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História Norton - O preço - parte 2


Escrita por: GraEverdeen

Notas do Autor


Oi genteeee. Peço desculpas pelo atraso. Estudar e trabalhar não é facil hahahaha. Mas enfim saiu um novo capítulo. Acredito que será o divisor de águas da história. Nao vou mentir: diminui o capítulo, mas vale a pena ler do mesmo jeito. Tem surpresas. Obrigado por me apoiarem ate aqui e boa leitura.

Capítulo 8 - O preço - parte 2


Fanfic / Fanfiction Norton - O preço - parte 2

O prazo estipulado pelo traficante de armas foi de duas semanas. Era sábado e nesse dia completava-se a primeira semana. Por volta das sete da manhã, Helena estava sentada à mesa apreciando um bom café que acabara de fazer, mesmo com dificuldades de locomoção, tinha muita habilidade e orgulho demais para pedir ajuda, preferia fazer as coisas sozinha.

Surge Lola do quarto, devidamente arrumada, mas sem conseguir esconder as olheiras, pois suas noites estavam difíceis sabendo como sua irmã deveria estar assustada, colocou um pouco de café para si e sentou-se perto de sua amiga:

- Bom dia, Helena.

- Bom dia.

O silêncio fez-se presente enquanto as duas saboreavam o café. N01 tomou a palavra novamente:

- Às vezes, eu acho que isso tudo é culpa minha.

- O que exatamente é culpa sua? – respondeu P03 sem olhar. 

- A perseguição, o seqüestro da Carina, minha quase morte na floresta – Helena riu do próprio comentário – eu... deveria ter tomado mais cuidado, se bem que a pessoa está dentro da Norton né? Mas ainda assim eu fui desatenta.

- Você sabe que não é culpa sua. O que temos de fazer agora é lutar. Ele vai marcar o encontro provavelmente no próximo sábado. Quero que fique em casa.

- Pode deixar. – neste momento o celular de Helena tocou, ela atendeu:

- Oi, Helena, tudo bem?

- Rodrigo! Como vai você?

- Estou bem. Eu... é... bem...

- Pode falar.

- Eu queria saber se... você quer sair comigo... hoje à noite. Desculpa por pedir, eu sei que você está machucada ainda, mas bem... achei que poderia ser bom para você.

- Ei, fica tranqüilo, apesar de estar machucada eu sei me virar. Pode ser as oito então?

- Claro, vou buscar você. Até mais tarde.

- Até. – N01 desligou o celular voltando a falar com sua amiga – Já que eu não posso fazer nada para ajudar, pelo menos vou tentar descobrir alguma coisa sobre o nosso querido agente A00, de quem desconfio muito, certo?

- Certo. Mas se eu fosse você, aproveitava a situação e dava uns beijos nele.

- Lola você não tem jeito né?

- Não. Bem preciso ir ao trabalho enquanto a mocinha fica aí descansando. Até mais, Helena. – Partiu P03 sorrindo.

 

 

O tempo passou rapidamente e logo a noite surgiu. Helena estava arrumada, pelo menos o máximo que podia, era obrigada a usar um short jeans por conta da perna ainda enfaixada, mas não deixava de estar bonita para aquela noite.

- Quero saber o que esconde de mim, Rodrigo. – disse consigo mesma.

Ouviu o barulho de palmas no portão, era o agente A00 que esperava para entrar. Com dificuldades, N01 abriu o portão para recebê-lo, cumprimentaram-se respeitosamente e ele entrou. Helena falou:

- Uai, nós não vamos sair?

- Então, pensando bem na situação que você se encontra, não seria melhor que jantássemos aqui mesmo? Eu fiz compras e vou preparar alguma coisa para nós. Assim, você não precisa se esforçar tanto.

- Ah, claro. Tudo bem.

Ambos entraram novamente na casa e Rodrigo foi direto para cozinha preparar o jantar, mas Helena, que não era boba, acompanhou tudo de perto, mesmo que precisando ficar de pé e o rapaz insistindo para se sentasse.

O jantar enfim ficou pronto, sentaram-se à mesa e N01 fez questão de se servir, era espaguete com queijo ralado, almôndegas e molho, parecia delicioso, além do acompanhamento deu um vinho bem caro. O agente A00 olhava com intensidade para moça à sua frente, não conseguia esconder sua admiração, era uma oportunidade para conhecê-la melhor, porém para sua surpresa ela deu início à conversa:

- Então Rodrigo, me fala mais de você, sobre sua vida.

- Bem, como você sabe, eu tenho 27 anos, me formei em administração, trabalho na empresa da família e gosto de me aventurar, pratico esportes, jogo vídeo games, assisto filmes, estudo para me aperfeiçoar, além de ser integrante da Norton. Quer saber algo mais específico?

- Sim. Eu gostaria de saber... como foi que você conheceu e entrou na Norton?

- Sabe que esse tipo de informação não deve ser compartilhada, mesmo que seja com alguém conhecido.

- Sim, sei. Você mesmo disse se eu queria saber algo mais específico, então perguntei.

- Tudo bem, eu vou te contar, confio em você. Aos 17 anos, eu estava acompanhando minha mãe em um dia de compras. No estacionamento de um shopping, quando descíamos do carro, um homem armado nos abordou pedindo os pertences da minha mãe e a chave do carro, ele tremia um pouco devido ao nervosismo e disse várias vezes que iria atirar contra ela.

Eu também estava com medo, mas senti que precisava fazer alguma coisa. Enquanto mamãe se preparava para entregar as coisas avancei agarrando o pulso que estava a arma do assaltante desviando a mira, ele disparou várias vezes, chegou a me dar socos, minha mãe correu gritando socorro e por sorte encontrou dois guardas que imediatamente a socorreram, quando eles estavam se aproximando o bandido largou a arma, me  empurrou e correu, mas enquanto lutávamos acabei sendo atingido na perna indo parar no hospital.

E lá conheci uma mulher de meia idade, enfermeira chefe que se apresentou com o sobrenome Sales e me convidou para ser parte de uma organização chamada Norton, desde então sou conhecido pelo código A00, que possui um significado de liderança de equipe. O resto você já sabe.

Helena de certa forma ficou impressionada com a história do rapaz, porém passou a pensar algumas coisas: será que a Senhora Sales tinha essa forma de abordagem com todos os agentes? Ou por coincidência ela, Lola e Rodrigo tinham a mesma história? A partir desse momento sua desconfiança passou a cair também sobre a mulher de 40 anos, mas ela ainda estava longe de imaginar quem poderia ser seu perseguidor ou perseguidores.

- Está tudo bem? – A00 falou tirando a agente de seus pensamentos.

- Claro, estou sim. Muito legal o que me contou.

- E você? Como foi?

- Resumidamente falando, ocorreu um assalto na casa do meu avô quando eu era adolescente. Lola estava lá e ouvimos a invasão e ameaças do meu quarto. Ela se dispôs a fazer algo, um dos bandidos entrou no quarto, batemos na cabeça dele, pegamos sua arma e esperamos o outro, porém ele ameaçou minha avó depois do barulho todo que ouviu. Eu desci para assumir a culpa das coisas. O assaltante então se distraiu ao me abordar, Lola desceu correndo as escadas e atirou contra ele. Só que ela também foi atingida, fomos para o hospital e lá conhecemos uma enfermeira chefe chamada Sales, que nos convidou para uma organização: a Norton.

Rodrigo não pareceu impressionado com o fato de eles terem uma pequena história em comum. Sem mostrar incômodo algum fez sua pergunta:

- Falando nisso, como está a Lola com o seqüestro da irmã? Deve estar apavorada não é? – falou com certa frieza.

N01 ficou com os olhos dilatados, então ele sabia? A Senhora Sales contou? Estava confusa:

- Como... você sabe disso?

- Aconteceu uma reunião de última hora, foram selecionados cinco agentes para a operação de resgate da Carina. Eu fui um dos escolhidos, estarei lá.

- Hum... entendi. Já traçaram um plano?

- Sim, logo a Sales vai passar para você. Não deveria ir nessas condições, mas como insiste...

Nervosa por saber da presença de Rodrigo na operação, Helena apressou o rapaz com a desculpa de que precisava descansar:

- Rodrigo, olha só é... já está ficando tarde e eu preciso descansar. Minha perna ainda dói sabe? Então se você puder, a gente se vê outro dia com mais tempo.

- Ah... sim. É... eu fiz alguma coisa de errado?

- Não, não é isso. Eu só necessito de descanso até porque quero ajudar em algo no caso da Lola, certo? Então, eu vou com você até a porta.

- Tudo bem, eu vou indo então. Caminharam até a saída e despediram-se com um beijo, de certa forma, apaixonado:

- Marcamos um outro dia tá? – disse N01

- Ta. – saiu o agente A00 um pouco sorridente.

“Então ele vai. Agora é que vamos ver onde isso vai dar, apesar de agora desconfiar da Sales, vou ficar de olho nesse cara.” – pensou a agente consigo.

Devido ao encontro dos dois, Lola resolveu passar aquela noite fora, voltando apenas no dia seguinte. As amigas se comportaram normalmente, como se não soubessem nada uma da outra e é claro, a angústia e nervosismo de ambas só aumentava a cada dia, tanto que já não dormiam direito e até passavam madrugadas a conversar, esperando os próximos sete dias passarem.

Sexta – feira, 8:00 da manhã. Mais uma noite em claro na conta de Lola Sena, 24 anos de idade, 1,73 de altura, cabelo liso tamanho médio, cor loiro escuro, olhos verdes, pele clara, agente da Norton código P03, vivia um pesadelo com o seqüestro da irmã mais nova Carina de 17 anos e chegava a momento decisivo, pois tocou seu celular:

- Bom dia, querida Lola. – soou a voz debochada do homem no outro lado da linha.

- Quero saber da Carina, coloca ela no telefone.

- Oras, me dando ordens, nem pede por favor, isso não é educado. Mas estou de bom humor hoje. Vem cá, Carina, fala com a sua irmãzinha.

- “Lola por favor, me ajuda, eu não agüento mais ficar aqui, é horrível, tudo é escuro, não como nem bebo a dias, por favor, me tira daqui” – dizia chorando.

- Vou salvar você, Carina, eu prometo.

- Bem, acabou o momento família, vamos ao que interessa. Está com meu dinheiro?

- Estou. Um milhão como pediu.

- Olha, que ótimo. Achei que não fosse conseguir, mas você é melhor do que imaginei. Então, vamos negociar, vou te passar o endereço.

- Pode falar – Lola anotou o local do encontro – é um galpão abandonado não é?

- Isso mesmo. Grande o suficiente para os meus companheiros e você, nossa querida convidada. Fica tranqüila, se me pagar certinho, você e sua irmã sairão ilesas, agora se estiver trapaceando ou tramando algo, as coisas vão ficar feias. Vamos fazer tudo pacificamente certo? Amanhã, às dez da noite, espero você. – desligou o telefone.

Mais tarde, naquele dia, Lola contou tudo a Helena sobre o ocorrido e até usou um tom de despedida em sua conversa com a amiga, porque seu plano era completamente arriscado e provavelmente daria errado:

- O que vou tentar fazer é quase loucura, mas é que posso. A bolsa que vou levar está cheia de papel cortado como se fossem cédulas. Vou jogar a bolsa na direção dele e quando for pegar, apontarei minha pistola com mira a laser para a cabeça desse palhaço, o tiro é praticamente certeiro. Ah, não ser que ele queira morrer, vai libertar a Carina, do contrário, irei morrer, mas levo-o junto comigo. Da minha irmã... eu não sei o que será. – lamentava.

- Você ficou doida? Quer dizer que vai lá para morrer? Que idéia mais sem sentido. Ainda me pede pra ficar em casa sabendo de uma loucura dessas?

- É o que eu posso fazer. Coloquei a Carina nisso sem intenção, mas coloquei. Agora, se não conseguir libertá-la o mínimo que faço é lutar e mostrar que fui até o fim.

- Mas que droga, por que não pediu ajuda da Norton? E outra, sua irmã tem 17 anos, você vai deixá-la?  

- Não posso arriscar todo mundo, eu sei que agora estão te perseguindo, porém depois que conheci você e outros companheiros da organização me senti parte de alguma coisa entende? Gostaria que não acabasse, por isso não vou envolvê-los. E é melhor a Carina ficar sozinha do que morta.

N01 estava com lágrimas nos olhos. Apesar de ter feito algo, tudo era muito perigoso. Não sabia o que as esperava.

- Não chore, Helena. Seja forte. – disse Lola determinada.

- você é como uma irmã pra mim, por que as coisas foram acontecer assim?

- Eu não sei te responder isso. – abraçou a agente – Só sei que vou fazer. Vamos descansar, de qualquer forma, amanhã será um dia decisivo.

As duas sabiam que seria mais uma noite sem dormir. Helena vivia um dilema: de um lado a Norton que a odiava e de outro a Norton da qual dependia sua amiga, quase sua família. Como lhe foi pedido, ela avisou a senhor Sales sobre tudo. Estavam prontos. Agora era torcer para tudo dar certo.

 

     


Notas Finais


Valeu por acompanhar, deixe sua opinião nos comentários. É super importante. Beijos e até a próxima.


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