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História Nosso fluxo perfeito - Capítulo 30 - "Revelações"


Escrita por: Agattah_Morena

Notas do Autor


E aew suas piruas!!!😍😍😍kkkkkk
Mds, achei q n ia acabar esse cpt, mas eu consegui Porrraaa!!!!🙀👊😎 😂😂
Espero q curtam, agradeço pelos comentários e favoritos!!! Cês são topss demais caralhooo!!!😂 Mano, eu tô loka demais, isso pq acabei o cpt, mas ok, vou parar... Vcs tao bem né? Ok, eu tbm!!!kkkk agora, sem mais enrolação.... Vão ler!!!!!!!!!!!! Isso é uma ordem!!!!!😂 #TôSemJuízo


Boa leitura!💚

Capítulo 30 - Capítulo 30 - "Revelações"


Fanfic / Fanfiction Nosso fluxo perfeito - Capítulo 30 - "Revelações"


               "E no fim, só restou a realidade."


    Me aproximei um pouco mais, ficando cara a cara com ele, aquilo não parecia real pra mim, ver ele ali, vivo, não parecia real. Olhei pro seu lado e vi uma garota loira, minha irmã, ela parecia tão surpresa quanto ele. Eu não sabia se ficava feliz por ver eles, ou se saía matando os dois para ter a certeza de que eles iam estar mortos mesmo dessa vez. Meu sangue fervia só de lembrar por tudo que eu passei até chegar aqui. Cada vez que eu briguei com a minha mãe, tratei ela mau pra caralho só por pensar que ela destruío a nossa família, e agora eu descubro que o meu "querido" pai, nunca esteve morto.
- Você... Como me achou?- ele perguntou, ainda surpreso.
  
      "Como me achou", eu que merecia respostas, não ele!
- Como eu te achei? Se eu quisesse te achar, teria ido no cemitério aonde eu achava que você estava!
- Gabriel, eu ... Entre, por favor, precisamos conversar.
- Eu ainda não tô acreditando nisso, então é assim, você finge morrer e depois de alguns anos, decide ressucitar e me contar como é lá no inferno? Valeu, eu vou saber quando morrer, sei que já tenho uma passagem garantida.
    Ele fez um sinal para que Giovana saísse dali com a menina que me parecia ser a irmã de Lia.
     Era bom ver minha irmã de novo, mas dessa maneira, seria melhor não ter visto.
- Em que você se transformou...- me perguntou, talvez admirado com a minha forma de agir. Não o culpo, ele conhecia o Gabriel de quinze anos que o considerava seu melhor amigo e que era legal com todo mundo. Resumindo, o Gabriel otário. Não esse, não eu.
-  Em que? Se pergunte a você mesmo, já que me parece que você e eu estamos na mesma situação, só que em barcos diferentes.
- Não... Gabriel, você não...
- Sim, eu também me transformei num bandido.- falei naturalmente, mas por dentro, eu chorava, eu só queria que aquilo terminasse logo.- Num cara frio, idiota, perturbado, usuário de drogas, assassino... É, acho que já me resumi.
   Ele ainda me analisava, acho que ainda admiriado com cada palavra que eu falei.
- Pra onde? Pra onde foi aquele menino bom que eu vi crescer...- o interrompi.
- Você não me viu crescer! - explodi.
- É , Gabriel, talvez eu não tenha visto mesmo, afinal, você não parece nem um pouco com o Gabriel que eu conhecia, acho que fiquei longe por muito tempo.
- Eu nunca mudei, você que não me conhecia, não conhecia essa versão de mim que só piorou ainda mais com o ódio. Nós temos vários lados, e antes, eu só mostrava o melhor.
      Assim que falei essa última palavra, ele passou a me encarar, igual como Lia fazia, tentava me decifrar. 
      Tarde demais, eu não sou mais o mesmo, e nem o babaca apaixonado de algumas horas atrás, esse reencontro só me trouxe mais ódio. E mais um motivo para eu ter a certeza de que eu não vou mudar.
      Passei por ele e atravessei o portão, subindo uns degraus e entrando na casa.
     Ele me seguia.
- Não quer explicações?- perguntou sua voz , atrás de mim. Eu me virei.
- Não preciso, eu só quero que você me entregue aquela menina para eu sumir daqui e fingir que tu ainda tá morto!- disse , grosso.
- Por que você quer ela?- eu o encarei como se dissesse que não interessa.- Eu não posso fazer isso , Gabriel, eles vão me matar!- disse , alto.
- E daí? Não vai ser nenhuma novidade né? Já que geral pensa... ou melhor, tem certeza que você morreu.
- A vida da sua irmã também está em jogo...- ele meio que desabafou aquilo.
- Ela vai embora comigo, pronto, resolvido.- disse ,como se fosse simples, mas eu sabia que não era.
- Você sabe que não é assim.
  Eu joguei a cabeça pra trás, fechei os olhos, suspirei, e acabei soltando um riso irônico- ele sabia bem mais que eu, que não era assim.-, antes de fazer a minha pergunta.
- Há quanto tempo você tá nisso?
     Ele olhou pros lados, pareceu um pouco desconfortável com aquela pergunta, mas não era ele que queria me dar explicações? Então "vamo" lá, tô a fim de ouvir.
- Isso foi antes de você nascer, eu precisava de grana, e foi aí que uma pessoa apareceu.
- Que pessoa?-me sentei na poltrona ali perto, sem cerimônia, e daí que a casa não era minha, a minha vida também não era dele, mas ele destruío sem ao menos perguntar.
- Pedro, mais conhecido como Romano ...- aquilo poderia me surpreender, mas eu não fiquei surpreso. Era como se tudo se encaixasse, o quebra - cabeça .- Éramos amigos desde moleques, nos conhecemos num parque quanto tinhamos uns cinco anos, só que viviamos em mundos diferentes, ele era da favela, eu era rico, seus avós não permitiam que fossémos amigos, mas eu não obedeci, só queriamos brincar, éramos só crianças. Mas a  brincadeira foi virando coisa séria.- ele fechou a porta .- Crescemos em mundos diferentes, e a cada vez que eu aparecia com algo novo, ele sentia inveja, dizia que queria ter um igual, que a vida era injusta, que ele merecia tanto quanto eu, e o que eram só brincadeiras, foram se transformando em brigas. Mas ele sempre voltava atrás depois, e às vezes eu dava minhas coisas para ele, até que em um dia, quando tinhamos 16 anos, ele apareceu com uma mochila cheia de cocaína, me ofereceu, disse que podiamos fazer um negócio... Eu não aceitei, claro, e depois disso, eu nunca mais o procurei, e nem ele me procurou. Só que logo depois, eu descobri que seus avós tinham fálido, sua avó ficou muito doente, e precisavámos de dinheiro, muito dinheiro, e rápido. Foi aí que eu entrei nisso, falei com Romano, e fizemos negócio, ele acabou matando o antigo dono do Alemão, e tomou o morro. O cara que eu tinha conhecido quando criança, fez a injustiça virar sua cabeça. Ele ficou louco, jurou nunca mais ser pisado por ninguém, decidio ficar rico da forma mais fácil, e também da mais arriscada. 
- E ninguém nunca descobriu nada sobre essa sua vida?
- Não, eu consegui manter as duas por muito tempo, até conhecer sua mãe, nos apaixonamos, casamos. E bem no dia do nosso casamento, Romano apareceu, ele não tinha sido convidado, eu só queria sair disso. Depois que conheci sua mãe, a cada dia que se passava, mais eu queria sair, queria ter uma vida limpa. Mas nunca dava certo, quando ela descobriu isso tudo no nosso casamento, eu jurei, disse que ia sair o mais rápido. Porém ,nunca conseguia.
- Então, o motivo das brigas eram...
- Isso. Era o fato de eu ser um bandido.- até ali, eu me mantive controlado, mas a verdade era que eu queria encher ele de bala, tava pouco me fudendo se ele era meu pai, eu passei anos odiando a minha mãe, por causa das sugeiras dele.- Pedro nunca aliviava, quem dizia ser meu amigo, se transformou em inimigo, no fundo, eu comecei a achar que tudo aquilo era apenas vingança. Ele queria se vingar por nunca ter tido a mesma vida que eu, mas eu nunca pedi nada, não pedi para ter a vida que eu tive, mas parecia que Pedro não enxergava. Ele começou a me cobrar dinheiro, e as dívidas que eu fiz por ter deixado ele na mão foram sendo cobradas com juros.  Mais dinheiro, eu sempre precisava de mais, queria acabar com essa dívida , mas não conseguia, e esses eram os motivos de cada briga com a sua mãe. Eles ameaçaram me matar, então eu tive que forjar minha morte, estava tudo indo bem, até sua irmã me pedir para ir junto, eu não tinha muito tempo, e acabei levando ela sem nem pençar , assim como falei aquilo pra você. E os corpos não foram díficeis, um amigo que era médico, me ajudou. Mas, por descuido meu, Pedro acabou me achando, ele é mais poderoso do que eu imaginava.
     No mesmo instante, eu senti meu coração acelerar, eu não suportava mais ficar calado, cada palavra foi como um toque de raiva invadindo meu corpo. Não, ele não tava falando sério.
- Você disse que ela te traiu!- gritei, ignorando qualquer merda sobre Romano ou morte forjada.
- Filho, eu... Eu não sabia o que te dizer, foi por impulso , Gabriel, entenda. -  ele tentava se aproximar, mas era como se na minha testa estivesse escrito " se der mais um passo ,eu explodo", então ele hesitava.
- Eu tô pouco me fodendo pra isso! Você é um egoísta, tem noção do que fez?  Tem noção de quanto tempo eu passei odiando uma pessoa que nunca me fez nada? Tratando ela mau pra caralho achando que ela foi a culpada por ter destruído a nossa família, quando na verdade, o culpado foi você!
- Eu não tive escolha, Gabriel, sua avó estava muito mau, o que queria que eu fizesse? Ter deixado ela morrer?- ele também gritava.
- Eu só queria que você tivesse sido mais honesto, e não ter culpado a minha mãe por uma coisa que ela não fez.- Tentei não gritar mais, aquilo já tava me dando uma puta de uma dor de cabeça.
- Eu sei, sei que eu errei, mas todos erram, e como muitos por aí, eu não pude envitar esses erros. Eu preciso que...- eu o cortei, já sabia o final daquela frase.
- Talvez eu seja parecido com você quando falamos em "errar, eu também já errei muito,e continuo errando, mas sabe qual é a diferença entre nós? Eu sei quando mereço perdão.
     Saí dali e fui em direção à cozinha, eu precisava achar logo aquela garota e sumir. Não aguentava mais olhar para aquele homem.
- Ela não vai com você.- ouvi a voz dele atrás de mim outra vez.
- Não é você que vai me impedir. Eu faço o que quiser, e tiro qualquer um do meu caminho para conseguir o que eu quero, eu não tenho família, e os amigos não sei se existem, é só eu nessa porra, então, acho que não tenho muito o que perder.
- Eu realmente não te conheço.
- E foi justamente você o causador de boa parte da minha mudança.- encarei ele.- Eu passei a odiar minha mãe, e amor? Essa porra já não existia pra mim, e pra piorar, Sandra terminou comigo bem no dia do seu maldito "enterro", e ela não acabou de uma forma legal, ela teve que me esculachar pra fazer isso.  Passei noites me drogando para esquecer os problemas, tratei mau todos a minha volta, me perdi nas drogas, me perdi na dor...- ele ia me interromper, mas eu não deixei.- me perdi no crime. 
- Você não é assim, ninguém muda tanto a ponto de não sobrar nada de quem um dia  já foi.
- Já disse que talvez eu sempre fui assim, a decepção te muda de tal maneira que você não consegue volta a ser como um dia já foi, te faz querer mostrar seu pior lado, sei que pode existir algo do antigo Gabriel dentro de mim, mas são só detalhes que o tempo vai apagar. Agora, - tirei minha arma da cintura.- A garota.
-Gabriel, não cometa o mesmo erro que eu, Romano não é um pobre coitado que conseguio ser dono do morro não, não mais. Ele comanda uma uma gangue aqui, ele tem deputados do seu lado, gente do governo!  O Alemão é só um parque de diversões pra ele, ele tem uma cidade enteira, não seja burro!
- Não me obrigue a te mandar pro inferno de verdade!- gritei, apontando a arma na sua testa.
    Ouvi passos apressados descendo as escadas, e quando olhei pra porta que dava à cozinha, vi Giovana segurando a mão da irmã de Lia . Giovana me olhava confusa, parecia decepsionada, assustada assim como a menina que segurava sua mão. Doeu ver ela daquele jeito, mas eu não podia fazer nada,  já tava perdido, não podia tirar ela de onde eu mesmo não conseguia sair.
- Vou contar até dez....- destravei a arma.- um...
- Gabriel!- Giovana gritou, mas eu ignorei.
- Dois...
- Eu já errei demais, destruí tudo e todos, você nunca irá me perdoar, eu nunca vou conseguir sair disso, já estou destinado a morrer mais rápido do que eu imagino, então... Leve a garota, mas volte, volte e leve Giovana, ela não merece morrer por minha causa.
     Tirei minha arma da sua testa e coloquei de volta na cintura, lágrimas já queriam sair dos meus olhos, quando eu segurei e logo elas voltaram para dentro.
- Por que não posso levar ela agora?- perguntei
- Porque vou tentar enrolar os caras do Romano, vou dizer que a menina foi sequestrada por algum inimigo dele, e se Giovana não estiver comigo, eles vão desconfiar de você. Romano me disse que ia colocar você nisso, que esse ia ser um dos meus castigos, com certeza ele está de olho em você para algo pior, tenha cuidado.
    Apenas ouvi tudo aquilo em silêncio e tirei a menina de Giovana.
- Vem.- disse seco, mas a menina resistia.
- Vai... É pro seu bem.- Ela abraçou a menina e me encarou, como se quisesse dizer algo.
    Peguei na mão da menina e olhei para eles por uns segundos, foi quando uma interrogação me passou pela cabeça.
- Você sabe porquê eu quero ela?- perguntei ao cara que ser dizia meu pai.
- Eu sei mais do que você imagina...
     Assenti e saí dali rápido, quando cheguei no portão, Giovana me chamou.
- Gabriel...
   Olhei para trás e vi ela correndo em minha direção, depois me abraçando.
- Achei que nunca mais ia te ver.
- Também...- a abracei apenas com a mão esquerda , já que com a outra eu segurava Júlia.
- Não podemos falar muito, agora vai.- ela disse , mas eu não fui, continuamos nos encarando. Eu tinha tantas coisas pra dizer.
- Não se preocupa Júlia, a gente vai ser ver logo.- ela disse para a menina que parecia mais assustada do que quando eu apontava uma arma na cabeça de Sérgio. 
    "Eu não quero ir com ele"- ela parecia dizer com o olhar.
- Mas ele é meu irmão.- Giovana chegou mais perto dela.- eu sou legal né?- a menina assentio.- então, ele também.
   "Sabe de nada, inocente."
    A menina me encarou rápido e voltou a encarar Giovana, dessa vez negando com a cabeça.
- " Vamo", não tenho o dia todo.- disse rápido,abri o portão e passei por ele.- Eu volto.- disse antes de ir, ela acenou para nós, tentando sorrir um pouco. Assentio, e fomos embora.
      Caminhamos até o carro , coloquei Júlia no banco do carona e mandei ela botar o cinto, sentei no banco do motorista e dei partida.
- Se acalma tá garota, eu não vou fazer nada com você.- disse, mas ela não respondeu.
      ...Dez minutos depois....
- Qual é? Tu é muda?- perguntei, dessa vez olhei pra ela, cabelos castanhos iguais os de Lia, ela era identica à Lia, até na maneira de conseguir me irritar fácil.- Ei, eu tô falando com tu, garota!- quase gritei, cara, uma criança tava me deixando assim. 
     Ela continuava firme, olhando pra janela, fingindo não me ouvir.
- Tá...- disse, antes de colocar a minha ideia - que eu tinha acabado de ter- em prática.
         Então eu pisei fundo e quando dei por mim, o carro já tava voando, eu ultrapassava vários na minha frente numa velocidade que podia nos matar se eu não fosse tão bom nisso. A menina parecia - já que meu olhar tava na estrada-  me olhar assustada.
- Cuidado!- ela gritou.
 
      Ultrapassei o último carro à minha frente, e derrapei, logo depois encostei o carro.
- E não é que tu fala.- disse , enquanto ela tentava respirar.
- Você é louco!- ele me encarou, falando sem fôlego.
    Sorri.


                  "Ponto de vista de Talia Vieira"
       Acordei num banco de um carro, meus olhos mau conseguiam abrir, eu parecia ter dormido por um semana, foquei no cara que dirigia e percebi que era Felipi.
- Onde a gente tá? O que aconteceu?- perguntei duas das várias perguntas que rondavam minha cabeça.
- No meu carro,- ele me olhou de relance pelo retrovisor ,o encarei como se não fosse óbivio- No México, voltando pra casa que tu alugou, e.... Depois que cê parou no hospital por causa daquela briga com Gabriel, tu teve que passar uma noite lá, perdeu um pouco de sangue, mas tá tudo bem agora, com a tua saúde, porque a nossa vida...- ele puxou o ar e soltou.- Vai de mal à pior.
     
         Brigas... Gabriel...
   Foi aí que todas as lembranças voltaram para a minha mente, tão rápido como uma luz que eu tinha acabado de acender. 
     O beijo roubado de Brian, as palavras de Gabriel, o tiro, - olhei pro meu braço e vi um curativo no local onde a bala tinha me acertado - ele indo embora, Felipi me fazendo perguntas, hospital... Uma chuva de imagens apareceram na minha cabeça. Mas uma ficou por mais tempo; Gabriel me dizendo um monte de merda, minha mãe... Ele matou minha mãe...
     E apesar de tudo, eu não queria mais chorar, talvez as lágrimas tinham secado, eu não queria mais desabar, nem sentia que ia cair, era como se já tivessem me machucado tanto que eu não sentia mais dor, meu corpo não sentia mais nada.
- Ei, Gabriel deixou essa carta na tua cama lá no hospital, cê vai querer ler?-  Felipi me mostrava a carta que tava na sua mão direita, enquanto continuava olhando a estrada.
      O mais esperado era eu pensar várias vezes se lia ou não, mas eu fiz melhor, eu peguei a carta de sua mão, era isso que eu queria, ler a carta, então porquê enganar a mim mesma?
        Ele continuou dirigindo, e eu abri logo aquele envolope e tirei de dentro uma folha dobrada, joguei o envelope no banco ao meu lado e desdobrei a folha.


    "Talia,
Eu poderia te pedir desculpas por meio dessa carta, assim eu saberia que cê ia me deixar dizer o que aconteceu sem tentar me matar ou me xingar, mas não, eu não decidi fazer isso, até porque eu sei que não mereço seu perdão.  Mas eu só queria que você soubesse o quanto eu me arrependi, muitos usariam isso para ser perdoado, mas eu não, não quero ser perdoado porque te fiz ficar com pena de mim por causa da minha droga de carta, eu só queria que você me entendesse, e sei que isso leva tempo, eu sei, não espero que você me perdoe, mas ficaria feliz se isso acontecesse, ou melhor, ficaria feliz apenas por você pronunciar o meu nome e me encarar da mesma forma que me encarou a dois dias atrás. Eu nasci, cresci, vi minha família ser destruída, pai e irmã mortos, amores falsos... Aprendi a odiar todas que se aproximassem de mim, a não deixar transparecer algo de bom, sorri para não chorar, me droguei para esquecer , e quando achei que tinha chegado o fim, você entrou na minha casa,  na minha rotina, bagunçou aquele caralho, e me fez não me sentir perdido em alguns momentos.  Me fez enxergar que não era o fim, que eu podia ser melhor se você tivesse comigo, mas esse é o problema, você nunca vai estar. Um dia, minha mãe me disse:
" Você mudou tanto que acabou esquecendo de quem é." Ela tava errada, porque quando eu esqueci quem sou, você me fez lembrar. Você é tão incrível que até me faz admitir issso, tão incrível que eu queria que a minha mãe podesse passar um dia com você, pra ela perceber o quanto tava errada. Eu posso lembrar quem sou, mas agora , eu esqueci.
                                                              Gabriel .Marins"


  Assim que acabei de ler aquela carta, meus olhos enxeram de lágrimas, e por pouco eu não deixei rolar. Percebi que tinhamos parado, então olhei na janela e vi a praia.
- Chegamos.- Felipi falou, já saíndo do carro, saí logo depois.
      Encarei o carro parado na nossa frente , e meu coração bateu mais forte, parecia arder, era o carro de Gabriel . Ele tava encostado no capô com alguém que parecia ser Sandra, até notar nossa presença e olhar para trás, seus olhos cobertos por lentes escuras de um óculos,  nenhuma expressão feliz,e do nada, como se tivesse me esperando para fazer aquilo, ele abriu a porta do carro, a do banco do carona, e tirou de lá uma menina. Não , não era ela... 
      Eu e Felipi nos encaramos com o mesmo espanto.
    Eu já sonhei com coisas que iam além dos limites, não custava nada, eu pensava, eram só sonhos, mas sabe, a verdade é que no final, o que resta é a pura e crua realidade, enquanto você não viver em meio à tiros e brigas, você só vai sonhar com o que queria que acontecesse e não com o que você sabe que se lutar, vai acontecer. Antes eu queria conhecer o mundo, algo tão difícil para a realidade, mas tão fácil para a ilusão, hoje, eu só queria recuperar a minha irmã. Não que só os sonhos que estão ao nosso alcançe são os que se realizam, é só que, no fim, eles são os que importam, a fantasia não.
    
  -Lia!- ouvi ela gritar, e como se o tempo tivesse parado eu só via ela.
        Ela correu até mim, eu a abracei tão forte que achei que ela ia gritar de dor, mas não gritou, todas as lágrimas que eu achava que não iam cair mais, começaram a cair, por ela.


"Leve-me a algum lugar real Porque dizem que lar é onde o coração se grava em pedra
 É onde você vai quando está sozinho 
É onde você vai para descansar seus ossos 
Não é só onde você encosta sua cabeça 
Não é só onde você faz a sua cama 
Contanto que estejamos juntos, importa aonde vamos? Lar, lar Lar, lar..."

 


Notas Finais


Bom gente, e foi isso, fico feliz por vcs terem ficado cmg até aki, agradeço por cada comentário, favorito, visualização... Mas como toda história, essa tbm chegou ao FIM!
The and...😢😢😢😢😭😭😭😭😭

Porém,acho q vcs são legai demais para eu acabar a fic asssim n...kkkkkk peguei vcs né?😂 Acabou n, povo!kkkk
Queria até dizer algumas coisas para vcs, como que... Talvez a fic vá até o cpt 32, que esse cpt ia sair maior , mas como tô sem tempo , tive q parar aí, e o próximo será o restante desse ,por isso, talvez saia pequeno. São só revelações, gente, mas vai rolar cpt meloso pra vcs kkkkk tenho várias surpresas, algumas desagradáveis, mas espero q gostem!!!😉😘😍😘😂( qual é , doida? Acorda Ane, ninguém gosta de surpresas desagradáveis...😂)
Continuem aparecendo FANTASMAS, n deixem a fic acabar sem q eu note vcs!😂😘
~Vamos além~😘💓💕💕💖💞
Hey, cês viram a tatu do Biel??? nosso amorzin tá tão corajoso...😊😂😂😂😂
Amo vcs minhas túlipas!!!😘😘😍😍
_Acreditem ou n, essa palavra👆saiu agrkkk_

Bjssss!!!💓💕💖💚💜💛💕💖💞
~ Juntos vamos além!😎~


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