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História Nosso fluxo perfeito - Capítulo 29 - "Mistérios..."


Escrita por: Agattah_Morena

Notas do Autor


Primeiramente: Obrigada por chegarem até aqui !!!😍😍😍😘😘😘
Ps: Ah sim, a fic terá mais dois capítulos, já q um dos cpts anteriores foi só um aviso...😉
Segundamente:


Boa leitura!💚

Capítulo 29 - Capítulo 29 - "Mistérios..."


Fanfic / Fanfiction Nosso fluxo perfeito - Capítulo 29 - "Mistérios..."


                  "Ponto de vista de Gabriel Marins"

 Eu não sabia o que tava fazendo, o que tava acontecendo, era como se o impulso me controlasse. Eu vi ela chorando , eu tinha atirado em seu braço ,eu não sentia remorso, mas eu queria chorar. Talvez eu sentisse sim, mas eu sou frio demais para admitir.
     Quando saí daquela casa, a primeira coisa que eu fiz foi pegar um carro e ir pra longe, eu peguei, eu saí feito um louco, pouco me importando com Lia, ou com a puta da Sandra que não parava de berrar. Mas olha onde eu tô agora, parado na estrada, com uma chuva caído lá fora e outra aqui dentro. Uma parte de mim me mandando ir, e outra implorando pra eu voltar.
      "Droga! O que eu fiz? O que ela fez comigo?  A culpa é toda tua Gabriel, continua o mesmo otário!" 
      
      Ela beijou ele... Por que? Eu não significo porra nenhuma pra ela? 
    Eu devia ter continuado o que eu comecei, devia ter sido mais forte, mais frio, mais cafajeste...Mas ela me deixou fraco, vivo, romântico. Ela acordou uma parte de mim que dormia a anos, despertou algo bom que eu não sabia que ainda existia, me fez mostrar o meu melhor lado. Eu me perdi nela, me perdi de uma forma que me deixou cego, tão cego a ponto de não ver mais o chão e sair dele, eu saí da realidade, por um momento eu esqueci do meu passado... Vivi uma ilusão. E o pior é que, eu quero voltar pra viver um pouco dessa porra denovo.
     Minha cabeça tinha se encostado no volante, eu não sabia o que fazer. Ela me traiu,  eu atirei nela, matei a mãe dela, acabei com a vida dela, talvez eu mereça isso, talvez ,Não! eu sei que mereço sim, e coisa pior, mas nada seria pior que isso. 
   Eu preciso dela...
   Eu nem percebia, mas eu dirigia,  meu corpo tava ali, mas eu não. Minha cabeça tava longe, pensando na única que conseguia ocupar minha mente. 
   E quando eu percebi, já tinha voltado pro mesmo lugar de onde eu saí correndo. 
      Deixei o carro no acostamento e fui até a casa, vi gotas de sangue na varanda, coisa que eu não tinha visto antes, a raiva me cegava.
            "O que eu fiz?"
      Assim que eu abri a porta, eu vi mais sangue no chão ,perto do sofá. A casa parecia vazia, a culpa me consumia cada vez mais, eu poderia chorar, mas não conseguia. 
      Lia, Lia, Lia...Felipi, só ele sabia onde ela tava, mas a essa altura, ele já deve estár sabendo quem foi o causador de toda a dor dela. Mas eu preciso falar com ela,  nem que pra isso eu tenha que brigar com Felipi.
      Decidi ir até à cozinha para me certificar de que realmente não havia ninguém, -já que a porta tava aberta- eu já ia embora, quando ouvi passos vindo da escada.
     Voltei pra sala, e encontrei Felipi, ele ainda não tinha me visto, até chegar no último degrau.
- Não, tu não teve a cara de pau de voltar!- gritou
- Cadê a Lia?
-Lia, Gabriel? Mano, tu podia ter matado ela, porra! - eu caminhei até onde ele tava, se fosse pra levar um murro na cara, eu levaria, sei que mereço.- E agora vem com essa de "cadê Lia"?- ele me empurrou, por pouco eu não caí.
- Cadê ela?- insisti, ignorando a raiva de Felipi.
-Eu devia te matar!- depois disso, eu me vi olhando pro lado, com o nariz sangrando.-  Isso não é nem metade do que tu merece! Ela tomou um tiro, seu filho da puta! Aquele tiro poderia ter matado ela! Eu achei que cê gostava mesmo dela, que ia mudar, mas atirou nela só porque viu ela beijando Brian, um beijo que ela não quis! A tua raiva destrói tudo, Gabriel, e sabe, ela tá te destruindo também!
   Eu sempre fui imbecil demais, e só agora eu tive a certeza, eu não merecia a Lia, mas eu sabia que ela merecia que eu recompesasse os meus erros, já que tinha coisas que eu não podia concertar.
     Meu nariz sangrava mais, eu ouvia cada palavra que ele dizia, eu voltei a encarar Felipi, não importava o que ele dissesse,nada ia me fazer desistir dela, ou pelo menos, de fazer ela sorrir , antes de ir.
-Eu só quero concertar o que eu fiz.
- Concertar é o caralho! Tu só vai piorar mais as coisas, some daqui, Gabriel, vai ser melhor.
- Eu não vou embora até tu me dizer onde ela tá!- gritei.
   Felipi foi até a porta que dava para fora.
-Cara, tu disse que matou a mãe dela! Ela desmaiou aqui ,  só por lembrar disso, cê acabou com ela... E agora, pode ter certeza,  ela nunca vai te perdoar.
- Não importa se ela não me perdoar. Eu só preciso falar com ela, me diz onde ela tá.
 -  Vai embora...
- Não! Me diz onde ela tá!
- Eu não posso.
     Fui até ele, Felipi nem me olhava, mas eu encarava ele, a fim de convencer.
-  Eu só quero ajudar, eu posso procurar a irmã dela, é isso que ela quer né? Me deixa acabar com isso.
   Depois de uns segundos e um suspiro, ele respondeu.
- Vou te dar o endereço do hospital.
     Felipi saiu e pegou um caderno e uma caneta que estavam jogados no sofá, ele me entregou uma folha com o endereço.
- Se acontecer mais alguma coisa com ela, eu te mato, ta ligado?- ele disse enquanto ainda segurava o papel, ele falava firme e sem nem um pingo de paciência, eu sabia que a coisa era séria, e também sabia que ele não precisava se preocupar, eu tava falando a verdade, e depois de tudo, eu iria sumir.
- Não vai acontecer nada.- disse, antes de sair correndo e entrar no carro. A chuva só piorava.
         Passei meia hora na porra daquele trânsito, escrevia uma carta, enquanto esperava, caso ela não quisesse me ouvir. A cada minuto ,meu coração acelerava mais, eu precisava falar com ela, pedir desculpas, mesmo sabendo que isso não ia adiantar.
    Assim que cheguei no hospital, estacionei o carro e saí rápido, a chuva continuava, eu já tinha me molhado, quando fui para a recepção.
- Talia Vieira...- Foi só o que eu consegui falar, depois de correr tanto.
- Ah... Quarto 23, o senhor é o...?' 
- Namorado dela.- pena que essa frase era só uma ilusão. Eu não sabia porque tinha falado aquilo, foi só o impulso.
- Ok, venha comigo, por favor.
     A mulher loira que parecia ter uns trinta anos, me levou até um quarto onde eu vi uma garota branca como a neve, talvez pálida, com um curativo no braço e os olhos fechados.
- Ela precisou de uma transfusão, tinha perdido muito sangue,  mas ficará bem, amanhã terá auta.
 - Por que ela tá dormindo?- perguntei, dessa vez olhei para a mulher.
- Demos um calmante para ela, para descansar um pouco, estava muito nervosa, mas ela irá acordar daqui a uns quarenta minutos, se o Senhor quiser esperar...
- Não, eu não vou esperar, só vou ficar um pouco, depois vou embora.
- Ok, vou deixar vocês a sós.
    Ouvi a porta bater, só ouvi, porque meus olhos fixaram na última pessoa que eu devia machucar.
    Os lábios dela não tinham cor, tão brancos quanto a pele, as mãos tão geladas que eu podia pensar que ela não estava mais ali.
   Cara, como ela é linda.
     Eu me aproximei mais da cama e segurei sua mão. Não sabia se ela podia me ouvir, na real, eu tinha certeza que não, mas minha voz saiu.
- Oi, talvez se tu tivesse acordada, aqui não taria essa paz, sei que eu errei muito, tipo; pra caralho mesmo. Eu sei. Também sei que eu não mereço perdão,  e se eu tivesse no teu lugar, eu não me perdoaria, tenho nossão da merda que eu fiz, e, é, eu me arrependo, me arrependo de ter te causado tanta dor, de ter brigado com você, de ter sido um imbecil. Eu me arrependo. Mas ao mesmo tempo, não, porque tudo isso aconteceu depois que eu te conheci, e voltar atrás para apagar cada briga, cada palavra mesmo sendo uma das piores, cada lágrima, e cada vez que eu fui um moleque, seria como não ter te conhecido.  Eu queria ter feito muita coisa, enquanto você conseguia olhar pra mim, eu queria te levar pra caminhar na praia, queria ter ido com você no cinema e assistido qualquer filme merda romântico, queria ter segurado na sua mão como eu tô fazendo agora, e caminhar na calçada. Queria fazer essa droga toda, mas o meu ódio, me impediu. Quem sabe , o que rolou, não foi só pra virar aprendizado? Não sei se você tirou algo disso tudo, mas eu tirei... Eu aprendi a amar denovo, aprendi que eu não sou tão frio quanto pareço, pelo menos não perto de você. Eu aprendi mais uma vez  o que é viver, e se sentir vivo, e cada vez que cê ficava comigo, eu me sentia assim. Mas tá aí, você é bem melhor que eu, e não adianta bancar a durona, eu consigo ser pior. O meu ódio é como a minha própria sombra, não adiantar fugir, ele sempre estará comigo, o seu não. Cê não consegue ser má por muito tempo, eu sei disso. Mas eu sempre vou ser, e não importa quanto tempo eu passe ajoelhado, nenhuma religião pode me salvar. E é por causa disso e de tantos motivos, que eu não vou insistir em nós. E... Sobre a sua mãe, eu juro, não fazia ideia de nada... espero que eu dia você me perdoe, essa é a única coisa de que eu me arrependo. Você é como a luz que apaga a minha sombra, o meu ódio, você me faz ser melhor, mas eu não sou assim, desculpa.
       Deixei um beijo na mão esquerda dela, e coloquei a carta na sua outra mão.
     Eu saí daquele quarto, destinado a procurar a irmã de Lia, corri um pouco e cheguei no lugar onde tinha deixado o carro, abri a porta ,mas decidi não entrar quando vi um filho da puta gritando com alguém pelo telefone, na minha frente.
       Eu me aproximei daquele pau no cú, e sem pensar , virei ele de frente pra mim , e encostei o meu punho naquele rostinho de viado.
- Tá louco seu idiota?!
      Ele me encarou com a mão no local onde eu acertei.
- Encosta nela denovo, que dessa vez , não vai ter mais próxima!
- Ah, - ele soltou um riso, esse cara tá pedindo pra ficar sem "dente"- você tá falando da Lia...Bom, sabe que eu pensei em encostar nela outra vez.
 Eu ri.
- Não brinca comigo, cara, tu tem um rostinho bonito, vai ter que fazer muita plástica pra volta a ficar assim.
- Ela não vai ficar com você, nunca! Esquece ela, o que custa deixar o caminho livre para os outros?
   Ele sorriu. Cada vez que eu via aquele sorriso era como se eu visse o próprio dêmonio. Ele não era quem parecia ser.
- Custa a tua vida nojenta. Sugiro que você fique bem longe dela.- dei mais uns passos, e ficamos cara a cara.- sugiro não, eu tô mandando.
- Só que eu gosto muito dela, sinto muito, mas não vai dar, e... Sabe, eu tô louco pra levar ela pra cama e ouvir ela gemendo meu nome.
         
       Minhas mãos já tinham se fechado, e não demorou muito para eu encher aquele desgraçado de porrada, e conseguir deixar ele no chão.
   
- Quem vai gemer é tú, quando eu enfiar um revolver nesse teu rabo mais rodado que prostituta!- disse, assim que consegui me levantar, depois dei as costas.
- Desgraçado!
    Eu ouvi o "desgraçado" quando quase fui embora, mas eu voltei, ele tava pedindo. 
      Tirei minha arma da cintura e sem pensar duas vezes, mirei no seu peito, mas acabei acertando na perna, tentei ser bonzinho. Ele gritou, por sorte não havia ninguém na rua. 
- Pena que cê tá perto do hospital, queria nunca mais te ver.- sorri, cínico.
- Por que você não me mata logo? Vai, me mata!- o viado dizia, entre gemidos.
- Porque eu não quero ser  culpado pela Lia, por mais uma morte. Agora, eu vou indo, azar pra você...
    Olhei pela última vez, a cara de dor daquele imbecil, e caminhei até meu carro, entrei e comecei a dirgir sem rumo. Até eu me lembrar do que eu devia fazer, o endereço do tal lugar que o Fernando deu ficou gravado na minha mente, coloquei no GPS , e segui até uma bairro onde tinham umas casas com jardins, estacionei o carro um pouco longe do endereço da casa, assim que saí , andei um pouco e parei numa casa branca, igual às outras, parecia não ter camêras, mas eu continuei rondando, procurando a melhor forma de entrar ali, quando eu vi algo que quase  me fez cair...
" - Tio ,aonde a gente vai amanhã?
- Pra casa de um grande amigo, Júlia.
- Pai, eu não vou fazer isso."
      Armas, drogas, mulheres, coração blindado, ódio, família... Tudo aquilo se misturou na minha cabeça. Tristeza, felicidade, eu não sabia o que sentia,  mas tinha certeza que o ódio prevalecia,  dessa vez pior.
     Eu tinha sido atingido por uma bala, denovo, só que eu não caí, talvez eu tenha mesmo aprendido a ser forte.
- Pai...?
    Eles tinham acabado de atravessar o portão da casa, aquele homem me olhou , espantado, como se eu fosse o morto da história. A raiva e a felicidade desputavam, para ver quem ficava dentro de mim.
- Gabriel...
   
" Hoje eu vou te levar, para o melhor lugar Perto das estrelas de frente pro mar Tenho pouco a dizer, eu prefiro fazer Seu beijo pode me drogar, eu odeio me apaixonar Tudo que ela quer me dar, o amor pode drogar Eu odeio me apaixonar, será que ela vai voltar Seu beijo pode me drogar, o amor pode me drogar Me drogar, te amar, me drogar, te amar e me drogar Te amar, me drogar, te amar, me drogar e te amar
 A droga do amor, a droga do amor A droga do amor, a droga do amor..."

 


Notas Finais


Gente, seguinte: FANTASMAS!!!! continuem aparecendo!😂 e geral... Digam oq vcs gostaram, uma cena da fic, uma frase, slla... Me refiro a todos os cpt ok?kkk
Façam o escanbau aí!!😍😘😘😘
Bjssss!!!💓💕💖💞
Vamos além, amores!!😍😘👌💚💜💛💕💖💞👊👏👏✌


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