História Nosso jogo... (GumLee) - Uma brecha para o ataque...

Marshall on*

O taxista disse que me levaria até onde dava e perguntou se eu não preferia ficar por perto, eu neguei, queria ficar o mais distante que eu podia daquela casa, daquelas memórias, de tudo.

Acabei ficando mais longe do que eu pensava, e sinceramente não me importei, eu estava sendo dramático, talvez idiota, mas você não sabe o quanto dói se afastar do que ama ou de quem ama até que essa coisa ou pessoa se afasta de você, no meu caso duas vezes, desci do carro e me deparei com um tipo de park tinha algumas pessoas mas só se via árvores e plantas por todas as partes, coloquei meu fone se é pra desgraçar, então vamos desgraçar tudo de uma vez, na verdade eu estava em total êxtase, não ouvia a música, não via as pessoas, tudo estava tão dispensável, tão era tudo tão inútil no momento meu olhar ficava no nada.

Cheguei em uma parte vazia e deitei ali, fitei o céu e deixei que todas as minhas memórias, da minha mãe até Gumball, acho que quem passava por mim, tinha a impressão de que eu estava drogado, meus olhos estavam vermelhos, as lágrimas escorriam discretamente, acabei caindo no sono deitado no meio do park.

Acordei com o celular tocando, era Marceline, o celular parou de tocar e eu olhei a hora, eram 16:30, 16 mensagens, 32 ligações, olhei ao redor e percebi que tava sozinho, tirei os fones e me levantei, comecei a andar de volta, tinha ficado desde 12:00 sem comer, lembrei disso depois de passar por um restaurante que acendia suas luzes indicando a chegada da noite, um carro para do meu lado eu olho e vejo umas cinco garotas todas com roupas de puta ou de festa aí é da opinião de cada um, uma puxou minha camisa me fazendo franzir a testa e afasta-la

G1- Eai gatinho, quer curtir com a gente hoje??- Ela pergunta abrindo a porta e revelando várias latinhas de bebida no chão do carro, o cheiro forte de álcool me deixou tonto

M- Eu não gosto do seu tipo..- Respondi e tentei voltar ao meu caminho sendo impedido por uma das garotas que saíram e me abraçou por trás passando a mão no meu abdômen por baixo da blusa

G2- Ah é e de que tipo você gosta??- Ela fala e se coloca na minha frente tentando me beijar, me segurei pra não empurrar ela na frente dos carros que estavam passando

M- Do tipo que não tem uma rachadura no meio das pernas..- Ela pareceu entender e se afastou com um sorriso sínico me analisando de cima a baixo

G2- É um desperdício, que pena..- Elas entram dentro do carro e saem em disparada na pista, continuei andando, cheguei em casa já eram 20:45, Bonni e Marceline estavam no portão, assim que Marci me viu, correu na minha direção e Bonni sorriu fraco, ela me abraçou.

M- Vou voltar pro dormitório, ainda faltam 3 dias pra segunda e eu não posso ficar mais um segundo aqui..- Falei aquilo e a mesma concordou com a cabeça ainda encostada no meu ombro

Entrei tomei um banho, e por Bonni me forcei a comer, nada queria entrar, mas assim como eu ela também estava passando pela mesma situação, não havia recebido notícia alguma sobre Gumball ou seu pai, arrumei minhas coisas e desci as escadas sem olhar pros quartos, sem reparar em qualquer pista que poderia ter de Gumball.

Saímos o caminho foi silêncioso, apenas Marceline falou que se precisasse estaria ali, seu olhar era culpado, eu queria mesmo jogar a culpa toda em alguém, queria dizer que se não fosse por ela eu não teria aprofundado isso, e então eu não estaria passando por isso de novo, mas resolvi não culpar ninguém, eu sinceramente achei bom ter dito o quanto o amei, eu nunca havia lutado por ninguém, essa era minha chance, por mais que doesse e parecesse impossível, eu esqueceria Gumball, chegamos no portão dá universidade e Marceline para o carro e me olha

M.a- Você está mesmo...- A interrompi, eu sabia a pergunta e não queria que a mesma terminasse

M- Eu só preciso ficar sozinho, não precisa se preocupar, ele não é o único chiclete rosa do universo- Falo olhando pra frente, não poderia encara-la, ela me faria mudar de idéia apenas com seus olhos, parecia uma vampira, de alguma forma Marceline tinha o poder de manipular os pensamentos das pessoas, mas raramente isso funcionaria pra mim, esse era um dos raros momentos.

Sai do carro antes que a mesma respondesse e entrei na universidade, olhei pro corredor do lado do dormitório e outra memória de Gumball, olhei pra universidade, outra memória, eu teria que me esforça muito era um fato.

Os três dias passaram mais rápido do que eu pensava, eu só dormi, o quarto de Gumball estava trancado, me arrumei e fui pra universidade, assim que terminou a aula fui direto pro dormitório, Fionna ainda não tinha voltado então estava em paz mas antes mesmo de entrar no elevador encontro com alguém que sinceramente não precisávamos

F- O que aconteceu??- Ele perguntou como se eu devesse alguma resposta, mas não tava afim de brigar

M- Esquentadinho eu não tenho idéia do que você tá falando, e se não se importa eu to indo pro meu quarto..- Virei as costas e comecei a andar, mas antes de entrar no elevador Flame fala algo que me faz parar

F- Por que Gumball veio aqui hoje cedo e começou a desmontar o quarto?- Ele me olha mais confuso ainda quando eu corro e entro no elevador, o mesmo vem atrás, o elevador parecia nunca chegar, assim que abriu um frecha eu passo e Flame me segura pela manga da camisa, num impulso rápido eu empurro seu braço tão forte, que parte da minha manga vai junto, corro abrindo a porta de seu quarto e vendo apenas algumas caixas vazias e algumas de suas decorações rosas, e um papel na cama escrito em cima pra diretoria, um pedido de transferência, mas não dizia pra onde- Porque Gumball está se transferindo?? Pra onde ele vai??- Assim que eu estava prestes a arrebentar a cara de Flame para que o mesmo calasse a boca uma voz surge na porta

F.a- Também queria saber, ele não falou nada…- Encarei Fionna, 'Da onde essa garota surgiu' a mesma entra dentro do quarto- Ata aqui tá o papel, ele pediu pra mim entregar, mas eu tinha esquecido onde tinha deixado

M- Você falou que viu o Gumball??- Pergunto surpreso e de alguma forma perplexo e a mesma levanta a sobrancelha

F.a- Ele está se transferindo por que vocês brigaram?- Nego com a cabeça e a mesma parece desconfiar- Não sei pra onde ele tá indo, ele estava tão cabisbaixo, parecia que não comia nada por que estava pálido, tirando que aqueles olhos violetas estavam tão inchados que dava dó, eu o abracei ele parecia que ia chorar, acho que ele não pensou que eu ia perceber porque ficou com um sorriso falso o tempo todo e…- Suspirei e segurei seus ombros encarando seus olhos

M- Você sabe pra onde meu rosado foi?- Pergunto e Flame e Fionna se entreolharam a mesma faz um bico e nega com a cabeça

F.a- Eu tentei o tempo todo perguntar, mas ele sempre desconversava e começava a falar sobre outra coisa, perguntei se ia se despedir de você e ele pareceu ficar ainda pior, disse que era melhor assim, que não queria fazer a coisa errada..- A mesma parou e respirou fundo eu tirei as mãos dos seus ombros- Acho que ele te amava demais pra se despedir, foi o que pareceu..- Ela me encarava e eu sentia meu coração falhar uma batida a cada palavra até que

F- E eu? Porque ele não se despediu de mim?- Todos de acordo em dá um prêmio de "Estraga clima" pro Flame, eu ri baixo e o olhei com a sobrancelha arquiada e Fionna colocou a mão na boca segurando a risada

M- A última coisa que ele te disse foi que sentia nojo de você..- O mesmo coçou a nuca- Tá pouco ou quer mais? Porque eu tenho um histórico pra carimbar na sua cara..- Flame fecha a cara e avança pra cima de mim

Fionna ficou entre a gente prevendo uma briga que por mim rolaria, eu tava mesmo precisando bater em algo.

F.a- Gente eu entendo a revolta, mas sério eu tô bem mais curiosa em saber porque isso tá acontecendo com o Gumball, de qualquer forma eu preciso entregar isso..- Ela fala levantando o papel de transferência, Flame sai do quarto e Fionna me olha e sorri fraco- Se precisar de mim é só chamar, espero que vocês se acertem logo, não sei o que aconteceu mas tá acabando com os dois- Ela saí do quarto escorando a porta.

Me sento ao lado da porta encostado na parede, tento pensar em todas as chantagens possíveis que o pai dele teria feito, pro meu rosado se afastar assim, meus pensamentos são interrompidos quando ouço a porta abrir, revelando um cara branquelo segurando uma caixa, acho que eram os seus pertences, me levantei e reparei que seus olhos eram verdes, seus cabelos tinham luzes vermelhas

M.t- Oii prazer, você é o antigo dono do quarto?- Ele pergunta sorrindo e estendendo a mão, aperto sua mão e nego com a cabeça ele sorri, era um garoto muito bonito difícil não reparar, solto sua mão- Pode me chamar de Menta- Ele fala rindo e olhando em volta- Uma garota que morava aqui antes?- Ele fala rindo.

E essa tinha sido uma das únicas ''conversas'' que eu e menta tivemos, ele de vez em quando me chamava pra sair ou tentava conversar recebendo em troca a minha porta na cara dele, de qualquer forma o mesmo estava sempre sorrindo e em algum canto da universidade, Fionna fazia questão de me deixar informado sobre todas as ações dele e as sobre as faltas de informação sobre meu rosado, tinham se passado 3 semanas e nenhuma informação, nem a diretora pode dizer pra onde Gumball havia ido, hoje não tinha ido pra escola, dormi demais, estava me sentindo ridículo por ficar assim, mas sinceramente não queria me submeter a garotas me enchendo ou a Flame caçando briga.

Saio do quarto, eu não sabia exatamente o que estava fazendo, mas eu precisava me distrair, entro no elevador encontrando com algumas garotas, sorri pra elas e as mesmas começaram a cochichar algo rindo como retardadas, Fionna estava saindo da sala dá diretora, eu paro na sua frente e ela me olha levantando a sobrancelha

F.a- Vai falar o que quer ou espere que eu advinhe??

M- Você tem um carro..- Falo e a mesma parece entender, por que ela solta uma risada irônica e passa por mim

F.a- Você tem uma moto..- Ela fala e euh puxo os bolsos pra fora, a mesma revirando os olhos- Não empresto meu carro pra pessoas de coração partido, principalmente quando tem um sério risco dela estar indo beber..- Ela fala e eu corro até sua frente de novo e junto as mãos

M- Por favor se eu não sair daqui, acho que eu vou acabar quebrando a universidade..- Falo sério, ela pensou e me entregou a chave, com o arrependimento bem aparente

F.a- Eu juro Marshall Lee, se me carro tiver um amassado quando você voltar, eu faço questão de assinar seu atestado de óbito..- Pego a chave da sua mão e a beijo, ela sorri e puxa a mão de volta- Sinto muito mas eu não posso ser a substituta do Gumball..- Eu solto uma risada fraca, ela pareceu perceber e ficou sem graça, não a culpo por estar assim afinal a culpa não era dela

M- Não se preocupe, tem coisas e pessoas que não podem ser substituídas..- Falo e ela sorri, vou na direção da garagem e quando tô chegando no carro ouço alguém me chamando, me viro e vejo Cake vindo na minha direção 'Querer ficar sozinho é um pedido tão grande assim?' a mesma me abraça, eu não retribuo e ela se solta

Ck- Soube que o chiclete foi embora..- Ela fala sorrindo, destravo o carro e entro no mesmo, Cake tira o sorriso da cara mas continua enchendo, entra dentro do carro- Olha eu sei que rolava alguma coisinha entre vocês ma…

M- Em primeiro lugar, para de falar do Gumball ninguém te deu o direito de falar sobre o nosso relacionamento, em segundo, dá pra falar logo o que você quer?? É porque eu meio que não pedi o carro pra ficar na garagem..- Ela sorri fraco mas parece se recuperar rápido, logo me olha convencida

Ck- Quer ir se divertir??- Ela fala e passa a mão sobre a minha, retiro a mão- Vai ter muita bebida..- Ela fala e eu a encaro por alguns segundos, e dou partida a mesma sorri e grita algo indescritível, ela me olha e tira a blusa que estava revelando um vestido que eu acho que até a blusa estava mais decente, não posso negar, ela tem um belo corpo mas nada que me atraísse tanto

M- Pra onde?- Ela descreve o caminho todo, quando chegamos fiquei com certo nojo, muita mais muita gente mesmo junto, já estava ficando tarde a gente já tinha entrado a música tava alta, muito cheiro de álcool e suor, me sentei no bar e o cara me entregou um copo com líquido transparente provavelmente vodka.

Na mosca, vodka fazia tanto tempo que eu não bebia que fiquei tonto no primeiro gole, arrancando uma risada de Cake, parei de contar quantos copos bebi no 12, Cake estava bebendo comigo, até mais do que eu, a mesma se aproximou e passou a mão na minha coxa apertando a mesma chegando perto do meu membro

M- Ok, eu não estou afim de você ok- Falo e não consigo me afastar por causa das falta de costume com a bebida

Ck- Você não, mas ele tá..- Ela fala rindo e apontando pra minha calça, ela se aproxima e me beija, sinto sua língua invadir a minha boca e a puxo pela nuca aprofundando o beijo, até que alguém a cutuca e a mesma se vira, me dou conta do que tinha acabado de fazer e me levanto balançando, Cake vem atrás de mim- Vamos nos divertir hoje..- Ela fala numa tentativa de ser sexy, e falhando miseravelmente, ri de lado e me levanto pegando a garrafa que tava na mão de um cara qualquer tomando um grande gole me viro pra Cake colocando uma de suas mechas loiras atrás da orelha, ela sorri

M- Entenda garota, nem você nem qualquer outra garota vai me fazer esquecer o rosado, não importa o que a gente faça, eu vou estar imaginando o Gumball no seu lugar..- O sorriso dela se desfaz em questão de segundos, dou outra golada na bebida sentido a mesma descer rasgando, quando abro os olhos encontro com os de Fionna sorrindo

Ck- Então deixa eu ser o Gumball essa noite..- Ela fala e toma meus lábios…