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História Not Gonna Die - Season 1 - Blame


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


WALKEEEEEEEERSSSSSS, primeiramente queria gritar um pouquinho, vamos lá: CARALHOOOOOOOO, PUTA QUE ME PARIIIIUUUU CHEGAMOS A 102 FAVORITOOOOOSSSSS.... VEYYYY, VOCÊS NÃO TÊM NOÇÃO DO QUANTO EU ESTOU FELIZ!!! É A PRIMEIRA FIC QUE CONSIGO CHEGAR A MAIS DE 100 FAVS EM TÃO POUCOS CAPS!!! MANOOOO MUUUUITO OBRIGADA MESMOOOOO!!!🖤🖤🖤

Agora sobre o capítulo. Gente, as férias me deixaram bem doida. Não tenho mais noção dos dias da semana, por isso a postagem está bem irregular, mas pelo menos toda semana está tendo cap novo... a cada dia que passa eu fico mais animada pra postar o próximo heheheh

Gente, pra quem shippa Carssie (Carl + Cassie para is lentinhos de plantão), TEM SURPRESAAA (spoiler, I'm sorry)

Bom gente, espero muuuuito que gostem, BEIJUSSSS

Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 17 - Blame


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Blame

Pov. Reyna Dixon

   — Tomem cuidado. — Era a décima vez que Cassie dizia antes de Rick, Tyreese, Michonne, Glenn e Noah entrarem no carro, em busca do local onde o garoto disse que a família estava. 

   Michonne sorriu uma última vez para, em seguida, fechar a porta do carro e dar partida. Observei o veículo se afastando até sumir na estrada. Cassie permanecia ao meu lado, com preocupação no olhar. Carl também estava ao lado dela, um tanto próximo. Cassie era como uma irmã mais nova para mim, e meu instinto protetor começara a dar sinal de vida. 

   — Carl, será que posso falar um momento com você? — perguntei ao garoto, que assentiu e caminhou em minha frente até um canto mais afastado da mata. 

   — Aconteceu alguma coisa? — perguntou ele. — Ou só vai me falar o mesmo que Daryl? — Ergui uma sobrancelha, parte surpresa pela rapidez de meu irmão sobre o assunto e parte entretida com o misto de medo e tédio que o garoto demonstrava. 

   — E o que ele disse? — perguntei tentando conter um fraco sorriso. 

   — Bancou um de irmão mais velho super protetor por conta de Cassie. — O garoto respondeu, da forma mais adolescente possível, com caretas e olhos revirados. 

   — Ele não estava brincando. — disse após observá-lo por alguns segundos. Carl mudou sua expressão do rosto. — E eu não estou brincando. — continuei. — Cassandra é minha irmã mais nova. Prometi a mim mesma que nada aconteceria a ela. Então, Little Grimes, se fizer algo que a magoe, ou que seja errado, de qualquer maneira, terei que tomar alguma providência. — O garoto engoliu em seco. — Sério, Carl, gosto de você, mas acho que já entendeu o recado. — Ele assentiu, tentando manter uma pose dura, quase sem sucesso. — Tudo bem, agora volte e faça companhia a ela. — disse já me virando para onde o grupo estava. Carl franziu o cenho.

   — Vai a algum lugar? — perguntou apressando o passo para me acompanhar. 

   — Precisamos comer alguma coisa, não? — respondi em um grunhido. 

   — Vai chamar Daryl? — perguntou novamente. Hesitei antes de negar fracamente com a cabeça, não querendo mais tocar no assunto. 

   Carl pareceu perceber, porque apenas ficou calado enquanto caminhava ao meu lado na direção de Carol. A mulher estava com Judith no colo, Daryl estava ao seu lado, visivelmente entretido com os movimentos inocentes que as mãozinhas da pequena faziam enquanto brincava com um pedaço de pano velho. Controlei minha vontade de sorrir por ver a cena. Meu irmão nunca pareceu ter jeito com crianças, mas ele realmente tinha um pequeno talento. Carol notou meu olhar em Daryl, já que sorriu verdadeiramente em minha direção quando me viu próxima. 

   — Quer segurá-la? — Ela perguntou, olhando para Judith em seguida. 

   Tencionei meu maxilar enquanto olhava alternadas vezes para Carol e Judith. A mulher sorriu e revirou os olhos antes de praticamente empurrar a garotinha para os meus braços. De um jeito completamente desengonçado, arrumei a pequena em meu colo, visando que deixaria ambas confortáveis com o mais novo contato. Nunca havia pego Judy no colo dês de quando a conheci, e não me lembro de ter contato direto com um bebê, então, era uma experiência realmente nova. 

   Percebi que Carol e Carl se continham para não rirem do meu jeito desajeitado com um ser humano tão pequeno. — Eles faziam parecer tão fácil. — Revirei os olhos para finalmente focar minha atenção em Judith. Ela sorria inocentemente para mim enquanto brincava, com certa força, com a ponta da trança em meus cabelos. Sorri involuntariamente de volta, conseguindo me sentir mais confortável e relaxada com o peso novo em meus braços. 

   — Hey, Bravinha. — disse dando-lhe um novo apelido. Ou eu achava que era novo, já que apenas ouvi a pequena ser chamada pelo nome até o momento. Percebi o olhar de Daryl intensamente sobre mim e me obriguei a olhá-lo. 

   — Não me lembro de ter falado o apelido dela para você. — disse ele em um grunhido. 

   — Você me chamava assim quando éramos crianças. — respondi para em seguida ficar em silêncio e voltar minha atenção à pequena. 

   Levei meus dedos até a pele macia e clara de Judith e deixei uma pequena e leve carícia ali antes de fazer uma trilha com o indicador até deus ralos cabelos loiros. A pequena riu levemente quando cocei sua barriguinha e rodeou os pequenos braços em volta do meu pescoço. Não consegui conter um sorriso antes de levar a mão até suas costas e abraçá-la, deixando toda a inocência daquele pedacinho de gente me consumir por alguns instantes. 

   — Ela gostou de você. — disse Carol, também sorrindo em minha direção. 

   Depositei um leve beijo no topo da cabeça da pequena antes de devolvê-la a Carol. Judith tentou segurar em meus cabelos para não me afastar, mas depois de uma leve insistência, ela voltou sua atenção para o pedaço de pano na mão de Carol. Depois de observá-la mais um pouco, me lembrei do que vim pedir à mulher e tirei o walkie-talkie que Rick havia me entregado da cintura. 

   — Rick pode chamar a qualquer momento. — disse a ela estendendo o objeto em sua direção.

   — Aonde vai? — Ela perguntou antes de estender a própria mão. 

   — Caçar. — respondi, sem nem sequer desviar o olhar para meu irmão, pois tinha plena certeza que ele se ofereceria para ir. 

   — Sozinha? — Carol perguntou, preocupada. Assenti simplesmente. 

   — Vou com você. — Daryl se apressou em dizer, mas o cortei antes que pudesse dar um passo. 

   — Não. — disse mais autoritária do que queria. Daryl franziu o cenho, já começando a ficar irritado. 

   — Como assim "não"? — perguntou um pouco mais alto. — Sou seu irmão mais velho, quem deveria ir sou eu. — Ele dizia um tanto enfurecido.

   — Mas quem disse foi eu. — respondi do mesmo modo. Parecíamos duas crianças quando brigávamos. — A ideia foi minha, portanto eu digo quem vai comigo e quem fica. — Cruzei os braços desafiando-o a dizer mais alguma coisa. 

   — E quem, por um acaso, te ensinou a caçar? — perguntou ele, um tanto mais alto. Não respondi, apenas continuei encarando-o. — Não faça essa careta para mim, pirralha. — Ele apontou o dedo em minha direção. 

   — Então pare de ser criança. — respondi no mesmo tom de voz. Daryl puxou o ar para falar mas Cassie se colocou entre nós, com o sorriso costumeiro no rosto. 

   — Tudo bem, tudo bem, já chega. — disse ela olhando alternadas vezes para mim e meu irmão. — O que aconteceu dessa vez? — perguntou olhando para Daryl. 

   — Reyna quer caçar sozinha. — respondeu, como uma criança. Cassie virou para mim. 

   — Daryl quer me colocar regras. — Só depois percebi o quão infantil minha frase soara. Cassie sorriu, entretida. 

   — Sorte de vocês que convivi tempo o bastante com os Dixons para saber lidar com ambos. — disse ela. — Reyna, seu irmão está certo. Não devia ir sozinha. — Ela se virou para mim. Ergui uma das sobrancelhas, mas a garota não me deixou falar. — Daryl, solte as rédeas, pelo menos um pouco. Além de que precisamos de alguém que nos proteja aqui enquanto um de vocês está caçando. — Ela completou com mais um sorriso. 

   Daryl me encarou enfurecido por mais alguns segundos antes de se virar e se afastar, emburrado. Revirei meus olhos enquanto o observava, percebendo o quanto havíamos agido como duas crianças quando deveríamos ser os mais responsáveis e adultos do grupo. Cassie poderia ter vinte anos — talvez mais — a menos que eu e Daryl, mas sempre seria a mais sensata no meio dos Dixons.

   — Voltarei rápido. — disse em voz baixa para Cassie. — Se Rick chamar, avise que estou bem. — Ela assentiu hesitante. 

   — Rey... 

   — Eu vou ficar bem. — Me apressei em dizer. 

   — Rey, Daryl já está uma pilha de nervos. — disse ela. — Por favor, leve alguém junto. — Cassie olhava diretamente para os meus olhos. — Leve Carl. 

   — Cass... — Tentei contradizer, mas a garota implorava com os olhos. Bufei revirando os olhos em frustração. — Tá. 

                                       (...)

   Já estávamos há uns dez minutos embrenhados na mata, procurando algum animal para uma caça bem sucedida. Carl estava atento, o que facilitou todo o processo. Se eu levasse Cassie, a garota desengataria a falar, atrapalhando toda a concentração, além de espantar todos os animais possíveis. Já Carl, era silencioso, não gostava muito de falar. Seria um ótimo caçador, sem dúvidas. 

   — Hey, Rey, acho que encontrei algo. — disse ele de uma forma que não chamasse muita atenção. — Acha que pode ser algum animal? — Ele apontou com a cabeça para um pequeno rastro na terra. 

   — Quem ou o que quer que tenha feito isso, não estava vivo. — respondi visando que os passos eram praticamente em zigue-zague. Uns mais fortes que outros. 

   Observei os passos mais adiante, e percebi ser um grupo de quase dez Walkers, mas o mais estranho era que os rastros eram recentes demais, e os bastardos não estavam em lugar nenhum. Olhei para todos os lados possíveis, visivelmente preocupada e confusa. Carl ergueu o revólver ao mesmo tempo que eu tirei uma flecha da aljava. 

   — O que foi, Reyna? — perguntou ele. 

   — Apenas fique atento. — respondi, tentando manter a calma. O grupo de Walkers provavelmente estava perigosamente próximo de nós, mas a mata era densa demais de onde estávamos, dificultando nossa visibilidade por entre as árvores. 

   O cheiro pútrido me invadiu no mesmo momento que um deles pulou em cima de Carl. Atirei a flecha no mesmo instante, salvando o garoto de uma bela mordida. Little Grimes se ergueu rapidamente e pegou a faca da bainha. — Quanto menos munição gastasse, melhor. — Ele apunhalou outro morto que se aproximava, enquanto eu lhe dava cobertura atirando as flechas em alguns que escapavam de sua visão. 

   Depois do décimo Walker abatido, o local pareceu se tornar quieto novamente, mas permanecíamos atentos a qualquer ruído sequer. Não esperava que no meio daquele silêncio, mais um morto solitário estaria à espreita, e com um erro estupido de desconcentração meu, fui surpreendida por um corpo decomposto se jogando em cima de mim. Meu arco foi ao chão, junto com a flecha já preparada. 

   Segurei os ombros expostos e podres do cadáver, me desequilibrando levemente. Tentei dar alguns passos para trás para recuperar o equilíbrio, mas consegui tropeçar na porra de uma pedra no caminho. Parabéns, Reyna. Minha cabeça foi de encontro ao tronco de uma das árvores. O impacto tão forte que me causou uma tontura quase insana. O Walker em minha frente começara a ficar embaçado. As forças dos meus braços se esvaindo. Minha consciência se apagando, e os dentes do bastardo se aproximando. 


   Pov. Carl Grimes

   Foi tudo muito rápido. Reyna estava prestes a ser mordida — novamente — eu estava longe demais para me aproximar e acertá-lo com a faca. Em um movimento rápido, larguei a arma branca no chão e puxei o revólver, sem me importar com o barulho ou a munição, puxei o gatilho, um segundo antes dos dentes podres conseguirem alcançar a carne da mulher. 

   Suspirei aliviado quando vi o Walker cair para o lado, finalmente morto dessa vez. Corri imediatamente até Reyna e a percebi desacordada. Meu desespero só aumentava a medida que chacoalhava seu corpo tentando despertá-la novamente, sem respostas. Chequei todo seu corpo a procura de alguma mordida, e por pura sorte ela permanecia intacta. — Ou quase. 

   Levei meus dedos ao seu pescoço, tentando achar alguma pulsação e soltei um suspiro de alívio quando percebi que a mulher ainda estava viva, mas o desespero voltou quando notei que não conseguiria levá-la de volta sozinho. Precisava de ajuda, mas não poderia deixá-la sozinha. Não sabia o que fazer. Reyna estava quase morrendo, e eu não conseguia fazer nada a respeito. 

   Depois de muito pensar, encontrei a única solução existente. Puxei com dificuldade o corpo do Walker ao seu lado e o coloquei sobre a mulher, com o intuito de disfarçar seu cheiro de qualquer outro morto que estivesse próximo, apenas para o tempo de eu voltar até o grupo e trazer ajuda comigo. 

   Apanhei a faca do chão novamente e corri desesperadamente pela mata, chegando até o grupo em poucos segundos. Todos estavam um pouco agitados, provavelmente por causa do barulho do tiro, mas Daryl caminhava de um lado para o outro, com a respiração irregular e as mãos nos cabelos. Sua besta se encontrava no chão ao seu lado, e no momento que colocou os olhos em mim, procurou pela figura feminina de Reyna pelos arredores, e quando não encontrou, puxou rapidamente sua arma do chão e correu em minha direção. 

   — Onde ela está? — perguntou, quase desesperadamente. 

   — Preciso que venha comigo, agora. — disse já puxando seu braço. 

   Daryl não pensou duas vezes antes de me seguir de volta para a parte densa da mata. Pensava diversas vezes que se algo acontecesse a Reyna, a culpa seria toda minha, por tê-la deixado para trás. Quando chegamos até a mulher, fiquei um pouco menos tenso ao perceber que ela continuava no mesmo lugar. Mais nenhum Walker estava por perto. 

   O homem me ultrapassou facilmente, já se aproximando da irmã. Sua besta foi novamente de encontro ao chão, enquanto Daryl puxava com uma força absurda o corpo apodrecido de cima de sua irmã. Ele se jogou na terra de joelhos, puxando o corpo mole e adormecido de Reyna para si. Ele examinou sua pulsação, e depois sua cabeça, afastando sua mão suja de sangue. 

   — Merda. — Ele grunhiu antes de pegar sua besta e o arco da mulher e colocá-los nas costas, para em seguida erguer Reyna do chão e correr rapidamente até onde o grupo estava. 

   Ultrapassei o homem, para poder dar cobertura caso fosse necessário, visando que as mãos de Daryl estavam ocupadas no momento. Quando consegui avistar a primeira pessoa, vulgo Cassie, gritei por ajuda.

   — Cassie, chame Carol. — disse ainda desesperado, vendo a garota correr até onde Carol estava. 

   — O que aconteceu? — Carol perguntou visivelmente preocupada, já começando a examinar a Dixon mais nova. 

   — Grupo grande de Walkers. Abatemos todos. Não vimos um. Árvore. Bateu a cabeça. — respondi pausadamente, com a respiração entrecortada. 

   — Carl, se acalme. — disse Cassie em tom baixo. 

   — Ela vai ficar bem? — Daryl perguntou, aflito.

   — Vai, mas eu preciso de espaço. — Carol pediu, tentando manter a calma. 

   Cassie puxou levemente meu braço, e depois de uma pequena insistência, me deixei ser levado pela garota, deixando Reyna para trás junto com Daryl e Carol. A preocupação tomava todo o meu interior. Se eu tivesse ficado mais atento, aquele Walker não teria pulado em cima dela, e Reyna estaria acordada. Se ela morresse, a culpa seria toda minha, e meu pai não aguentaria mais. Muito menos Daryl. Eles desmoronariam.

   Era perceptível que meu pai sentia algo muito forte por Reyna. Qualquer idiota saberia apenas de olhar para ele quando estava perto dela. Não via meu pai assim dês da morte de minha mãe, e mesmo se quisesse, não conseguia sentir nenhum tipo de ciúmes da mulher, e nem a julgava por estar, de algum jeito, tomando o lugar de Lori. O que me importava no momento, era que Reyna estava se tornando um novo apoio para a carcaça machucada de Rick, e isso era uma coisa realmente ótima. 

   — A culpa foi minha, Cassie. — disse tentando controlar a vontade de chorar. 

   — Não foi sua. — Ela respondeu quase imediatamente. — Pare de se culpar. Aliás, Reyna é durona, ela consegue passar por mais essa. — A garota colocou uma das mãos em meus ombros. — Carl, ela sobreviveu a uma mordida. — Sua voz era suave perto do meu ouvido. 

   — Mas... — Juro que tentei contradizer, mas Cassie me impediu com um abraço.

   Soltei um suspiro de surpresa e alívio antes de levar meus braços até sua cintura e envolvê-la em um abraço apertado. Cassie se tornou facilmente alguém muito importante para todos aqui, e admito, principalmente para mim. Seu jeito de ser me cativava todo santo minuto que olhava para ela, e às vezes precisava me controlar para não puxá-la para um abraço ou até mesmo um beijo. 

   Cassie se separou lentamente de mim, mas ao contrário de soltar seus braços do meu pescoço, permaneceu ali, com suas grandes orbes azuis claras fixas nas minhas. Puxei sua cintura para mais perto, sem machucá-la. No momento não estava mais me importando se estávamos perto de alguém, ou se Daryl poderia me agredir por estar apenas abraçando sua "irmãzinha" desse jeito, eu só queria me aproximar. 

   Em movimentos lentos e hesitantes, a garota ergueu seu pequeno corpo ao mesmo tempo que me puxava pela nuca. O apocalipse não havia dado muita opção a mim ou a Cassie, consequentemente, este seria o primeiro beijo de ambos. Tentei deixá-la confortável o máximo que consegui, já que também estava sem saber o que fazer. 

   Apenas relaxei quando senti seus lábios nos meus. Era uma experiência completamente nova para nós dois, e não vou negar, era estranho no começo, mas ao ponto em que íamos nos conhecendo, consegui me movimentar conforme Cassie se movimentava. Pedi para aprofundar o beijo, mesmo sem saber o que fazer, e ela permitiu. Cassie soltou uma risadinha quando sentiu minha língua na sua. Me afastei lentamente da garota.

   — Desculpe, é um pouco estranho. — disse ela sorrindo em minha direção. Não contive um sorriso também.

   — Novas experiências. 

   Foi a única coisa que disse antes de voltar a me abaixar e capturar novamente seus lábios. Desta vez, já estava um pouco mais confortável, e nossos movimentos já estavam mais sincronizados. Cassie levou a mão até meu chapéu e o tirou da minha cabeça, acariciando meus cabelos ali. Enlacei sua cintura com os meus braços, apertando levemente. Por um momento, consegui esquecer que o mundo estava acabando e pude finalmente entender o sentimento que meu pai tinha em relação a Reyna. 

   — Hey, crianças. — Uma voz masculina nos fez afastar. Por um momento temi que fosse Daryl, mas pude relaxar quando vi a figura grande de Abraham parado com os braços cruzados. A expressão divertida. — Estão procurando por vocês. Reyna acordou. 

                                       (...)

   — Como se sente? — Cassie perguntou para a mulher. Reyna deu de ombros e fechou os olhos, encostando a cabeça no tronco da árvore onde estava apoiada.

   — Minha cabeça dói como o inferno, mas estou bem. — respondeu ela. 

   — Reyna. — A voz de meu pai se fez presente pelo walkie-talkie com Carol. — Rey, na escuta? — perguntou mais uma vez. A mulher estendeu uma das mãos e Carol entregou-lhe o objeto. 

   — Aqui, Big Grimes. — disse ela, ainda apoiando a cabeça em uma árvore. A voz cansada. 

   — Aconteceu alguma coisa? — Meu pai perguntou, vendo que algo estava errado com a mulher. 

   — Está tudo bem agora. — respondeu ela. — E por aí, tudo bem? — Agora ela perguntava. Rick demorou para responder. 

   — Sasha está por perto? — perguntou ele. 

   — Não...

   — Posso chamá-la. — Daryl se apressou em dizer, mas parou em seu lugar quando Rick interferiu. 

   — Não. Houve complicações. — disse ele. — A comunidade estava destruída. Alguns mortos ainda estavam lá. Noah foi até sua antiga casa, Tyreese foi com ele... — Ele fez uma pausa. — Ty foi mordido. — Reyna suspirou pesadamente, balançando a cabeça levemente em negação. — Michonne cortou seu braço a tempo, mas ele perdeu muito sangue, e não resistiu. — Meu pai concluiu com a voz cansada e rouca.

   Novamente um murro em todos que estavam em volta. Reyna apoiou novamente a cabeça no tronco da árvore e fixou o olhar em algum ponto aleatório. Cassie deixava algumas lágrimas serem derramadas ao meu lado. Carol era consolada por Daryl. Abraham olhava para o chão. Olhei ao redor e vi Sasha mais afastada. Eugene permanecia com cara de poucos amigos, ao passo que Tara permanecia ao lado de Maggie, e Rosita cuidava de Judith.

   Tantas perdas em tão pouco tempo. Não sabia se Sasha aguentaria. Ela já estava completamente destruída internamente e tinha plena certeza que com a mais nova morte de seu irmão, ou ela desistiria de tudo, ou apenas se tornaria uma pessoa fria, que não dava a mínima para nada ou ninguém. Um ser sem coração, porque o que tinha havia ido embora com as pessoas que amava. 

   — Rey? — Rick chamou novamente.

   — Estou aqui. — disse ela, parecendo mais exausta do que antes. 

   — Por favor, não se culpe. — pediu simplesmente. 

   Reyna apenas levou uma das mãos até o lado direito de seu corpo, ao lado da cintura e fechou os olhos, enquanto mordia o lábio inferior. Olhei para Daryl e o homem mantinha seu olhar fixo na irmã. A tristeza e dor por conta da lembrança eram quase palpáveis. Daryl desviou o olhar, tentando esconder de todos sua vontade de chorar. Reyna apenas suspirou uma última vez antes de dizer:

   — Vou contar à Sasha. 


Notas Finais


FOOOOOOIIIII ISSO MEUS DELÍCIAS hehehehe... gente, gostava tanto do Tyreese...
O QUE ACHARAM DA PRIMEIRA BEIJOCA DO CARL?? Fofa né kkkkkk foi meu presente de Natal pra vocês junto com a Pov do Little Grimes🖤
GENTE QUERIA AGRADECER MAIS UMA VEZ TOOOODOS OS FAVORITOS E COMENTÁRIOS TÃO CARINHOSOS QUE SEMPRE RECEBO A CADA CAPITULO, QUE ME INCENTIVAM CADA VEZ MAIS PARA CONTINUAR!!!

Agora galerinha, queria desejar um muuuuuito feliz Natal para toooodos vocês! Muita paz em todas as suas vidas, amo vocês sem nem ao menos conhecê-los (que fofa, baleia kkkkkk)🖤💥🎅🏼✨

Até a próxima, seus lindos. BEIJOS DA BALEIA😘🐳🖤


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