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História Norton - O Preço - parte 1


Escrita por: GraEverdeen

Notas do Autor


Hello, pessoas. Peço desculpas pela demora à postar este capítulo, tem momentos que eu fico sem inspiração, mas está aí, capítulo 7 prontinho. Resolvi dividir em duas partes, acredito que fica melhor. Bem, tem muita coisa para acontecer, espero que gostem, boa leitura e até a próxima.

Capítulo 7 - O Preço - parte 1


Fanfic / Fanfiction Norton - O Preço - parte 1

Carina, a irmã mais nova de Lola Sena, foi vítima de um seqüestro, pelo menos era isso que a ligação recebida pela agente P03 deu a entender. Agora, ela estava no corredor do hospital onde N01 se recuperava andando de um lado para o outro, com o braço enfaixado na altura do ombro, demonstrando certo desespero, sem saber o que fazer e sequer podia pedir ajuda.

- Meu Deus do céu, a Carina não. Isso não podia acontecer. E agora, o que eu faço? – sussurrava para si mesma tão imersa em seus pensamentos que não notou a aproximação de Rodrigo:

- Lola, tem algo te incomodando? O que foi? Você está assustada. – disse ele.

- Ah, não é nada. Só alguns problemas de trabalho lá em Belo Horizonte, mas vou resolver rápido. É... eu preciso ir ao banheiro. Com licença. – respondeu se retirando rapidamente para não dar oportunidade à outras perguntas do rapaz. Chegando lá, Lola se dirigiu para a pia e lavou o rosto, tentando se convencer de que aquilo não passava de um pesadelo. A moça conversava consigo mesma:

- Mas que droga! Como? Eu deixei ela com meus tios no interior, achei que estivesse segura e de repente isso? – seus olhos lacrimejaram – Ela está correndo risco, é tão jovem, cuidei dela desde que nossos pais morreram, é só uma menina, droga. Isso não vai ficar assim, vou salvá-la, assim como resgatei a Helena, vou salvá-la!

Enquanto isso, o agente A00 voltou ao quarto de N01 e esta o olhou com indiferença.

- E então está se sentindo melhor?

- Vou levando como posso. – respondeu a moça.

- Não se preocupe, tudo vai se ajeitar no final – aproximou-se tocando a mão dela que estava escorada na cama.

- É o que se espera. – retrucou afastando a mão e permaneceu em silêncio por um tempo voltando a falar – Quero saber uma coisa: por que me beijou?

- Oras, porque gosto de você. E também percebi que poderia não ter outra chance. Só isso. Você... não gostou? – perguntou um pouco nervoso.

Helena esboçou um pequeno sorriso e pegando na mão de Rodrigo,  respondeu:

- É claro que eu gostei. Me senti mais segura sabendo que mais alguém gosta de mim de verdade, além da Lola, é claro.

- Sim, com certeza. Olha, quando você sair daqui, vamos a um lugar bem legal para esquecer esses momentos ruins tudo bem? – abriu seu sorriso característico.

- Vai ser ótimo. – Helena concordava com um discreto riso enquanto pensava: “Se você quer jogar, agente A00, vamos jogar.” Rodrigo voltou a falar:

- Ah, agora me lembrei. Sabe me dizer o que houve com a Lola? Ela estava lá fora andando de um lado para outro, assustada. Aconteceu alguma coisa?

- Não estou sabendo de nada. – a agente achou melhor não tocar no assunto da ligação.

- Bom, agora eu preciso ir. Vai ter uma reunião da Norton hoje para saber o que aconteceu e por que essa missão teve falhas. Volto amanhã, antes da nossa viagem de retorno. Tchau. – despediu-se deixando um beijo na testa de Helena.

- Tchau.

Quando a porta abriu, P03 entrava no quarto e A00 saia, cumprimentaram-se com um gesto de cabeça. Lola caminhou para perto de sua amiga revelando sua face preocupada e olha frio, no local o silêncio permanecia insistente até ser quebrado pela paciente do quarto:

- E então vai me dizer que ligação foi aquela?

- Não! Não vou envolver você nisso.

- Se não me envolver, em quem vai confiar? Sabe muito bem que você pode ser a próxima na lista dos malditos que estão me perseguindo e eu desconfio muito desse Rodrigo viu?

Lola sorriu para sua amiga ouvindo-a falar com tamanha preocupação sobre seus perseguidores. Resolveu dizer:

- Tá bom. Recomendo que você respire bem fundo e tente ficar calma.

- Fala de uma vez.

- A Carina...

- O que tem ela?

- foi seqüestrada.

- O QUÊ? COMO? QUANDO FOI ISSO? – N01 sentiu o próprio corpo tremer.

- Eu ainda não sei dos detalhes, mas ouvi ela pedindo socorro no telefone e logo depois um homem ameaçou-a do outro lado da linha, durante aquela ligação.

- Lola, presta atenção. Primeiro me deixam completamente presa naquela mata, agora seqüestraram a Carina. Tem dedo da Norton aí, dedo desse filho da mãe do Rodrigo, eu vou atrás dele, vou exigir que solte a Carina agora. – ameaçou levantar.

- Não, você não vai. – respondeu Lola – O que você vai dizer? “Ah Rodrigo, eu exijo que você liberte a Carina, irmã da Lola, do seqüestro que você planejou?” No mínimo ele vai achar que você ficou maluca, como vai provar? Só vai complicar as coisas, aumentar o risco e envolver pessoas suspeitas.

- É, você tem razão. – disse Helena passando as mãos sobre o rosto – Mas e agora? O que vamos fazer?

- O que eu vou fazer, no caso certo? Por que você mocinha, vai ficar descansando até sua perna se recuperar.

- Não! Me recuso a te deixar sozinha nessa, poxa você foi atrás de mim naquela floresta e agora não vai me deixar te ajudar?

- Exatamente. Vai se recuperar e não conte isso para ninguém, ta? O bandido que esta com a Carina disse para que eu não falasse nada. Mas eu não ligo, vou pegar ele. Bom o que me resta fazer é esperar a próxima ligação, para que ele me dê mais detalhes do porque de estar fazendo mal à minha irmãzinha. – falou Lola demonstrando certo abalo.

Novamente o silêncio pairou sobre o quarto de hospital até a agente N01 quebrá-lo:

- Posso te dizer uma coisa?

- Claro. O que foi? – respondeu Lola

- Você parece bem tranqüila com tudo isso que está acontecendo com a Carina. Você geralmente é tão enérgica. 

P03 sorriu amargo antes de responder:

- Pode parecer Helena. Mas na verdade, eu estou... apavorada. – parou sua fala por um tempo e continuou – Não se preocupe, tudo vai ficar bem. Amanhã à noite, vamos voltar para Belo Horizonte.

- A Carina pode não ter tanto tempo – N01 se exaltou.

- Eu sei, mas não podemos fazer nada. Então tenta respirar fundo, assim como eu estou tentando.

                                                      //

No outro dia, os 8 agentes selecionados para a missão da floresta estavam na vã a caminho do aeroporto, Sales também se encontrava presente. Ninguém ali desconfiava da situação vivida pela agente P03, a não ser Helena, que observava a todos com desconfiança, principalmente Rodrigo que, sem consciência dos pensamentos de N01, lhe sorria com certa constância. O olhar de todos ali parecia demonstrar decepção pela falha, principalmente a dupla que foi descoberta, mas o silêncio incômodo do local foi quebrado pela Senhora Sales:

- Escutem, eu sei que houve erros nessa missão que não poderiam ter acontecido e que isso quase nos fez perder uma integrante, mas estão todos bem, isso é que mais importa. Podem até pensar que não, mas a Norton se preocupa com o bem estar de cada um. E pode ficar tranqüila, agente N01, você vai ter acesso a todos os cuidados quando chegar em Belo Horizonte, vamos cuidar da sua segurança, inclusive vou deixar meu telefone com você, caso precise de algo.

- Hum, garota especial. – falou Lola para descontrair o clima fazendo todos rirem.

Neste momento, o celular da agente tocou chamando a atenção. Helena olhou para sua amiga com expressão preocupada. Ela atendeu, sob o olhar dos presente:

- Alô?

- Olá, querida irmã da nossa garotinha.

- Ah, oi chefe, como vai você? Parece irritado.

- Oras, você até que é bem esperta. Pelo jeito tem mais pessoas com você. Certo, vamos direto ao ponto.

- Pode falar, chefe. – a agente P03 tentava disfarçar a situação com um sorriso falso no rosto.  

- Pois bem, você pode não se lembrar de mim, mas eu me lembro muito bem de você... senhorita Lola Sena. Este é o seu verdadeiro nome não é? Olha, tenho que parabenizar você, demorei a descobrir, seu disfarce é ótimo, mas como pode ver não é o suficiente.

- É mesmo, chefe? Não se preocupe, logo vou estar de volta e vamos acertar as coisas.

- É o que eu espero. Não vou exigir muito de você não. Mas, claro, eu não poderia deixar a garota que se meteu nos meus negócios passar em branco, após praticamente destruí-los. Eu perdi muito dinheiro naquela noite, lembra Lola? Você não deve se lembrar porque faz alguns anos.

- Entendo, chefe. Fica tranqüilo. – P03 fingia para os presentes, a única ciente da situação era Helena.

- É, eu mexia com tráfico de armas, estava promovendo uma venda grandiosa justamente com você, só não esperava que fosse uma agente infiltrada que me conseguiu me levar a cadeia.

- Sim, olha você poderia me ligar mais tarde chefe? Posso falar mais tranquilamente.

- Não. Cala a boca e escuta.

- Sim, senhor. – sua expressão tornou - se séria.

- Eu ainda não sei quem foram os seus amiguinhos que te ajudaram naquele dia, mas eu não me esqueci do seu rosto. Então fui atrás de você e não é que encontrei? Olha que maravilha? E mais, descobri que você tem uma irmãzinha mais nova, que gracinha. Deveria cuidar melhor dela, como pode deixá-la com os tios para viajar? Foi tão fácil, só esperei o momento certo. Logo depois que você partiu, fiz uma visita aos seus tios e trouxe a... como se chama?... Carina? É Carina, junto comigo.

- Ah, chefe. Por favor, não enrola. Diga o que quer?

- Quero os 800 mil reais que me fez perder naquele dia. Fora o tempo que eu fiquei na cadeia, apesar de não ter sido muito, o que lhe dá uma multa de 200 mil, totalizando 1 milhão de reais.

- O QUE? – Lola acabou gritando, o que causou apreensão de todos. – Ah, chefinho, não acredito que vai fazer isso, vai nos dar mais trabalho é isso?

- Você me diverte senhorita Lola. Acho que essa quantia vai ser meio difícil para você arrumar não é? Bom, se acaso não conseguir, eu vou ficar com sua irmãzinha, será que ela vai ter um bom valor no mercado? O que acha Lola? Qual preço você pagaria pela Carina? Duas semanas contando de amanhã. Ligo para marcar o local. E só para reforçar, se chamar seus amiguinhos além de matar todos, você nunca mais vai ver sua irmã entendeu? – a ligação encerrou.

- Tá bom, tchau! – respondeu P03 rindo um pouco. – Como patrão pega no pé viu? – todos riram novamente. Mas Helena sabia que aquela ligação não era de trabalho nenhum e teve ainda mais certeza ao ver a frieza no olhar de sua amiga.

Aquela noite, as amigas partiram em viagem de volta para a capital de Minas.      

                                                         //

O táxi parou em frente à casa da agente P03, desceram Lola, seguida de Helena que andava com ajuda de muletas. O motorista ajudou a carregar as malas e quando finalmente se acomodaram em casa, puderam respirar e conversar sobre o ocorrido:

- E então, o que o seqüestrador disse naquela ligação? – iniciou N01.

- Você não vai acreditar: Lembra do esquema de tráfico de armas que a Norton desfez há mais ou menos uns três anos?

- Lembro o que tem?

- Lembra que me infiltrei como compradora para negociar com o nosso alvo? E depois de resolver o caso, teve toda a ação da polícia e tudo mais? Pois bem, ele passou pouco tempo na cadeia e veio atrás de mim, descobriu informações, onde trabalho, onde moro e a Carina. Durante essa nossa viagem ele seqüestrou ela e quer um milhão de reais pelo resgate.

Helena estava boquiaberta, sua preocupação era visível, porém não demorou a responder:

- Lola, de onde nós vamos tirar 1 milhão? Não temos cacife para isso, não ganhamos dinheiro para trabalhar na Norton, somos pessoas comuns que lidam com contratos em uma empresa. E agora?  

- Eu não faço idéia, eu só sei de uma coisa, assim como salvei você, farei o mesmo com a Carina. O problema é que não posso envolver ninguém da Norton, ele falou que mataria todos e o pior... se eu não arrumar o dinheiro a Carina pode ser vendida. E você também não está em condições de ajudar.

- Mas eu dou um jeito, faço qualquer coisa. Porém a única alternativa que vejo no momento é pedir essa quantia à Norton, nem que falemos diretamente com o chefe, apesar de não conhecê-lo ainda. 

- Hei, Helena, escuta, é arriscado demais. Lembra que tem gente perseguindo você lá dentro?

- É a nossa única chance.

- Relaxa, eu vou dar um jeito, ele quer o dinheiro, mas eu tenho outros planos.

-  Outros planos? Quais? Ai Lola, essa sua tranqüilidade me incomoda sabia?

- É o modo como eu lido com as coisas, Helena.

- Mas não era assim antes. – disse N01 um pouco triste.

- Tá, depois discutimos isso, agora descanse, você precisa. Vou tomar um banho.

Enquanto a agente P03 foi se preparar para o banho, Helena resolveu ser contrária a todas as ordens de sua amiga. Verificando se ela estava mesmo ocupada, N01 pegou o celular e saiu da casa ficando na varanda. Discou então o número da senhora Sales, pois ela o disponibilizou para Helena devido o fato ocorrido na floresta, o celular chamou por três vezes, Helena sabia que era muito arriscado, podia estar em contato com um inimigo já que, apesar de desconfiar de Rodrigo, não sabia ao certo quem a perseguia. Sales atendeu:

- Alô?

- Oi, Sales, aqui é agente N01.

- O que foi agente? Aconteceu alguma coisa?

- Sim e muito grave. A irmã da Lola, Carina, foi seqüestrada por um dos bandidos que nós ajudamos a prender.

- QUE? Como?

- Eu não sei muito ao certo dos detalhes, o que posso afirmar é que se trata de um traficante de armas. Ele ameaçou vender a menina e quer 1 milhão de reais pelo resgate. Ainda proibiu a Lola de pedir ajuda, dizendo que mataria todos da Norton, mas eu não posso deixar ela agüentar essa barra sozinha, por isso liguei para você, precisamos de ajuda. – falava em tom baixo sempre atenta caso a amiga aparecesse.

- Que merda. Faça o seguinte, tente me manter informada sobre tudo o que acontecer.

- Olha, a Lola não pode desconfiar que eu informei você entendeu? Se não ela me mata. Vou fazer o possível com informações, mas não posso garantir.

- Se esforce, preciso saber de tudo para ajudar. Vou marcar uma reunião e montar um esquema de urgência, afinal o caso envolve a Norton também.

- E quanto ao dinheiro? Ele deu uma semana para arrumar.

- Certo. Vou entrar em contato com o líder. Provavelmente ele vai pensar em um jeito de salvar a menina e prender o cara outra vez. Entre em contato, até mais.

- Tchau. – desligou o telefone – Acho que é o certo a fazer, pelo menos por agora. Desculpe Lola. – disse a si mesma.

Helena pensava que tinha conseguido esconder a ligação de sua amiga, porém Lola a observava discretamente pela janela da sala, com expressão fria, séria e um tanto raivosa. N01 entrou novamente, P03 fingiu que saia do quarto e as duas se comportaram como se nada tivesse acontecido. Helena deu um jeito de deixar Sales por dentro de tudo o que acontecia, torcendo para não estar encrencando de vez sua amiga. Três dias se passaram e Lola apresentou um plano de ação para N01, guiada pela intuição de como seria a negociação, mas não deixou de advertir:

- Helena, eu peço a você. Fique em casa, quero que esteja segura, assim posso fazer as coisas com mais tranqüilidade, tudo bem?

- Tá bom, Lola. Vai ser difícil, mas eu fico.

- Ótimo. – P03 sorriu.

Naquele dia, antes de dormir, Helena contou tudo a Sales, que também já havia traçado uma estratégia de ação, da qual N01 iria participar. Todos estavam prontos, só esperavam agora a ligação de aviso.   


Notas Finais


E então? Gostaram? Deixa a opinião de vocês nos comentários, por favor :) Agradeço a todos que estão acompanhando a história até aqui, vocês são importantes demais e vem mais história por aí viu? Muito obrigada mesmo haha


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