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História Not Gonna Die - Season 1 - Hunting problems


Escrita por: dixonloki

Notas do Autor


HEEEEYYYYY WALKERS, cá estou, em uma quinta feira, finalmente voltando com o ritmo regular... eeeeehhhh, toda quinta agora vai ter capítulo!!!

Não vou demorar muito aqui não, ok?! Então espero MUUUUUITO que gostem do capítulo... Só um aviso: Rick finalmente vai entender o que sente kkkkk

Boa leitura, enjoy🖤

Capítulo 19 - Hunting problems


Fanfic / Fanfiction Not Gonna Die - Season 1 - Hunting problems

Pov. Rick Grimes

   Mais três dias haviam se passado e continuávamos andando sem rumo. A comida havia acabado junto com a água. Grande parte da munição e a fórmula para Judith e Julian estavam quase zeradas. Todos poupavam energia, consequentemente, não se ouvia nem um pio de nenhum do grupo. Reyna caminhava ao meu lado em uma parte do dia, mas depois ficava mais atrás, cuidando de Jules junto com seu irmão. 

   Daryl era outro que quase não saía para caçar, mesmo que as vezes caminhasse pela mata, sozinho para tentar colocar os sentimentos e pensamentos em ordem, mas dava a maior parte do seu tempo para os cuidados de Julian. Aquele bebê foi como uma luz no fim do túnel para todos, mas principalmente para os Dixons. Encontrá-lo no meio do caos foi como um aviso dizendo que talvez nem tudo estivesse perdido. 

   Todos estavam exaustos, famintos e sedentos. Precisávamos achar um lugar seguro o mais rápido possível, mas parecia que estávamos no meio do nada. Longe de qualquer construção segura que pudesse existir, sem contar na chuva forte que parecia se aproximar cada vez mais. 

   Mais à frente, via-se um montinho do que pareciam ser garrafas de plástico. No primeiro momento todos pensaram ser alguma miragem de um grupo desesperado por água, mas quando chegamos um pouco mais perto, percebemos ser realmente uma quantidade grande de garrafas cheias de água. 

   — Graças a Deus. — Gabriel estava prestes a se abaixar para pegar uma das garrafas, mas eu o impedi. 

   — Pare. — disse um pouco alto. — Não sabemos quem deixou aqui. Pode ser uma armadilha. — Gabriel sorriu nervoso.

   — Isso é água. Morreremos se não aceitarmos. — disse ele, seguido de mais um som estrondoso de um trovão.

   — Rick está certo. — Daryl se intrometeu. O Padre o olhou, um pouco assustado. — Pode ter veneno ou sei lá o que. Não sabemos quem deixou, não sabemos se tiveram uma boa intenção. — Ele falava até calmo demais. — Não podemos arriscar. 

   — Mas... — Gabriel tentava a todo o custo contradizer. Alguns pingos fracos e quase imperceptíveis de água já começavam a cair. 

   — É um risco que não correremos. — Reyna disse, se aproximando com Julian no colo. — Nenhum de nós. Entendeu? — Ela olhava fixamente para o Padre, que apenas assentiu, visivelmente incomodado por deixar a água para trás. 

   Não tardou para a chuva se intensificar. Antigamente uma chuva forte significava um dia triste para algumas famílias que planejavam passar o dia em uma piscina, por exemplo, mas naquele dia foi como um milagre, uma benção caindo sobre nós como simples pingos de água. Todos puxaram suas próprias garrafas e colocaram no chão, esperando a chuva enchê-las enquanto se divertiam como crianças. 

   Não contive um sorriso enquanto olhava para meu filho, sorrindo, abrindo a boca para o céu, e desviava meu olhar para Reyna. Ela estava com seus olhos fechados, apenas apreciando os pingos gélidos porém confortáveis entrarem em contato com sua pele. Ela estava linda. Um anjo caído curando-se aos poucos. Meu anjo caído. 

   Um sorriso surgiu em seus lábios logo depois, transformando a visão em uma imagem que eu gostaria de manter em minha mente todo o minuto em que eu olhasse para ela. Meus sentimentos ainda estavam muito bagunçados, mas estava descobrindo aos pouco que o que eu sentia por ela era algo enorme. Não gosto de compará-la a Lori, mas era um sentimento mais puro e forte do que sentia por minha falecida esposa. 

   A chuva rapidamente se intensificou, transmitindo um risco para as crianças. Precisávamos achar abrigo o mais rápido possível. Carl cobria a cabeça de Judith com seu chapéu, enquanto Daryl ficava em frente à irmã, protegendo Julian da chuva forte. 

   — Tem um celeiro aqui perto, podemos ir para lá. — disse Daryl, já puxando Jules dos braços de Reyna. 

   Corremos atrás de Daryl na mata, alguns ainda se divertiam com a chuva, outros ignoravam os pingos gelados, e outros, vulgo eu, Carl, Reyna e Daryl, queriam apenas chegar logo no celeiro, visando que Jules e Judy poderiam ficar doentes com a chuva. 

   A construção não ficava tão longe e não estava tão velha. Poderíamos passar a noite ali sem problemas. Reyna estava com o arco e uma flecha em mãos antes de abrir rapidamente a porta do celeiro. Os outros pegaram as facas e seguiram atrás da mulher, atentos a qualquer ruído ou movimentação. Por sorte achamos apenas um Walker, que Carol deu conta rapidamente. 

                                       (...)

   Já era quase noite e muitos dormiam. Daryl e eu estávamos em um canto mais afastado do celeiro, onde conseguíamos ter uma visão completa da figura de Reyna dormindo quase tranquilamente. Ela se remexia, se estivesse perto o bastante para confirmar diria que estava suando. A respiração estava irregular ao ponto de eu quase me levantar e acordá-la. 

   Julian dormia com Cassie, Carl e Judith em outro ponto do celeiro. Os encarei por alguns segundos. Os mais novos do grupo, não deviam estar passando por isso. Esse mundo iria pertencer a eles futuramente, mas algum vírus maldito estragou a oportunidade que tinham, mas eles continuavam transmitindo toda a esperança de que eu precisava. 

   — Ela está tendo outro pesadelo. — disse Daryl após minutos em silêncio. — De novo. — completou, visivelmente abalado por ver sua irmã naquele estado. 

   — Eles fazem parte de nós agora. — respondi, voltando a encarar Reyna dormindo. 

   — Eles sempre viveram conosco. — Daryl se referia a ele e seus irmãos, antes e depois do apocalipse. Sua expressão era uma mistura de dor e tristeza. 

   — Não consigo nem imaginar como era a vida de vocês antes disso. — O barulho da chuva do lado de fora ainda era alto, mas confortável. 

   — Nem queira imaginar. — disse ele, ainda olhando fixamente para Reyna. — E quando Rey foi mordida, eu e Merle ficamos sem chão. Quase perdemos a cabeça. Meu irmão ficou louco. — Ele suspirou. Olhei para ele, não com pena, mas com compreensão. — Mesmo eu não demonstrando, Reyna é a pessoa mais importante para mim. 

   — Não é só para você. — Daryl olhou para mim. — Para mim também. — Ele desviou o olhar para o chão, visivelmente incomodado. 

   — Por que seria para você? — perguntou ele, quase em um grunhido irritado. Pensei em como respondê-lo, e apenas uma coisa me veio à cabeça. 

   — Daryl, eu a amo.


   Pov. Daryl Dixon

   Ouvir as palavras desferidas por Rick me atingiu em cheio. Olhei fixamente em seus olhos, buscando uma explicação, ou até algo que dizia que ele estava apenas brincando. Mas não achei nada. Rick falava sério, e perceber que ele tinha coragem de falar e demonstrar que realmente a amava me deixava com vergonha. Eu não conseguia me expressar para a minha própria irmã, que está comigo dês de que nasceu. Como ele fazia isso com tanta facilidade?

   Isso tudo se misturava com aquele ciúmes idiota que sentia. Acho que é assim o ciúmes, não sei, Reyna nunca teve tempo para homens, então nunca havia visto minha irmã realmente próxima de um. Se Merle estivesse aqui, obviamente já teria saído no tapa com o líder, e provavelmente um caos se formaria em qualquer ambiente em que estivéssemos. 

   Ver que Rick falava sério, fez meu coração se contrair minimamente, e um medo repentino e infantil se instalou por todo o meu corpo. Rick poderia dar a ela uma vida um pouco melhor no apocalipse, e essa hipótese me fazia temer que Reyna poderia querer se afastar de mim. Um medo idiota, infantil e de um marica, eu sei, mas era o que eu realmente sentia. 

   — Escute, Daryl, não quero preencher seu lugar nela. — disse como se ouvisse meus pensamentos. — Muito menos quero uma briga com meu irmão, então você é a primeira pessoa a quem realmente confesso o que acabo de perceber que sinto. — Ele ainda me encarava, e eu continuava com a boca fechada. — Eu amo Reyna. — disse novamente e sorriu minimamente. — Por Deus, poderia repetir isso todos os dias se fosse necessário para que você acredite que não farei absolutamente nenhum mal a ela. — Rick se aproximou mais e pousou uma mão em meu ombro. — Eu juro para você. 

   Não respondi nada. Não tinha palavras, nem se quisesse dizer alguma coisa. Eu sabia que Rick falava a verdade, mas mesmo assim era algo novo, e eu precisava me acostumar. Não sabia se seria rápido ou devagar, mas eu tinha que me acostumar. Olhei para o chão depois de assentir fracamente. As palavras de Rick ecoando em minha mente no momento em que desviei rapidamente o olhar para Reyna. 

   Em um segundo ela estava com os olhos abertos, arregalados, ofegando. Seu olhar tomado pelo medo e a angústia. Ela parecia estar dentro de seu próprio pesadelo quando levou a mão para a cintura e puxou a camisa que usava e afastou o colete de couro. Lá eu vi. A grande cicatriz que marcava meus piores pesadelos. 

   Não consegui conter um suspiro quando percebi que ela sonhava com aquele dia. Meu coração se apertou mais. As imagens voltaram e tive que fazer um esforço para deixá-las de lado. Rick olhava para ela em um misto de preocupação e carinho. Ela fechou os olhos e puxou todo o ar para os pulmões, para em seguida expirar e engolir em seco. 

   Ela olhou para a nossa direção. Seus olhos foram primeiro à figura de Rick, para em seguida se desviarem até mim. Sustentei seu olhar, sentindo tudo o que ela sentia por lembrar daquele dia. Reyna abaixou lentamente a camisa, tampando novamente a marca da mordida em sua pele, sem desviar nenhum momento a atenção dos meus olhos. Por fim, ela se virou de costas para nós, e tive que piscar algumas vezes para conseguir voltar para o mundo real. 

   — Ela me contou sobre aquele dia. — disse Rick suavemente. 

   — Uma merda, não acha? — perguntei soltando uma risada fraca.

   — Sinto muito. — disse ele, ainda sério. O encarei por alguns segundos antes de assentir e voltar a ficar em silêncio. 

   Ouvi uma pequena reclamação vinda de Julian. Olhei para onde ele dormia junto com Cassie, e a garota tentava acalmá-lo. Ela ainda estava cansada, sonolenta. Me levantei e em segundos já estava ao seu lado, trazendo Jules para meus braços. Ela sorriu antes de voltar a fechar os olhos. Voltei até onde estava com Rick, sem deixar de olhar para o pequeno. Ele se acalmou lentamente, mas não voltou a dormir. 

   — Qual apelido deu a ele? — Rick perguntou. O olhei confuso. — Judith é Bravinha. E Julian... — Ele me olhou sugestivamente.

   — Superman. — Dei de ombros, voltando minha atenção até o garoto, que brincava com um dos botões em minha camisa. Rick riu fracamente, e não pude conter um mínimo sorriso com o canto dos lábios. 

   — Imagino que Reyna tenha escolhido "Julian". — comentou, divertido. Grunhi em resposta. 

   Rick ficou em silêncio depois disso. Ele olhava para todos, certificando-se de que cada membro daquele grupo estaria bem, por ora. Olhei em seus olhos e era nítida a exaustão que expressavam. Ele precisava de descanso, senão iria cair a qualquer momento. Mesmo tão próximo de minha irmã, Rick ainda é como um irmão para mim, e não deixava de ficar preocupado. 

   — Devia descansar. — disse com o tom baixo, para em seguida grunhir quando Julian puxou alguns fios do meu cabelo. 

   — Estou bem. — Ele respondeu. Sua voz dizia completamente o contrário. 

   — Rick, está tudo bem. Estão todos bem. Vá descansar. Deite-se ao lado de seus filhos e relaxe. — ditei, deixando claro o quanto Rick precisava daquilo. 

   O líder hesitou, mas logo cedeu ao meu pedido e antes que pudesse caminhar até seus filhos, lançou um aceno com a cabeça como agradecimento; respeito. Fiz o gesto de volta, para em seguida vê-lo deitar-se ao lado de Carl e fechar os olhos. Voltei minha atenção até Julian, e o garoto estava elétrico. Vez ou outra soltava algumas risadas enquanto brincava com meu rosto, cabelo, ou colete.

   — Você não vai mais dormir, huh? — disse para ninguém em especial, fazendo um carinho nas bochechas rosadas do menino. 

   Julian murmurou algumas sílabas desconexas, como de costume de toda criança. Me peguei imaginando como eu seria como pai. Rick é um exemplo, mas não sei se seria igual a ele. Ele era protetor com seus filhos, e os colocava em primeiro plano em tudo. Era amoroso, mas mesmo assim não deixava de ser responsável. Não consigo demonstrar afeto nem por minha própria irmã, como faria com um filho ou filha? 

   O pequeno mais uma vez me tirou dos meus pensamentos no momento em que jogou seu corpo para o lado e quase caiu do meu colo. Não podia descrever o desespero que senti enquanto rapidamente o equilibrava de novo em meus braços. Soltei um suspiro de alívio, mas depois o olhei irritado. O garoto sorria alegremente. 

   — Puta merda, garoto. Você é muito agitado para um bebê. — comentei com a voz baixa, firmando minha mão em suas costas. 

   Uma risada ao fundo me fez olhar para Reyna novamente. Ela estava virada em minha direção, ainda deitada, mas expressava diversão no olhar. Um olhar infantil de quem se divertia apenas por ver alguma coisa. Lembrei dela pequena, correndo atrás de mim na mata, com o mesmo olhar infantil e inocente. Reyna se sentou e em um movimento rápido estava de pé, andando em minha direção. 

   — Por que essa cara de assustado, big brother? — perguntou, com a voz cínica e sarcástica. Revirei os olhos, mas não respondi. — Se quiser seguir o mesmo rumo de Big Grimes e ir descansar, fique à vontade. — Ela se sentou ao meu lado, mas olhava para Jules. 

   — Você devia descansar mais. — rebati mais grosso do que pretendia. 

   — Acredite, eu tentei, mas acho que por hoje não durmo mais. — respondeu, com a voz supreendentemente calma. Não respondi novamente, apenas observei Julian segurar meus dedos firmemente e tentar levá-los à boca. — Problemas de caça? 

   A pergunta me invadiu como um furacão de lembranças. Criamos essa expressão, eu, Merle e Reyna, como um código. Caso precisássemos conversar sobre algo, dizíamos "problemas de caça". Era algo realmente útil, principalmente quando nossa mãe morreu. Tínhamos medo de cada palavra que desferíamos para nosso pai, então esse era um modo de escape. O homem achava que não estávamos conseguindo caçar, enquanto apenas nos alertávamos quando um de nós precisasse de ajuda. 

   — Não. — respondi. 

   Óbvio que tinha muitas coisas para conversar com ela, mas ainda não estava pronto. Aquela conversa com certeza acabaria em uma briga. Talvez grande, talvez pequena, mas uma briga entre Dixons nunca é boa coisa. Queria perguntar por que ela nos deixou, e principalmente, se nos procurou depois que soube que sobreviveria. Era algo que martelava em minha mente toda vez que lembrava daquele dia. 

   — Esperaremos, então. — disse simplesmente. Provavelmente também não queria ter aquela conversa naquele momento. Não era a hora nem o lugar certo, e ambos sabíamos muito bem disso. 

   Ela ficou em silêncio, apenas brincando com Julian em meu colo. Isso me fez desviar os pensamentos para Beth e Tyreese. Foi um grande choque quando perdemos o homem, principalmente para Sasha, e parecia que os efeitos disso a levavam cada vez mais até sua ruína. Ty era um homem bom. Tanto para o grupo, quanto de coração. Todos ficaram abalados. 

   E então vem a morte de Beth. Só de lembrar de ela ter passado um tempo comigo, me feito ter um pouco de esperança novamente, para depois morrer pela porra de um tiro na cabeça, fazia as lágrimas quererem sair, mas eu as deixava em seu devido lugar. Aquela garota era como uma irmã mais nova, assim como Cassie. Tão parecidas mas com destinos tão diferentes. Que merda de mundo em que vivemos, não acha, J.C?

   Enquanto pensava, conseguia ouvir o barulho estrondoso da tempestade do lado de fora. Julian reclamava vez ou outra em meu colo por conta dos trovões, mas Judith ainda dormia. Reyna permanecia ao meu lado, em silêncio, encostada na parede de madeira. Às vezes ela fechava os olhos, e ficava um tempo assim, mas logo voltava a abri-los, assustada com algum barulho, ou lembrança. 

   — Está sentindo esse cheiro? — perguntou ela, olhando para a porta do celeiro. 

   A olhei confuso. Não sentia nenhum cheiro além da terra molhada por conta da chuva. Ela bufou antes de se levantar e caminhar até a porta. Reyna ficou um tempo parada, observando o lado de fora por entre as frestas, e em um movimento brusco, jogou todo o seu peso nelas, fazendo força para mantê-las fechadas. Os gemidos já sendo possíveis de serem ouvidos. Minha irmã fazia a força contrária ao que parecia ser uma horda grande deles. 

   Coloquei rapidamente Julian em um canto, sentado. Ele brincava com o feno no chão, mas antes me lançou um olhar assustado. Corri até Reyna e fiz toda a força que pude. Estava de costas para as portas, usando-as como apoio. Soltei um grunhido por conta da força, o que foi suficiente para acordar Maggie e Sasha. As duas correram prontamente para nos ajudar. 

   Não demorou para o resto do grupo acordar e correr até onde estávamos. Todos nós, sem exceções, empurrávamos as portas com toda a força que ainda tínhamos. Nossos pés escorregando no chão úmido, as exclamações e xingamentos enquanto perdíamos e recobrávamos o equilíbrio. O choro de Judy e Jules, fraco mas presente. Os gemidos e o cheiro pútrido invadindo nossos sentidos. Por um instante passou pela minha cabeça que não conseguiríamos dessa vez. O Walkers iriam invadir e poderíamos perder mais gente. Mais de nossa família. 

   Mas tudo acabou com um barulho estrondoso do lado de fora. Os Walkers se acalmaram, não faziam mais força para entrar, mas os gemidos e o cheiro ainda estavam ali. Era como se estivessem apenas observando, ou talvez estivessem presos a alguma coisa. Alguns foram ao chão, outros permaneceram de pé, mas todos ofegantes, demonstrando medo, susto e um pouco de alivio ao perceberem que por enquanto o perigo se esvaiu surpreendentemente. Rick e Carl correram até Judith, ao ponto que eu e Reyna corremos até Julian. 

                                        (...)

   Ninguém mais dormiu até o sol nascer, trazendo um dia claro e ensolarado, diferente do dia anterior. Sasha e Maggie haviam saído, e os outros organizavam as poucas coisas que carregavam para mais um dia de caminhada para lugar nenhum. Cassie e Carl cuidavam de Bravinha e Superman, Reyna checava todas as suas flechas mais uma vez, Rick e Michonne organizavam uma mochila e o resto se dividia em pequenos grupos. 

   Chequei a faca na bainha em minha cintura e verifiquei as minhas flechas, a besta, o rifle nas costas e uma pistola no cós da calça. Estávamos quase todos prontos para sairmos, quando Maggie e Sasha voltaram. Não estavam sozinhas. Um homem as acompanhava, as mãos para cima, a expressão assustada mas ao mesmo tempo determinada. As duas mulheres apontavam suas armas para o desconhecido, e Sasha carregava uma mochila grande nas costas. 

   — Quem é esse? — Rick perguntou com a voz forte. 

   — Ele disse estar procurando por você. — Sasha respondeu, sem desviar a mira da arma. 

   — Quem é você e o que você quer? — Rick caminhou até o desconhecido.

   — Meu nome é Aaron. — O estranho respondeu. — Tenho observado você e seu grupo por alguns dias. 

   Rick franziu o cenho, com sua expressão desconfiada mas ao mesmo tempo relaxada habitual. Ele olhou para cada um de nós e fixou o olhar em minha irmã. Reyna forçou o aperto da mão esquerda no arco e fez um gesto com a cabeça para Rick. O homem voltou sua atenção em Aaron depois disso. 

   — O que quer dizer? — perguntou, ainda calmo. 

   — Eu tenho uma comunidade. — Aaron continuou. — Temos muros, pessoas, comida, medicamentos... e abrigo. — Rick ergueu uma sobrancelha. — Abrigo para você, seu grupo e seus filhos.


Notas Finais


HEEEEYYYYY WALKERS, oq acharam??? Genteeeee, comentem o que estão achando, porque senão eu não consigo saber se estão realmente gostando ou se eu devo parar!!! Então comentem muuuuuito porque como eu já disse, eu amo conversar com vocês, é muuuito boa essa interação!! Favoritem, não tenham medo, eu não mordo, muito pelo contrário, tenho vontade de abraçar cada um de vocês kkkkkk

Então, galerinha, um capítulo meio paradinho, mas já aviso que Alexandria tá chegando, e para os shippers de Reynick, será uma ótima notícia (chega de spoiler) hehehehe

Bom gente, acho que é só isso, se eu precisar dizer alguma coisa a mais, coloco no próximo capítulo ok... mais uma vez, espero muitíssimo que tenham gostado!!! Sério, comentem o que estão achando, me ajuda bastante!!

ENTÃO ATÉ A PRÓXIMA, SEUS LINDOS QUE EU AMO!!! BEIJOS DA BALEIA🐳🖤


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