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História Nossa história de amor - Capítulo 3


Escrita por: Anibiza

Capítulo 3 - Capítulo 3


Eu acordei atrasada. Já estava na hora do almoço e eu só ouvia minha mãe gritando para eu ir almoçar.

-Já vou mãe!-Eu gritei enquanto me arrumava.

Eu me arrumei e desci as escadas. Meu pai e minha mãe já almoçavam. Eu olhei para o relógio da cozinha e vi que era uma hora da tarde.

-A gente ficou chamando você por uma hora. Mas você nem se mexia.- Minha mãe falou- Vem comer com a gente.

Eu me sentei e comecei a me servir. Minha mãe parecia estar impaciente.

-Que horas você vai sair com seu amigo?-Ela perguntou.

-Daqui a pouco.

-E você  me acorda a essa hora? Se você sabia disso porque não acordou mais cedo…

Minha deve ter continuado a falar, mas eu não prestei atenção. Eu só pensava em uma coisa:como seria hoje. “Não lutete, apenas para estudar”, “mas você vai passar o tempo só com o Armin”, “É só estudo” e “E se ele disser que gosta de mim” eram as únicas coisas que eu conseguia pensar.

-Lurete.-Minha mãe me balançou um pouco- Você ouviu o que eu falei?

-Ouvi sim, mãe-Menti.

Depois de terminar de almoçar e recolher a mesa eu voltei para o quarto para pegar os meus livros e escovar o dente.

Eu fiquei por um tempo me olhando no espelho para ver como eu estava. Não caprichei muito, apenas o básico. Até porque era só para estudar.

Eu olhei no celular e já estava na hora de ir. Quando eu fui para sala meus pais não estavam lá, imaginei que estivessem no quarto. “Eca” um pensamento ruim veio na minha cabeça.

Eu fui andando para o parque. O dia estava lindo. O sol estava esbelto no céu e tudo parecia mais feliz. Isso me deixou para cima. O sentimento de esperança surgiu em mim.

Eu entrei no parque. Ele disse o lugar com mais sombra possível. Imaginei que fosse onde ficavam as macieiras. Eu corri até lá e quando cheguei vi que ele já estava lá.

-Lurete.-Ele acenou para mim

Eu cheguei perto dele. Nós ficamos sem reação.

Mais uma vez ele me abraçou. Imaginei que fosse pelo mesmo motivo do que lá na escola. Eu o abracei mais uma vez sem graça.

Ele se afastou de mim sem dizer nada. Se sentou no chão e me convidou para sentar com ele. Eu me sentei sem graça.

Estávamos muito próximos um do outro. Eu fingi não ligar para isso.

-Então por onde começamos?-Ele apontou para todos os livros.

Nós demos uma grande revisada em toda matéria. Ele pareceu entender, mas não disse nada. Depois de revisar tudo eu estava preparada para ir embora, quando ele disse:

-Não, fica.-E segurou meu pulso delicadamente.

-Mas, a gente já terminou toda a matéria.

-Eu quero ficar um pouco com você.

Eu não podia negar. Então eu voltei para o meu lugar.

-O que você quer fazer?-Ele perguntou.

-Eu não sei.

Eu sabia que tinha que avisar para minha mãe que ia chegar mais tarde, então mandei uma mensagem para ela:

Você: Eu vou chegar mais tarde. Beijos, mãe!

-Eu não trouxe meu console então nem dá para jogar.

-Peraí, como é?-Eu coloquei a mão no ouvido para tentar escutar melhor.

Nós dois rimos.

-Eu não sei se você gosta da ideia, mas que tal brincar de algo? Que tal pique?

-Por que vocês acham que eu só vivo jogando e que eu não gosto de brincar?-Ele se fez de inocente.

-Me diz que você tá fazendo concurso de piadista?-Eu me levantei-Tá com você!-Eu encostei nele e sai correndo.

Nós corremos por todo o parque. Parecíamos duas crianças, sem nada para nos preocupar.

Uma hora nós não fazíamos ideia com quem estava, só corríamos para esquecer os problemas.

Depois de um bom tempo correndo, nós voltamos para perto das macieiras. Precisávamos ir embora porque já estava tarde.

-Foi muito bom hoje, Armin.

-É.-Ele ainda estava cansado de correr.

-Eu preciso ir.

Dessa vez foi a minha vez de abraçá-lo espontaneamente. Ele rapidamente me abraçou também. Ficamos lá por um bom tempo. O mundo à nossa volta não existia.

Eu queria que durasse mais. Eu me afastei e disse:

-Eu gosto de te abraçar.-Sorri para ele.

-É eu também.-E me abraçou de novo.

Dessa vez ele me apertou tanto que fiquei até sem ar. Parecia que ele queria me proteger, e eu gostei disso.

-Agora eu preciso realmente ir.-Eu disse quase sufocada.

-Ah, desculpa.-Ele me desabraçou.

Eu peguei minhas coisas e me despedi dele e sai. Eu estava tão feliz. Eu quase dava pulinhos.

Quando eu cheguei em casa meu pai e minha mãe estavam na cozinha. Eu entrei bem devagar para não atrapalhar os dois.

Eles pareciam super felizes. Brincavam com si e riam de tudo. Um momento só deles. De vez em quando, eles gostavam de fazer isso.

Eu queria analisar mais a cena, mas se eles me vissem ali eu poderia estragar tudo.

Tentei subir a escada o mais devagar e com o menor barulho possível.

Eu entrei no quarto e fui ver TV. Fiquei vendo até tarde da noite, quando meus olhos já não aguentavam ficar mais abertos e os bocejos eram constantes. Eu coloquei meu pijama e dormi tranquilamente.

O resto do final de semana passou tão rápido que nem tinha percebido que tinha acabado. Eu passei, na maioria do tempo, dentro de casa revisando mais um pouco para a prova. Quando eu saí, foi para o mercado com os meus pais. Lá eu não vi ninguém conhecido.

Eu resolvi ir andando para escola. No meio do caminho eu acabei vendo de longe a Ambre e suas amigas num café. Ela parecia contar algo e as meninas riam e afirmavam tudo com a cabeça.

Às vezes eu tinha pena delas. Elas eram robôs que foram projetados para obedecerem e exaltarem a Ambre. Sempre que eu via as três eu ficava imaginando como elas aguentavam a Ambre.

Eu dei meia volta porque eu não queria que elas me vissem. Acabei esbarrando com o Kentin.

-Opa, desculpa Kentin.

-Sem problemas.-Ele riu para mim- Você não viu aqueles gêmeos não né?

-Não, por quê?-Eu estava curiosa.

-Eles sempre que podem me atormentam por causa das minhas roupas.

-Para, eles fazem isso porque percebem que você se importa demais com isso.-Eu dei um tapinha de leve em seu ombro-Me acompanha para a escola?

-C-claro.-Ele gaguejou um pouco.

Nós seguimos o caminho conversando sobre um pouco de tudo. Rimos sobre acontecimentos da escola velha, ele falou como foi sobre o tempo que ele passou na escola militar, eu contei mais um pouco sobre tudo que tinha acontecido na ausência dele. O papo foi tão bom que nem vimos que tínhamos chegado. Nós nos despedimos e cada um foi para o seu lado.

-Tchau, Kentin.-Eu acenei com a mão.

-Tchau, Lurete.-Ele fez o mesmo.

Eu entrei na escola. Eu tentei procurar a Rosa, mas eu não a achei. Eu já ía procurando o Alexy quando eu ouvi o Lysandre me chamar.

Ele estava com o Castiel. Castiel parecia no mesmo humor de sempre.

-Pode falar Lysandre.-Eu tentei ignorar o Castiel.

-”Oi Castiel” seria bom.-Ele disse zangado.

-Você nunca fala “oi Lurete”, por que eu deveria fazer o mesmo?-Rebati.

Eu ouvi uma pequena risada vinda do Lysandre. Castiel ficou meio espantado com a resposta e voltou a ficar calado.

-Eu só queria saber se você está melhor. Todo mundo percebeu que você estava meio cabisbaixa, mas ninguém teve coragem de perguntar.

-Ah, Lysandre gentileza sua. Mas eu estou melhor sim. O Alexy me levou para passear no shopping para ver se me alegrava.

Nesse momento um sorriso abriu na boca do Castiel.

-O Armin estava lá?-Ele perguntou fingindo interesse.

Eu fiquei super vermelha. A minha vontade era de pisar no pé do Castiel, mas não podia fazer isso na frente do Lysandre.

-E por que você se interessaria tanto no Armin?-Lysandre pareceu não entender.

-É que…-Eu tentei pensar rápido-O Castiel…-Nada vinha em mente-Ele queria pegar a revisão com o Armin, não é Castiel?

Eu me aproximei perto dele e dei um beliscão.

-Claro que...Ai-Ele tentou esconder a dor.-Claro que sim.

-Ah,mas voltando ao assunto. É uma boa que você esteja melhor.

-É sim.

O sinal tocou e eu me despedi deles. Eu ia fazer a prova agora, e estava bem nervosa. O professor disse que tinha caprichado nessa prova e que ninguém sairia vivo dela. Eu precisava mostrar que era capaz, não por aceitação própria, era mas para provar para o professor que nada era impossível.

Eu entrei na sala e vi que ainda tinha bons lugares para se sentar. Pouca gente estava ali. A maioria ainda revisando. Eu me sentei no canto, do lado da Violette. Eu aproveitei para revisar mais um pouco também.

Aos poucos a sala foi enchendo e se tornou um caos. O professor chegou logo em seguida e deu a prova.

Eu fiz a prova tranquilamente para não errar nada. Algumas questões eu não soube muito bem fazer. Imaginei que ficaria na média.

Depois de terminar eu entreguei ao professor e sai da sala.

Eu fui para o pátio. Apenas o Nathaniel e a Melody tinham acabado, mas pareciam super ocupados com algo então resolvi não pertubá-los.

Antes de ir para o pátio eu peguei um livro que estava no meu armário. Era algo para me distrair.

Escolhi um lugar debaixo da árvore e fiquei por lá. A brisa era muito boa, deixando o clima mais fresco.

Eu li tão intensamente que nem tinha percebido que outros alunos já tinham acabado também a prova.

-Como você foi na prova.-Alexy puxou meu livro para cima.

-Acho que dá para ficar na média.-eu falei tentando pegar o livro dele.

-Eu acho que me dei mal. Mas o meu irmão parecia confiante na hora da prova. Também, você ajudou bastante ele.

-Se você tivesse pedido.

-Para estragar clima? Eu não.-Ele falou sorrindo.

Senti meu rosto queimar.

-C-clima, que c-clima?-Eu olhei para baixo tentando disfarçar.

-Vocês acham que eu não percebo? Vocês se gostam muito mais do que amigos.

-Deve ser porque somos melhores amigos.-Me fiz de desentendida.

-Ah ha. Eu sei que você sabe de como eu estou falando.-Ele sentou ao meu lado.

-Não tem nada disso, Alexy.-Eu peguei meu livro-Tchau.

Eu fui em direção ao outro banco. Eu quase fui marchando de raiva. No banco estava a Iris.

-Lurete, o que você tem?-Ela perguntou preocupada-Eu pensei que você tinha dito que estava melhor para o Lysandre.

-Eu melhorei sim, Iris. É que o Alexy estava inventando besteiras e eu fiquei irritada com ele, só isso.

-Ah, entendi. Como foi na prova?

-Acho que fui bem, e você?

-Eu acho que me saí mal. Você sabe, a minha dificuldade com matemática.-Ela parecia meio triste.

-Mas não fica assim não. Você vai conseguir melhorar.-Eu coloquei a mão no seu ombro tentando reconfortá-la.

-Você é uma ótima amiga.Obrigada.

Nesse mesmo momento nós ouvimos a voz da diretora nos auto-falantes.

*Peço que todos se dirijam à sala onde vocês acabaram de fazer a prova. Temos assuntos dos seus interesses.*

Eu olhei para a Iris surpresa. “O que deveria ser?”

-Vamos então, né?-Ela falou.

-Vamos.

Nós nos levantamos e fomos em direção à aula. Estávamos curiosa para saber o que era. No corredor só se ouvia as vozes abafadas. Um perguntava para o outro: “O que será?”. Alguns tentavam adivinhar. Até o Castiel parecia querer saber do que se tratava.

Eu entrei na sala, com a pior e a melhor suposição do que poderia ser.



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