História Nossa História - Eu tinha que descobrir!

- vamos? – perguntei entrelaçando nossos dedos.
- bora!

Minha mãe ficou responsável de trancar tudo quando elas saíssem. Nós dois precisávamos ir primeiro para recepcionar todos os convidados.

Fomos com o motorista dele, abraçados no banco de trás sem trocar uma palavra, mas era tanto amor que ficávamos um apreciando o outro. Rapidinho chegamos. A organizadora nos esperava na porta do restaurante. Estava tudo lindíssimo.

A moça foi nos instruindo e falou que qualquer coisa estaria sempre por perto. Nos mostrou tudo, inclusive a cozinha e um quartinho que eles separam para a gente. Era improvisado, admitiu. Porém era aconchegante e dava pra dar aquelas descansadas quando eu precisasse de um sofá.

Voltamos a entrada. Já tinha algumas pessoas do lado de fora e logo menos elas começariam a entrar.

- ai! – exclamei e ri.
- o que foi?
- parece que alguém deu sinal de vida. – falei acariciando minha barriga.
- sério filho? Só agora? Papai tava preocupado já. – ri. Daí pra frente, ele não parou quieto.

Parados na recepção, nós cumprimentávamos e um dos garçons levava até alguma mesa.

Quando vi Anderson e Madu, não aguentei. Fazia tanto tempo que não os via! A saudade era imensa!
- ai meu Deus, vocês vieram! – falei surpresa e eles riram. As mãos dadas, essa foi a primeira coisa que eu reparei, antes de abraçar And de forma demorada. Depois abracei Madu. Luan também os cumprimentou.
- achei que nem iria te ver grávida! Você sumiu! – And falou. – tá linda!
- obrigada! – Breno chutou forte. – me dá sua mão!
- dá pra sentir? – perguntou achando graça.
- sim! Ele tá muito agitado agora. – coloquei a mão de And e rapidinho meu filho chutou. And riu e Madu tentou sentir também, como esperado, Breno chutou mais vezes. Todos riam achando o máximo aquilo. E ele estava agitado mesmo, porque pra sentir por cima do tecido do vestido, ele precisava chutar forte. – agora vão sentar que depois a gente conversa mais! – eles acompanharam o garçom e os próximos convidados se aproximaram. Gelei e meu coração palpitou forte quando vi que era meu pai e Lia. Ela teve a iniciativa de me cumprimentar e em seguida cumprimentar Luan, puxando assunto com ele para que eu tivesse espaço com o meu pai.
- não imaginei que viria... – fui sincera. Ele parecia petrificado. Olhava para mim e eu não conseguia decifrar o que ele pensava.
- não pude rejeitar o convite. – falou com as mãos no bolso, durão. – você está... ótima. – ri fraco, sabendo que aquilo era um puta elogio. Só que ele não queria deixar de parecer firme.
- obrigada.
- ouvi dizer que é um menino. – concordei.
- Breno. – ele sorriu de canto. Quando vi que não diria mais nada, chamei o garçom. – ele vai levar vocês até uma mesa, podem ir. – falei dando espaço e eles foram. Outro garçom se aproximou para receber o próximo casal de convidados, que eram conhecidos do Luan.

Depois de termos recebido a todos, as portas continuaram abertas para a chegada de atrasados, mas nós fomos para a nossa mesa. Luan ficou de pé, chamou a atenção de todos e começou a agradecer a presença de cada um. Eu também falei, mas estava um pouco emotiva demais e não pude falar muito. A mesa que comportava todos os meus amigos era a maior de todas e eles fizeram algazarra ao ver que eu chorava, pra não me deixar sem graça. Lu me abraçou e eu sorri feliz por tudo aquilo estar acontecendo.

Eu estava feliz por ver meu pai ali, apesar de ele não ter dado um sorriso desde que chegara. Conversei com Lia. Os gêmeos tinham ficado com a babá que veio com eles, no hotel. Contou-me também que ela não tinha insistido. Ele mesmo tinha decidido que eles viriam. Mel se sentou com o nosso pai e tentou puxar assunto. Ele até sorriu por algo que ela tinha dito, mas logo depois voltou a ficar sério.

Conversei com Helô e Luís. Guilly nasceria em, pelo menos, mais um mês. Os dois faziam um casal lindo e eu ficava só imaginando a perfeição que seria essa princesa.

Fiz média conversando com alguns parentes que vieram do Paraná e do Rio Grande do Sul. Não que eu não gostasse deles, só não tinha muita intimidade então não via a hora do papo acabar.

Julio e Beca, Kaio, Rod, Lira e Bruna, Igão... Resumindo, todos os mais chegados em uma única mesa. Motivos pra rir ali era o que não faltava. E Breno adorou a farra, pois não parou de chutar um minuto.  

Meus sogros estavam em uma mesa com Bruna e Pedro. Aquela família era linda demais. Pedro e Bruna se não era o casal mais apaixonado da festa, eu não sei quem era. Com o jeito meigo dela, não tinha como eles não serem fofos.

Os outros familiares do Luan eu nem pude reparar, cumprimentei e fiz minha parte conversando com eles. Só quando fomos ver o pessoal da banda, que eu vi Louise. Aí sim eu reparei. Eu sei que pegava mal convidar a equipe e excluir ela, mas ela tinha que vir? Nem de mim gostava.

Kiro e Paulo também estavam lá. Paulo com a namorada e Kiro com uma garota que eu não sabia quem era. Até onde eu sabia ele estava solteiro. O fuzilei com o olhar e ele riu. Como ele podia não me contar que estava saindo com alguém. Ela me apresentou ela, muito bonita a propósito.

Estava tudo indo bem. A entrada já tinha sido servida e agora estavam prestes a servir o prato principal. Vi minha mãe sair da mesa dela e ir para o lado de fora do restaurante. Melissa a observou sair. Esperei que Mel olhasse pra mim, o que ela fez logo em seguida, e perguntei com o olhar o que estava acontecendo. Ela deu de ombros, como quem não sabia, e se levantou vindo até mim.
- aonde a mãe foi?
- não sei. – riu fraco. – qual é o próximo prato gente? To com uma fome. – eu sabia que isso de mudar de assunto era um simples disfarce. Então levantei da cadeira. – ei, aonde você vai?
- amor! – Luan me chamou.
- lá fora, já volto. – o que é que ela foi fazer lá fora? Eu tinha que descobrir.