História Nosso caos - Tortura

Adam pagou algumas cervejas para mim.

Na verdade, ele estava sempre colocando mais uma cerveja na minha mão.

Eu saí por um momento para escolher uma música que eu gostava e quando voltei Adam estava cercado de mulheres, claro! A maioria dos homens naquele lugar eram barrigudos ou carecas, ou os dois.

Me aproximei segurando sua mão e fuzilando aquelas garotas com os olhos e logo elas se afastaram. Aproveitando sua mão na minha, ele passou a brincar com os meus dedos.

Toda a sua atenção estava voltada para mim, ele me cercava como um predador. Enquanto eu bebia, ele beijava meu pescoço.

Adam fazia a minha respiração acelerar e minha cabeça girar mais do que qualquer bebida. Eu me arrepiava sempre que ele mordia minha orelha.

Adam mordia meu pescoço e depois beijava onde havia doído.

Me excitando, me fazendo desejá-lo ainda mais. Quando a música que eu havia escolhido finalmente começou a tocar, Adam passou as mãos nas minhas coxas, olhando para minha boca, tudo nele gritava indecente, safado, gostoso.

Ele passou os dedos de leve pelo meu braço até o ombro, fazendo meu coração disparar.

Droga. Droga. Droga.

Fechei minhas mãos em punho para impedir meus dedos de tocá-lo.

Seus olhos castanhos me olhavam de forma possessiva, torturante. Sua mão acariciou meu rosto, o polegar passando por meus lábios. Eu não tirava os olhos de seu rosto.

Adam me abalava.

Umedeci os lábios com a língua, o convidando a um beijo intenso.

Adam me beijou me segurando com força pelos cabelos, me fazendo gemer enquanto chupava minha língua.

Kellan nos interrompeu, ele tinha bebido demais.

Adam olhou bem para ele, muito puto.

-- Amor! Vem dançar comigo. Não precisa ficar com ciúmes, eu sou gay.

Kellan falava muito alto.

-- Meu Deus! - tapei a boca dele com a mão. -- fala baixo! Vamos para casa.

***

Acordei um pouco desorientada.

Droga de ressaca.

Logo meus pensamentos foram para Adam. Não acredito que eu fiquei com ele. Onde eu estava com a cabeça? Como eu vou olhar para Alistair?

Eu precisava de um banho para pensar com mais clareza. Depois do banho, eu fiz café e fui para sala onde Kellan estava deitado no sofá, acabado.

Servi café para o Kellan.

-- Droga! Eu não lembro nem como cheguei aqui. - ele disse.

-- Sorte sua. - respondi, e me sentei ao seu lado.

Ele ainda estava meio deitado.

-- O que aconteceu ontem?

-- Eu fiquei com Adam.

-- E você diz isso assim?

-- Você nos interrompeu e ainda falou para ele que era gay. - falei.

-- Eu não disse isso.

-- Alto o suficiente. - sorri e Kellan balançou a cabeça.

-- Esse sofá é tão confortável, acho que eu vou ficar por aqui.

-- E a fazenda?

Ele fez uma careta e disse:

-- Não posso ir para lá com essa cara. Ninguém pode me ver assim.