas o barulho dos animais. De repente, ao longe, um som ecoa.

- LOLAAA!

- Meu Deus, é ela. Vamos logo. Belo golpe de sorte, senhorita Sales. – disse Lola antes de correr em direção da amiga.

                                                                                                        //

 Já estava ali encostada em uma árvore com dores terríveis há algumas horas. A agente N01 tinha febre alta, suava frio, o corpo estava dormente, tinha certos delírios com lembranças da infância, da família, os olhos baixos quase se fechando não impediam Helena de lutar para continuar acordada:

- Pelo... tempo que estou aqui... provavelmente... aquela cobra não tinha veneno. – dizia sentindo o cansaço lhe tomar – mas meu corpo esta... ferido... essa queda foi feia. Eu não consigo me levantar... sem comida e água... não vou durar muito tempo... só um milagre para me salvar.

Nesse momento, N01 escuta uma voz distante, tenta decifrar o que quer dizer e acaba ouvindo seu nome:

- “Helenaaaaa! Cadê você?” – logo reconhece a voz da sua amiga, mas fecha os olhos e começa a balançar levemente a cabeça de um lado para outro:

- Droga de delírio. Vê se me deixa em paz. É só uma ilusão, já estou ficando doida!

- “Helenaaa!” – outras vozes também se manifestavam e os ruídos foram ficando cada vez mais freqüentes.

- Ah, não pode ser. Não pode ser, seria muita loucura. Será que eu respondo? Merda, eu preciso arriscar: LOLA! Eu estou aqui.

As vozes foram se tornando cada vez mais próximas e atendiam ao chamado de N01, que apesar de quase não acreditar, sentia-se motivada a continuar. Quando passou a escutar passos chegando em sua direção pensou:

“Meu Deus, eu fiquei maluca de vez.”

Desviou se olhar para onde vinha o ruído e a figura de um homem apareceu primeiro, seguido de mais duas mulheres, sorriu incrédula.

- Encontramos! Ela está aqui. Vamos rápido.

Rodrigo se aproximou, verificando o estado de Helena enquanto perguntava:

-  Você está bem? O que aconteceu com você!

- A coisa está feia. Tem uma picada de cobra na mão dela e a perna está quebrada. Fora os ferimentos no corpo. – constatou Sales.

- Helena, eu estou aqui. Consegue me ouvir, viemos salvar você. Fala comigo, por favor. Você tem que sobrevier – Lola falava com nervosismo vendo o estado da amiga.

- Eu... eu... – tentou responder, mas devido à fraqueza e dor, N01 desmaiou.

                                                                                                        //

Luz, teto branco, as pálpebras vão se abrindo aos poucos, olha em volta, sente alguém segurando sua mão, o rosto da pessoa ainda está um pouco embaçado, mas aquele sorriso não dava para confundir.

- Rodrigo? Quer dizer Agente A00. O que faz aqui? Onde eu estou? – Após três dias de recuperação, Helena acordava em um hospital de Manaus.

- Está no hospital. Dormiu feito uma pedra por 72 horas. Que bom que acordou. Fiquei tão preocupado.

N01esboçou um pequeno sorriso de alívio e respondeu:

- Não precisa se preocupar. Eu dei trabalho, né? – tentou se sentar, mas uma dor nas costas fez ela se deitar novamente. – Vocês estão todos bem? E a Lola? Ela levou um tiro.

- Fica tranqüila. Estamos todos bem. Quer que eu chame a Lola para conversarem.

Helena afirmou com a cabeça. O agente A00 se levantou e aproximou-se dela dizendo:

- Eu vou chamá-la, mas antes...

Inclinou-se deixando seu rosto próximo ao da agente, as respirações quentes se misturaram, Rodrigo juntou seus lábios aos de Helena em um selinho calmo e demorado, passando todo o carinho que sentia por ela. Quando terminou, afastou-se devagar e olhou para ela com um sorriso terno dizendo:

- Me desculpe por isso. Mas quando soube que estava perdida naquela mata e a encontrei em situação tão difícil, percebi que não posso deixar de aproveitar a chance de conhecê-la melhor, pode ser que algo aconteça e eu não tenha outra oportunidade. Vou chamar sua amiga.

- Não será necessário. – Lola estava de pé na porta após abri-la. Ela tinha visto toda cena. – Já estou aqui.

- Bom, então vou me retirar. Com licença, garotas. – disse A00 antes de sair.

N01 ainda estava com os olhos arregalados, tentando processar tudo o que acabara de acontecer ali, o que o rapaz lhe tinha dito, as cenas da floresta, ficou confusa até ouvir a risada de P03, ao seu lado:

- Sua cara está muito engraçada. Gente, o que foi isso amiga. Está arrasando corações heim!

- Lola – Helena chamou olhando para o teto – posso te pedir um favor?

- É claro que sim.

- Preciso conversar com você. Feche a porta.

P03 fez como Helena havia pedido. Alguns minutos de silêncio reinaram no local.

- Fala. O que foi? – começou Lola.

- Seu ombro está melhor?

- Está sim, não se preocupe. Vou demorar um pouco para me recuperar, o seu caso é mais sério, já que quebrou a perna.

- As roupas que eu estava usando lá na floresta, onde estão?

- Bom, guardei na mochila que eu carregava, depois que você entrou para cá. Eu deixei ali no canto do quarto. Quer que eu pegue?

- Faça o seguinte: pegue a calça, olhe no bolso esquerdo dela.

Sem desconfiar de nada, P03 abriu a mochila e olhou no bolso da calça ficando pálida logo depois, voltou para perto de Helena e disse:

- Mas que porcaria é essa?

- É o filho da mãe que invadiu meu apartamento e me ameaçou aquele dia. Tentou me matar, tirou a bússola e deixou minhas armas sem balas.

- Que ordinário! Mas, como? Como sabia da missão? Os equipamentos? O local? Tudo.

- Não seja burra garota! Não é óbvio? – N01 se exaltou.

- O que é tão óbvio? – Lola pensou um pouco – Não. Não pode ser, não pode ser Helena.

- É claro que pode ser. Aliás, é isso.

- Está aqui. Faz parte da Norton, alguém de dentro da organização. – P03 custa a acreditar – Mas quem pode ser? Como?

- Pode ser qualquer um. Ou pior, pode ser um grupo tentando se livrar de mim. É por isso que eu desconfio desse beijo do Rodrigo. Ele apareceu do nada, interessado na minha vida? É suspeito. Sei que faz tempo que está me observando, mas pode ser um plano.

- Entendo. Mas fica tranqüila, vamos descobrir o que há por trás dessa história.

- Eu não sei qual é o verdadeiro motivo da perseguição, mas eu vou dar um jeito de saber. E pode ter certeza: vou pegar o safado, estou determinada a isso, ainda mais depois de sobreviver a este golpe baixo.

- É assim que se fala garota. – disse Lola com um sorriso.

Logo após, o celular de Lola tocou e ela atendeu:

- Alô?

- Lola, me ajuda por favor, me ajuda, eles são maus, socorro Lola. – a voz desesperada do outro lado da linha foi reconhecida.

- Carina? Carina o que houve? Onde você está?

- Ajude sua irmãzinha, Lola. Escuta bem, nós estamos com ela. Eu vou entrar em contato novamente para passar as ordens. Acho bom não falar para ninguém, muito menos chamar a polícia. Se não a maninha aqui, vai sofrer as conseqüências. Aguarde contato. - disse a voz grossa de um homem do outro lado da linha.

A ligação encerrou. P03 estava completamente assustada com o ocorrido, tanto que Helena perguntou:

- Lola, o que foi? Quem era? O que aconteceu com a Carina? Você está pálida.

- Não é nada. Eu preciso ir.

Saiu a passos rápidos, batendo a porta.

 


Notas Finais


Volteeeii haha
Bem como vocês puderam ver este capítulo tem boa parte no interior da floresta amazônica, eu não entendo muito sobre o assunto mas procurei escrever conforme o que pensei para a história. A cobra verde que picou Helena é a Chironius (nome científico), popularmente conhecida como cobra cipó, possui três tipos de coloração que é marrom, cinza e verde. Elas dormem no alto das árvores e não são venenosas (na verdade, eu preciso confirmar direito), mas no caso da história não é. Não sei se isso servirá de utilidade pública maaass... kkkkkk Vamos ver o que vai acontecer com nosso casal Rodrigo e Helena :3
Espero que tenham gostado, muito obrigada aos que leram até aqui e estão acompanhando a história. Deixem comentários bjinhooss até a próxima.


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