DAEHYUN P.O.V
Me levantei estranhando o silêncio que fazia em nossa casa, parecia que estava sozinho, porém ao caminhar mais meus olhos encontraram Youngjae no sofá deitado lendo uma revista.
- Cadê todo mundo? – perguntei me aproximando dele.
- Zelo e Bang foram a um programa, Himchan e Jongup estão tirando fotos para uma campanha e bem. – ele abaixou a revista me encarando. – Eu estou aqui e você também. – ele riu.
- Wow que descoberta. – joguei uma almofada nele e me sentei no pequeno espaço que tinha próximo aos seus pés. – Que tédio. – cocei a cabeça sacudindo meus cabelos.
- Desenha alguma coisa, ou assiste a um filme qualquer. – disse ele com a revista em frente aos olhos novamente.
- Mas o que é que tem de tão interessante nessa revista? – abaixei a mesma e vi um artigo sobre namoro. – O que é isso?
- Não é nada. – ele levantou novamente, porém agora fechando colocando abaixo do seu corpo. Agora estava de lado no sofá olhando para a televisão que havia acabado de ligar.
- Você esta bravo? – me joguei deitando atrás dele.
- Não. – falou com um enorme bico.
- Aish! Que fofo! – apertei ele.
- Ah! Daehyun! Para! – exclamou. – Me larga.
- Me lembre de comprar um pouco de humor para você quando eu for ao mercado. – ele nada disse apenas continuou olhando o televisor. Então me virei subindo sobre ele o virando de barriga para cima.
- Daehyun!
- O que você tem?
- Só estou desanimado. – falou me olhando nos olhos.
- Sei. – fiquei olhando para suas íris escuras, fazia um tempo que queria testar algo. – Youngjae.
- Hum? – soltou ele encostando suas mãos no meu peito evitando que me aproximasse demais.
- Você ...
- Eu? – perguntou calmo, mas não continuei a falar.
No minuto seguinte meus lábios se encontraram com o dele, meu corpo se aqueceu e o senti tentando me afastar de si, até que ele simplesmente parou e adentrou com sua língua que logo se enroscou na minha. Minha cabeça inclinada para um lado enquanto a sua para o lado oposto, sentia seu coração bater acelerado e juro que podia ver os batimentos do meu. Então eu me afastei por calcular errado o ar que havia inflado meus pulmões.
- O que pensa que esta fazendo? – perguntou me olhando bravo.
- Desculpe. – sai de cima dele me sentando, logo o vi em pé.
- Que tipo de coisa anda pensando? Hum? O que é isso? Me responde Daehyun! – odiava quando ele me chamava no tom que usava agora.
- Eu não ando pensando nada. – eu olhava o chão.
- E é por não pensar em nada que coisas assim acontecem! – me levantei e o encarei.
- Eu penso sim! Eu pensei que você entenderia o que acabei de fazer, achei que assim como eu, você possuía essa curiosidade. Caramba Youngjae, estamos nessa a mais de quatro anos. Eu não aguento mais. - o olhei e o mesmo estava encarando o chão. – Quer saber esquece, esquece o que eu fiz, eu vou para meu quarto. – me virei e antes que pudesse sair daquela sala senti sua mão segurando a minha e o olhei.
- Dae, não fica assim. – pediu e eu apenas balancei a cabeça negativamente.
- Me solta, não era você que estava bravo com tudo? Vou deixar você em paz. – me soltei de sua mão e sai, porém agora senti suas mãos na minha cintura em um abraço no qual Youngjae encostava a cabeça nas minhas costas.
- Desculpa. – respirei fundo e me virei tendo agora seus olhos nos meus.
- Vou te perguntar, porque quero a certeza de que não passei quatro anos imaginando coisas. Youngjae você gosta de mim? Tipo de gostar, gostar mesmo.
- Gosto. – sorri.
- Não como amigo certo?
- Sim.
- Graças! Achei que estava doido e havia confundido todos os carinhos que trocamos. – antes mesmo que eu pudesse fazer ou dizer mais alguma coisa, Youngjae me beijou.
Naquela manhã era somente Youngjae e eu, lembro que nossos corpos se entrelaçaram um tempo depois e o modo como explorei toda a extensão de sua pele. Seu cheiro e o modo como se movia freneticamente sobre minha cintura foram coisas que deveriam ser gravadas, porém isso seria errado. Eu não conhecia nem metade das expressões que o mais novo poderia fazer, seus sorrisos cheio de êxtase e o jeito que seus fios negros caiam sobre seu rosto com o balanço que o corpo fazia, me deixavam a um ponto onde o equilíbrio e todo meu senso de juízo se perdiam.
Nele haviam coisas tão lindas quanto a sua voz, cada linha, cada curva, cada maldito detalhe faziam tudo permanecer mais excitante. Eu esperei durante anos que fosse verdade seus sinais, que eu não havia enlouquecido e perdido completamente a razão e agora estava ali, naquela cama com seu corpo colado ao meu, nus e com o mundo acontecendo fora daquele quarto.
Não houve um minuto em que eu não pensasse em tudo o que vivemos, a nossa realidade por trás dos palcos, da fama e popularidade, creio que em um momento tudo isso havia se misturado, mas na minha mente aquilo tudo era a minha história com Yoo Youngjae.
- Dae. – chamou sem me olhar, ainda apoiando sua cabeça sobre meu ombro. – Eu te amo.
- E eu te amo Youngjae.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.