“O infinito terá fim quando permitimos que ele acabe...”
Rumo ao mar agitado, a menina pretendia se jogar naquela imensidão de água salgada e se afogar nas tristezas dela. Os primeiros passos foram como facadas, ou também, a sensação de estar pisando em um monte de espinhos, ela considerava aqueles passos como o caminho da liberdade ou a estrada para sua prisão de sonhos e finais felizes que sempre pensava em ter com ele.
Ele... O causador dos momentos mais felizes e mais melancólicos dela. Sua fonte infinita de emoções, porém o infinito se acabou e sua fonte se secou. E ela estava sozinha, novamente.
A única preocupação da menina era se ela teria dado adeus á todos que ama. Queria muito dizer que teria novamente o homem que ama em seus braços, porém não queria que se preocupassem por nada.
Os passos mais fáceis foram os últimos e ela sabia que esses seriam os últimos.
“Adeus...” Disse brevemente a menina, logo ela já estava preenchida pelo mar.
“Faça o impossível ser algo fácil.”
“Ei, acorde! Está na hora do chá.” A voz a desperta.
A menina desperta de seu sono profundo e se perguntou de onde vem essa voz, o salão estava vazio.
Era a maçaneta que falava.
“Agora? Pensei que estava adiantada.” Disse ela.
Levantando-se a menina percebe o estado do seu vestido, totalmente amassado, porém tenta arruma-lo rapidamente.
“Se você se apressar, talvez chegue lá na hora.” Avisa a maçaneta.
“Obrigada.” Ela agradece antes de entrar no mundo fantasioso que é o país das maravilhas.
Era como estar num sonho sem ter que despertar para o mundo real. Agora o país das maravilhas era seu sonho infinito.
O mundo real não era mais realidade para a menina, ela nunca mais voltaria para lá, nem se quisesse.
Seguindo a estrada de tijolos roxos, nem ela sabia o que iria encontrar pela frente, aquele lugar muda constantemente. A sua ultima lembrança dela era de uma casa, que deveria estar a alguns metros a frente dela, mas a casa que ela lembrava com tanto apreço, curiosamente, não estava mais lá.
Esse fato é fascinante para a menina.
Aquilo era como sua maquina do tempo, como mágica ela voltava a ser criança e até se lembrava do tempo em que visitava esse país frequentemente.
“Bons tempos...” Pensou a menina enquanto divagava pela estrada.
Avistou um menino. Era ele...
Seu coração acelerou, seus lábios se abriram, suas mãos suaram frias e a menina se viu frente a ele, seu primeiro e único amor.
“Finalmente te encontrei.” Um sorriso desenhou-se nos lábios do menino.
“Podemos criar nosso país das maravilhas...
...basta acreditar.”
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