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História Not an average boy - First mission - Part I


Escrita por: LunnaLinset

Capítulo 3 - First mission - Part I


Seis e cinquenta e cinco da manhã. Quiosque Central, Eldarya. Eu estava nervosa, esperando o Nevra para receber minha primeira missão.

Senti duas mãos tamparem meus olhos. Bem a cara do Nevra mesmo, fazer esse tipo de coisa.

- ...

-Nevra?

- ...

-Eu sei que é você.

Ele tirou as mãos do meu rosto e eu virei para ele. Ele sorriu.

-Então... pronta para sua primeira missão?

-Não muito, eu acho. Mas fazer o que, né?! Pode falar.

-Seguinte: Os demais membros da Guarda da Sombra já começaram suas missões; afinal, eles já sabem o que têm que fazer. Mas como você é nova, vim aqui te explicar o que devemos fazer hoje.

-Ok...

-Como você sabe, nós precisamos encontrar mais pedaços do cristal. Então hoje é isso que vamos fazer. Vamos passar pela praia e mergulhar para procurar cristais no mar. Depois vamos passar também pela floresta pra procurar. É... e só pra deixar claro, nem todas as missões são pra procurar pedaços do cristal, mas hoje especificamente é a tarefa que temos. Enfim... Eu vou te explicando tudo aos poucos, sempre que necessário.

-Vamos chegar lá como?

-De unicórnio voador.

-Sério??

-Não. Minha moto está logo ali, podemos utilizá-la.

-Eu não sabia que existiam motos por aqui.

-Existem, mas não são iguais às do seu mundo. As daqui alcançam velocidades muito maiores, e não é tão arriscado quanto parece. Essas motos são muito bem protegidas e nunca causaram acidente.

-Ótimo, isso me deixou mais tranquila.

Ele sorriu.

-Pode subir. - Ele subiu primeiro na moto, na parte do piloto. Eu sentei atrás e enrolei meus braços nele. -Pronta?

-Sim. Éhn, calma aí, calma, calma. Não vamos usar capacete?

-Não é necessário. Como eu te disse, a mot...

-Ok, ok. Eu lembro.

-Tudo certo, então.

E então nós partimos. Eu o abraçava cada vez mais forte, com medo de cair da moto. Ele parecia não se incomodar. Seus cabelos negros roçavam levemente minha testa, e de perto eu percebia cada detalhe da lateral do rosto dele. De vez em quando ele olhava pra mim de canto de olho, e sorria.

-Tudo bem, Lunna?

-É... eu tava pensando, como nós vamos mergulhar, se eu nem tenho roupas pra isso?

-Caramba. Eu também tinha esquecido disso -Ele passou a mão no rosto, preocupado. -Mas não tem problema, provavelmente vamos encontrar algum Purreko que consiga nos ajudar. Alguns deles ficam na praia vendendo roupas para esse tipo de ocasião. Eu posso pagar pra você. Aposto que nem você nem pensou em trazer dinheiro pra cá, não é?

-É... Eu não achei que precisaria. Obrigada.

Finalmente chegamos à praia e de cara encontramos um Purreko.

-Ei, o que você tem para vender de roupas de mergulho femininas? -Perguntou o Nevra, chegando perto do Purreko.

-Hoje é seu dia de sorte. Essa aqui é a última roupa que eu tenho pra vender. -Ele pegou um biquíni relativamente pequeno e mostrou pro Nevra. -É pra ela?

-Obviamente...

-Aqui, querida, tem um provador pra você se trocar. -O Purreko abriu uma pequena caixinha que se transformou num "provador".

Entrei no provador e provei o bíquini. Admito que eu gostaria que ele fosse um pouco maior, mas ao menos cabia em mim. Enquanto isso, pude ouvir eles conversando, e percebi que o Nevra já tinha pagado o meu traje.

Saí do provador e o Nevra se virou para falar alguma coisa

-Vamos, Lunn...

Ele cortou a própria frase e me encarou de cima à baixo. Ele parecia surpreso, e quando olhou para meu rosto, nós dois coramos. Acho que ele nem percebeu o que ele estava fazendo, até olhar para o meu rosto vermelho de vergonha.

-A p-praia é l-logo ali. -Ele disse. -Q-quer dizer, já estamos na praia, mas...

-Eu entendi; ali é onde nós vamos mergulhar.

-Isso.

E ele ainda parecia nervoso e corava toda vez que olhava pra mim.

Andamos um pouco e subimos numa espécie de píer. A água do mar era muito clara e se confundia no horizonte, juntando-se com o azul claro do céu. Ele ainda estava usando sua camisa, e então finalmente a tirou. A cena de ontem se passou toda de novo pela minha mente, e eu sorri um pouquinho. Sorte que ele não viu.

-Chegamos. Sabe como fazer?

-Sim. Precisamos de uma máscara para respirar e...

-Na verdade não. Aqui em Eldarya o mar é meio diferente do do seu mundo. Você pode mergulhar e não terá nenhum problema pra respirar.

Olhei pra ele, surpresa, e mais uma vez ele sorriu.

-Vamos?

-Vamos.

Pulamos juntos na água e seguimos procurando os cristais. Depois de algumas horas procurando, encontramos 3 pedaços do cristal. Enquanto procurávamos um quarto pedaço, eu vi um animal muito estranho na água. Desesperada, subi até a superfície, e me sentei na ponta do píer. Nevra veio logo em seguida, mas ao contrário de mim, ele continuou na água.

-O que houve, Lunna?

-Você não viu?! Tinha um bicho estranho na água!!

-Ah, aquele ali? -Ele apontou pro animal. -Não faz mal a ninguém.

Eu ainda olhava pro Nevra, muito assustada. Tive medo de acreditar nele, aquele bicho era muito estranho, fiquei com medo de voltar pra água e me encontrar com ele de novo.

-Escuta, Lunna. -Ele pegou minha mão esquerda e me puxou de volta pra água. Caí suavemente, e ele me puxou pra perto. Meu corpo estava colado com o dele. -Ele realmente não faz mal. Se alimenta apenas de plantas. E mesmo se houvesse alguma coisa perigosa na água, você acha mesmo que eu deixaria chegar perto de você?

-Eu...

-Não, eu não deixaria. Agora se acalme, está tudo bem. -Ele desceu as mãos para minha cintura e meu corpo continuava colado no dele. Coloquei as mãos em suas costas e comecei a arrastar levemente minhas unhas nele. Ele sorriu, malicioso.

-Acho melhor voltarmos a trabalhar. Se demorarmos muito aqui, Miiko cortará nossas cabeças. Se chegarmos atrasados, ela vai nos dar uma bronca em dobro se isso acontecer. Você sabe... Ela não gosta muito de você, então é melhor não ficar arriscando muito.

-Hein? Ela não gosta de mim? Por que? -Agora está oficialmente comprovado, aquela garota me odeia.

-Ah... -Ele olhou pro lado, envergonhado. -Lunna... A Miiko gosta de mim. Mais do que como apenas amigo, se é que você me entende... Ela já se declarou pra mim inúmeras vezes, mas eu não gosto dela. Quando você chegou em Eldarya, ela me viu preocupado. Eu que te acolhi. Eu te levei até ela. Eu pedi pra ela te tirar daquela prisão. Por causa disso e por outras coisas ela fica achando que eu estou apaixonado por você, entende? Eu já notei, ela não gosta de você. E é por isso.

-Ah... Agora tudo faz sentido na minha cabeça... Ela não passa de uma garotinha ciumenta.

-É bem isso mesmo.

-Não imaginava que ela era desse tipo.

-Pois é... Às vezes ela consegue disfarçar. Enfim. Acho melhor irmos logo buscar os cristais na floresta, senão chegaremos muito tarde na volta.

-Tudo bem.

Subimos no píer e ele abriu a pequena bolsa que ele havia trazido. Ele pegou uma toalha grande e seca e então a esticou.

-Vem cá.

Fui pra perto dele, e ele me enrolou na toalha junto com ele.

-O jeito mais eficiente de secar duas pessoas ao mesmo tempo! -Nevra disso isso, e então rimos.

Eu estava de frente pra ele, novamente estávamos com os corpos colados. Ele passou seus braços ao meu redor, e com uma ponta da toalha, começou a secar minhas costas e minha cintura. Depois de alguns minutos, nos afastamos e ele me encarou de cima a baixo, mordendo de leve os próprios lábios.

-Acho que você está pronta.

-Sim. Mas falta você.

Fiz o mesmo com ele, passando a toalha também pelo seu cabelo molhado e seu rosto.

-Já podemos partir. Temos um longo dia pela frente.

Andamos um pouco e chegamos até a moto. Começamos e viagem, sem trocar de roupa. Eu sentia o vento batendo no meu rosto, que voava como meus pensamentos naquele momento. Aquela viagem de moto, com meus braços ao redor do Nevra, poderia durar para sempre.



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