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História Nossa história de amor - Capítulo 6


Escrita por: Anibiza

Capítulo 6 - Capítulo 6


As semanas antes do baile passaram voando. Todos só queriam que chegasse logo, até os menos ansiosos, como o Castiel, tinha um certo quê de curiosidade para saber como seria o tal baile.

Eu cheguei na escola e todos estavam inquietos. Muitos andavam feito loucos de um lado ao outro levando sempre algum tipo de decoração para o ginásio.

Eu fui andando em direção à sala. Quando eu entrei percebi que não havia ninguém lá. Me sentei numa cadeira qualquer e fiquei mexendo no celular.

Eu ouvi um ruído vindo da porta e eu pude ver o Armin entrando. Ele parecia estar se escondendo de alguém, então não tinha me visto lá.

-O jantar ontem foi bom, né?-Eu falei.

Ele se tremeu inteiro e olhou para mim assustado.

-Ei, eu só tenho uma vida. Se me matar do coração nessa não tem como reiniciar não.-Ele fechou a porta.

-Desculpa, mas eu achei que seria pior se você virasse e me visse te olhando.-Eu me levantei.

Ele veio correndo na minha direção e me segurou pela cintura. Ele me deixou um leve beijo na bochecha e foi se aproximando da boca. O beijo foi intenso, mas calmo.

-Aqui não é o lugar adequado.-Cortei o clima.

-Mas eu não consigo esperar.-Ele me soltou.

-Vamos voltar a falar sobre o jantar de ontem.-As lembranças vieram rapidamente.

O Armin tinha ido jantar na minha casa com a sua família para todos se conhecerem melhor antes da véspera do baile. Nossos pais se deram muito bem e minha mãe achou Alexy um doce de menino. Meu pai adorou o Armin, o que me deixou super aliviada. Meus pais também gostaram muito dos pais do Armin e do Alexy. Parecia até um sonho, todo mundo tinha se dado bem com todo mundo.

No jantar, Armin trocava algumas olhadas comigo. Eu dizia para ele se comportar apenas com o meu olhar.

-Eu não estou afim de falar sobre o jantar!-Ele me fez voltar à realidade- Eu só queria…

-Queria o que?-Eu cruzei os braços.

-Deixa pra lá.-Ele abaixou a cabeça.

-Achei vocês.-Ambre apareceu na porta-Pensaram que iam ficar de namorico? Aqui não é o lugar. Vão para lugares mais adequados.

-Você pensa que é quem, garota?-Armin revidou-Na verdade, eu não quero saber, eu sei bem o que você é.

-E o que eu sou?-Ela cruzou os braços.

-Por favor, Armin, não respon..

-Pode responder sim.

-Você é uma garota mimada e que se acha a dona da escola. Você acha que aquelas garotas são suas amigas, mas são suas escravas. O Castiel não se importa com você e nunca vai se importar. E você se acha forte, mas na verdade é fraca, porque tem que fazer mal aos outros para se sentir melhor.-Eu falei sem que desse tempo do Armin responder.

Ele me olhava incrédulo e Ambre assustada. Ela queria dizer algo mas as palavras não saiam da sua boca.

Armin começou a rir da cara dela que saiu aos prantos da sala.

-Essa é minha garota.-Ele me abraçou.

-Não se meta nunca mais com a Ambre, ela é problema meu.-Eu disse ainda com o sangue fervendo.

-Tudo bem. Mas precisamos ir ajudar os outros.

-Vamos lá.-Nós saímos da sala de mãos dadas.

Nós seguimos o fluxo que dava direto no porão. Descemos as escadas e vimos um amontoado de caixas.

-Isso você coloca perto das barracas de comida.-Rosalya falou apontando para algumas caixas no canto.

Ela era uma líder nata. Todos a obedeciam sem nem ao menos dizer uma palavra. Às vezes, ela me dava certo medo por tanto potencial de liderança.

-Você estavam aonde?-Ela apontou para a gente.

-Pensamos que iria ter aula hoje, então fomos para a sala.-Eu disse.

-A diretora pediu que todos ajudassem.-Ela olhou para umas caixas na sua esquerda-Peguem essas caixas e coloquem lá no ginásio, se eu não me engano é o globo que vai ficar bem no meio.

-Quem vai colocar?-Eu perguntei me direcionando a caixa.

-Acho que os meninos estão cuidando isso.

-Armin.-Falei baixo-Vai lá ajudar os meninos.

-Tudo bem.-Ele saiu do porão.

Eu peguei a caixa do globo e algumas outras que estavam por perto e fui andando sem visão alguma para o ginásio.

Eu tentava ver colocando minha cabeça de lado, mas eu perdia equilíbrio nas caixas e elas quase caíam.

Eu andava sem poder olhar para nada. Ao meu lado eu pude ver Ambre e as outras meninas cochichando e rindo baixinho. Eu as ignorei eu continuei a andar, sem conseguir olhar nada.

Eu estava quase perto do pátio quando alguém bateu em mim com toda força. Eu caí no chão jogando todas as caixas para trás. Eu senti um corpo muito pesado em cima de mim. Não conseguia me mover.

-Dá pra sair de cima de mim?-Eu falei tentando me mover.

-Ninguém manda andar sem conseguir olhar por onde anda.-Eu reconheci a voz.

-Sério mesmo Castiel? Se você também não me viu era porque também não estava olhando por onde andava.-Ele ainda estava em cima de mim.

-Isso é problema meu.-Ele levantou a cabeça fazendo com que ela ficasse muito próxima a minha.

-Não acha que dá pra sair de cima de mim, não? Eu estou ocupada.-Eu o empurrei com toda força, mas ele não se moveu nenhum centímetro.

-Como é fraca.-Ele sorriu para mim-Eu levanto sim, mas porque eu não aguento mais ficar olhando essa sua cara feia.

Ele rolou para o lado e eu pude me sentar. Ao longe eu pude ver duas pessoas segurando uma terceira.

-Nossa, como você troca de namorado tão rápido.-Ambre apareceu deixando o clima totalmente tenso.

Eu limpei meus olhos e pude ver quem eram as pessoas. Era o Lysandre e o Kentin, segurando o Armin. Eu me levantei e fui em direção a ele.

-Armin, eu esbarrei nele. Não é nada disso.-Eu tentei abraçá-lo, mas ele desviou.

-O papo entre vocês estava bom né? Ou você realmente gostou de ter ele por cima de você?

-Cara, eu não acredito que você disse uma coisa dessa.-Castiel apareceu atrás de mim- Ela não tinha visão alguma de onde estava indo e eu estava distraído ouvindo música, a gente se esbarrou e eu caí por cima dela.

-Cala a boca e não se mete.-Armin conseguiu se soltar dos garotos-E toma.-Ele socou a cara do Castiel.

Castiel partiu para cima deles e os dois começaram a brigar. Eu tentei me meter no meio dos dois, mas alguém me empurrou de lá. Outros foram chamar a diretora, enquanto o Lysandre e o Kentin tentava de todo modo parar com a briga.

-Armin e Castiel, na minha sala agora!-A diretora gritou e os dois pararam de brigar.

-Armin, por favor. Tenta entender que você está errado.-Eu fui em sua direção-Eu não gosto dele, eu gosto de você.

-Eu não quero falar com você agora.-Ele desviou e foi andando em direção a diretora.

Eu comecei a chorar. Como ele podia ser tão tolo de acreditar numa besteira dessas.

Eu corri para uma sala e fiquei por um momento sozinha lá, remoendo tudo. Eu chorava baixinho, não queria que ninguém viesse me acalmar.

-Posso entrar?-Alexy apareceu.

-Eu queria ficar sozinha, mas pode sim.

Ele fechou a porta e sentou na minha frente. Por um momento ele não disse nada, só ficou me olhando.

-Meu irmão gosta muito de você, ele nunca tinha feito isso antes. Eu acho que ele tem medo de te perder.-Ele falava bem baixo-Como ele sabe que você tem certa proximidade com o Castiel, ele acha que você pode trocar ele pelo Castiel.

-Eu nunca trocaria ele por ninguém. O Castiel é só um amigo, como o Lysandre é, como o Kentin é, como o Nathaniel é. Eu não vou me privar dos meus amigos.

-Eu entendo. Mas, só tenta entender ele. Se ele partiu pra cima, é porque você é especial para ele, tanto quanto eu sou.

A porta abriu.

-Aí está você Alexy.-Era o Armin.

Eu levantei a cabeça e fiquei olhando por um momento para o Armin, que desviou o olhar em seguida.

-Eu e o Castiel não poderemos participar do baile, ordem da diretora.

-Mas você queria tanto.

-Você disse certo, queria-Sua voz era grosseira-Agora não tenho mais motivos para ir nesse baile brega.

Eu escondi a cabeça entre os braços e chorei baixinho. Alexy levantou da cadeira e saiu correndo em direção ao irmão, me deixando sozinha novamente.

Eu esperei mais alguns minutos para poder sair da sala. Quando eu saí um multidão se encontrava ao redor dela, preocupados comigo. Eu abaixei a cabeça e fui andando devagar para a sala da diretora.

Eu bati a porta.

-Pode entrar.- A voz da diretora era abafada.

-Com licença.-Eu abri a porta e entrei-Eu queria sair mais cedo hoje, não estou me sentindo bem.

-Tudo bem, mas tente não provocar mais brigas entre os garotos.

-Obrigada diretora.

Eu saí da sala e fui ao meu armário, sempre de cabeça baixa. Peguei algumas coisas minhas e fui andando em direção à saída.

-Lurete, espera.-Alexy gritou no meio da multidão.

Eu levantei a cabeça.

-Eu preciso ir agora, Alexy. Eu não estou me sentindo bem.

Ele ia dizer algo, mas ficou calado. Eu abaixei a cabeça e voltei a andar.

Perto da saída alguém passou perto por mim e eu pude sentir o perfume que eu tanto amava. A dor me envolveu e algumas lágrimas escorreram pelo rosto. Armin tinha passado ao meu lado e essa era a coisa mais triste que aconteceu.

Eu fui para casa de ônibus, porque era mais rápido. Quando eu cheguei em casa não havia ninguém, meus pais estavam trabalhando. Eu agradeci, porque assim não precisava dar explicações a ninguém. Como eu ia dizer para a minha mãe que eu não ia mais o baile?

Eu corri para o meu quarto e me deitei na cama. Chorei tudo o que tinha que chorar e acabei pegando no sono. Quando eu acordei já era de noite e meus pais já haviam chegado. Eu fui ver que horas eram no celular e vi várias mensagens. A maioria era perguntando se eu estava bem. O que eu iria responder? “Sim estou. Meu namorado acha que eu estava de rolo com alguém, me ignorou totalmente e ainda disse que não tem mais motivos para ir ao baile. Mas claro, estou bem.”

Eu levantei da cama e me olhei no espelho. Minha aparência era horrível, minha cara estava inchada e meus olhos vermelhos. Meu cabelo completamente bagunçado e minha boca seca.

Eu desci para comer mesmo assim, desejando que ninguém entrasse no assunto. Por sorte, meus pais não disseram nada, apenas me olharam com pena. Fiz um lanche qualquer e comi bem devagar.

Voltei para o meu quarto e peguei um livro qualquer na estante. Li até pegar no sono.

 No outro dia eu acordei mais cansada do que antes. Eu tomei um banho para tentar me animar mas ainda assim eu permanecia triste.

Enquanto penteava o cabelo meu celular começou a tocar. Eu corri para atender. Era a Rosa.

-Oi, Rosa. Como você está?

-Como você está? Por que não respondeu às mensagens de ninguém?

-Eu não estava afim, Rosa.

-Tudo bem, eu entendo. Mas, você querendo ou não, nós vamos ao shopping. Hoje é o dia do baile e eu posso apostar que nem uma base você deve ter, estou certa? E a gente já tinha combinado com as outras meninas.

-Sim, está.-Eu soltei uma risada fraca.

-Aí, já está até feliz.-Ela estava animada-Se prepare que daqui a quinze minutos eu vou aí na sua casa.

-Então preciso desligar agora, beijos.

Eu fui terminar de pentear o cabelo. Depois eu fui escolher uma roupa, quando eu abri o armário eu vi o vestido. Ele estava lá, intocado, esperando para ser usado.

No momento me deu vontade de chorar, mas eu segurei as lágrimas o máximo que eu pude.

O tempo estava quente. Coloquei um short e uma blusinha preta acompanhados de um sapato aberto.

Minha mãe apareceu no meu quarto.

-Filha, uma tal de Rosalya está te esperando lá embaixo e disse que se você não sair do quarto ela vem aqui e te tira a força.-Minha mãe parecia preocupada.

-Eu já estou indo.-Falei enquanto colocava os brincos-Pronto, estou pronta.

Beijei minha mãe na bochecha e desci as escadas. Rosa estava parada na porta encostada.

-Pensei que fosse furar comigo.-Ela se ajeitou.

-Você só me deu quinze minutos para se arrumar, queria o quê?-Eu abri a porta-Vamos?

-Vamos.

Nós fomos de ônibus até o shopping. O período era curto, mas a Rosa não queria andar tanto.

-A gente vai encontrar a Iris lá. Depois disso, nós vamos para a casa da Melody para se arrumar.

-Ah tá.-Eu olhava pela janela.

-Lysandre? Aqui estamos nós.-Rosalya se sacudia toda.

Eu levantei a minha cabeça e pude ver o Lysandre perdido. Ele olhava em todos os assentos tentando procurar rostos conhecidos.

-Lysandre, aqui.-Eu me levantei e ele pode nos ver.

Ele veio na nossa direção e se sentou no assento do nosso lado.

-O que você veio fazer aqui?-Eu perguntei.

-A Rosalya não te falou? Eu vim aqui ajudar ela num…

-Qual loja nós vamos primeiro?-Rosalya cortou Lysandre.

-Eu já tenho a roupa para o baile, então vou ficar andando pelo shopping procurando algo legal, quer vir comigo Lurete?-Lysandre perguntou sem se preocupar de ter sido interrompido.

-Ela não pode, tem que comprar as maquiagens para usar hoje.-Rosalya olhou para mim.

-Acho que você pode escolher para mim, eu prefiro olhar outras coisas, pode ser? E você pode ficar com a Iris.

-Tudo bem, é até melhor porque eu escolho as coisas para você. Você escolhendo seria um desastre.

Eu voltei a olhar pela janela, esperando chegar.

Não demorou muito e tínhamos chegado no shopping. Na frente a Iris já estava nos esperando.

-Tchau, Rosa.-Eu falei descendo do ônibus-Nos encontramos na praça de alimentação.

-Tá.

Eu encontrei a Iris, ela parecia nervosa.

-Eu não vou poder ficar com vocês, Iris. Eu vou procurar algumas coisas com o Lysandre.

-Tu-tudo bem.-Ela gaguejou um pouco.

Eu entrei no shopping e o ar gelado percorreu pelo meu corpo.

-Aonde você quer ir Lysandre?-Eu perguntei.

-Eu queria ver algumas músicas e aparelhos de som novo. O meu quebrou. Eu conheço uma loja perfeita que vende essas coisas.

Ele foi andando na frente enquanto eu o seguia. Nós não trocamos nenhuma palavra até chegar na loja.

-Chegamos-Ele disse.

-Pelo menos você não se perdeu dessa vez.-Eu brinquei.

-Já vim tantas vezes nessa loja, impossível se perder.

Eu iria responder que para ele isso não era impossível, mas preferi ficar quieta.

-Eu estarei andando por aí. Nos encontramos aqui fora. Eu prometo não me perder-Ele falou e foi andando sem nem me esperar.

Eu resolvi entrar na loja eu fui para a parte dos celulares.

Não tinha muito o que fazer nessa loja então fiquei mexendo nos celulares esperando dar a hora.

O celular que eu tanto queria estava vendendo nessa loja, mas estava tão caro. Fiquei mexendo nele aproveitando o pouco tempo que eu poderia ter.

-Esse celular é um máximo, né?-Alguém falou atrás de mim- Uma pessoa que eu conhecia gostava muito desse celular, mas uma pena que ela foi embora.-A voz era triste.

Eu me virei para trás para ver quem era.

-Você.-Falamos em uníssono.

Armin se afastou de mim sem dizer uma palavra.

-”Uma pessoa que eu conhecia”?-Repeti suas palavras-Pois ele vai ouvir agora.

Eu fui andando em sua direção.

-Eu não sabia que namoro agora é  apenas com uma pessoa que você conhece.-Eu ironizei-E ainda por cima, eu não fui embora, você me deixou.

-O que importa agora.- Ele falou sem se virar-Você agora já tem outro preferido.

-Como você é orgulhoso. Eu só esbarrei nele e ele caiu por cima de mim, trocamos algumas palavras e pronto. Se você não quiser escutar a verdade, então não era pra dar certo mesmo.-Eu tentei ser o mais forte possível-Eu preciso ir agora.

-Por quê? Você vai encontrá-lo agora?-Ele começou a andar.

Eu fiquei parada, não acreditando no que eu tinha escutado. Como ele era teimoso. O Castiel tinha apenas caído por cima de mim, o que tem demais nisso?

Eu corri para a entrada da loja, onde o Lysandre já estava me esperando.

-Desculpa, Lysandre. Eu vou encontrar as meninas agora.

Eu saí sem dar oportunidade do Lysandre falar. Imaginei que elas estivessem na nova loja de maquiagem então eu fui andando para lá.

Eu entrei na loja e fiquei procurando pelos enormes corredores por elas. Elas não estavam mais lá, eu fui ver nos caixas e eu as pude encontrar.

-Por favor, vamos embora agora.-Eu falei para a Rosa.

-Mas nós já vamos pagar.-Ela apontou para o caixa.-E nós não íamos para a casa da Melody?

-Se você não for eu vou sozinha então.-Eu já estava me virando para ir embora.

-Espera, eu estou indo.-Ela colocou todas as coisas que pegou e deixou por lá mesmo.-Eu falo com a Melody que nós duas não poderemos ir.

-Iris, você vem com a gente?

-Não, meu irmão foi comprar algo na loja de música e ele vai me dar carona para a casa da Melody.

-Tchau então e desculpa.-Eu a abracei.

-Tudo bem, não precisa se preocupar.

Eu e a Rosa começamos a andar em direção à saída do shopping. Passamos pela loja onde eu encontrei o Armin e ele estava saindo de lá. Eu abaixei a cabeça e me escondi na Rosa. Eu não sei se ele me viu, mas eu também não queria saber. Suas palavras me machucaram muito.

A volta foi mais silenciosa que a ida. Rosalya até tentou trocar algumas palavras comigo, mas eu não queria conversar sobre nada.

Ela me levou até a porta de casa e foi embora andando.

Eu corri para o meu quarto sem dizer nenhuma palavra aos meus pais. Eu me joguei na cama e fiquei lá por um tempo.

Eu pensei não ir mais no baile, mas eu não teria esperado tanto tempo para não usar o vestido.

Quase uma hora antes do baile começar é que eu tinha decidido que realmente iria a ele. Eu peguei o vestido, coloquei meu salto alto e pus alguns acessórios. Coloquei uma maquiagem bem leve e deixei meu cabelo solto para trás.

Desci as escadas e meus pais pareciam ter adivinhado porque ambos estavam me esperando na frente da escada. Meu pai segurava uma câmera fotográfica e minha mãe me analisava de cima a baixo.

-Você está linda, filha.-Ela deu um enorme sorriso.

-Uma pose para a foto.-Meu pai balançava a câmera.

Eu abri o meu melhor sorriso e o flash instantaneamente surgiu.

-Ficou linda.

-Seu pai vai te levar hoje, com direito à carro e tudo.

-Vamos?-Meu pai pegou as chaves.

Nós andamos para o carro. Ele abriu a porta para mim.

-Por favor senhorita.

Eu entrei no carro e ele fechou a porta. Logo depois ele entrou e ligou o carro.

Ele deu partida e começamos a andar.

Não falamos nada durante o percurso.

Chegando perto da escola as luzes da discoteca inundava a região. Estava tudo muito bonito. Alguns alunos entravam na escola.

-Pode me deixar aqui pai.

-Tudo bem.-Ele parou o carro.

Saiu do carro e abriu a porta para mim. Eu agradeci e me despedi dele.

Andei até chegar perto da entrada da escola. Parei por um momento, respirei um pouco e entrei com o pé direito, torcendo para tudo dar certo nessa noite.

A escola estava bem cheia. Por sorte eu não encontraria o Armin aqui, já que foi proibido de vir.

Eu de longe avistei a Melody e a Violette conversando. Eu resolvi ir até elas.

-Oi meninas.-Eu falei.

-Você está bem?-Violette perguntou baixinho.

-Estou sim.- Tentei parecer confiante.-Desculpa por não ter ido hoje.

-Que bom e tudo bem.-Ela se alegrou-Eu vou pegar uma bebida e já volto.

-Tudo bem.-A Melody respondeu.

Ela se distanciou da gente.

-Muito obrigada, Lurete.

-Pelo o quê?-Eu fiquei confusa.

-Você me deu coragem e eu consegui perguntar ao Nathaniel se ele queria ir ao baile. Ele aceitou, mas pediu que fosse como amigo. Já é algo bom, né?

-É sim Melody.

Uma música começou a tocar.

-Vamos dançar?-Eu perguntei.

-Claro.

Nós fomos para a pista de dança e começamos a dançar.

Ela parou pouco tempo depois, mas eu continuei a dançar. Chamei todo mundo possível para vir dançar comigo, até mesmo o Lysandre que dançou todo tímido.

A Rosa dançou muito bem, mas logo depois foi encontrar o Leigh.

Eu já estava meio cansada e resolvi tomar um ar.

Eu fui para fora da escola e me sentei num banco que tinha por perto.

Eu me sentia feliz naquela hora, mas triste ao mesmo tempo. Não era assim que eu tinha planejado o “Baile Perfeito”.

Eu fiquei admirando as estrelas enquanto uma leve brisa passava por mim.

Porém eu ouvi alguns barulhos, parecia alguém chamando.

-Ei!-A voz dizia.

-Quem está aí? Apareça!-Eu pedia.

-Ei!-Mais uma vez a voz disse.

-Eu não estou brincando, apareça.

De repente uma pessoa saiu do meio das árvores. Eu dei quase um pulo, mas fiquei tranquila ao descobrir quem era, o Armin.

-O que você está fazendo aqui?

Ele se aproximou de mim.

-Eu só quero que você me escute agora. Por favor, não diga nenhuma palavra.-Ele pegou a minha mão.-Me desculpa por agir feito um idiota, eu sabia que estava errado, mas o orgulho era maior. Me desculpa por ter te dito aquelas coisas frias, mas na verdade eu só queria te abraçar nesses momentos. Me desculpa por pensar em algo que não era, você apenas esbarrou nele e caíram, eu sabia que não estava acontecendo nada demais, mas como eu já disse, o orgulho era maior. Eu agora só quero te abraçar e te beijar e esquecer tudo o que aconteceu, você aceita?

Eu o puxei para mim e o beijei calmamente. Era o beijo que eu queria ter dado nele nesses dois últimos dias, mas eu tinha medo da sua reação.

-Eu te perdoo por tudo, porque eu te amo.-Eu sussurrei para ele.

-Eu também te amo.

A gente se afastou um pouco e ficamos nos olhando.

-Se você estiver afim de, você sabe o que, não tem ninguém na minha casa hoje.

-Armin!-Eu soquei seu peito-Você acabou de estragar o momento.

-Eu imaginei que o momento poderia ser terminado com…

-Só rindo de você mesmo.-Eu abri um sorriso longo-Mas, eu quero muito com você.

Ele me beijou com força por um momento e terminou com um abraço.

-Eu vou pegar o carro, espera aí.

-Tudo bem.

Ele saiu correndo para pegar o carro. Alguns minutos ele apareceu com o carro e me convidou para entrar.

Eu entrei e nós seguimos caminho.

Demorou um pouco para chegar na sua casa, mas eu estava muita tensa então era tudo que eu menos me importava agora.

Ele estacionou o carro e nós entramos na casa. Ele nos dirigiu até o seu quarto.

Nós ficamos meio desconfortáveis no começo, mas depois tudo ocorreu tranquilamente. Estávamos muito nervosos, mas isso não nos atrapalhou.

Depois eu adormeci em seus braços sem se lembrar que minha mãe estaria maluca sem saber de mim.

Foi um momento muito mágico para mim. Eu me sentia nas nuvens e mais feliz por ter voltado com ele. O Armin era tudo que eu precisava na vida.



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