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História Nossa história de amor - Capítulo 4


Escrita por: Anibiza

Capítulo 4 - Capítulo 4


Todos estavam agitados. A diretora já tinha chegado e estava tentando falar ao um bom tempo.

-Silêncio!-Num grito só ela calou toda a turma.

O sorriso dela voltou espontaneamente.

-Como eu estava querendo dizer.-Ela coçou a garganta-Nós temo algo que pode, ou não, ser do agrado de todos. Mas o que pretendemos fazer é…

Ela fez uma pausa antes de falar, o que deixou todo mundo mais curioso ainda.

-Nós vamos fazer um baile de final de ano.-Ela parecia feliz ao dar essa notícia.

Muita gente ficou super desapontada. Alguns até perderem o total interesse. Do outro lado eu pude ver a Ambre cochichando algo com as suas amigas.

-Nós sabemos que muitos de vocês ficariam assim e o motivo, eu imagino que seja por causa dos pares.-A diretora era cordial-Mas pensamos em fazer diferente. Não precisa ter um par e, se tiverem alguém fora da escola, podem trazer também.

As pessoas ficaram muito mais relaxadas. Atrás de mim, Rosa dava pulinhos de felicidade.

-Faremos isso no final do mês, para ter tempo de combinar tudo. Espero que tenham gostado.-Ela saiu sem se despedir.

Muitos reclamaram, e outros gostaram da ideia. A turma estava totalmente dividida. Ouvi Peggy dizendo que seria um trabalho e tanto para ela.

O Alexy veio em minha direção.

-Animada?-Alexy não escondia o sorriso.

-É, a ideia é legal.

-Desculpa.-Ele ficou triste de repente.

-Pelo quê?-Eu estava confusa.

-Naquela hora, que você  ficou irritada. Desculpa, eu pensei que a ideia de me contar algo te agradava. Eu até poderia dar dicas.

-Alexy, não fica assim. Eu só não queria falar isso com o irmão do…-Eu falei mais do que deveria.

-Eu já entendi o recado.-Ele sorria alegremente-Eu vou tentar te ajudar da melhor forma.

-Ajudar em que?-Rosa se intrometeu na conversa.

-Alguém aqui está apaixonada e quer ajuda minha.

-Alexy, não era para contar nada.-Eu fiquei desacreditada.

-Eu não acredito que você ia esconder isso de mim.-Rosalya disse.

-Não é isso. Eu ia contar com o tempo.

-Tá eu te perdoo. Mas fala, quem é?-Ela chegou para frente.

Nesse exato momento o Armin passou pela gente e me deu um tchauzinho. Eu senti meu rosto queimar.

-Nem precisa dizer, eu já descobri.

Nós três rimos. Eles eram os melhores amigos que alguém poderia ter.

O professor nos dispensou da classe. Quando eu ia sair da sala alguém me puxou. Era a Melody.

-Lurete, você pode tentar me responder algo?

-Sim, pode me contar.-Eu coloquei minhas coisas sobre a carteira.

-Você é a única pessoa que sabe que eu gosto do Nathaniel. Então eu estava pensando. Será que ele aceitaria se eu o convidasse?-Ela ficou vermelha.

-Eu não sei Melody. Coragem da sua parte. Ele até pode aceitar, mas eu não sei se é do jeito que você quer.

-Bom, eu já imaginava isso. Mas eu vou lá perguntar mesmo assim.-Ela saiu correndo.

Eu resolvi ir para casa do mesmo jeito que eu fui para a escola. Às vezes eu gostava de caminhar e ver se encontrava alguém por perto.

Eu estava passando pelas lojas quando eu vi a Ambre, suas amigas e o Castiel. Eu cheguei o mais perto possível para tentar escutar.

-E, então Cassy, você aceita?-Ela se jogava em cima dele.

-Quantas vezes eu tenho que dizer para não me chamar assim?-Ele estava perdendo a paciência-Eu não quero ir nessa droga de baile, ainda mais com você.

-Por favor, castizinho. Se você for eu nunca mais te perturbo.

-Garota, sai do meu pé. E mais uma vez-Ele segurou o braço da Ambre-Não me chame desses apelidos.

Ele saiu dali. Eu rapidamente comecei a andar. Ele estava tão nervoso que nem me viu passar por ele.

As amigas de Ambre tentavam acalmá-la. Ela estava tão furiosa que eu nem queria imaginar o que ia acontecer se ela passasse por mim.

Eu atravessei a rua e continuei andando, só olhando para frente.

Quando eu cheguei em casa não havia ninguém. Meus pais estavam no trabalho e eu ficava a tarde toda sozinha em casa.

Eu aproveitei para descansar um pouco. Dormi a tarde toda. Eu estava realmente cansada. Com esse final de ano eu ia me arrastando cada vez mais e mais. Um sono assim era um evento sagrado para mim.

Eu acordei com meu telefone tocando. Eu virei para tentar pegar o celular mas a única coisa que eu consegui foi cair da cama.

-Alô.-Minha voz soava sonolenta.

-Finalmente.-Era a Kim.

-Oi Kim, aconteceu alguma coisa?

-Nada demais. A Rosalya queria ter propor um plano. Ela conseguiu convencer todo mundo.

Eu já tinha imaginado que a rosa tinha contado para todo mundo.

Kim passou o telefone para a Rosa.

-Oi Lurete, e aí?

-O que você tem para me dizer?

-Então.Ela riu um pouco-Todas as meninas, menos a Ambre e suas chatimigas, resolvemos fazer um dia de beleza no dia do baile. Só falta você dizer se apoia ou não.

-Você me acordou para dizer isso?

-Ih, nossa. Que mau humor.

-Brincadeira.-Eu ri um pouco-Eu topo sim. Vai ser bem divertido.

-É, eu sei. Então tá, tchau.

-Tchau Rosa.

Ela desligou. Quando eu ia levantar da cama alguém abriu a porta. Era o meu pai.

-Oi pai, tudo bem?

-Sim, querida. Vi que aproveitou para descansar.-Ele sentou na cama.

-É, estava muito cansada.

Ele ficou em silêncio.

-Pai?

-Sim.

-Daqui, mais ou menos, um mês vai ter um baile na escola e eu quero muito ir.

-Mas vai ter meninos?-Ele cruzou os braços.

-Claro né pai.-Eu revirei os olhos.

-Tá eu deixo você ir. Mas longe dos meninos.-Ele brincou.

Nós dois rimos. Rimos por um bom tempo até que minha mãe apareceu.

-O que é tão engraçado?

-Vai ter um baile na escola e a Lurete me pediu para ir nele. Eu disse que pode, mas que teria que ficar longe dos meninos.

-Você, o maior garanhão da escola na nossa época dizendo isso para nossa filha?-Minha mãe riu um pouco.

-Não era bem assim.-Meu pai ficou sem graça.

-Minha filha, você pode ficar perto de quem quiser. Seu pai não tem autoridade pra falar disso.

-Valeu mãe.-Eu pulei nela dando um abraço.

Nós voltamos a rir, mas agora na companhia da minha mãe.

 Esse era os momentos que eu mais amava. Eu e meus pais, sem pensar, rindo de qualquer coisa como se não tivéssemos problemas.

Depois de um tempo rindo, eles me deram um beijo na testa e saíram. Eu não entendi porque tanta pressa e porque não se explicaram.

 Eu precisava fazer o dever, mas meu celular vibrou assim que eu tinha levantado da cama.

Alexy: E aí?

Você: Tô bem.

Alexy: Animada para o baile?:)

Você: Não sei…

Alexy: E se eu te ajudasse com um certo alguém.

Você: Você está querendo que eu convide para o baile?

Alexy: Claro que não. É para ele te convidar.

Você: Mas por que ele convidaria?

Alexy: Eu sei de muitas coisas, mas não falo porque senão perde a graça.

Você: Não entendi muito bem, mas ok.

Alexy: talvez você entenda.

Você: Preciso fazer o dever.

Você: Aquele professor vai me matar se eu não fizer.

Alexy: Tudo bem.

Alexy: Tchau!

Você: Tchau!

 Eu desligue o celular e comecei a fazer o meu dever. Sinceramente, eu precisava prestar mais atenção no professor. Eu não entendi quase nada. A culpa era toda minha. Eu vinha olhando demais para o Armin e me perdendo nas matérias.

Depois de dar mais uma lida no livro eu consegui entender a matéria e pude fazer meu dever tranquilamente.

 Depois de ter terminado a lição eu vi como estava cansada. Eu precisava descansar. Coloquei meu pijama e me deitei na cama.

Não me lembrava de ter sonhado com algo. Dormi profundamente.

Acordei, pela primeira vez, no horário. Fiz tudo calmamente, até deu para tomar café junto com meus pais.

-Nossa, que milagre.-Meu pai falou olhando para o jornal.

-Ela foi dormir cedo ontem, deve ter sido por isso.-Minha mãe pegava o pão e colocava na torradeira.

Meu café foi pão com geleia e café bem quentinho. Não era tão fã de café, mas eu queria ficar bem acordada hoje.

-Filha, você já pensou num vestido?-Minha mãe se sentou à mesa.

-Ainda não sei mãe, mas eu devo ir com algum do meu armário.-Eu beberiquei um pouco do café- Não vai ser algo tão grandioso, então não precisa de muito.

-Ah, me imaginei indo com você ir experimentar vários vestidos.-Ela se aproximou de mim-Eu aproveitava e comprava umas coisinhas para mim.-sussurou.

Meu pai por detrás do jornal levantou uma sobrancelha, mas não disse nada. Minha mãe piscou o olho para mim.

-Eu tenho dois amigos loucos por shopping-Pensei em Rosa e Alexy-Eles iam adorar ir com você.

-Eu iria adorar.-Ela estava animada.

Eu ri um pouco e terminei de tomar meu café quieta. Coloquei as louças na pia, me despedi e fui para o ponto de ônibus.

Pensei o quanto era bom acordar na hora, eu podia fazer tudo tranquilamente.

O ônibus chegou, eu subi e me sentei. Nesse horário era ótimo porque sempre estava muito vazio então eu sempre ia para escola sentada.

Algumas estações depois o Castiel subiu. Ele não sentou ao meu lado. Parecia aborrecido, sentou-se lá atrás, no fundo mesmo.

Eu não dei tanta bola para ele. Castiel tinha dias ruins e bons, isso variava. Fiquei imaginando se não era por causa da Ambre e o pedido ao baile. Provavelmente era isso, mas achei melhor não pertubá-lo com perguntas.

O ônibus tinha chegado na estação da escola. O motorista avisou sobre o ponto e abriu as portas para as pessoas descerem. Eu desci e o Castiel também, mas fomos cada um para um lado.

Ao entrar na escola percebi como todos estavam agitados. Muitos tinham bilhetinhos nas mãos coloridos e com vários corações. Outros formaram uma rodinha onde falavam bem alto, mas não conseguia entender nada que falavam.

Eu avistei ao longe a Rosa. Fui andando em direção dela tão rápido que nem tinha percebido que havia esbarrado em alguém. Esbarrado não, caído no colo de alguém.

Quando eu me toquei quem era eu não pude deixar de acreditar. Era o Armin. Parecia aquelas cenas de filme. Ficamos por um bom tempo assim, não tinha ninguém à nossa volta.

-Me desculpe.-Eu falei baixinho.

-Tudo bem. Também estava com pressa e não te vi passar.

Seu cachecol estava caído sobre o meu pescoço. Eu me levantei um pouco sem jeito. Ele coçou a cabeça também muito sem jeito.

-É, eu preciso ir. Tenho que entregar algo para alguém.-Ele deu um tchauzinho com as mãos e saiu correndo.

Eu não tive tempo de me despedir. Quando ele passou eu vi Rosa e Alexy rindo de alguma coisa.

Eu fui na direção deles, dessa vez mais devagar.

-Nossa, como você é rápida.-Alexy ainda ria muito-Nem deixou eu ajudar você.

-É mesmo Alexy. Não movemos nem um dedo.

-Para gente, eu estava com pressa e ele também. Nós não nos vemos e trombamos.-Eu fiz um gesto com a mão demonstrando como se fosse uma explosão.

-Armin, com pressa?-Alexy parecia confuso.

-É, entregar algo para alguém.-Eu olhava para baixo. Queria evitar contato visual.

-Ah tá.

-Será que é um pedido para ir no baile?-Rosalya falou animada.- E se for para você.

-Ele teria pedido naquela hora.-Eu não queria ter tanta esperança, mas várias ideias vieram na minha cabeça.

-Meu irmão é meio imprevisível. Umas horas ele é atirado, outras não. Mas, a esperança é a última que morre.

O sinal tocou depois que ele terminou de falar.

-Tá, agora ela pode morrer. Ninguém merece ter aula,-Alexy brincou.

Tivemos dois longos tempos de francês. Era a pior matéria da vida, a única que eu sempre me dava mal em todas as provas. O máximo que eu sabia era o “merci” e o “bonjour”. Todo o resto que eu aprendia era só para tentar fazer um bom teste.

A pessoa que mais se dava bem nessa matéria era o Nathaniel e a Melody. Os dois eram o queridinhos da professora. Eu tinha um pouco de inveja dos dois.

Mas eu também tinha certa culpa por me dar mal. Eu quase nunca prestava atenção nas aulas de francês, para mim era inútil aprender francês.

Quando o sinal tocou eu agradeci a todas os seres divinos possíveis.

-Qual o seu problema com francês?-Lysandre apareceu de repente.

-Eu não gosto da matéria, não consigo entendê-la.-Eu falei arrumando meus livros.

-Mas, pelo o que percebi, você nem presta atenção na aula. Como ia querer entender.

-Você anda me observando?-Eu perguntei curiosa.

Ele não disse nada.

-Tudo bem, mas eu preciso ir.

Eu dei um leve abraço nele. Acho que minha felicidade era tanta que eu poderia abraçar até a Ambre naquela hora.

Ele ficou meio confuso, mas não me empurrou para longe.

Depois do pequeno abraço eu vi que o Armin estava passando pelo o outro lado da sala. Estava de cabeça baixa, mas não era pelo jogo.

-Ei, Armin.-Chamei.

Ele não veio falar comigo. Saiu andando sem nem ao menos olhar para os lados.

Eu não entendi o que tinha acontecido com ele. Achei melhor não perguntar e fui andando para o meu armário.

Quando abri um bilhete branco caiu no chão. Peguei e vi que tinha algo escrito nele. Desdobrei e vi o que estava escrito.

“Me encontre no parque, perto do rio” Li em minha mente.

O bilhete não estava assinado, fiquei curiosa para saber quem é.

Estava andando para perto da escadaria para procurar o Alexy quando eu escuto ele sussurrando algo com alguém.

-Sinceramente, você tem que tentar. Não adianta ficar de braços cruzados sem fazer nada.

-Mas, eu posso fazer papel de trouxa-A voz era irreconhecível-Eu não quero fazer nada em vão.

-Eu posso te jurar que não será em vão.-Alexy motivava a pessoa a todo custo-Só tente, se não der certo eu pago um preço por você.

-Tudo bem então.

Eu ouvi passos vindo e então eu resolvi sair correndo. “Quem será que ele estava falando?” “E o que será que essa pessoa vai fazer?” Esses pensamentos corriam minha cabeça.

As aulas passaram tão rápido depois disso. Eu não pensava mais em nada, além disso. Alexy e Rosa notaram minha estranheza mas não me fizeram nenhum tipo de perguntas.

Na hora de sair da escola eu estava decidida a ir no parque ver o que era.

Você: Mãe, não precisa me esperar para almoçar. Vou chegar tarde.

Mandei essa mensagem para minha mãe e sai andando rapidamente para o parque



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