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História Nossa Surpresa - Se Partiu, Não Deveria Voltar


Escrita por: SlenderMWoman

Capítulo 20 - Se Partiu, Não Deveria Voltar


Fanfic / Fanfiction Nossa Surpresa - Se Partiu, Não Deveria Voltar

- Tem certeza que não quer?

- Tony, você vai o garoto se atrasar muito.

Com essa confusão se iniciou o dia na Torre Stark. Peter arrumava seu material com bastante pressa, com medo de se atrasar mais do que o habitual já que estava, temporariamente, em um endereço mais distante da escola; Harry ligava e mandava mensagem, esperando o amigo chegar ao colégio, como fazia todos os dias. Para complementar sua rotina agitada, Tony não parava de oferecer uma carona ao filho em um de seus belíssimos e caros automóveis, mesmo que o jovem continuasse a recusar, preferindo continuar usar sua velha bicicleta ao invés de fazer o bilionário se preocupar com algo que Peter já tinha como rotina; Steve já começava a se sentir envergonhado com a insistência do amado; Wanda apenas assistia tudo em silencio da cozinha, enquanto preparava seu café-da-manhã.

- Só estou dizendo que para que pedalar quando se pode usar, não qualquer um, mas OS melhores dos melhores carros do mundo. – explicou-se Stark, se vangloriando

- Carros? – Wanda começou sarcástica, voltando da cozinha – Estou surpresa por ver o Homem-de-Ferro em si não oferecer um voo de armadura.

O mesmo pensou por alguns segundos – Pensando bem...

- Não! – praticamente, gritaram os outros três

No mesmo instante, Happy, que estava a par da discussão desde que chegara, chegou de elevador no andar.

- O carro já está pronto. Só vim me certificar sobre a resposta final de alguém. - lançou o olhar para Peter

O mais novo já estava pronto para recusar mais uma vez quando seu telefone tocou mais uma vez. A insistência de Harry estava em um nível maior de esquisitice, até mesmo para ele.

- Pessoa insistente, não? – Steve comentou dando um leve sorriso, entregando o celular ao rapaz, pois estava mais próximo do aparelho

Desconfiando que essa perturbação do amigo não fosse apenas para apressa-lo, atendeu.

- Fala, Harry. – começou impaciente

- Não sei se você sabe, Parker, mas os celulares têm a opção atender! – Osborn respondeu de forma acelerada, fazendo com que qualquer pessoa do outro lado da linha conseguisse sentir seu coração aos mil batimentos

- Isso tudo só para me apressar para aula? Esqueceu de estudar pra alguma prova de novo? – riu com sacarmos

- Cara, se você soubesse da situação agora, duvido que estaria fazendo piada!

- Você preocupado com alguma coisa que não seja suas notas? Deve ser pior o fim do mundo.

- Ou tão ruim quanto! Julgue você mesmo se acha que estou exagerando.

- Já falei para você contar, Harry.

- Não adianta falar agora, você tem que ver com os seus próprios olhos! – o loiro estava começando a elevar o volume da voz - Sério, eu juro que estou indo te buscar se você não estiver saindo nesse instante!

- Não! – agora, Peter foi quem gritou. Ele conhecia Harry o bastante para saber o quanto o amigo era capaz, até hackear o aparelho do moreno para descobrir seu paradeiro. Não que ele estivesse tentando esconder sua família adotiva de seu melhor amigo, mas era muito melhor saber por ele, e não de outra forma. – Eu estou saindo agora mesmo. Juro. – falou enquanto corria para o elevador em que Happy o aguardava, descendo para onde estava o grande carro preto

- Acho bom que esteja mesmo! – foi a última coisa que o outro disse antes de encerar a ligação, enquanto o amigo e Happy entravam no carro.

- Olha, se quiser, – Happy comentou, fazendo Peter prestar atenção – posso te deixar um pouco antes da entrada do seu colégio, se quiser evitar um questionário do seu amigo aí sobre chegar com algo bem maior do que sua bicicleta. – os dois deram um pequeno riso

- Valeu, Happy. – Peter apenas riu de como parecia que o chofer entendera sua situação sem que ele precisasse se explicar

Enquanto os dois seguiam para seus destinos, Steve não deixou de reparar na mudança de ideia tão instantânea do garoto.

- Ele não lhe pareceu meio nervoso? – perguntou, mirando o olhar para o amado

- Deve ser só alguma coisa sobre um trabalho qualquer – o outro falou, dando de ombros, antes de colar seu corpo com o do mais alto – Fica frio, Capicolé. Não dever ser nada que o nosso filho não consiga resolver. Ele sempre soube se cuidar, e ser agora que isso vai mudar.

- Não posso evitar, Tony, Eu só... – suspirou pesado – não quero correr o risco de perde-lo outra vez.

Stark sentiu um peso cair sobre si ao ouvir aquilo. Um peso com que ele já era familiarizado. Um peso que vinha toda vez que o acidente com seu filho era trazido à tona. Conhecido como culpa. A culpa que não lhe deixava dormir à noite. A culpa que fazia com que ele pensasse em observar seu filho a cada segundo para garantir que ele voltasse para casa. A mesma culpa que lhe fazia se sentir como o pior pai; o pior namorado; o pior fracasso que já existira.

Mas o playboy sempre teve certa habilidade em esconder suas emoções e, principalmente, cicatrizes. Não iria mostrar a ninguém, nem ao Steve, o quanto estava se sentindo aos pedaços. Ele era um gênio quando se tratava sobre construir, consertar e aperfeiçoar coisas. Se estava quebrado, conseguiria se consertar sozinho, não?

- Steve, escute aqui. – falou frio e autoritário – Nem chegue a pensar nisso, tá?! Não serei idiota ao ponto de deixar que o moleque saía escorrendo pelos meus dedos de novo! Pode esquecer o que aconteceu no passado porque farei com que ninguém se lembre daquele maldito dia!

Ambos ficaram apenas se olhando por alguns segundos. O ex soldado apenas tentava entender o tom que o amado acabara de usar com ele, como nunca havia feito antes. Tony seguiu rapidamente para seu laboratório, onde sempre ia para afastar os pensamentos, antes que Steve fizesse algum comentário e ele expondo mais coisas do que devia.

O mais alto apenas o seguiu com olhar, ainda confuso e meio incrédulo, até as portas do elevador se fecharem e direcionar sua atenção para Wando, que apenas assistira a cena sem nada comentar, esperando que ela dissesse o que ele deveria fazer.

- Acho melhor dar a ele um tempo. – a feiticeira falou, sem precisar ler a mente do outro para entender que era necessário um conselho – Não parece que ele vai estar pronto para falar sobre isso tão cedo.

Steve apenas assentiu, pensativo Parece que ter muita paciência com Tony se quisesse que tudo se resolvesse.

Peter conferia o material antes de sair do veículo. Não estava na frente da escola, pois Happy o deixara a alguns metros de distância da entrada do prédio. Isso só não bastaria, mas ajudava estar na direção contraria do estacionamento de alunos e dos ônibus e estar atrasado ao nível de não ter muitas pessoas para verem sua chegada “de luxo”. Mas o garoto sentia que aviam olhos o observando, mas como seu sentindo aranha nada o alertara, tentou ignorar, já que, mais cedo ou mais tarde, a pessoa iria aborda-lo.

- A que horas termina sua aula? – Happy comentou, enquanto observava o jovem fechar a porta atrás de si – Talvez colida com o horário que a srta. Potts sairá das Industrias Stark.

- Valeu, mas uma carona já foi mais do que o bastante por um dia. – deu um pequeno riso – Além do mais, já estou acostumado com o caminho até a casa da minha tia. Qualquer coisa, chamarei um taxi para a Torre.

Happy apenas assentiu antes de dar partida no carro e se despedir do aranha com uma buzina, recebendo um pequeno aceno de volta. O mesmo olhou para os dois lados para se certificar de que não havia mais ninguém por ali, passando normalmente pela entrada do colégio. Quer dizer, antes de ser puxado pela manga do casaco, dando de cara com o moreno aloirado que ele já conhecia.

- Mas o que foi isso, Harry? – praticamente gritou enquanto verificava se seu ombro não havia sido deslocado com o ataque surpresa

- Me diga você, Parker. – o outro lançava um olhar intimidador e, ao mesmo tempo, curioso – Você chegando com um carrão daqueles, e de motorista ainda?! Arranjou outro amigo mais ricaço do que eu?! Pode se explicar!

Peter suspirou por dentro, pois sabia que aquilo era apenas drama fazia, mas, ao mesmo tempo, percebia que ele estava mesmo exigindo uma explicação, pois, realmente, o rapaz que trabalhava no Clarim Diário ficar rico em um final de semana e já começar a ostentar assim, mesmo que seja uma carona, seria muito improvável de acontecer.

- Ah, isso... – sua boca abria mas as palavras ficaram presas em sua garganta, fazendo com que ele soltasse a desculpa mais acreditável em mente, que não era totalmente mentira – Foi um parente rico meu que ofereceu uma carona.

Harry o olhou mais desconfiado – “Parente rico”? Como é que você nunca me falou dele?

- Eu não sabia que ele existia até esse fim de semana. – deu de ombros, pois continuava a não ser uma mentira

- E você aceitou mesmo? – pelo tanto que conhecia o amigo, Osborn sabia que o outro recusava qualquer chance de se sentir como alguém de “alta classe”

- Bem, é que certo amigo meu estava quase prestes a me sequestrar se eu não chegasse logo à escola, porque tinha a notícia mais urgente da história para me contar, sendo que eu pisei aqui e a primeira coisa que ele fala é sobre como eu cheguei!

- Verdade! Foco! Só tenta não surtar, ok? – respirou fundo antes de continuar – A Gwen voltou.

Peter deu um pequeno riso, negando com a cabeça. Não havia como a Gwen – a mesma Gwen com quem teve um romance no passado, que terminou o mesmo relacionamento, por quem ele se arriscou tantas vezes para depois ir embora e não dar notícias por tanto tempo – ter voltado.

- Olha, Harry. Se estivéssemos perto de Abril, eu poderia ter caído melhor nessa.

- Eu sabia que você não iria acreditar em mim. – O sinal tocou, indicando que os alunos deveriam se dirigir às suas respectivas salas – Vá e veja fosse mesmo! Te vejo depois.

Então, Harry seguiu para sua aula, deixando Peter sozinho com seus pensamentos. E se Gwen estivesse, realmente, de volta? Se fosse a tempos atrás, ele pularia de alegria em seus braços sem pensar duas vezes. Mas agora, ele estava confuso. Há pouco tempo, estava questionando sua sexualidade e seus sentimentos por alguém com quem nem deveria ter amizade, sem falar que havia muitas chances de não sentir o mesmo que sentia pela garota. Como a mesma havia dito: eles seguiram caminhos diferentes.

O aranha nem prestava atenção na aula e nas coisas ao seu redor, que só percebeu o quanto estava distraindo quando ouviu a doce voz, que tentara por muito tempo, lhe chamar.

- Você não mudou mesmo, não é? – sussurrou e riu a jovem Stacy. Sim, ela havia voltado.

O outro apenas permaneceu em silêncio, admirando-a. Os traços permaneciam os mesmos, mas, de certa forma, estava mais bonita. Mas não eram esses detalhes que faziam a atenção voltar para si. Era o fato que Peter ainda não conseguia acredita. Ela estava mesmo de volta.

- Gwen...? – não conseguiu esconder a surpresa e confusão, o que fez a garota alargar o sorriso

- Que bom. Achei que não lembrava mais o meu nome.

- Você não se lembra do meu?

- Como seu eu pudesse esquecer, Peter Benjamim Parker... – sussurrou de volta antes de voltar a atenção para a matéria

Mesmo que quisesse, não conseguiria fazer o mesmo. Em sua cabeça, só circulavam as palavras: ela estava, realmente, de volta. Rapidamente, pegou o celular, pensando em se distrair com outra coisa. Lá estava uma notificação de nova mensagem, que não hesitou em abrir.

“Segunda-feira, Baby boy!!!! Pré-Terça!! Sei que o que você menos quer agora é me ver de novo, mas, por favor, não falte ao nosso encontro semanal. Vê se não me esquece, senão te sequestro. Também é melhor que você não me substitua. Beijos com molho de chimichangas ;-)”

Ah, Wade. – Pensou – Por favor, não faça as coisas mais complicadas...



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