Angeline abriu os olhos relutantemente por conta do sono que ainda tomava conta tanto de seu corpo quanto de sua mente. Espreguiçou-se na tentativa de se animar pelo menos um pouco e logo bufou ao perceber que sua tentativa havia sido em vão.
- MÃE? PAI? – Os chamou, sem receber uma sequer palavra em resposta.
Geralmente sentiria o cheiro do café da manhã e das torradas que sua mãe sempre preparava, porém tudo o que sentia naquele momento era que alguma coisa estava errada. Em um impulso, levantou-se da cama tropeçando em seus próprios pés e abriu a porta do quarto com certa cautela. “E se tivesse alguém dentro da casa? E se seus pais tivessem sido sequestrados? Ou pior... Se eles estivessem mortos?”, Angeline balançou a cabeça negativamente e começou a caminhar em passos lentos, desceu os degraus um por um da forma mais silenciosa que conseguia e finalmente chegou na sala de estar.
- Mãe? Pai? – Chamou, dessa vez suas pernas começaram a tremer.
A garota franziu a testa ao ver um bilhete em cima da mesa com letras maiusculas e que dizia claramente:
“CUIDADO COM O ANJO QUE CHORA”
- Anjo que chora? – Sussurrou para si mesma quase que imperceptivelmente.
“NÃO PISCA, EU TE IMPLORO”
Angeline respirou fundo tentando manter a calma. Caminhou até a porta de sua casa, contou até três e abriu a mesma. Lá estava a estatúa da anjo que sua mãe havia comprado há semanas atrás. Encarou a estatua e não ousou piscar por um segundo sequer. A estatua não estava mais cobrindo o rosto e a encarava de uma maneira assustadora. Os olhos da garota já estavam ardendo, até ouvir um barulho indescritivel e quase como mágica uma cabine azul tomou sua frente. Imediatamente um homem estendeu a mão para que ela segurasse.
- Venha comigo se quiser viver. – O homem falou, puxando-a para dentro da cabine e assim fechando a porta da mesma em um estalar de dedos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.